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EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA E DO GLUCAGON
1.INTRODUÇÃO
Todas as funcionalidades do corpo humano de uma forma geral são definitivamente controladas - em estado fisiológico - por dois principais sistemas que exercem de forma integrada: o sistema hormonal e sistema nervoso (Guyton & Hall, 1997).
Os hormônios são substâncias químicas secretadas por células glandulares endócrinas para o sangue, para o próprio órgão ou para linfa, ou por células especializadas. Sua principal função é reguladores fisiológicos - eles diminuem ou aceleram a velocidade de reações e funções biológicas que ocorrem mesmo na sua ausência, mas em frequências diferentes, e essas alterações de velocidades são de extrema importância no funcionamento do corpo humano (Schottelius & Schottelius, 1978).
A insulina e o glucagon são um dos principais hormônios presentes em nosso corpo. A insulina possui efeitos antagônicos aos do glucagon, as concentrações plasmáticas da insulina também são inversamente proporcionais às suas. Sua principal função é regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, exceto o cérebro. Seu efeito é hipoglicemiante, ou seja, de baixar a glicemia sangüínea. A insulina normalmente é liberada em ocasiões nas quais existam altos níveis de glicose plasmática, que ocorre geralmente após as refeições. Ela funciona primeiramente reabastecendo as reservas de glicogênio no fígado e nos músculos. Logo depois, se os níveis de glicose sanguínea ainda forem altos, ela estimula sua captação pelas células adiposas e elas a convertem em triglicerídios como um meio de armazenamento de energia ocupando menos espaço (Berne & Levy, 1996; Guyton & Hall, 1997).
Não tão conhecido como a insulina, o Glucagon, hormônio também importante de origem pancreática, consiste em aumentar a concentração de glicose no sangue, através da gliconeogênese, glicogenólise e hepáticas. A sua secreção é controlada principalmente pelo nível de glicose plasmática do sangue que flui pelo pâncreas. (McArdle, Katch & Katch, 1988).
Com este trabalho abordaremos esses e outros assuntos relacionados à insulina e glucagon. Nosso objetivo é descrever todos os processos, desde a síntese até a funções e doenças relativas a esses dois hormônios tão importantes para o metabolismo humano. 
2. INSULINA
A insulina é um hormônio anabólico, indispensável para o gerenciamento da homeostase de glicose e do crescimento e diferenciação celular. Contendo duas cadeias polipeptídicas ligadas, uma contendo 21 aminoácidos e outra 30, que se unem por ligações de dissulfeto. 
Esse hormônio sofre síntese pelas células β nas ilhotas do pâncreas. Tendo como principal função, regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos do corpo, com exclusão do cérebro. Aumentando a agilidade do transporte de glicose para o interior das células musculares e do tecido adiposo. Realizado a captação da glicose, se ela não for diretamente catabolizada como fonte de energia, é gerado glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido adiposo. A insulina tem efeito hipoglicemiante, tendo em vista sua finalidade de reduzir a glicemia sanguina. 
Geralmente a liberação de insulina ocorre quando há altos índices de glicose plasmática, como se sucede após as refeições, alterando de acordo com a quantidade e o tipo de alimento ingerido. Atuando primeiramente no reabastecimento das reservas de glicogênio nos músculos e no fígado. Logo após, se continuarem altos os níveis de glicose sanguínea, o hormônio estimula o seu armazenamento em tecido adiposo. 
A todo momento que os níveis de insulina estivem altos, os níveis de glucagon serão baixos e vice-versa, em razão de são hormônios contra regulatórios.
Em ocasião que há carência no organismo em manter níveis de insulina adequados, sucede uma patologia nominada, diabetes. Diabetes tipo 1 é definido por uma destruição autoimune de células β do pâncreas, ou seja, o organismo auto destrói, por equívoco, o tecido que produz e secreta a insulina. Já o Diabetes tipo 2, a insulina presente não é eficiente para estimular a absorção de glicose nas células, chamado de “Resistência à Insulina”. O organismo tenta equilibrar essa falha secretando mais insulina, até que a eficácia no armazenamento das células β se reduz e a glicemia aumenta. 
3. GLUCAGON
O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas e trabalha como um antagonista da insulina, aumentando os níveis plasmáticos de glicose, cetoácidos, ácidos graxos livres e diminui os níveis de aminoácidos. Eles possuem efeitos antagônicos em outras tarefas hepáticas.
Possui uma cadeia simples com 29 aminoácidos. É sintetizado por um precursor pré-pró-glucagon pelas células das ilhotas de Langerhans.
O glucagon é sintetizado nas células α do pâncreas, enquanto a insulina é sintetizada pelas células β. As células α estão localizadas nas ilhotas de Langerhans, na porção endócrina do pâncreas. Sua secreção é aumentada quando os níveis de glicose no sangue estão baixos, fazendo com que estes níveis aumentem, voltando ao valor normal.
É controlado fisiologicamente pelo organismo através da hipoglicemia, baixos níveis de ácidos graxos, hiperaminoacidemia, estímulo vagal e estímulos do sistema adrenal, como estresse ou exercício.
Após ser produzido, o glucagon pode ficar estocado em vesículas secretórias das células α ou ser diretamente secretado. O glucagon possui um metabolismo pulsátil de secreção, pois desta forma ele é mais ativo. Esses pulsos são regulados pela ação do sistema nervoso nas ilhotas de Langerhans.
O glucagon é antagonista da insulina, estimulando o fígado (órgão mais afetado por este hormônio) a degradar o glicogênio e liberar glicose. O fígado é responsável pela gliconeogênese e o glucagon desempenha importante função de regulação deste processo, evitando também a hipoglicemia.
O glucagon promove a utilização de combustíveis, ao invés de armazenamento e isso ocorre principalmente com a glicose.
Além disso, o glucagon diminui a síntese de colesterol pelo fígado, inibe a reabsorção de sódio pelos rins, aumenta sensivelmente o débito cardíaco, pode agir regulando o apetite e diminui o nível de aminoácidos.
 
3. HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia é caracterizada por um nível anormalmente baixo de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dl. As hipoblicemias acometem até 90% das pessoas tratadas com insulina, sendo o fator que limita para a adaptação da terapêutica; pode-se dizer que são um obstáculo difícil de atravessar para o alcance do controle glicêmico apropriado.
Os sintomas hipoglicémicos diferem de pessoa para pessoa e podem abranger manifestações físicas adrenérgicas e manifestações neuroglicopénicas e/ou comportamentais (Boyle e Zrebiec, 2007a). São exemplos de sintomas adrenérgicos a sensação de fome e epigastralgias, sudorese, palidez, nervosismo, palpitações, taquicardia e tremores. Os sintomas neuroglicopénicos são as cefaleias, diminuição da capacidade de concentração, as alterações na fala e alterações do estado de consciência (desde obnubilação, a confusão e coma).
Já vimos que, por descrição, hipoglicémia é um acúmulo de glicose plasmática suficientemente baixa para causar sinais e sintomas, incluindo dano na função cerebral. As ocorrências clínicas da hipoglicemia não são específicas e com um valor inferior de glicose plasmática não se poderá dizer categoricamente que estamos na presença de um episódio de hipoglicemia. Para que se possa afirmar o evento de hipoglicemia os parâmetros descritos têm que ser averiguados.
4.HIPERGLICEMIA
Hiperglicemia é o aumento da glicose no sangue. A principal causa da hiperglicemia é o diabetes que ocorre devido a uma disfunção do pâncreas por ausência, diminuição ou ação inadequada da insulina, o hormônio responsável pela manutenção dos níveis de glicose no sangue. A glicemia aumentada é danosa para o organismo e este tenta, através de vários mecanismos de compensação, reduzir a glicose sanguínea. Um destes mecanismos é mandar a glicose para os rins para ser eliminada na urina, toda vez que ultrapassa 160 a 180 mg/dl no sangue. Surge entãoo primeiro sinal de hiperglicemia: a poliúria, que é excesso de urina. Ao urinar demais a pessoa vai eliminar glicose e muita água, apresentando sede excessiva, um outro sinal clássico conhecido por polidipsia. Apesar da glicose no sangue estar elevada, ocorre ao mesmo tempo a redução da glicose no cérebro o que provoca muita fome (polifagia), pois o organismo acha que não está alimentado. Além destes sintomas bastante conhecidos, existem outros: dores, dormência e formigamento nas pernas, visão turva e embaçada e coceira na região genital. (LEANDRO, 2011)
Pacientes com hiperglicemia são encontrados frequentemente em locais de tratamento intensivos, isso ocorre por conta do aumento da morbidade e da mortalidade independente das causas infarto, pós cirurgia cardiovascular, sepse e acidente vascular cerebral. Mesmo assim ainda existem muitas duvidas em relação a fisiopatologia e tratamento da hiperglicemia grave. (MARIANA, 2014, p.71)
A hiperglicemia pode ser um fator determinante independente dos prognósticos dos pacientes graves ou simplesmente um indicador da gravidade da doença. O desenvolvimento da hiperglicemia na enfermidade grave ocorre a liberação de hormônios de estresse contrarregulatórios (corticosteroides e catecolaminas) e alguns mediadores pró-inflamatórios, vasopressores, soluções parentais com dextrose e administração de corticoides exógenos. O glucagon é o mediador primário da glicogênese (e também tem o cortisol e adrenalina), é um dos contribuintes mais importantes para a hiperglicemia de estresse. Esse tipo de enfermidade também tem efeito no sistema imune e nas respostas inflamatórias, e com isso ocorre produção de estresse oxidativo, disfunção mitocondrial, morte celular lesão tissular e insuficiência orgânica. (MARIANA, 2014, p.72)
 
CONCLUSÃO
Concluiu-se que caso ocorra a hiperglicemia ,que é o excesso de glicose no sangue, é necessário a insulina para agilizar o transporte da glicose às células musculares e tecido adiposo, sendo assim, a insulina tem um efeito hipoglicemiante. A hipoglicemia é o baixo nível de glicose no sangue, que necessita do glucagon, pois ele tem a função de estimular o fígado a degradar o glicogênio e liberar glicose no sangue, regulando assim os níves de glicose.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
McAulay V, Deary IJ, Frier BM. Symptoms of hypoglycaemia in people with diabetes. Diabet Med. 2001;18(9):690-705.
Boyle PJ, Zrebiec J (2007a) Management of diabetes-related hypoglycemia. Southern Medical Journal 100:183-194.
Philip E. Cryer, Lloyd Axelrod, Ashley B. Grossman, Simon R. Heller, Victor M. Montori, Elizabeth R. Seaquist, and F. John Service, Evaluation and Management of Adult Hypoglycemic Disorders: An Endocrine Society Clinical Practice Guideline, J. Clin. Endocrinol. Metab, Mar 2009, 94: 709-728.
BERNE R. M. [et al.]. Fisiologia. Tradutores Nephtali Segal Grinbaum... [et al.]. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
GROSS, J. L. et al. Diagnóstico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito e tratamento do diabetes melito tipo 2 - Recomendações da sociedade brasileira de Diabetes. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabolismo. Vol. 44, n.4, p.09-35, set. 2000.
LIPNER I.; Harry. Endocrinologia – São Paulo: Edgard Blücher, Ed. Da Universidade de São Paulo.
NETO, W. M. G.; PERES, R. A. N. Guerra Metabólica – Manual de Sobrevivência. Londrina: Midiograf, 2005.
POIAN A. T.; Alves P. C. C. Hormônios e metabolismo: integração e correlações clínicas. Editores – São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
VERÇOZA, Mariana Viana. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Porto Alegre, ano 2014.
TADEU, Leandro Ferreira. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, Santo André, ano 2011.

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