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10 Intertextualidade, Polifonia e conectores

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TEXTOS 
FUNDAMENTAIS DE 
POESIA EM LÍNGUA 
INGLESA
Elisa Lima Abrantes
Intertextualidade, 
polifonia e conectores
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar intertextualidade e polifonia nos textos em verso.
  Apreender os elementos de coesão e coerência para a construção de 
intertextualidade e polifonia nos textos em verso.
  Reconhecer as relações internas e externas estabelecidas pelo texto 
em verso.
Introdução
Existem dois recursos literários (a intertextualidade e a polifonia) que 
auxiliam a compreensão de poesias de forma mais completa. A inter-
textualidade é a relação de um texto com outros textos ou com outros 
discursos, como o das artes plásticas ou do cinema, por exemplo. Já a 
polifonia trata-se de um conceito tomado emprestado da música, que 
significa a multiplicidade de sons em harmonia. Na literatura, a polifonia 
representa a existência de várias vozes em um mesmo texto. Nos poemas, 
em que o eu poético, também chamado de eu lírico, cuja a voz traduz 
a subjetividade do poeta, é possível reconhecer outras vozes, que se 
estabelecem, muitas vezes, em conflito com o ponto de vista dele. Ao 
perceber esses aspectos nos poemas, você poderá compreender melhor 
questões da época em que ele foi escrito, bem como as questões da 
contemporaneidade, refletindo e aprimorando o pensamento crítico. 
Neste capítulo, você será apresentado a estes conceitos e identificará a 
presença deles em alguns poemas de língua inglesa. Depois disso, conhecerá 
os elementos de coesão e coerência utilizados na construção do texto poé-
tico, para que se estabeleçam as relações intertextuais e polifônicas, internas 
e externas ao poema. Por fim, você encontrará comentários sobre relações 
internas e externas em diversos exemplos de poemas em língua inglesa, 
o que lhe permitirá reconhecer essas relações nas suas leituras de poesia.
Intertextualidade e polifonia 
Alguns teóricos foram fundamentais nos estudos sobre intertextualidade e po-
lifonia. O primeiro deles e que desenvolveu seus estudos na década de 1920, foi 
Mikhail Bakhtin (1895-1975), teórico russo da cultura e da arte europeias que 
prestou inestimáveis contribuições aos estudos linguísticos. Para esse estudioso, o 
sujeito é histórico e social, ou seja, constituído pela ideologia, classe social e cultura 
a qual pertence. Sendo assim, quando se expressa, verbalmente ou pela escrita, 
não é único e individual, mas sim atravessado pela perspectiva de outras vozes 
que o constituem como um ser no mundo, atrelado ao seu tempo e ao seu espaço. 
Antes mesmo de se comunicar com outras pessoas por meio do texto que 
escreveu, o sujeito, que fala ou escreve, estabelece um diálogo, consciente 
ou inconsciente, com o seu meio, sua história e sua memória. A esse diálogo 
damos o nome de dialogismo. Bakhtin afirmou que o dialogismo é constitutivo 
da linguagem e condição para o sentido do discurso, ou seja, além do diálogo 
estabelecido entre quem escreve e quem lê, ou entre quem fala e quem escuta, 
sempre terá existido um diálogo prévio, entre quem escreveu ou quem falou e 
a cultura que o constituiu. Como afirma o escritor brasileiro Cristóvão Tezza 
(1988, p. 55):“[...] nossas palavras não são ‘nossas’ apenas; elas nascem, vivem 
e morrem na fronteira do nosso mundo e do mundo alheio; elas são respostas 
explícitas ou implícitas às palavras do outro, elas só se iluminam no poderoso 
pano de fundo das mil vozes que nos rodeiam”.
 Partindo dessa ideia de dialogismo da linguagem, é mais fácil entender o 
diálogo entre os muitos textos de uma cultura que se instalam no interior de 
cada texto, ou a relação entre textos que chamamos de intertextualidade, ou, 
ainda, as diferentes vozes dentro de um texto que polemizam entre si, comple-
tam sentidos ou respondem a outras vozes, definindo o conceito de polifonia. 
Na década de 1960, a filósofa búlgaro-francesa Julia Kristeva, nascida 
em 1941, e que vivia na França desde aquela década, partiu do conceito de 
dialogia de Bakhtin para cunhar o termo intertextualidade, ao dizer que “[...] 
todo texto se constrói como um mosaico de citações, todo texto é absorção e 
transformação de um outro texto. Em lugar da noção de intersubjetividade, 
instala-se a de intertextualidade, e a linguagem poética lê-se pelo menos como 
dupla” (KRISTEVA, 1974, p.62). Kristeva diz que a linguagem poética deve 
ser lida como dupla, pois ocorre tanto no eixo sujeito-destinatário (texto escrito 
para o leitor) como no eixo texto-contexto, ou seja, o texto em sua relação 
com textos anteriores e/ou contemporâneos a ele.
A partir da noção de intertextualidade, um crítico literário francês, Gerard 
Genette (1930-2018), escrevendo no final da década de 1970, criou uma tipologia 
Intertextualidade, polifonia e conectores2
muito útil para identificar as diferentes manifestações da intertextualidade. 
Genette faz uso de uma analogia entre os antigos pergaminhos de peles de ani-
mais, cujas inscrições eram sobrepostas após terem sido raspadas as inscrições 
anteriores, o palimpsesto, e as relações que se estabelecem entre os textos: 
Um palimpsesto é um pergaminho cuja primeira inscrição foi raspada para 
se traçar outra, que não a esconde de fato, de modo que se pode lê-la, por 
transparência, o antigo sob o novo. Assim no sentido figurado, entenderemos 
como palimpsestos (mais literalmente hipertextos), todas as obras derivadas 
de uma obra anterior, por transformação ou por imitação. Dessa literatura 
de segunda mão, que se escreve através da leitura, o lugar e a ação no campo 
literário geralmente, e lamentavelmente, não são reconhecidos. Tentamos 
aqui explorar esse território. Um texto pode sempre ler um outro, e assim por 
diante, até o fim dos textos. Este meu texto não escapa à regra: ele a expõe 
e se expõe a ela. Quem ler por último lerá melhor (GENETTE, 2010, p. v).
Genette entende a relação entre textos por meio de cinco categorias, que, 
segundo ele, não se pretendem exaustivas ou definitivas: intertextualidade, 
paratextualidade, metatextualidade, hipertextualidade e arquitextualidade. 
Para ele, a intertextualidade em sentido amplo, como vimos até agora, pode 
ser delimitada de forma mais didática, o que pode ajudar você a explorar 
melhor os significados dos textos que vier a ler.
  Intertextualidade: termo caracterizado pela presença de dois ou vários textos, ou 
seja, a presença efetiva de um texto em outro, por exemplo, citação, plágio ou alusão. 
  Paratextualidade: é a relação de acompanhamento de um texto em relação a outro, por 
exemplo, títulos, subtítulos, prefácios, posfácios, advertências, prólogos; notas marginais, 
de rodapé, de fim de texto, epígrafes; ilustrações; errata, orelha, capa, dedicatória, etc. 
  Metatextualidade: é a relação de comentário que une um texto a outro do qual 
ele fala, por exemplo, crítica literária, comentário e explicação.
  Hipertextualidade: é a relação que une um texto B (hipertexto) a um texto A (hipo-
texto), do qual ele se origina. Pode assumir a forma de paródia, pastiche, imitação, por 
exemplo, o Ulysses do escritor James Joyce foi construído a partir da Odisseia de Homero. 
  Arquitextualidade: relação do texto com a estruturação específica de um de-
terminado tipo de discurso, gêneros literários, ou modos de enunciação de um 
determinado estilo, por exemplo, convenções que permitem definir o texto como 
romance, poema, texto jornalístico. 
3Intertextualidade, polifonia e conectores
Bem, agora que você já sabe o que são e como identificar as relações 
intertextuais, vamos falar de outro aspecto interessante de estudo: a polifo-
nia. Essa palavra foi emprestada da arte musical e é entendida como “[...] o 
efeito obtido pela sobreposição de várias linhas melódicas independentes, 
mas harmonicamente relacionadas. Bakhtin emprega-a ao analisar a obra 
de Dostoiévski, considerada por ele como um novo gênero romanesco – o 
romance polifônico” (TEZZA, 2002, p. 90). Nesse tipode romance, as vozes 
dos personagens se expressam com independência; e o leitor entra em contato 
com múltiplas consciências, ideologicamente distintas e que não se subordinam 
à consciência ou à ideologia do autor. O autor do romance pode representar, 
portanto, entre outros aspectos, a diversidade social. No texto polifônico, 
as diversas vozes se explicitam, são percebidas pelo leitor e não há voz que 
prevaleça; já em textos monofônicos, pelo contrário, as vozes se ocultam 
sob a aparência de uma única voz. O que Bakhtin defende é que, embora o 
discurso seja dialógico e, como já vimos, permeado por ideias e palavras de 
outras pessoas e outros tempos, essas vozes podem ser aceitas ou negadas, 
de forma explícita, como nos romances de Dostoiévski, ou disfarçadas, como 
no texto monofônico.
Você pode estar se perguntando agora como esse fenômeno se dá na poesia, 
já que no romance o autor cria diversos personagens e tem espaço suficiente 
para desenvolver as suas diferentes visões de mundo e, na poesia, isso talvez 
não seja possível.
Ao desenvolver seus estudos, Bakhtin se ateve à prosa romanesca como 
polifônica, e não à poesia, que considerou, àquela altura, monofônica. Porém, é 
possível aplicar a ideia de um ‘eu poético’ que coloca em cena as vozes e pontos 
de vista de outros ‘eus’, especialmente na poesia modernista e contemporânea, 
que explora bastante esse aspecto, embora possamos encontrá-lo em textos 
escritos em verso anteriormente. 
Como ilustração de polifonia na poesia, vamos usar como exemplo a pri-
meira estrofe do Poema em linha reta, de Álvaro de Campos: “Nunca conheci 
quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões 
em tudo”. O eu poético aqui mostra a oposição de sua voz contra outras vozes. 
O sentido irônico se constrói desde o início do poema e se desenvolve para 
mostrar o conflito do eu poético com o seu sofrimento pessoal diante da 
felicidade e da vida perfeita de seus conhecidos, embora ele perceba que são 
apenas aparências, já que a maioria das pessoas não confessa seus fracassos.
Veja mais um exemplo de polifonia, em um poema da escritora norte-
-americana Emily Dickinson (1830-1886):
Intertextualidade, polifonia e conectores4
Some keep the Sabbath going to Church –
I keep it, staying at Home –
With a Bobolink for a Chorister –
And an Orchard, for a Dome –
Some keep the Sabbath in Surplice –
I, just wear my Wings –
And instead of tolling the Bell, for Church,
Our little Sexton – sings.
God preaches, a noted Clergyman –
And the sermon is never long,
So instead of getting to Heaven, at last –
I’m going, all along.
O eu poético se contrapõe a outras vozes, àquelas das pessoas que vão à 
igreja aos domingos enquanto ela fica em casa: “Algumas pessoas guardam 
o domingo indo à igreja, eu o guardo ficando em casa, com um pássaro 
como membro do coro, e um pomar como cúpula [da igreja]”; e continua as 
comparações: “algumas guardam o domingo em vestes brancas [eclesiásticas], 
eu apenas visto minhas asas, e ao invés de repicar o sino para a igreja, nosso 
pequeno sacristão [o pássaro] canta”. Na última estrofe, o eu poético diferencia 
a sua relação com Deus da de outras pessoas: “Deus é quem prega, clérigo 
notável, e seu sermão não é longo; então, ao invés de ir para o céu só no final 
[ao morrer], eu o tenho o tempo todo”. 
Na década de 1980, o linguista francês Oswald Ducrot, nascido em 1930 e 
professor universitário da Escola de Estudos Avançados de Ciências Sociais 
em Paris, desenvolveu a teoria da argumentação da língua, que contempla a 
polifonia e vem sendo usada para dar conta também desse fenômeno na poesia. 
Embora Ducrot, ao contrário de Bakhtin que considerava fatores externos à 
língua, tenha estudado aspectos estritamente linguísticos para investigar as 
diferentes vozes de um enunciado, é possível encontrar pontos de contato 
entre seus estudos. Bakhtin não desconsiderou a importância de se estudar os 
fenômenos linguísticos, embora o discurso seja social e interacional; e Ducrot, 
por sua vez, não se furta a aceitar a ideia de um contexto extralinguístico ao 
incluir a polifonia em seus estudos.
Ducrot trabalha a noção de locutor e enunciador dentro de todos os tipos 
de discurso. O locutor é o responsável pela enunciação, já os enunciadores não 
expressam palavras, são vozes implícitas que expressam pontos de vista, que 
serão organizados pelo autor, sendo possível se identificar ou se opor a elas, 
como nos dois exemplos que você viu anteriormente. Esse desdobramento, 
5Intertextualidade, polifonia e conectores
sem dúvida, facilitou o estudo da poesia, em que geralmente só temos o eu 
poético como responsável pela enunciação.
Agora que você está mais familiarizado com os aspectos da intertextualidade 
e da polifonia, vamos verificar o poema These Poems, She Said, do poeta cana-
dense Robert Bringhurst, nascido em 1946, em que se pode identificar claramente 
as duas vozes de um casal (polifonia) e a alusão à Platão (intertextualidade):
These Poems, She Said
These poems, these poems,
these poems, she said, are poems
with no love in them. These are the poems of a man
who would leave his wife and child because
they made noise in his study. These are the poems
of a man who would murder his mother to claim
the inheritance. These are the poems of a man
like Plato, she said, meaning something I did not
comprehend but which nevertheless
offended me. These are the poems of a man
who would rather sleep with himself than with women,
she said. These are the poems of a man
with eyes like a drawknife, hands like a pickpocket’s
hands, woven of water and logic
and hunger, with no strand of love in them. These
poems are as heartless as birdsong, as unmeant
as elm leaves, which, if they love, love only
the wide blue sky and the air and the idea
of elm leaves. Self-love is an ending, she said,
and not a beginning. Love means love
of the thing sung, not of the song or the singing.
These poems, she said
You are, he said,
beautiful.
That is not love, she said rightly.
Ao ler poesia você deve ter em mente que a forma e o conteúdo devem ser 
considerados. Portanto, além de buscar o sentido nas imagens trazidas pelo 
poema, metáforas e outras figuras de linguagem, intertextualidade e polifonia, 
você deve prestar atenção também à forma do poema. Como a poesia é conce-
bida para ser lida em voz alta, declamada, recitada, as estratégias discursivas e 
convenções literárias e poéticas buscam provocar diferentes efeitos na audiência. 
Um bom exercício, além de divertido, é ler poesia em voz alta, fazendo uso dos 
recursos fônicos trazidos pela métrica e rima para expressar dramaticidade, 
comicidade, melancolia e tantos outros sentimentos e estados de ânimo.
Intertextualidade, polifonia e conectores6
Quanto maior for o seu repertório de leituras, mais facilmente você identificará a 
presença de intertextualidade e polifonia nos textos. No caso da poesia inglesa, procure 
ler o contexto cultural e histórico da época em que foi produzida, bem como dados 
biográficos do autor, para que você possa usufruir do prazer estético da poesia, e 
descobrir, como em um jogo, as diversas possibilidades de relações intra e extratextuais 
que certamente trarão mais luz a suas análises.
Coesão e coerência
A coerência é o que dá sentido ao texto, ou seja, as ideias ali expressas devem 
propiciar um entendimento pleno e harmônico ao leitor, e todas as partes do 
texto devem se encaixar de maneira organizada e complementar. É importante 
que o texto seja fl uido, bem articulado nos níveis cognitivo, lógico e semântico. 
A coesão, por sua vez, refere-se aos mecanismos linguísticos utilizados para 
tornar o conteúdo coerente, é a responsável pela fl uidez do texto. Nas palavras 
dos linguistas Ingedore Koch e Luiz Carlos Travaglia, temos que a 
coerência é um princípio de interpretabilidade e compreensão do texto, carac-
terizado por tudo de que o processo aí implicado possa depender. A coesão 
é explicitamente revelada atravésde marcas linguísticas, índices formais na 
estrutura da sequência linguística e superficial do texto [...] e se manifesta na 
organização sequencial deste (KOCH; TRAVAGLIA, 1997, p. 13).
Desta citação podemos apreender que a coerência e a coesão são fatores 
linguísticos que estão intrinsicamente ligados e fazem parte da construção 
do texto.
Não se pode esquecer que a interpretação do sentido de um texto depende, 
essencialmente, do conhecimento de mundo do leitor, ou seja, fatores extra-
linguísticos. Não é exagero afirmar que um texto só pode existir a partir do 
momento em que é lido, dependendo, portanto, da interação entre quem escreve 
e quem lê, bem como do conhecimento de mundo desse leitor. Por isso, devemos 
ter em mente ao escrever que os recursos de coesão devem ser escolhidos 
de maneira apropriada, para que o texto expresse de forma mais abrangente 
possível o conteúdo ali existente, bem como os recursos de intertextualidade e 
polifonia marcados textualmente para que possam ser apreendidos pelo leitor. 
7Intertextualidade, polifonia e conectores
Da mesma forma, ao ler determinado texto, deve-se prestar atenção às marcas 
linguísticas que possam auxiliar na interpretação do que está sendo lido. A 
leitura vai muito além da simples decodificação de palavras, já que o texto 
não é formado de elementos isolados, mas compõe uma totalidade semântica, 
em que os componentes estabelecem entre si relações de significação. Além 
da dimensão sintático-semântica, o texto também traz em si uma dimensão 
pragmática, que se refere ao que está em sua volta, o contexto sociocultural.
Para Beaugrande e Dressler (1981 apud KOCH; TRAVAGLIA, 2009), a cons-
trução do texto é centrada em elementos do próprio texto, como coesão, coerência e 
intertextualidade e, também, em elementos pragmáticos, que representam uma ação 
entre os interlocutores, como a intencionalidade, que é o esforço de se produzir 
uma comunicação eficiente; a aceitabilidade, que se refere às expectativas do 
leitor diante do texto; a informatividade, a medida em que o texto é conhecido 
ou esperado pelo leitor; e a situcionalidade, adequação do texto a uma situação 
comunicativa. Nesta seção, você vai estudar os elementos coesivos de um texto, 
que podem ocorrer no nível da gramática ou do léxico (vocabulário).
Segundo Halliday e Hasan (1976), existem cinco mecanismos de coesão.
1. Referência: quando não se pode interpretar um elemento por si próprio, 
mas sim relacioná-lo a outro elemento para que se possa compreendê-lo. 
Há dois tipos de referência: a exofórica, ou situacional, ou seja, está 
fora do texto, como: “Você não se arrependerá de ler este anúncio.” 
Neste caso, a referência é o leitor. Já na endofórica, ou dentro do pró-
prio texto, o elemento de que se fala pode aparecer antes (anáfora) ou 
depois (catáfora) do elemento coesivo. Veja os exemplos: “O homem 
subiu correndo as escadas. Lá ele bateu na porta.” (anáfora); “Eles se 
formaram na UFRJ. Paulo e José são bons advogados.” (catáfora). 
2. Substituição: colocação de um item no lugar de outro no texto. Pode 
ser uma palavra ou uma oração, por exemplo, Ana comprou uma blusa 
vermelha, mas eu preferi uma azul. 
3. Elipse: omissão de um item, uma palavra, uma oração, por exemplo, 
“Você vai ao colégio hoje? Não.” (vou ao colégio hoje).
4. Conjunção: estabelece relações significativas entre elementos do texto, 
o que foi dito antes e o que será dito depois. Realiza-se por meio de 
conectores ou conjunções, as mais frequentes são aditiva, adversativa, 
causal e temporal e continuativa. Exemplos: “José estava sem dinheiro 
e assaltou um banco.” “José correu da polícia, mas acabou preso.” “José 
foi preso porque assaltou um banco.” “José foi preso quando assaltou 
um banco. Bem, José foi preso.”
Intertextualidade, polifonia e conectores8
5. Coesão lexical: obtida pela seleção de vocabulário. Pode ser de dois 
tipos: reiteração, quando se repete o mesmo item lexical ou sinôni-
mos, por exemplo, “Vi um menino correndo na rua. O garoto parecia 
assustado.”; ou colocação, que faz uso de termos do mesmo campo 
semântico, por exemplo, “Houve um grande roubo no Banco do Brasil. 
Várias viaturas transportaram os bandidos que foram capturados 
para a delegacia mais próxima.” 
Vamos dar uma olhada agora nos elementos coesivos presentes no poema 
Daffodils, do poeta inglês romântico William Wordsworth (1770-1850):
I wandered lonely as a cloud
That floats on high o’er vales and hills,
When all at once I saw a crowd,
A host, of golden daffodils;
Beside the lake, beneath the trees,
Fluttering and dancing in the breeze.
Continuous as the stars that shine
And twinkle on the milky way,
They stretched in never-ending line
Along the margin of a bay:
Ten thousand saw I at a glance,
Tossing their heads in sprightly dance.
The waves beside them danced; but they
Out-did the sparkling waves in glee:
A poet could not but be gay,
In such a jocund company:
I gazed—and gazed—but little thought
What wealth the show to me had brought:
For oft, when on my couch I lie
In vacant or in pensive mood,
They flash upon that inward eye
Which is the bliss of solitude;
And then my heart with pleasure fills,
And dances with the daffodils.
Referencial 
 ■ Exofórica: inward eye refere-se à visão interior do poeta.
 ■ Endofórica: por todo o poema referencias anafóricas de pronomes, 
conforme destaques.
 ■ Substituição: the show — refere-se à dança dos narcisos.
9Intertextualidade, polifonia e conectores
Elipse
___ fluttering and dancing (daffodils were)
___ tossing their heads (daffodils were)
A poet could not ______ but be gay (feel in other way)
____ continuous as stars that shine (daffodils have a brightness)
And ______ twinkle on the milky way (stars)
Ten thousand ______ saw I at a glance (daffodils)
And ______ dances with the daffodils (my heart)
Conjunção: o poema contém várias conjunções aditivas (and), adversativas 
(but) e temporais (oft, then).
Coesão lexical
 ■ Colocação: twinkle, sprightly, sparkle, que formam o mesmo campo 
semântico e exprimem vivacidade e prazer.
 ■ Repetição do mesmo item lexical: dancing, dance, danced, dances; 
gaze (repetido duas vezes).
 ■ Sinônimos: crowd e host; shine e twinkle; lake e bay; fluttering, 
dancing e tossing, glee, gay e jocund. 
Análise de poema 
É possível que agora você já tenha algumas ferramentas para analisar um 
poema. Primeiro, leia todo o poema para entender o seu contexto. Por exem-
plo, ao ler o verso “I wondered lonely as a cloud”, você já consegue saber 
que o eu poético traz uma experiencia pessoal de seu passado. Continuando 
a leitura, você verá que o eu poético descreve uma cena que ele presenciou e 
que lhe proporcionou grande alegria. A cena aconteceu próxima a um lago, 
com árvores e fl ores (narcisos), ou seja, em um ambiente natural. O poeta se 
recorda da beleza da cena quando está em casa, sozinho em seu sofá, quando 
está triste ou preocupado. Depois do contexto, você deve dar atenção aos 
elementos coesivos, intertextuais e polifônicos, se houver. Em uma análise 
mais aprofundada do poema, você poderá examinar a prosódia (estrutura 
métrica), ritmo, tom, voz, imagens e fi guras de linguagem. 
Intertextualidade, polifonia e conectores10
O texto em verso, muitas vezes, não apresenta tantos elementos coesivos como o 
texto em prosa, pois a linguagem é mais condensada. Para melhor interpretar poesia é 
preciso verificar como cada verso se relaciona com o seguinte e com o todo, a partir da 
reconstrução mental de elementos coesivos que se adequem ao texto. Um desafio da 
poesia em língua inglesa, principalmente em textos mais antigos, é a inversão na ordem 
da oração. Uma dica para facilitar a compreensão é reconstruir a oração em ordem direta, 
sujeito + verbo + objeto. Além disso, é essencial buscar o significado das palavras que 
você não conhece, pois, no poema, as palavras são escolhidas cuidadosamente para 
compor as imagens a serem expressadas. Dessa forma, o seu entendimento linguísticoserá mais completo, e você poderá passar para um segundo momento, o de apreciar 
as imagens, símbolos e metáforas trazidas pelo texto poético.
Relações internas e externas do texto em verso
Pelo que você já pode perceber, qualquer texto se relaciona com elementos 
presentes nele próprio e elementos externos a ele. No caso do texto em verso 
não é diferente: o poema se relaciona com o seu texto e o seu contexto. Re-
capitulando o que já vimos, temos que: a intertextualidade e a polifonia 
podem estar explícitas no poema ou externas a ele; e os mecanismos de coesão 
textual em geral estão dentro do texto, com exceção da referência exofórica, 
que se refere a um elemento externo. Vamos, agora, examinar alguns poemas 
em língua inglesa e suas relações internas e externas:
a) A Pact, Ezra Pound (1916)
I make a pact with you, Walt Whitman
I have detested you long enough.
I come to you as a grown child
Who has had a pig-headed father;
I am old enough now to make friends.
It was you that broke the new wood,
Now is a time for carving.
We have one sap and one root - 
Let there be commerce between us.
11Intertextualidade, polifonia e conectores
  Internas 
 ■ Título: paratextualidade.
 ■ Verso 1: intertextualidade, alusão a Walt Whitman, poeta transcen-
dentalista que precedeu Pound; referência catafórica.
 ■ Verso 2: referência anafórica.
 ■ Verso 3: referência anafórica e elipse (as a grown child comes).
 ■ Verso 4: coesão lexical pig-headed father (predecessores).
 ■ Verso 5: elipse (make friends with you).
 ■ Verso 6: referência anafórica.
 ■ Versos 6 e 7: colocação (mesmo campo semântico). 
 ■ Verso 8: colocação (mesmo campo semântico).
  Externas: como poeta modernista, Pound escreve para um predecessor, 
o transcendentalista Walt Whitman. Os modernistas queriam romper 
com a estética romântica e realista, mas Pound reavalia sua posição e 
admite reconhecer a importância do transcendentalista para os expe-
rimentalismos poéticos que vieram com o modernismo.
b) The Reader, Robert Bringhurst (2011)
Who reads her while she reads? Her eyes slide
under the paper, into another world
while all we hear of it
or see is the slow surf of turning pages.
Her mother might not recognize her,
soaked to the skin as she is in her own shadow.
How could you then? You with your watch and your tongue
still running, tell me: how much does she lose
when she looks up? When she lifts
the ladles of her eyes, how much
flows back into the book, and how much
spills down the walls of the overflowing world?
Children, playing alone, will sometimes
come back suddenly, seeing what it is
to be here, and their eyes are altered. Hers too. Words
she’s never said reshape her lips forever.
  Relações internas: de coerência e polifonia.
  Externas: do mundo do livro que a mulher lê.
Intertextualidade, polifonia e conectores12
c) A Supermarket in California, Allen Ginsberg (1955)
What thoughts I have of you tonight, Walt Whitman, for I walked down the 
sidestreets under the trees with a headache self-conscious looking at the 
full moon.
In my hungry fatigue, and shopping for images, I went into the neon fruit 
supermarket, dreaming of your enumerations!
What peaches and what penumbras! Whole families shopping at night! 
Aisles full of husbands! Wives in the avocados, babies in the tomatoes! — 
and you, Garcia Lorca, what were you doing down by the watermelons?
I saw you, Walt Whitman, childless, lonely old grubber, poking among the 
meats in the refrigerator and eyeing the grocery boys.
I heard you asking questions of each: Who killed the pork chops? What 
price bananas? Are you my Angel?
I wandered in and out of the brilliant stacks of cans following you, and 
followed in my imagination by the store detective.
We strode down the open corridors together in our solitary fancy tasting 
artichokes, possessing every frozen delicacy, and never passing the cashier.
Where are we going, Walt Whitman? The doors close in an hour. Which 
way does your beard point tonight?
(I touch your book and dream of our odyssey in the supermarket and feel 
absurd.)
Will we walk all night through solitary streets? The trees add shade to 
shade, lights out in the houses, we’ll both be lonely.
Will we stroll dreaming of the lost America of love past blue automobiles 
in driveways, home to our silent cottage?
Ah, dear father, graybeard, lonely old courage-teacher, what America did 
you have when Charon quit poling his ferry and you got out on a smoking 
bank and stood watching the boat disappear on the black waters of Lethe?
  Internas: elementos coesivos, intertextualidade.
  Externas: contexto dos Estados Unidos em diferentes períodos, tradição 
literária. 
No link a seguir, você pode acessar mais informações sobre a polifonia em Bakhtin.
https://goo.gl/nF22MJ
13Intertextualidade, polifonia e conectores
https://goo.gl/nF22MJ
Veja as relações internas e externas do poema I too Sing America de Langston Hugues, 
escrito em 1932:
I, Too, Sing America by Langston Hughes
I, too, sing America.
I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.
Tomorrow,
I’ll be at the table
When company comes.
Nobody’ll dare
Say to me,
“Eat in the kitchen,”
Then
Besides,
They’ll see how beautiful I am
And be ashamed-
I, too, am America.
  Externas: com outros, as pessoas que tinham preconceito (I am the darker brother 
— o irmão mais escuro —, they, nobody).
  Internas: mecanismos de coesão textual (elipse, conjunção). 
1. O teórico Mikhail Bakhtin defendia 
o caráter dialógico dos discursos 
porque acreditava que:
a) o eu lírico funcionasse como 
locutor do discurso, apenas 
organizando as diferentes 
vozes dentro dele; vozes essas 
chamadas de enunciadores, 
mas, por vezes, silenciosas.
b) o sujeito é um ser histórico 
social que possui classe social, 
memória, história e ideologia, 
portanto, falam nele outras 
vozes que o precederam e 
as contemporâneas a ele.  
c) a polifonia fosse a característica 
principal dos discursos.
Intertextualidade, polifonia e conectores14
d) as interações sociais exigiam 
do sujeito uma postura 
aberta ao diálogo.
e) as ideias de gerações passadas 
seriam incorporadas e 
modificadas por aquelas 
que as sucediam. 
2. Gerard Genette, linguista francês, 
desenvolveu na década de 1970 
uma categorização para o aspecto 
da intertextualidade. A esse 
respeito, é correto afirmar que: 
a) a crítica literária é classificada 
como paratextualidade, pois é 
um texto que acompanha outro.  
b) a relação que se estabelece entre 
o texto original e a sua reescritura 
é de hipertextualidade.
c) a arquitextualidade relaciona 
um texto a seu prefácio.
d) a metatextualidade exige que 
um texto esteja contido no outro.
e) a relação entre o texto e 
sua estruturação formal, 
como rima, ritmo, métrica, 
chama-se intertextualidade.
3. Na análise textual, seja em 
prosa ou em poesia, devemos 
examinar elementos sintático-
semânticos e pragmáticos. 
Assinale a opção que contenha 
apenas elementos pragmáticos.
a) Biografia do autor, figuras 
de linguagem, ano de 
publicação e métrica. 
b) Local da publicação, intenção 
do autor, gênero textual 
e locutor-enunciador.
c) Contexto histórico, dados 
biográficos, resenha crítica 
e local da publicação. 
d) Epígrafe, público leitor, 
metáfora e poema épico.
e) Contexto social, prosódia, 
recepção e eu lírico.
4. Qual a diferença entre discurso 
polifônico e monofônico, 
de acordo com Bakhtin?
a) O discurso monofônico 
apresenta apenas um gênero 
discursivo e o polifônico 
mistura dois ou mais gêneros.
b) O discurso polifônico 
expressa diversas ideias e o 
monofônico apenas uma.
c) O discurso polifônico apresenta 
sons de diversas espécies e 
o monofônico é silencioso.
d) No discurso monofônico só há 
uma voz e no polifônico, muitas. 
e) No discurso monofônico 
há uma voz predominante, 
e no discurso polifônico as 
vozes são equipolentes.
5. Qual a relação existenteentre 
o verso Wives in the avocados, 
babies in the tomatoes! — and 
you, Garcia Lorca, what were you 
doing down by the watermelons? 
e o escritor Garcia Lorca? 
a) Colocação.
b) Substituição.
c) Metatextualidade.
d) Intertextualidade.
e) Reiteração.
15Intertextualidade, polifonia e conectores
GENETTE, Palimpsestos: a literatura de segunda mão. Belo Horizonte: Viva Voz, 2010.
HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Cohesion in English. London: Longman, 1976.
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. A coesão textual. 21. ed. São Paulo: Contexto, 2009.
KOCH, I. G. V.; TRAVAGLIA, L. C. Texto e coerência. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 1997.
KRISTEVA, J. A palavra, o diálogo, o romance. In: KRISTEVA, J. Introdução à semanálise. 
São Paulo: Perspectiva, 1974. p.61-90.
TEZZA, C. Discurso poético e discurso romanesco na teoria de Bakhtin. In: FARACO, 
C. A. (Org.). Uma introdução a Bakhtin. Curitiba: Hatier, 1988. p. 51-71.
TEZZA, C. Polifonia e ética. Revista Cult, v. 6, n. 59, jul. 2002.
Leituras recomendadas
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BARBISAN, L.B.; TEIXEIRA, M. Polifonia: origem e evolução do conceito em Oswald 
Ducrot. Organon, Porto Alegre, v. 16, n. 32-33, p.161-180, 2002. Disponível em: <http://
seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/29792/18411>. Acesso em: 24 jun. 2018.
BARROS, D. L. P.; FIORIN, J. L. (Org.). Dialogismo, polifonia, intertextualidade: em torno 
de Mikhail Bakhtin. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2003. BRAIT,B. (Org.). Bakhtin: conceitos-
-chave. São Paulo: Contexto, 2005.
CURY, M. Z. F. Intertextualidade. Glossário CEALE, 2018. Disponível em: <http://ceale.
fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/intertextualidade>. Acesso em: 
24 jun. 2018. FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Ática, 2006.
KOCH, I. G. V.O texto e a construção dos sentidos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1998.
MIRENAYAT, S. A.; SOOFASTAEI, E. Gerard Genette and the Categorization of Textual 
Transcendence. Mediterranean Journal of Social Sciences, v. 6, n. 5, Sept. 2015. Disponí-
vel em: <http://www.mcser.org/journal/index.php/mjss/article/viewFile/7520/7202>. 
Acesso em: 24 jun. 2018.
SILVA, V. M A. Teoria da literatura. 8. ed. Coimbra: Almedina, 2018. 
Intertextualidade, polifonia e conectores16
http://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/29792/18411
http://fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/intertextualidade
http://www.mcser.org/journal/index.php/mjss/article/viewFile/7520/7202
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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