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UA bases estabilizadas granulometricamente

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Prévia do material em texto

Bases estabilizadas 
granulometricamente
Apresentação
A escolha dos materiais para a construção de pavimentos deve ser feita com base em suas 
características mecânicas, físicas e, principalmente, econômicas, mesmo que os materiais granulares 
usualmente empregados estejam cada vez mais escassos. Nesse contexto, surge a necessidade de 
aplicar métodos que tornem esses materiais apropriados, de modo a atender as especificações 
mínimas exigidas para sua utilização, como é o caso da técnica de estabilização dos solos. Este 
processo confere ao solo maior resistência estável às cargas, à erosão ou ao desgaste, por meio de 
compactação, correção da sua granulometria e de sua plasticidade ou de adição de substâncias que 
lhe confiram uma coesão por cimentação ou aglutinação dos grãos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá estudar o que é e qual a importância da estabilização de 
materiais, de modo a diferenciar os seus principais métodos de aplicação, em especial o de 
estabilização granulométrica de bases de pavimentos.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o que é estabilização e qual a importância de sua aplicação.•
Diferenciar os principais métodos de estabilização.•
Definir estabilização granulométrica.•
Infográfico
As características de um solo podem ser alteradas por diferentes métodos conhecidos como 
estabilização, entre o quais podemos citar os tratamentos químicos, térmicos e mecânicos. Por 
meio desses métodos as propriedades do solo são modificadas para satisfazer as necessidades 
específicas da engenharia. No entanto, é importante lembrar que a estabilização não é 
necessariamente uma solução 100% eficiente pela qual cada propriedade do solo é alterada para 
melhor. O uso correto exige reconhecimento de quais as propriedades do solo devem ser 
melhoradas.
Veja no Infográfico a seguir, as principais características de cada um dos métodos de estabilização.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6b7eedac-f328-44d4-bec1-3ed3e7379b35/94a68c83-886c-40dc-b236-657e9f87bcf6.jpg
Conteúdo do livro
Estabilizar solos é a técnica de melhorar as características do material que não atendem às 
especificações técnicas, adequando-os para serem empregados em obras de engenharia. Muitos 
materiais utilizados, nas mais diferentes áreas construtivas da engenharia civil, não podem ser 
utilizados no mesmo estado em que foram retirados do local das jazidas, ou ainda não atendem a 
uma série de especificações técnicas de serviço, sendo assim necessário o emprego da técnica de 
estabilização para melhorar suas propriedades. Usualmente, as técnicas de estabilização de solos 
empregadas na pavimentação são a química, a mecânica e a granulométrica.
Para saber mais, acompanhe a leitura do capítulo Bases estabilizadas granulometricamente, da obra 
Projeto de Estradas, que serve como base teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura.
PROJETO
DE ESTRADAS
Fernanda Dresch
Revisão técnica
Shanna Trichês Lucchesi
Mestre em Engenharia de Produção (UFRGS)
Professora do curso de Engenharia Civil (FSG)
 
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
D773p Dresch, Fernanda.
Projeto de estradas / Fernanda Dresch ; [revisão 
técnica : Shanna Trichês Lucchesi]. – Porto Alegre : 
SAGAH, 2018.
204 p. : il. ; 22,5 cm 
ISBN 978-85-9502-303-1
1. Engenharia civil. 2. Estradas. I. Título.
CDU 625.7
NOTA
As Normas ABNT são protegidas pelos direitos autorais por força 
da legislação nacional e dos acordos, convenções e tratados em 
vigor, não podendo ser reproduzidas no todo ou em parte sem 
a autorização prévia da ABNT – Associação Brasileira de Normas 
Técnicas. As Normas ABNT citadas nesta obra foram reproduzidas 
mediante autorização especial da ABNT.
Bases estabilizadas 
granulométricamente
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar a estabilização e suas principais características. 
 � Diferenciar os principais métodos de estabilização.
 � Projetar a estabilização granulométrica. 
Introdução
Para construir um pavimento necessitamos de diferentes materiais na 
composição de suas camadas. O ideal seria aproveitar os materiais, como, 
por exemplo, o solo já existente no local a ser realizado a obra. Contudo, 
muitas vezes, os materiais presentes no local da obra não atendem as 
especificações mínimas exigidas para a sua utilização. Por esse motivo, 
surgiu a necessidade de criar métodos para tornar esses materiais mais 
apropriado para a sua utilização, por meio da técnica de estabilização 
desse material. 
Neste capítulo, você aprenderá sobre a importância de fazer a estabi-
lização de materiais. Além disso, saberá diferenciar os principais métodos 
de estabilização e ainda entenderá, em especial, a estabilização granu-
lométrica de bases de pavimentos. 
Estabilização e suas principais características
Os solos são utilizados nas mais diferentes áreas construtivas da engenharia 
civil e, em alguns casos, o solo não pode ser utilizado com o mesmo estado 
em que foi retido do local das jazidas, ou ainda, não atendendo uma série de 
especificações técnicas de serviço, fez-se necessário o emprego da técnica 
de estabilização. A estabilização, não é um procedimento novo, e sim uma 
técnica que a anos vem sendo utilizada. Com o auxílio da literatura, é possível 
constatar que uma das primeiras técnicas de estabilização criadas pelo homem 
foi a mistura de argila e areia, que além de visar a estabilização do material, 
tinha como objetivo melhorar as vias utilizadas para o transporte. 
Segundo Ingles e Metcalf (1972), para um solo se tornar adequado para 
utilização é necessário avaliar:
 � se adaptamos os projetos conforme os padrões suficientes para conseguir 
atender as restrições impostas;
 � se optamos pela remoção do material e o substituímos por um de qua-
lidade superior;
 � ou ainda, se alteramos as características do solo existente criando um 
material capaz de aguentar as exigências para determinada utilização.
No meio rodoviário, um pavimento deve resistir as cargas oriundas do 
tráfego e por meio do procedimento de estabilização, o qual está diretamente 
relacionado aos procedimentos de tratamento de uma camada para uma melhor 
resistência, o mesmo ser capaz de suportar essas cargas. Para esse serviço os 
materiais asfálticos utilizados são cimento, cal e também a técnica de granu-
lometria. Esses aditivos são considerados materiais convencionais usados na 
estabilização de solos, em especial na estabilização de camadas de pavimento 
rodoviário.
Conforme Houben e Guillaud (1994), a definição de estabilização de solo 
faz referência a qualquer processo, seja ele natural ou artificial, pelo qual o 
solo sobre efeito de cargas aplicadas se torna mais resistente à deformação e ao 
deslocamento do que o solo natural. Esses processos consistem em alterar as 
características do sistema solo-água-ar, tendo a intenção de obter propriedades 
de longa duração compatíveis com uma aplicação particular.
Marques (2006) ressalta que o processo de estabilização, utilizados para 
um determinado solo ou material, apresenta como finalidade atribuir a esse 
uma capacidade de resistir e suportar as cargas e aos esforços provenientes do 
tráfego, visto que, frequentemente, são aplicados sobre o pavimento. Dessa 
maneira, por meio da técnica de estabilização, temos os subleitos, as sub-bases 
e bases preparados para resistir ao longo da sua vida útil, sem deslocamentos 
apreciáveis, desgaste excessivos e desagregação devido às intempéries. Ainda, 
com o conhecimento das técnicas apropriadas de estabilização, consegue-se 
nortear a consideráveis reduções nos tempos de execução de obras, e com isso, 
possibilita-se uma redução considerável do custo para o empreendimento.
Lima, Rohm e Barbosa (1993) comentaque a estabilização de um solo 
envolve alguns requisitos como, por exemplo, suas propriedades de resistência 
Bases estabilizadas granulométricamente86
mecânica e suplementação necessária para um determinado uso em termos 
físicos, químicos e mecânicos; além da escolha de um método com bases 
econômicas e práticas para o estudo dos materiais e, ainda, a construção a 
qual consiste, geralmente, na mistura dos materiais, na compactação e nas 
considerações de ordem econômica com relação ao custo de cada material.
Conforme Ingles e Metcalf (1972), um solo pode ter suas características 
alteradas a partir de várias maneiras, por exemplo, através de tratamentos 
químicos, térmicos, mecânicos e de outros meios, porém, deve se levar em 
consideração que nem sempre a estabilização será necessariamente uma solução 
100% eficiente. O uso correto, dessas técnicas, exige reconhecimento de quais 
as propriedades do solo devem ser melhoradas, e esta exigência específica de 
engenharia é fator importante na decisão de estabilizar ou não. 
A estabilização em pavimentos é direcionada, além do subleito, para as 
camadas sob o revestimento utilizado, como bases e sub-bases. Com relação 
as camadas de base, essas podem ser construídas de fragmentos de pedra, 
escórias, solo-agregados, materiais granulares tratados com cimento, entre 
outros. No caso de pavimentos asfálticos, a camada de base encontra-se perto 
da superfície, por conseguinte, deve possuir elevada resistência de deformação, 
a fim de resistir às altas pressões que lhe são impostas. Sendo assim, estas 
camadas podem ser executadas com algum tipo de estabilização para melhorar 
seu desempenho. Van Impe (1989) nomeia sua obra em técnica de melhorias 
sendo como “state of the art” (estado da arte), em que os seguintes grupos 
são distinguidos em: 
 � as técnicas de melhoria de solo temporárias: limitada ao período de 
construção; 
 � e melhoramento do solo permanente: técnicas são aplicadas para melho-
rar o solo natural em si, sem a adição de materiais; melhoria permanente 
do solo com a adição de materiais. 
Para Ingles e Metcalf (1972) as principais propriedades de um solo com as 
quais devem haver preocupações na construção são a estabilidade de volume, 
resistências, permeabilidade e durabilidade. Embora os tratamentos de cor-
reção disponham de ferramentas para melhorar mais de um desses fatores ao 
mesmo tempo, é importante que os engenheiros projetistas avaliem cada um 
particularmente antes de englobá-los. E assim, como citado anteriormente, 
Ingles e Metcalf também mencionam que a estabilização deve ser considerada 
não só em termos de melhoria, mas também como uma medida preventiva 
87Bases estabilizadas granulométricamente
contra situações adversas que possam ocorrer durante as execuções e durante 
toda vida da estrutura. 
Principais métodos de estabilização
Estabilização mecânica
Segundo Marques (2006), o objetivo da estabilização mecânica é atribuir 
ao solo (ou mistura de diferentes solos) uma condição de densidade máxima 
relacionada a uma energia de compactação e umidade ótima. Além disso, 
também conhecida como estabilização por compactação, sua metodologia é 
aplicada na construção das camadas de um pavimento, sendo complementar 
a outras metodologias de estabilização. Alguns autores afirmam que a esta-
bilidade mecânica depende, em sua maior parte, dos materiais empregados 
e da sua compactação, pois qualquer material bem compactado aumenta sua 
densidade, tornando-se mais resistente. 
Conforme Medina e Motta (2005), a estabilização mecânica é o método 
mais utilizado e mais antigo na construção de estradas. Por aplicação de uma 
energia externa de compactação aplicada ao solo, sua compressibilidade e a 
permeabilidade diminuem o volume de vazios, tornando-os mais resistentes 
aos esforços externos. Cristelo (2011) comenta que outras razões para que se 
procure sempre atingir o menor índice de vazios possível deve-se à possibilidade 
de ocorrência de fenômenos de liquefação ou mesmo devido ao fato de alguns 
solos, que possuem grande volume de vazios, apresentarem comportamento 
colapsível, sendo assim, a introdução de água em uma estrutura desse tipo 
diminui as forças entre as partículas e funciona como um lubrificante que 
permite que essas partículas deslizem umas em relação às outras, ocupando 
os espaços antes vazios. Sendo assim, uma compactação adequada reduz o 
risco de colapso.
Estabilização granulométrica 
Esse procedimento consiste em modificar as propriedades dos solos, por meio 
da adição ou retirada de partículas de solo. Essa metodologia é fundamentada 
basicamente na aplicação de alguns materiais ou na mistura de dois ou mais, 
de forma que se enquadram em uma determinada especificação.
Bases estabilizadas granulométricamente88
Estabilização química 
Quando uma combinação de materiais com estabilidade mecânica apropriada, 
não pode ser alcançada, ou ainda em que a resistência deve ser melhorada, é 
preciso ser empregado a estabilizaçã32 o por meio da adição de estabilizantes 
químicos. Conforme Yoder e Witczak (1975), podem ser utilizados para a 
estabilização de solos variados tipos de aditivos como, por exemplo, agentes de 
cimentação, modificadores, impermeabilizantes, agentes de retenção de água e 
produtos químicos diversos. O uso de cada uma dessas mistura dependerá das 
características que se deseja alcançar, devido a seus comportamentos serem bem 
diferentes e cada uma apresentar um uso particular e suas próprias limitações.
Segundo Marques (2006), a estabilização química quando utilizada em solos 
mais granulares tem o papel de proporcionar uma melhora significativa em sua 
resistência ao cisalhamento mediante a adição de quantidades reduzidas de 
ligantes nas interfaces de contato dos grãos. Os ligantes usualmente empregados 
são o cimento portland, a cal, pozolanas, materiais betuminosos, resinas, etc. 
A melhora provocada pelo procedimento de estabilização do solo obedece 
não apenas as características do material agregador, mas também do tipo de 
material e das condições climáticas. As variadas modificações causadas pelo 
processo de estabilização são como, por exemplo, o aumento da resistência 
e, por conseguinte o aumento da sua capacidade de suporte; melhora no grau 
de compactação; menor expansão; aumento do limite de contração; melhor 
trabalhabilidade, pois ocorre uma redução do índice de plasticidade; menor 
permeabilidade e um aumento da durabilidade.
Estabilização química com solo-cimento
No Brasil, é utilizado desde 1948 na pavimentação, porém o solo-cimento já 
existia desde 1940 na construção civil. Os distintos tipos de solos melhorados 
com cimento são (MARQUES, 2006):
a) Mistura solo-cimento: produto obtido pela compactação e cura de 
uma mistura de solo, cimento e água, de modo a satisfazer os critérios 
de estabilidade e durabilidade exigidos. 
b) Solo melhorado com cimento: quando um solo se mostra economica-
mente inviável de ser estabilizado com cimento, pode ser utilizado para 
fins de pavimentação por meio da adição de pequenas quantidades de 
cimento (1 a 5%), que visam modificar algumas de suas propriedades 
89Bases estabilizadas granulométricamente
físicas, como a diminuição do índice de plasticidade pelo aumento do 
LP e da diminuição do LL , ou a redução das mudanças de volume e 
inchaço do solo.
c) Solo-cimento plástico: material endurecido formado pela cura de uma 
mistura de solo, cimento e água, em uma quantidade suficiente para
produzir uma consistência de argamassa. A quantidade de água no
solo-cimento é apenas para permitir uma boa compactação e completa 
hidratação do cimento.
Segundo Marques (2006), o procedimento de estabilização de um solo com 
o cimento acontece por meio do desenvolvimento das reações químicas que
são originadas na hidratação do cimento (mistura do cimento com água). Com 
base nisso, são desenvolvidas associações químicas entre as superfícies dos
grãos do cimento e as partículas de solo que estão em contato com omesmo.
Em solos com maior fração graúda são desenvolvidos vínculos de coesão nos
pontos de contato entre os grãos (semelhante ao concreto, entretanto o ligante 
não ocupa todos os espaços). Nos solos argilosos, isto é, com uma fração mais 
fina, a ação da cal originada sobre a sílica e alumina do solo resulta o surgi-
mento de fortes pontos entre as partículas de solo. Solo-cimento é o resultado
do endurecimento decorrente da mistura compactada de solo, cimento e água. 
Essa mistura é feita por meio de proporções estabelecidas com uma dosagem
coerente e realizada mediante as normas aplicáveis ao solo em estudo.
Conforme Vargas (1977), solo-cimento consiste no produto da mistura 
de solo compactado com cimento e água, gerando assim, um produto novo, 
muito aplicado em obras que apresentam uma boa resistência, baixa deforma-
bilidade, durabilidade a fatores agressores, como a água, aos efeitos térmicos 
e as baixas temperaturas. Ingles e Metcalf (1972) mencionavam em sua obra 
que a estabilização química utilizando cimento já tinha extenso emprego na 
construção de rodovias da época e a técnica de emprego do cimento abrange, 
geralmente, o espalhamento do cimento sobre a superfície do solo, mistura e 
posterior compactação na devida umidade. 
Alguns autores relatam, que com a adição de cimento em pequenas quanti-
dades, até 2%, transformam as propriedades do solo, enquanto que em grandes 
quantidades, entre 5 e 10%, modificam radicalmente as propriedades. 
De acordo com Yoder e Witczak (1975), os fatores e que mais afetam as ca-
racterísticas físicas da mistura incluem o tipo de solo, a quantidade de cimento, 
o grau da mistura, o tempo de cura e a densidade seca da mistura compactada. 
Outros autores salientam a demanda do tempo de cura da mistura, sendo
Bases estabilizadas granulométricamente90
essencial a cura na presença de água, antes da abertura do tráfego. Naquela 
época, foi extensa o emprego da mistura de solo-cimento para restauração 
de estradas, onde o cascalho era escarificado, estabilizado com cimento, e 
então compactado. Nos Estados Unidos, este tipo de estabilização, sempre foi 
de grande utilização para bases e sub-bases em estradas secundárias, e ainda 
citam ser muito difícil encontrar resultados de RCS entre 6,5 e 13,5 MPa. 
Conforme Yoder e Witczak (1975), a quantidade de cimento demandada 
para estabilizar um material granular depende da quantidade e da qualidade 
dos finos contidos, bem como a densidade final da mistura compactada, 
sendo que os valores típicos variam entre 2 e 6% em peso do material final 
compactado. A estabilização com cimento portland pode ser usada tanto para 
transformar e aperfeiçoar a característica do solo como para transformar o solo 
em um material cimentado com maior resistência e durabilidade. Portanto, a 
quantidade de cimento empregado dependerá do fato de que o solo é para ser 
modificado ou estabilizado. Devem ser levadas em consideração as caracte-
rísticas mecânicas das misturas compactadas de solo e cimento. Devido sua 
importância na compactação estar ligada não apenas ao grau de compactação, 
mas também ao tempo, uma vez que se realizada após a hidratação do cimento 
apresentará resultados ineficientes. O tempo de cura influencia positivamente 
na rentabilidade dessa resistência, o que interfere até mesmo no tipo de cimento 
utilizado na mistura (DELLABIANCA, 2004; GUYER, 2011).
Estabilização química com cal 
Uma base ou uma sub-base executada corretamente, com uma mistura de 
solo e cal, homogeneizada e compactada, ainda recoberta com uma camada 
de rolamento, deve proporcionar capacidade de suportar as cargas verticais 
provenientes do trafego, para que haja uma boa distribuição dessas cargas de 
maneira que não prejudique o desempenho do pavimento (SENÇO, 2001). Logo, 
a escolha da cal a ser utilizada, deve ser um fator levado em consideração, pois 
as cales hidratadas podem conferir ao material maiores valores de resistência. 
Solos mais finos também apresentam melhores resultados para a estabilização 
com cal e assim como para a mistura solo-cimento, esta é avaliada a partir 
do ensaio índice de suporte Califórnia, com os valores de CBR. Entretanto, 
para esse tipo de mistura, no Brasil, ainda não existem metodologias para a 
dosagem, e por isso, tem vezes que se usa dosagens experimentais.
91Bases estabilizadas granulométricamente
Estabilização química com cinza de casca de arroz (CCA)
Atualmente, existem poucos trabalhos sobre a utilização da CCA como aditivo 
para estabilização de camadas de pavimentos. A CCA, segundo a maioria dos 
pesquisadores, deve ser utilizada como aditivo a outro material já adicionado 
para estabilização ou melhoria da mistura em estudo, para que ocorram as 
reações pozolânicas necessárias. Os materiais mais utilizados são o cimento 
portland e a cal. Por ser um produto muito utilizado na construção civil, as 
pesquisas em concreto de cimento portland com adição de CCA já estão em 
estágio bem avançado em relação àquelas de aplicação em camadas de base e 
sub-bases para os pavimentos flexíveis. Segundo Behak (2007), a partir dos anos 
de 1980 e 1990, foi desenvolvido um maior número de pesquisas relacionadas 
à estabilização de solos com CCA e cal ou cimento. Ali, Adnan e Choy (1992) 
pesquisaram os efeitos da estabilização de solos da Malásia por adição de 
CCA com cal ou cimento. Concluíram que nos países tropicais, onde a casca 
de arroz é abundante e considerada como resíduo, o uso de CCA em obras de 
pavimentação é particularmente atrativo, porque ajudariam a reduzir custos 
construtivos e de deposição, bem como danos ambientais, preservando, ainda, 
os materiais de maior qualidade para usos prioritários. De acordo com Edeh, 
Onche e Osinubi (2012), o uso de material fresado e da CCA na construção 
de pavimentos tem benefícios não só em reduzir a quantidade de resíduos que 
necessitam de eliminação, mas também de proporcionar um novo material 
para construção de uma economia significativa.
Estabilização elétrica 
Conforme Marques (2006), para a estabilização do solo, a partir da estabilização 
elétrica, é introduzida uma corrente elétrica no mesmo e as descargas sucessi-
vas de alta tensão são utilizadas no adensamento de solos arenosos saturados 
e as de baixa tensão contínua são usadas em solos argilosos utilizando os 
fenômenos de eletrosmose, eletroforese e consolidação eletroquímica, porém 
essa metodologia não é aplicada para estabilização de solos para pavimentos.
Bases estabilizadas granulométricamente92
Estabilização térmica 
Segundo Marques (2006), a estabilização térmica é realizada por meio da 
utilização da energia térmica mediante o congelamento, o aquecimento ou 
a termosmose. A metodologia de congelamento geralmente é provisória, 
alterando-se a textura do solo. Já o aquecimento tem a finalidade em arranjar 
a rede cristalina dos minerais constituintes do solo, enquanto a termosmose 
é uma metodologia de drenagem em que se promove a difusão de um fluido 
em um meio poroso pela ação de gradientes de temperatura, sendo assim a 
estabilização térmica, também não é utilizada para a estabilização de solos 
para pavimentos.
Leia sobre estabilização no link a seguir, na obra de Bernucci et al. Pavimentação 
asfáltica: formação básica para engenheiros.
https://goo.gl/gvkZTr
Estabilização granulométrica 
Segundo Vizcarra (2010), a estabilização granulométrica é um processo que 
objetiva ter um material de estabilidade melhor do que os solos de origem e de 
porcentagem limitada de partículas finas, com a mistura íntima homogeneizada 
de dois ou mais solos e sua posterior compactação. Consiste, então, na alteração 
das propriedades do solo por meio da adição ou da retirada de partículas do 
mesmo, procurando obter como produto final um material adequado para a 
aplicação em cada caso particular. 
Segundo Vargas (1977), não é aceitável uma simples correção de material, 
visto que é necessário conciliar o material artificial de solo estabilizado, usando 
uma proporçãoadequada de cada um deles a fim de obter a granulometria 
final desejada. A maioria dos solos, em sua fase sólida apresenta partículas 
de diferentes tamanhos com proporções variadas, e através da determinação 
do tamanho das partículas e suas respectivas porcentagens de ocorrência é 
93Bases estabilizadas granulométricamente
possível obter a função de distribuição das partículas do solo, que é denominada 
distribuição granulométrica. 
De acordo com as especificações do DNER/DNIT de materiais para base 
ou sub-base recebem o nome de “base estabilizada granulometricamente” e 
os fatores que influenciam no comportamento da composição granulométrica 
são (MEDINA; MOTTA, 2005): 
 � a natureza da partícula, pois a mesma deve apresentar resistência su-
ficiente e não sofrer alterações indesejáveis;
 � a estabilização da composição deve ser levada à densificação ótima, que 
pode ser entendida como o melhor arranjo das partículas aprimorando 
a distribuição dos esforços.
Conforme Yoder e Witczak (1975), uma mistura para se tornar estabilizada 
depende da forma e do tamanho das partículas, de sua distribuição granulo-
métrica, da densidade relativa, da fricção interna e da coesão. Um material 
granular concebido para a máxima estabilidade deve possuir fricção interna 
alta para resistir à deformação imposta pelas cargas, tendo como fatores mais 
importante a distribuição granulométrica e a proporção de finos para a fração 
de agregados graúdos (Figura 1). 
Figura 1. Distribuição granulométrica e de finos.
Fonte: Yoder e Witczak (1975).
(a) (b) (c)
Bases estabilizadas granulométricamente94
Conforme a Figura 1 em (a) é possível perceber uma mistura de agregados 
que contém pouco ou nada de material fino e ganha a sua estabilidade a partir 
do contato grão-a-grão. Um agregado que não contêm finos normalmente 
tem uma densidade relativamente baixa, mas é permeável e não suscetíveis a 
temperaturas baixas. Por não ser coesivo é de difícil manuseio para construção; 
já em (b) a mistura contém finos suficientes para preencher todos os espaços 
vazios entre os grãos, ganhando sua força pelo contato entre os grãos, mas 
com maior resistência ao cisalhamento. A sua densidade é alta e pouco menos 
permeável que no primeiro caso (a). Seu manuseio é de moderada dificuldade, 
mas é ideal do ponto de vista da estabilidade. E por fim, em (c) a mistura 
contém uma grande quantidade de finos e não tem qualquer contato entre 
os grãos maiores, o agregado “flutua” no solo. A sua densidade é baixa e a 
estabilidade é fortemente afetada na presença de água. O material é bastante 
fácil de manusear durante a construção e se compacta facilmente.
Segundo especificações do DNIT (2006), para solos a serem utilizados 
como base granular para pavimentação, a composição dos mesmos deve 
atender a faixas de granulometria em proporções específicas. Dessa forma, 
porcentagens de agregado grosso, médio e fino são ajustadas obedecendo as 
faixas de distribuição granulométrica do DNIT, conforme a Tabela 1.
Fonte: DNIT (2006).
Peneira A B C D E F
mm
2” 50,8 100 100 100 100 100 100
1” 25,4 100 75-90 100 100 100 100
3/8” 9,53 30-65 40-75 50-85 60-100 100 100
Nº 4 4,80 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100
Nº 10 2,09 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100
Nº 40 0,42 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70
Nº 200 0,075 2-8 5-15 5-15 10-25 6-20 8-25
Quadro 1. Granulometria para base granular em % de peso passando.
95Bases estabilizadas granulométricamente
Conforme Machado (2013), existem três métodos de correção granulométrica:
 � Método de Rothfuchs: plota-se uma curva média de especificação 
de serviço ou da faixa de material desejado como diagonal de uma 
figura retangular e representa-se a porcentagem que passa no eixo das 
ordenadas em escala aritmética de 0 a 100%. Define-se uma escala de 
peneiras no eixo das abscissas a partir da curva plotada e traçam-se, no 
mesmo gráfico, as curvas granulométricas dos materiais disponíveis. 
A partir de considerações geométricas, definem-se os quantitativos de 
cada um dos materiais de empréstimo de modo a se produzir um novo 
material que atenda as especificações de serviço.
 � Método analítico: a determinação das frações constituintes do solo 
obtido pela composição de outros disponíveis processa-se pela solução 
de um sistema de equações em que as variáveis são as frações procu-
radas e as constantes são as quantidades dos vários solos disponíveis.
 � Método do triângulo: se conhecendo as porcentagens de área e pedre-
gulho, silte e argila, é possível representar os diferentes solos disponíveis 
e aquele referente ao material desejado, pontualmente, em um gráfico 
triangular. A partir desse gráfico, determinam-se os percentuais de 
cada solo para reproduzir outro material que atenda às exigências do 
material desejado.
Leia mais sobre camada de base solo-cimento, na obra Departamento Nacional de 
Estradas de Rodagem do DNER, 1997.
Bases estabilizadas granulométricamente96
1. Sobre estabilização, marque 
a alternativa correta:
a) a definição de estabilização de 
solo faz referência ao processo 
natural pelo qual o solo sobre 
efeito de cargas aplicados 
se torna mais resistente a 
deformação e ao deslocamento.
b) estabilização consiste em alterar 
as características do sistema 
solo-água, tendo a intuito de 
se obter propriedades de longa 
duração compatíveis com uma 
aplicação em qualquer local.
c) a técnica de estabilização, tendo 
subleitos, as sub-bases e bases, 
preparados para resistir ao longo 
da sua vida útil, com pequenos 
deslocamentos apreciáveis, 
desgaste e desagregação.
d) um solo pode ter suas 
características alteradas a 
partir de várias maneiras, 
como por exemplo, através da 
estabilização químicas, térmicas, 
mecânicas, granulométrica 
e de outros meios.
e) a estabilização deve 
ser considerada só em 
termos de melhoria das 
propriedades do material.
2. Camada de pavimentação cuja 
mistura apresenta um material de 
estabilidade melhor do que os 
solos de origem e de porcentagem 
limitada de partículas finas, com 
a mistura íntima homogeneizada 
de dois ou mais solos e sua 
posterior compactação.
a) Base de Brita Graduada Simples.
b) Sub-base de solo estabilizado 
granulometricamente.
c) Macadame Hidráulico.
d) Brita graduada tratada 
com cimento.
e) Macadame Seco.
3. Marque a alternativa sobre 
os principais métodos de 
estabilização que está correta.
a) Estabilização química com 
Solo-Cimento: conhecida 
como estabilização por 
compactação, sua metodologia 
é aplicada na construção das 
camadas de um pavimento, 
sendo complementar a outras 
metodologias de estabilização
b) Estabilização Térmica: é 
introduzida uma corrente elétrica 
no mesmo e as descargas 
sucessivas de alta tensão são 
utilizadas no adensamento 
de solos arenosos saturados 
e as de baixa tensão contínua 
são usadas em solos argilosos 
utilizando os fenômenos de 
eletrosmose, eletroforese e 
consolidação eletroquímica, 
porém essa metodologia não 
é aplicada para estabilização 
de solos para pavimentos.
c) Estabilização Granulométrica: 
é realizada por meio da 
utilização da energia térmica 
mediante congelamento, 
aquecimento ou termosmose.
d) Estabilização Química: Esse 
procedimento consiste em 
modificar as propriedades dos 
solos, por meio da adição ou 
retirada de partículas de solo.
e) Estabilização Mecânica: a 
97Bases estabilizadas granulométricamente
estabilização mecânica, é 
o método mais utilizado e 
mais antigo na construção 
de estradas. Por aplicação 
de uma energia externa de 
compactação aplicada ao 
solo, sua compressibilidade e 
a permeabilidade diminuem 
o volume de vazios, 
tornando-os mais resistentes 
aos esforços externos.
4. Existem os métodos de correção 
granulométrica, marque a alternativa 
correta em relação a estes métodos. 
a) Método do Sintético: A 
partir de considerações 
geométricas, definem-se os 
quantitativos de cada um 
dos materiais de empréstimo 
de modo a se produzir um 
novo material que atenda as 
especificaçõesde serviço.
b) Método de Rothfuchs: a 
determinação das frações 
constituintes do solo obtido 
pela composição de outros 
disponíveis processa-se pela 
solução de um sistema de 
equações onde as variáveis 
são as frações procuradas e as 
constantes são as quantidades 
dos vários solos disponíveis
c) Método do Triângulo: se 
conhecendo as porcentagens 
de área e pedregulho, silte e 
argila, é possível representar 
os diferentes solos disponíveis 
e aquele referente ao material 
desejado, pontualmente, 
em um gráfico triangular.
d) Método Analítico: através de 
um gráfico , nesse método 
determinam-se os percentuais de 
cada solo de modo a reproduzir 
outro material que atenda às 
exigências do material desejado.
e) Método Analítico: plota-se uma 
curva média de especificação de 
serviço ou da faixa de material 
desejado como diagonal de uma 
figura retangular e representa-se 
a porcentagem que passa no 
eixo das ordenadas em escala 
aritmética de 0 a 100%
5. Marque a alternativa correta sobre 
a estabilização granulométrica.
a) A estabilização granulométrica 
consiste em manter as 
propriedades dos solos, por 
meio da adição ou retirada 
de partículas de solo. Essa 
metodologia é fundamentada, 
basicamente na aplicação de 
alguns materiais ou na mistura 
de dois ou mais, de forma 
que se enquadram em uma 
determinada especificação.
b) Utilizada em solos mais 
granulares tem o papel de 
proporcionar uma melhora, 
significativa, em sua resistência 
ao cisalhamento mediante 
a adição de quantidades 
reduzidas de ligantes nas 
interfaces de contato dos 
grãos. Os ligantes usualmente 
empregados são o cimento 
portland, cal, pozolanas, materiais 
betuminosos, resinas, etc.
c) O fator que influencia no 
comportamento da composição 
granulométrica é o tamanho da 
partícula, pois a mesma deve 
apresentar resistência suficiente e 
não sofrer alterações indesejáveis.
d) Um material granular concebido 
para a máxima estabilidade 
deve possuir fricção interna 
Bases estabilizadas granulométricamente98
ALI, F. H.; ADNAN, A.; CHOY, C. K. Geotechnical Properties of a Chemically Stabilized 
Soil from Malaysia with Rice Husk Ash as an Additive. Geotechnical and Geological 
Engineering, Amsterdam, v. 10, n. 2, p. 117-134, 1992.
BEHAK, L. Metodologías de Utilización de los Materiales Basálticos del Descompuesto y 
Desagregado de la Formación Arapey en Pavimentos Económicos. In: 3er. CONGRESO 
DE LA VIALIDAD URUGUAYA, disponível em CD, 12 p., Montevideo, 2001.
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Pavimentação: sub-base 
estabilizada granulometricamente. Rio de Janeiro: DNER, 1997.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de pavi-
mentação. 3. ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2006.
CRISTELO, N.M.C. Estabilização de Solos Residuais Graníticos através da adição de Cal. 
Dissertação de Mestrado (Engenharia Civil) – Universidade de Minho, Braga – Por-
tugal, 2011.
DELLABIANCA, L. M. A. Estudo do comportamento de material fresado de revestimento 
asfáltico visando sua aplicação em reciclagem de pavimentos. 110 f. 2004. Tese (Doutorado 
em Geotecnia)- Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2004.
EDEH, J. E.; ONCHE; OSINUBI, K. J. Rice husk ash stabilization of reclaimed asphalt pave-
ment using cement as additive. In: STATE OF THE ART AND PRACTICE IN GEOTECHNICAL 
ENGINEERING, GEO-CONGRESS, 2012, Oakland. Anais… Oakland: American Society 
of Civil Engineers, ASCE, 2012.
GUYER, J. P. Introduction to soil stabilization in pavements. 2011. Disponível em: <https://
www.cedengineering.com/userfiles/Intro%20to%20Soil%20Stabilization%20for%20
Pavements.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2017.
HOUBEN, H.; GUILLARD, H. Earth construction: a comprehensive guide. London: Inter-
mediate Technology Publications, 1994.
baixa para resistir à deformação 
imposta pelas cargas, tendo 
como fatores menos importante 
a distribuição granulométrica 
e a proporção de finos para a 
fração de agregados graúdos.
e) S estabilização granulométrica é 
um processo que objetiva obter 
um material de estabilidade 
melhor do que os solos de 
origem e de porcentagem 
limitada de partículas finas, com 
a mistura íntima homogeneizada 
de dois ou mais solos e sua 
posterior compactação.
99Bases estabilizadas granulométricamente
INGLES, O. G.; METCALF, J. B. Soil stabilization: principles and practice. Melbourne: 
Butterworths, 1972.
LIMA, D. C.; ROHM, S. A; BARBOSA, P. S. A. Estabilização de solo III: mistura solo-cal para 
fins rodoviários. Viçosa, MG: UFV, 1993. 
MACHADO, C. C. Construção e conservação de estradas rurais e florestais. Viçosa, MG: 
UFV, 2013.
MARQUES, G. L. O. Estabilização dos solos para fins de pavimentação. Notas de Aula, 
Universidade Federal de Juiz de Fora, 2006.
MEDINA, J., MOTTA, L.M.G. Mecânica dos pavimentos. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2005.
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo: Pini, 2001. v. 2.
VAN IMPE, W. F. Soil improvement techniques and their evolution. AA Balkema, Rotterdam, 
Netherlands. p. 125, 1989.
VARGAS, M. Introdução à mecânica dos solos. São Paulo: Mcgraw-Hill do Brasil, 1977.
VIZCARRA, G. O. C. Aplicabilidade de Cinzas de Resíduo Sólido Urbano Para Base de 
Pavimentos. In: Engenharia Civil. PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2010.
YODER, E. J.; WITCZAK, M. W. Principles of pavement design. New York: J. Wiley & Sons, 
1975.
Leituras recomendadas
BALBO, J. T. Pavimentação asfáltica: materiais, projetos e restauração. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2007.
BERNUCCI, L. B. et al. Pavimentação asfáltica: formação básica para engenheiros. 
Rio de Janeiro: Petrobras, 2008. Disponível em: <http://www.ufjf.br/pavimentacao/
files/2011/08/Pavimenta%C3%A7%C3%A3o-Asf%C3%A1ltica-cap2.pdf>. Acesso em: 
20 dez. 2017.
Bases estabilizadas granulométricamente100
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
O solo natural, por ser um material de baixo custo e com disponibilidade universal, oferece grandes 
variedades de utilização como um material de engenharia. No entanto, uma grande variedade de 
outros métodos e processos construtivos que visam oferecer ao solo características de resistência e 
melhoria de suas qualidades naturais, estão sendo utilizados como estabilização de solo. Isso 
porque nem sempre o solo natural é viável para suportar sozinho as cargas do tráfego local, 
fazendo com que, por meio da estabilização, o pavimento permaneça estável sob a ação de cargas 
exteriores e também sob ações climáticas variáveis.
Quer saber mais sobre a técnica de estabilização e suas características?
Acompanhe o vídeo a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/81204255f3d92c40baeadfbfb6deb3a3
Exercícios
1) 
Sobre estabilização, marque a alternativa correta:
A) A definição de estabilização de solo faz referência ao processo natural pelo qual o solo, sobre 
efeito de cargas aplicadas, se torna mais resistente à deformação e ao deslocamento.
B) Estabilização consiste em alterar as características do sistema solo-água, tendo o intuito de 
obter propriedades de longa duração compatíveis com uma aplicação em qualquer local.
C) A técnica de estabilização, tendo subleitos, sub-bases e bases preparadas para resistir ao 
longo da sua vida útil, com pequenos deslocamentos apreciáveis, desgaste e desagregação.
D) Um solo pode ter suas características alteradas a partir de várias maneiras, como por meio das 
estabilizações químicas, térmicas, mecânicas, granulométrica e de outros meios.
E) A estabilização deve ser considerada somente em termos de melhoria das propriedades do 
material.
2) 
"Camada de pavimentação cuja mistura apresenta um material de estabilidade melhor do 
que os solos de origem e de porcentagem limitada de partículas finas, coma mistura íntima 
homogeneizada de dois ou mais solos e sua posterior compactação". Qual a camada 
referente à descrição anterior?
A) Base de brita graduada simples.
B) Sub-base de solo estabilizado granulometricamente.
C) Macadame hidráulico.
D) Brita graduada tratada com cimento.
E) Macadame seco.
3) 
Sobre os principais métodos de estabilização, marque a alternativa correta:
A) Estabilização química com solo-cimento: conhecida como estabilização por compactação, sua 
metodologia é aplicada na construção das camadas de um pavimento, sendo complementar a 
outras metodologias de estabilização.
B) Estabilização térmica: é introduzida uma corrente elétrica no mesmo e as descargas 
sucessivas de alta tensão são utilizadas no adensamento de solos arenosos saturados; as de 
baixa tensão contínua são usadas em solos argilosos utilizando os fenômenos de eletrosmose, 
eletroforese e consolidação eletroquímica, porém essa metodologia não é aplicada para 
estabilização de solos para pavimentos.
C) Estabilização granulométrica: é realizada por meio da utilização da energia térmica mediante 
congelamento, aquecimento ou termosmose.
D) Estabilização química: esse procedimento consiste em modificar as propriedades dos solos, 
por meio da adição ou retirada de partículas de solo.
E) Estabilização mecânica: é o método mais utilizado e mais antigo na construção de estradas. 
Por aplicação de uma energia externa de compactação aplicada ao solo, sua compressibilidade 
e a permeabilidade diminuem o volume de vazios, tornando-os mais resistentes aos esforços 
externos.
4) 
Em relação aos métodos de correção granulométrica, marque a alternativa correta:
A) Método do sintético: a partir de considerações geométricas, definem-se os quantitativos de 
cada um dos materiais de empréstimo, de modo a se produzir um novo material que atenda as 
especificações de serviço.
B) Método de Rothfuchs: a determinação das frações constituintes do solo obtido pela 
composição de outros disponíveis processa-se pela solução de um sistema de equações, onde 
as variáveis são as frações procuradas e as constantes são as quantidades dos vários solos 
disponíveis.
C) Método do triângulo: conhecendo as porcentagens de área e pedregulho, silte e argila, é 
possível representar os diferentes solos disponíveis e aquele referente ao material desejado, 
pontualmente, em um gráfico triangular.
D) Método analítico: por meio de um gráfico, determinam-se os percentuais de cada solo de 
modo a reproduzir outro material que atenda às exigências do material desejado.
E) Método analítico: plota-se uma curva média de especificação de serviço ou da faixa de 
material desejado como diagonal de uma figura retangular e representa-se a porcentagem 
que passa no eixo das ordenadas em escala aritmética de 0 a 100%.
5) 
Sobre estabilização granulométrica, marque a alternativa correta:
A) A estabilização granulométrica consiste em manter as propriedades dos solos, por meio da 
adição ou retirada de partículas de solo. Essa metodologia é fundamentada, basicamente, na 
aplicação de alguns materiais ou na mistura de dois ou mais, de forma que se enquadrem em 
uma determinada especificação.
B) Utilizada em solos mais granulares, tem o papel de proporcionar uma melhora significativa em 
sua resistência ao cisalhamento mediante à adição de quantidades reduzidas de ligantes nas 
interfaces de contato dos grãos. Os ligantes usualmente empregados são o cimento Portland, 
cal, pozolanas, materiais betuminosos, resinas, etc.
C) O fator que influencia no comportamento da composição granulométrica é o tamanho da 
partícula, pois a mesma deve apresentar resistência suficiente e não sofrer alterações 
indesejáveis.
D) Um material granular concebido para a máxima estabilidade deve ter fricção interna baixa 
para resistir à deformação imposta pelas cargas, tendo como fatores menos importante a 
distribuição granulométrica e a proporção de finos para a fração de agregados graúdos.
E) A estabilização granulométrica é um processo que objetiva obter um material de estabilidade 
melhor do que os solos de origem e de porcentagem limitada de partículas finas, com a 
mistura íntima homogeneizada de dois ou mais solos e sua posterior compactação.
Na prática
A estabilização ou melhoramento de um solo consiste em empregar tanto processos de natureza 
física e química, como mecânica (natural ou artificial), tendo como finalidade alterar suas 
propriedades existentes de maneira a melhorar o seu comportamento quanto à utilização, 
tornando-os capazes de responder de forma satisfatória às solicitações previstas.
Entre os diferentes métodos de estabilização de solos verifica-se que a estabilização com mistura 
de solo-cimento é bastante utilizada no setor da construção de vias rodoviárias, sendo geralmente 
utilizada como base e sub-base de pavimentos. Essas soluções são especialmente atraentes em 
obras onde a melhoria dos solos disponíveis no local pode trazer vantagens, evitando uma grande 
quantidade de empréstimo de material adequado, bem como a necessidade de dispor grandes 
volumes depositados.
Veja na imagem a seguir, o passo a passo da técnica de estabilização físico-química com solo-
cimento.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7d391891-e6d1-40d3-b704-68fddcc5cc77/47af0c70-9d19-427c-8b25-31a08212ee02.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Acompanhe por meio do artigo Correção granulométrica de 
solos para aplicações em estradas florestais, como é realizada a 
análise granulométrica para a estabilização do solo.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Aprofunde os seus conhecimentos por meio da leitura do artigo 
Comportamento mecânico de camadas de bases, granular e 
tratada, com cimento em rodovia de tráfego muito pesado, onde 
é possível acompanhar o processo de estabilização necessário 
para suportar as cargas da via.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Veja por meio da leitura do artigo Estabilização de Solos, uma 
revisão bibliográfica de análise interpretativa e comparativa 
entre alguns processos de estabilização de solos, que traz 
conceitos e classificações, e apresenta os diferentes tipos de 
estabilização e estabilizantes, incluindo as novas tendências de 
pesquisas científicas.
https://www.scielo.br/pdf/rarv/v34n6/a14v34n6.pdf
http://146.164.5.73:20080/ssat/interface/content/anais_2015/TrabalhosFormatados/AC1020.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/wp-content/uploads/artigo-cientifico/pdf/estabilizacao-de-solos.pdf

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