Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL Prof. Marcelo Mingrone Controle Judicial de Constitucionalidade Reflexões Iniciais – considerações sobre o tema EUA - 1803 MARBURY x MADISON • Caso concreto em que o mérito não foi analisado por conta de que a lei federal infraconstitucional - utilizada para o ajuizamento da ação diretamente na Suprema Corte americana - criava uma competência originária que não estava prevista nas atribuições da Corte previstas no Texto Constitucional estadunidense. Aliás (Lei 9882/99) • Art. 1o A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. • (Conforme §1º do Art. 102 da CF) • Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: • I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; • (Vai além do disposto no §1º do Art. 102 da CF) Marco da análise do Controle pelo Poder Judiciário • OBS. Esse caso representa uma ruptura com a tradição inglesa a respeito da Supremacia do Parlamento. • Colocado na prática pela primeira vez nos EUA, o controle de constitucionalidade pelo Poder Judiciário abriu caminho para sacramentar duas situações importantes, quais sejam: • I- IDEIA DE SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO; • II- O PODER E DEVER DOS JUÍZES DE NEGAR APLICAÇÃO DAS LEIS CONTRÁRIAS À CONSTITUIÇÃO. Para Pensar A decisão norte americana, levada a efeito pelo juiz John Marshall, foi um gesto de improvisação? • Ideia de Supremacia da Constituição e compromisso dos juízes com a aplicação da lei Experiência da Antiguidade • Idade Antiga: • Atenas (Grécia) • Nómos (CF) e Pséfisma (Lei) • Os nómois demandavam procedimentos diferenciados para sua alteração. Os psefísmata (como que instâncias legislativas ordinárias) não poderiam contrariar os nómoi. • Estudo de Ugo Enrico Paoli, referido por Mauro Cappelletti infere que a lei devesse ser qualquer coisa de fixa ´retirada das tumultuárias´ vicissitudes da vida política e das decisões improvisadas das assembleias. • Obs. Os juízes assumiam solenemente a obrigação de julgar conforme a leis • Obs. Uma ideia de hierarquia entre as normas. CF 88 • Lei Ordinária – Ex. Aprovação • Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: • I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; • II - do Presidente da República; • III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. • § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. • § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. • ´ • § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. • § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: • I - a forma federativa de Estado; • II - o voto direto, secreto, universal e periódico; • III - a separação dos Poderes; • IV - os direitos e garantias individuais. • § 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Embasamento Filosófico • PLATÃO: A lei deve representar a ordem divina, superior e imutável, e não apresentar- se segundo os interesses mutáveis dos homens ou das classes; • ARISTÓTELES: considerava a lei acima das paixões humanas (colaborou com a concepção de supremacia da lei e com a de ilegitimidade da lei injusta) Curiosidade • Consequência da ilegalidade: • A) Responsabilidade Penal para aquele que havia proposto o “lei” inconstitucional; • B) julgamento do “lei” por inválido por contrariar a “constituição” Experiência Medieval • Distinção entre duas ordens: • JUS NATURALE – norma superior e inderrogável; • JUS POSITUM – não poderia entrar em contraste com a primeira. • Fundamentos: Transcendentes e Teológicos • Embasamento Filosófico (remoto: Platão e Aristóteles; próximo: Cícero, Doutrina Tomista) Experiências dos Sécs. XVII e XVIII • Escola jusnaturalista, que também trabalhava o direito natural como algo superior, contudo, diferindo do período pretérito por conta de que fundamento era RACIONALISTA e IMANENTISTA (FALAVA EM DIREITOS INATOS). • EMBASAMENTO FILOSÓFICO IMPORTANTE JOHN LOCKE Problema a ser resolvido • Problema: duas ordens sendo a natural destituída de sanções. SOLUÇÃO CONTEMPORÂNEA • Positivação dos direitos naturais, mormente no âmbito da constituições rígidas que vieram a aparecer (constitucionalismo) Com tudo até aqui visto... • Vimos inspirações para a SUPREMACIA CONSTITUICIONAL e um pouco de aplicação da leis por juízes “Astúcia da História” • Edward Coke (Lord Coke), opositor do Rei James I Stuart, construía a teoria de que os juízes deveriam atuar como árbitros entre o Rei e a Nação, isso porque formados na Ciência do Direito. Aprofundando sua Teoria, Lord Coke entendeu que a garantia da Common Law era uma atribuição dos juízes contra o arbítrio do Rei e do Parlamento.Isso vigorou por algumas décadas até que se firmou a Supremacia do Parlamento. Interessante • Na lei inglesa, toda “corporação” somente poderia fazer aquelas coisas que autorizavam sua própria Carta de Constituição. Pois bem, muitas das colônias foram constituídas inicialmente como companhias comerciais, de sorte que eram regidas por Cartas (Estatutos da Coroa) e, esses instrumento, em regra, dispunham que as Colônias poderiam aprovar suas próprias leis, desde que razoáveis e não contrárias às leis do Reino da Inglaterra (vontade do Parlamento). • Muitos casos que viravam processos, em que os juízes somente aplicavam as leis da colônia se não estivessem em contrates com a Lei do Reino. • Uma garantia para a Supremacia do Parlamento deu origem à Supremacia do Poder Judiciário MODELOS • NORTE-AMERICANO – CONTROLE EM CONCRETO • EUROPEU – CONTROLE EM ABSTRATO SISTEMAS • DIFUSO • CONCENTRATO Evolução Histórica e Recepção Controle de Constitucionalidade Constituição do Império • CONSTITUIÇÃO POLITICA DO IMPERIO DO BRAZIL (DE 25 DE MARÇO DE 1824) • Não apresentava nada semelhante ao que conhecemos contemporaneamente. TITULO 4º Do Poder Legislativo. • Art. 15. É da atribuição da Assembleia Geral: • (...) • VIII. Fazer Leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las. • IX. Velar pela guarda da Constituição e promover o bem geral do Nação. Pergunta O QUE ISSO SIGNIFICAVA? CF/88 • Ideia presente no sistema da atual Constituição. Medida Provisória • Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê- las de imediato ao Congresso Nacional. • § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. • Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: • V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; Constituição de 1891 • Nítida inspiração no modelo de controle de constitucionalidade norte-americano, contudo, com uma referência mais explícita e concludente em relação ao texto estadunidense; • Análise diante de casos concretos. Constituição de 1934 • Manteve o sistema da Constituição de 1891e acrescentou a ideia de: a) Reserva de Plenário e; b) Consagrava a Competência do Senado Federal para sustar, no todo ou em parte, a norma declarada definitivamente inconstitucional pelo Poder Judiciário. c) declaração de Inconstitucionalidade envolvendo intervenção federal por violação dos princípios sensíveis pelos Estados. Constituição de 1937 • Mantido o sistema anterior, contudo, com uma peculiaridade. O Presidente da República, a seu juízo, poderia submeter a lei declarada inconstitucional novamente ao Parlamento. • Art. 96 • Parágrafo único - No caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a juízo do Presidente da República, seja necessária ao bem-estar do povo, à promoção ou defesa de interesse nacional de alta monta, poderá o Presidente da República submetê-la novamente ao exame do Parlamento: se este a confirmar por dois terços de votos em cada uma das Câmaras, ficará sem efeito a decisão do Tribunal. Constituição de 1946 • Trabalhou o controle difuso e deu nova conformação à Ação Direita de Inconstitucionalidade Interventiva, inicialmente prevista na Constituição de 1934 (Agora a Intervenção tinha a titularidade da representação nas mãos do PGR, ficando a intervenção sujeita à decisão do STF). • Criou ambiência para o controle por via de ação direta, que foi introduzido pela emenda 16/65. Legitimado para o ajuizamento PGR Constituição 67/69 • Repetiu o controle da previsão anterior e, nesse período, surgiu um embate jurídico acerca da obrigatoriedade, ou não, do PRG – único legitimado à propositura da ação – ajuizar a ação quando recebesse a representação. Constituição de 1988 • Ampliou a formas de controle (sobretudo o concentrado) e também a legitimidade (exceção para a Interventiva), sem contar os remédios constitucionais previstos – instrumentos assecuratórios de direitos constitucionais. • Ação Declaratória de Constitucionalidade – EC 3 de 1993. • Regulamentação e ampliação do ADPF pela Lei 9882/99. FENÔMENO DA RECEPÇÃO • Leis anteriores serão entendidas por inconstitucionais ou serão revogadas? • A resposta vem de entendimento do STF, não sem debate que valorizou a questão. Novidade no tema ADPF Lei 9882/99 • Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. • Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito fundamental: • I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição*; • *ADI 2.231-8 de 2000, julgada em 2005. Excertos do Voto do Min. Gilmar Mendes • “Como se vê, ainda que aparentemente pudesse ser o recurso extraordinário o meio eficaz de superar eventual lesão a preceito fundamental nessas situações, na prática, especialmente nos processos de massa, a utilização desse instituto do sistema difuso de controle de constitucionalidade não se revela plenamente eficaz, em razão do limitado efeito do julgado nele proferido (decisão com efeito entre as partes).” continuação... • “Assim sendo, é possível concluir que a simples existência de ações ou de outros recursos processuais — vias processuais ordinárias — não poderá servir de óbice à formulação da argüição de descumprimento. Ao contrário, tal como explicitado, a multiplicação de processos e decisões sobre um dado tema constitucional reclama, as mais das vezes, a utilização de um instrumento de feição concentrada, que permita a solução definitiva e abrangente da controvérsia. • Essa leitura compreensiva da cláusula da subsidiariedade contida no art. 4o, § 1o, da Lei no 9.882, de 1999, parece solver, com superioridade, a controvérsia em torno da aplicação do princípio do exaurimento das instâncias.” continuação... • “É fácil ver também que a fórmula da relevância do interesse público para justificar a admissão da argüição de descumprimento (explícita no modelo alemão) está implícita no sistema criado pelo legislador brasileiro, tendo em vista especialmente o caráter marcadamente objetivo que se conferiu ao instituto. • Assim, o Tribunal poderá conhecer da arguição de descumprimento toda vez que o princípio da segurança jurídica restar seriamente ameaçado, especialmente em razão de conflitos de interpretação ou de incongruências hermenêuticas causadas pelo modelo pluralista de jurisdição constitucional.” Outros Pontos Relevantes Classificações Quanto à espécie do vício • Formal • Material Quanto ao ato • Por Ação • Por Omissão Quanto ao órgão • Político – • Jurisdicional – • Misto - Quanto ao modo de controle • Incidental • Principal Quanto ao momento • Preventivo • Repressivo Controle Incidental de Constitucionalidade Efeitos e Possibilidades Controle Diante de Casos Concretos • CONTROLE DIFUSO, também chamado de controle por via de Exceção ou Defesa. • Origem: Estados Unidos • Pode ser realizado por qualquer órgão do Poder Judiciário, sejam os monocráticos, sejam os colegiados (reserva de Plenário). O que origina esse tipo de controle? • “quando, no curso de um pleito judiciário, uma das partes levanta, em defesa de sua causa, a objeção de inconstitucionalidade da lei que se quer aplicar” (Paulo Bonavides, Curso. P. 272), contudo, esse não é o pedido principal, mas, sim, incidental. Pensar em causa de pedir (fatos e fundamentos) e Pedido. • Situação concreta. • Em que pese o art. 62, §1º, II estabeleça a proibição de medida provisória que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro, antes de 2001 esse limite inexistia. Pois bem, no início da década de 90 tivemos uma MP bloqueando os ativos financeiros. Panorama Geral • Bloqueio de Poupança e ativos financeiros. • Valor disponível para cada pessoa limitado • Inconstituciolidade por violar direito de propriedade e estabelecimento de empréstimo compulsório fora dos casos previstos na CF. Medida Judicial • Objetivo: desbloqueio dos ativos financeiros. Pedido INCIDENTAL: inconstitucionalidade da Medida Provisória. Pedido PRINCIPAL: desbloqueio de valores. ATENÇÃO !!! No caso concreto, a decisão judicial que põe termo à controvérsia, declarando a inconstitucionalidade da lei, não conduz à anulação da lei. Ela continuará em vigor, de sorte que apenas não foi aplicada naquele caso. Pergunta • A pessoa ajuizou uma ação em que formulou uma arguição incidental de inconstitucionalidade da lei que majorou o IPTU de seu imóvel X. Teve êxito. Não pagou o tributo majorado. • Pouco tempo depois ajuizou outra ação, inclusive envolvendo as mesmas partes, só que agora em razão do imóvel Y. Por coincidência, o processo foi distribuído à mesma Vara, no entanto, o juiz, revendo seu posicionamento anterior, procedeu a uma sentença totalmente diferente. NA PRÁTICA, ISSO PODERÁ OCORRER? A partir da Resposta... • Daremos um grande passo para compreender: • I) os limites subjetivos e; • II) os limites objetivos E os efeitos? Ex Tunc ou Ex Nunc? Apenas responder tentando se valer da ideia básica do controle e das ideias civilistas. Vamos complicar a vida? Vício de Origem Caso concreto Interessante (REAgR 341.732) Caso de Aposentadoria com Gratificação (recebida desde 1994) Fundamento legal Lei estadual 1.762/86 • Art. 139. O funcionário que se aposentar de acordo com o item II, do art. 131 fará jus: • II- A proventos acrescidos de vinte por cento quando ocupante da última classe da carreira; EC 01/69 • Art. 102. Os proventos de aposentadoria serão: • §1º Os proventos da inatividade serão revistos sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários em atividade. • §2º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, em caso nenhum os proventos da inatividade poderão exceder a remuneração percebida pelo servidor ematividade. Indagação 1 • Há relação de compatibilidade entre o disposto na Constituição em vigor (67/69) com o disposto na lei estadual 1.762/86? Indagação 2 A LEI INCONSTITUCIONAL NASCE MORTA? Pois bem... • A lei permaneceu em vigor durante anos e sem que houvesse qualquer arguição de inconstitucionalidade (nem em controle difuso e nem em controle concentrado). Essa situação perdurou assim, inclusive, após a promulgação da CF/88, que, a propósito, nada dispôs acerca desse tema. Absoluto silêncio. • OBS. JÁ SOB A ÉGIDE DA CF/88, O SECRETÁRIO DE ESTADO RETIROU O BENEFÍCIO DO APOSENTADO. Indagações • 1) Lei inconstitucional gera direito adquirido? • 2) Existiria a figura da RECEPÇÃO NOVATÓRIA? o que fundamentaria essa recepção novatória? • Doutrina de Oswaldo Luiz Palu • “se o ato anterior era inconstitucional ante a Constituição da época mas produziu efeitos concretos e a inconstitucionalidade não foi declarada, há que se aferir se o mesmo tem compatibilidade com a nova Constituição; se tiver, a lei continua válida e em vigor, sendo que o anterior vício que apresentava encontra-se sanado, posto ter sido novado o seu fundamento de validade” • Essa tese prevaleceu em segundo grau, contudo, não no STF. Excerto do Voto • “Retirá-la, quando a sua concessão viu-se coberta pelo princípio da boa-fé, representaria ofensa a esse princípio, certo, convém registrar, que uma das razões mais relevantes para a existência do direito está na realização do que foi acentuado na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, de 1776, o direito do homem de buscar a felicidade. Noutras palavras, o direito não existe como forma de tornar amarga a vida dos seus destinatários, senão de fazê-la feliz” • No voto também foi trazido à tona o princípio da Segurança Jurídica Observem • “o princípio da Segurança Jurídica assenta-se, sobretudo, na boa-fé e na necessidade de estabilidade das situações criadas administrativamente. No caso, não custa repetir, o ato administrativo embasa-se no princípio da boa-fé, tanto do órgão administrativo que deferiu a vantagem, como, e principalmente, do servidor público. Observação interessante •O voto não trabalhou a convalidação da lei pela CF/88, mas, sim, a convalidação dos efeitos produzidos. CONTROLE DIFUSO ... CONTINUAÇÃO REFLEXÕES ... em mais um caso de APOSENTADORIA. Lei 8213/91 • Art. 55. O tempo de serviço será comprovado na forma estabelecida no Regulamento, compreendendo, além do correspondente às atividades de qualquer das categorias de segurados de que trata o art. 11 desta Lei, mesmo que anterior à perda da qualidade de segurado: • § 2º O tempo de serviço do segurado trabalhador rural, anterior à data de início de vigência desta Lei, será computado independentemente do recolhimento das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência, conforme dispuser o Regulamento. Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: • VII – como segurado especial: a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na condição de: • c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis)* anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo . *(redação pela lei 11.718/08. A redação anterior falava em maiores de 14 anos) Atenção • Antes da Lei 8.213/91, os filhos dos segurados especiais não eram não eram considerados segurados, exceto se houvesse contribuição como autônomos (no caso concreto não houve contribuição). CF 88 – Art. 7º • Redação antiga • Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz. • Redação atual • XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; Decisão STJ • Reconheceu o cômputo do tempo de serviço do menor de 14 para fins previdenciários. Parte da Ementa do STJ • Versando a quaestio acerca da possibilidade de averbação do período trabalhado por menor de 14 anos, para fins previdenciários, e pelo art. 55, § 2º da Lei 8.213/91 determinar o cômputo do tempo de serviço do trabalhador rural, independente do tempo do recolhimento das contribuições a ele correspondentes (não para contagem recíproca), a e. Terceira Seção, entendendo que a limitação etária para a atividade laborativa é imposta em benefício do infante, pacificou o entendimento de que comprovado o exercício da atividade empregatícia rural, abrangida pela Previdência Social, por menor de 14 anos, é de se computar esse tempo de serviço para fins previdenciários. Parte da Impugnação do INSS • “ao dar provimento ao recurso especial, reconhecendo o cômputo do tempo de serviço prestado por menor de quatorze anos, afastou, por meio de órgão fracionário a norma inserta no art. 11, VII da Lei 8.213/91, que a contrário sensu, exclui do menor de 14 anos a qualidade de segurado especial. Assim a lei não reconheceu ao menor de 14 anos direitos previdenciários”. • – Negativa de vigência ao art. 11, VII; • - Violação do disposto no art. 97 da CF. Posição do STF • Manteve a decisão do STJ e foi no sentido de que, entre a teoria civilista da nulidade e a sua inaplicabilidade no contrato de trabalho, prevalece esta, até por conta da impossibilidade de voltar ao estado anterior. Com isso ... • OBSERVAMOS QUE OS EFEITOS “EX TUNC” DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE COMPORTAM UM CERTO ABRANDAMENTO DIANTE DE SITUAÇÕES EM QUE SE FAZ PRESENTE: A) A SEGURANÇA JURÍDICA (BOA-FÉ E ESTABILIDADE DAS SITUAÇÕES CRIADAS PELA ADMINISTRAÇÃO); B) IMPOSSIBILIDADE RETORNAR AO ESTADO ANTERIOR. É POSSÍVEL COMPLICAR UM POUCO MAIS? • RE 197.917 • 1- O artigo 29, inciso IV da Constituição Federal, exige que o número de Vereadores seja proporcional à população dos Municípios, observados os limites mínimos e máximos fixados pelas alíneas a, b e c. • 2. Deixar a critério do legislador municipal o estabelecimento da composição das Câmaras Municipais, com observância apenas dos limites máximos e mínimos do preceito (CF, artigo 29) é tornar sem sentido a previsão constitucional expressa da proporcionalidade. • 3. Situação real e contemporânea em que Municípios menos populosos têm mais Vereadores do que outros com um número de habitantes várias vezes maior. Casos em que a falta de um parâmetro matemático rígido que delimite a ação dos legislativos Municipais implica evidente afronta ao postulado da isonomia. • (...) Inconstitucionalidade e Efeitos (ex nunc) • 7. Inconstitucionalidade, incidenter tantun, da lei local que fixou em 11 (onze) o número de Vereadores, dado que sua população de pouco mais de 2600 habitantes somente comporta 09 representantes. • 8. Efeitos. Princípio da segurança jurídica. Situação excepcional em que a declaração de nulidade, com seus normais efeitos ex tunc, resultaria grave ameaça a todo o sistema legislativo vigente. Prevalência do interesse público para assegurar, em caráter de exceção, efeitos pro futuro à declaração incidental de inconstitucionalidade. Recurso extraordinário conhecido e em parte provido. Modulação dos Efeitos – Lei 9868/99 • Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Excerto do Voto GM “estes termos, resta evidente que a norma contida no art. 27 da lei 9.868, de 1999, tem caráter fundamentalmente interpretativo,desde que se entenda que os conceitos jurídicos indeterminados utilizados – segurança jurídica e excepcional interesse social – se revestem de base constitucional. (...) o que importa assinalar é que, consoante interpretação aqui preconizada, o princípio da nulidade somente há de ser afastado se se puder demonstrar, com base numa ponderação concreta, que a declaração de inconstitucionalidade ortodoxa envolveria o sacrifício da segurança jurídica ou de outro valor constitucional materializável sob a forma de interesse social.” Continuação... • “Portanto, o princípio da nulidade continua a ser regra também no direito brasileiro. • (...) • Assim, aqui como no direito português, a não- aplicação do princípio da nulidade não se há de basear em consideração de política judiciária, mas em fundamento constitucional próprio.” Efeito Inter partes • A ideia do controle difuso, como já visto, porque repousa na de composição de caso concreto, tem por natural base a formação da coisa julgada entre as partes da contenda. • A Constituição trabalha a possibilidade de sustação (pelo Senado Federal) dos efeitos da norma declarada inconstitucional definitivamente pelo STF. Previsão Constitucional ... • Da possibilidade efeito de, por resolução do Senado*, conferir efeito “erga omnes” e “ex nunc”, a saber: • Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: • X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; • *lembrando que regra foi instituída pela primeira vez no Brasil pela Constituição de 1934. “no todo ou em parte” • O Senado não pode modificar a decisão do STF, no sentido de interpretar, ampliar ou até mesmo restringir a extensão da decisão do Supremo. • Suspender: discricionariedade ou obrigação? • Suspender: lei federal, estadual, distrital e municipal? Ou somente a federal? Abstrativização do Controle Difuso Entendimento básico sobre o incidente. • “se a declaração de inconstitucionalidade ocorre incidentalmente, pela acolhida da questão prejudicial que é fundamento do pedido ou da defesa, a decisão não tem autoridade de coisa julgada, nem se projeta, mesmo inter partes – fora do processo a qual foi proferida*.” • *Grinover Novos tempos • Teoria da transcendência dos motivos determinantes da sentença (ratio decidendi). Ultrapassa os lindes do caso concreto para projetar um efeito erga omnes. • Fundamentos: • Força normativa da CF • Princípio da Supremacia da CF • Decisão do STF • Dimensão política de decisões do STF (Corte Constitucional) Casos que serviram de paradigma • Recurso 197.719 – caso envolvendo a redução de número de vereadores do Município Mira Estrela. • HC 82959/SP – caso envolvendo a progressão do regime na lei de crimes hediondos. Reforço dessa tese RECLAMAÇÃO 4335 • Reclamação. 2. Progressão de regime. Crimes hediondos. 3. Decisão reclamada aplicou o art. 2º, § 2º, da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário do STF no HC 82.959/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 1.9.2006. 4. Superveniência da Súmula Vinculante n. 26. 5.Efeito ultra partes da declaração de inconstitucionalidade em controle difuso. Caráter expansivo da decisão. 6. Reclamação julgada procedente. • A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal em sessão plenária, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, (vice-presidente), na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria, conhecer e julgar procedente a reclamação, nos termos do voto do Relator. Vencidos os ministros Sepúlveda Pertence, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio que não conheceram da reclamação, mas concederiam habeas corpus de ofício. 20 de março de 2014. Ministro GILMAR MENDES Relator “Efeito Colateral” • Mutação Constitucional do inciso X do Art. 52 para o fim de inferir que seu sentido fica adstrito ao da publicidade da decisão do STF. • Tema polêmico, a despeito da forma como vem caminhando a interpretação do STF. Mudanças no Ordenamento Jurídico que podem afetar o tema sob análise Súmula Vinculante • Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006). • § 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. • § 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11417.htm Recurso Extraordinário • Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: • III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: • a) contrariar dispositivo desta Constituição; (...) • § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm Plano Infraconstitucional - CPC • Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: • I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; • II - os enunciados de súmula vinculante; • III - OS ACÓRDÃOS EM INCIDENTE de assunção de competência ou DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS e EM JULGAMENTO DE RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL REPETITIVOS; • IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; • V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. Frase extraída do artigo de Frederico Montedonio Rego e Luís Roberto Barroso* • Henry Louis Mencken, de que • "para todo problema complexo existe sempre uma solução simples, elegante e completamente errada"4 *Como Salvar a repercussão geral: ideiais simples para reverter um fracasso. CONTROLE CONCENTRADO Via Ação Direta • Essa modalidade permite o controle da norma in abstrato perante o Tribunal. • Avulta um conflito entre o legislador e juiz, dando espaço para análise do tema à luz do princípio da Separação dos Poderes. Paulo Bonavides • Uma passagem interessante. • “Observa-se em alguns sistemas constitucionais certa relutância em admitir uma abertura ampla à iniciativa individual na movimentação do mecanismo de controle por via de ação. Fica esse controle ordinariamente reservado apenas a algumas autoridades públicas, numa vedação que tem feito bastante débil e ilusória a garantia dos jurisdicionados perante as leis inconstitucionais” (Curso. p.278) Primeiras Referências da Legitimidade • CF´s 34, 37, 46 (interventiva) e E/C 16/45 (acrescentou ADI) e67/69 – estabeleciam como legitimado: Procurador Geral da República. • CF/88 • Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:• I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDE Objeto Lei ou ato normativo E no nosso ordenamento? • Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: • I - processar e julgar, originariamente: • a) A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; E a lei do Distrito Federal? ? ? DF • Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. • § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Pensar na forma federativa de Estado • Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. • Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. • (...) • § 2º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. Voltando à ADI em face da CF • Leis e atos normativos Federais, Estaduais e Distritais (neste último caso, na forma como já observado) • PARA EFEITO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE, o que DEVEREMOS entender por LEI? • QUAIS AS ESPÉCIES NORMATIVOS QUE PODEREMOS ENTENDER POR LEI? ATOS NORMATIVOS • O QUE ENTENDER POR ATOS NORMATIVOS SUJEITOS A CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE? • Súmulas? • Súmulas Vinculantes? Súmula Vinculante • CF • Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. • Resolução 388 do STF. • Art. 1º Recebendo proposta de edição, revisão ou cancelamento de súmula, vinculante ou não, a Secretaria Judiciária a registrará e autuará, publicando edital no sítio do Tribunal e no Diário da Justiça Eletrônico, para ciência e manifestação de interessados no prazo de 5 (cinco) dias, encaminhando a seguir os autos à Comissão de Jurisprudência, para apreciação dos integrantes, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, quanto à adequação formal da proposta. Medida Provisória • E os pressupostos constitucionais? Estarão sujeitos a controle de constitucionalidade? • E os demais aspectos da MP? • E se ela perder sua vigência? • E se convertida em lei? E se a lei de conversão alterar substancialmente? ADI 5.313 E os Decretos? • Estarão sujeitos a controle de constitucionalidade? • Das Atribuições do Presidente da República • Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: • IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, BEM COMO EXPEDIR DECRETOS E REGULAMENTOS PARA SUA FIEL EXECUÇÃO; • Decreto Autônomo e Reserva Legal Normas Constitucionais Originárias • Estarão sujeitas a controle de constitucionalidade? Normas anteriores à Constituição • Estarão sujeitas a controle de constitucionalidade por ADI? • Exceção? Competência • Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: • I - processar e julgar, originariamente: • a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; • Obs. E se estivéssemos falando da controle de lei municipal em face da lei Estadual, qual seria o órgão competente? E quando for da LO do DF? E no caso da lei orgânica dos municípios? Legitimidade • Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: • I - o Presidente da República; • II - a Mesa do Senado Federal; • III - a Mesa da Câmara dos Deputados; • IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; • V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; • VI - o Procurador-Geral da República; • VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; • VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; • IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Pertinência Temática e Legitimados Universais O que entender pela exigência da pertinência temática? E a eventual perda representação de partido político no Congresso? •A legitimidade é aferida quando da distribuição da petição inicial Necessidade de Advogado? • Partidos políticos; • Confederações sindicais ou entidade de classe de âmbito nacional. • Decorre de interpretação do STF. Procedimento - CF • Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: • § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. • § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Procedimento – Lei 9868/99 • Art. 3o A petição indicará: • I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; • II - o pedido, com suas especificações. • Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Petição Inepta • Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. • Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. • Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. • Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. • Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. • Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. • § 1o (VETADO) • § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1999/Mv1674-99.htm • Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. • Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. • § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentesnos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. • § 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. • § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Medida Cautelar • Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade • Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. • § 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. • § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. • § 3o Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. • Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. • § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. • § 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. • Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador- Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação Caso concreto • Lei 3.528, de 12 de agosto de 2019, do Estado do Tocantins.Art. 1º Fica criado o Cadastro de Usuários e Dependentes de Drogas no Estado do Tocantins. • § 1º Os usuários e dependentes de drogas do Estado do Tocantins serão cadastrados pela Secretaria Estadual de Segurança pública, a partir do registro de ocorrência policial ou de outra fonte de informação oficial. • § 2º A lista de que trata o parágrafo anterior deverá conter:I - o nome do usuário ou dependente;II - o nome da droga de posse do usuário apontada no registro de ocorrência policial ou de outra fonte de informação oficial;III - a forma pela qual o usuário ou dependente adquiriu a droga;IV - outras informações de caráter reservado, objetivando preservar a intimidade do cadastrado. • § 3º Este cadastro será compartilhado com a Secretaria da Saúde. • § 4º O nome do usuário será excluído da lista na data em que for requerido, devendo acompanhar este pedido o laudo médico e informação oficial sobre a não reincidência, conforme preceitua a legislação em vigor. • Art. 2º O Cadastro de que trata esta Lei não poderá ser utilizado para outros fins que não seja o de propiciar aos Órgãos públicos o conhecimento dos usuários e dependentes de drogas e os meios legais para libertá-los do vício. • Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. CONTROLE CONCENTRADO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Procedimento - CF • Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: • § 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. • § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado. Procedimento – Lei 9868/99 • Art. 3o A petição indicará: • I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; • II - o pedido, com suas especificações. • Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Petição Inepta • Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. • Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. • Art. 5o Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. • Art. 6o O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. • Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. • Art. 7o Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. • § 1o (VETADO) • § 2o O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1999/Mv1674-99.htm • Art. 8o Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. • Art. 9o Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. • § 1o Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. • § 2o O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. • § 3o As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Medida Cautelar • Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade • Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. • § 1o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. • § 2o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. • § 3o Em caso de excepcional urgência,o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. • Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. • § 1o A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. • § 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. • Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador- Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação EFEITOS DA DECISÃO – Lei 9868/99 Caráter dúplice da decisão • Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se- á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. Princípio da Parcelaridade • Possibilidade afeta ao STF de declarar a inconstitucionalidade de uma palavra • ADI 1227-87 • Art. 7º São direitos do advogado: • § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. No julgamento do § 2º do artigo 7º, o Plenário declarou a inconstitucionalidade da expressão “ou desacato”, contida no dispositivo. Neste ponto, ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, já que ambos mantinham a integralidade do preceito. E a parcial procedência? • Não escapa à ideia básica de acolhida parcial do pedido, contudo, chama a atenção a possibilidade de Declaração de Inconstitucionalidade Parcial Sem Redução de Texto, a fim de atingir uma Interpretação Conforme a Constituição. Efeitos Regra geral - Erga omnes - Ex tunc - Vinculante (Obs. Reclamação) - Repristinatório Modulação dos Efeitos – lei 9868/99 • Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. Ação Declaratória de Constitucionalidade Foi introduzida no ordenamento jurídico pela Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/1993 Para pensar O que essa denominação pode sugerir? Toda lei não se presume constitucional? Presunção Juris Tantum • A ação Declaratória de Constitucionalidade vai transformar a presunção • juris tantum • em • jure et de jure. Atenção • Art. 14. A petição inicial indicará: • III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Então... •A ação Declaratória de Constitucionalidade põe termo a insegurança jurídica. objeto • Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: • I - processar e julgar, originariamente: • a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; NO QUE DIFERE DA ADI? E as leis do Distrito Federal Podem ser objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade? Competência •Qual o órgão competente? legitimidade • Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) • I - o Presidente da República; • II - a Mesa do Senado Federal; • III - a Mesa da Câmara dos Deputados; • IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) • V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) • VI - o Procurador-Geral da República; • VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; • VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; • IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm Procedimento • Idêntico ao da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Mas uma indagação deve ser feita, qual seja, será que devemos intimar o Procurador Geral de República e o Advogado Geral da União? Medida Cautelar • Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade • Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. • Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. Efeitos •Mesma Coisa que aqueles da Ação Direta de Inconstitucionalidade. Efeito Vinculante A Medida Cautelar tem efeito vinculante? Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva • Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: • Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. Exceções • Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: • Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: • VI - prover a execução de lei federal, • VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: • a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; • b) direitos da pessoa humana; • c) autonomia municipal; • d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. • e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: • I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário; • II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; • III- DE PROVIMENTO, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DE REPRESENTAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA, NA HIPÓTESE DO ART. 34, VII, E NO CASO DE RECUSA À EXECUÇÃO DE LEI FEDERAL. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm Objetivos da ADI Interventiva • Jurídico • Político Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (e Mandado de Injunção) Lembrar • Teoria de José Afonso da Silva sobre a aplicabilidade das normas constitucionais. • Plena • Contida • Limitada Eficácia LIMITADA • Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: • VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; ADCT • Art. 48. O Congresso Nacional, dentro de cento e vinte dias da promulgação da Constituição, elaborará código de defesa do consumidor. ADI por Omissão • Art. 103 • § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Regulamentação Lei 9868/99 • Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. • Art. 12-B. A petição indicará: • I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; • II - o pedido, com suas especificações. • Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão Procedimento • Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. • § 1o Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. • § 2o O relator poderá solicitar a manifestação do advogado-geral da união, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. • § 3o O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão • Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. • • § 1o A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. • § 2o O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. • § 3o No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. • Art.12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. Mandado de Injunção • Art 5º • LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; Lei 13.300/16 • Art. 1º Esta Lei disciplina o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo, nos termos do inciso LXXI do art. 5º da Constituição Federa l. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm • Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: • I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; • II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado. QUESTÕES Controle de Constitucionalidade Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade - Fundação Carlos Chagas (FCC) - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Assessor Jurídico Legislativo • Em sede de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada originariamente perante o Tribunal de Justiça estadual, o Procurador-Geral de Justiça requereu que fosse declarada a inconstitucionalidade de determinada lei municipal por ofensa a dispositivo da Constituição estadual que reproduz dispositivo da Constituição Federal de observância obrigatória pelos Estados. Nessa hipótese, à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) na matéria, referida ação direta é • A) admissível, não sendo cabível recurso extraordinário ou reclamação em face do acórdão estadual para o STF, por ser de competência originária dos Tribunais de Justiça estaduais o controle concentrado de constitucionalidade de leis municipais. • B) inadmissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, por contrariedade ao dispositivo da Constituição Federal que estabelece a competência originária do STF para a ação direta de inconstitucionalidade. • C) admissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, na hipótese de a interpretação da norma constitucional estadual contrariar o sentido da norma constitucional federal de observância obrigatória. • D) inadmissível, sendo cabível reclamação em face do acórdão estadual para o STF, por usurpação de sua competência para julgar ação direta de inconstitucionalidade que tenha por parâmetro norma da Constituição Federal. https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/assunto/controle-de-constitucionalidade https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/banca/fcc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/ano/2020 Alternativa C • Em sede de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada originariamente perante o Tribunal de Justiça estadual, o Procurador-Geral de Justiça requereu que fosse declarada a inconstitucionalidade de determinada lei municipal por ofensa a dispositivo da Constituição estadual que reproduz dispositivo da Constituição Federal de observância obrigatória pelos Estados. Nessa hipótese, à luz da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) na matéria, referida ação direta é • A) admissível, não sendo cabível recurso extraordinário ou reclamação em face do acórdão estadual para o STF, por ser de competência originária dos Tribunais de Justiça estaduais o controle concentrado de constitucionalidade deleis municipais. • B) inadmissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, por contrariedade ao dispositivo da Constituição Federal que estabelece a competência originária do STF para a ação direta de inconstitucionalidade. • C) admissível, sendo cabível recurso extraordinário em face do acórdão estadual para o STF, na hipótese de a interpretação da norma constitucional estadual contrariar o sentido da norma constitucional federal de observância obrigatória. • D) inadmissível, sendo cabível reclamação em face do acórdão estadual para o STF, por usurpação de sua competência para julgar ação direta de inconstitucionalidade que tenha por parâmetro norma da Constituição Federal. Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade - Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) - 2020 - TRE PA - Analista Judiciário - Administrativa • A Constituição Federal estabelece alguns legitimados para propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade. Sobre o assunto, analise as afirmativas abaixo. • I. Mesa da Câmara dos Deputados. II. Procurador-Geral da República. III. Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. IV. Tribunal de Contas da União. • Assinale a alternativa que não contemple um desses legitimados: • A) II e IV apenas B) I e III apenas C) I, II, III e IV D) IV apenas https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/assunto/controle-de-constitucionalidade https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/banca/ibfc https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/ano/2020 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/tre-pa Alternativa D • A Constituição Federal estabelece alguns legitimados para propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade. Sobre o assunto, analise as afirmativas abaixo. • I. Mesa da Câmara dos Deputados. II. Procurador-Geral da República. III. Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. IV. Tribunal de Contas da União. • Assinale a alternativa que não contemple um desses legitimados: • A) II e IV apenas B) I e III apenas C) I, II, III e IV • D) IV apenas Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2020 - MPE/CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial • Conforme a jurisprudência do STF, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei, afaste sua incidência, no todo ou em parte, viola, especificamente, • A) o princípio da segurança jurídica. B) a cláusula de reserva de plenário. C) a presunção de constitucionalidade da lei. D) a sistemática do controle difuso de constitucionalidade. https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/assunto/controle-de-constitucionalidade https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/banca/cespe https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/ano/2020 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/mpe-ce Alternativa B • Conforme a jurisprudência do STF, a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei, afaste sua incidência, no todo ou em parte, viola, especificamente, • A) o princípio da segurança jurídica. • B) a cláusula de reserva de plenário. • C) a presunção de constitucionalidade da lei. D) a sistemática do controle difuso de constitucionalidade. Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade - FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2020 - Câmara de Patrocínio - MG - Advogado • A Ação Direta de Inconstitucionalidade é um importante instrumento previsto na Constituição Federal para a solução de grandes questões constitucionais. • • Considerando as disposições legais e doutrinárias sobre esse tema, é correto afirmar que • A) dentre os legitimados para propor a ação de inconstitucionalidade estão o presidente da República, o governador de estado, o prefeito municipal e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional ou regional. B) a ofensa arguida no controle concentrado deve ser direta ou reflexa ao texto constitucional, alcançando situações em que a análise da conformação com o ordenamento exige a prévia análise da legislação infraconstitucional. C) o primeiro requisito indispensável à petição inicial é a indicação do(s) dispositivo(s) sobre o(s) qual(is) versa a ação, bem como dos fundamentos jurídicos do pedido, em relação a cada um deles. D) o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade se sujeita à observância do prazo decadencial de 20 anos a contar da data da publicação do ato ou lei que se pretende arguir a inconstitucionalidade. https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/assunto/controle-de-constitucionalidade https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/banca/fundep-gestao-de-concursos https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/ano/2020 Alternativa C • A Ação Direta de Inconstitucionalidade é um importante instrumento previsto na Constituição Federal para a solução de grandes questões constitucionais. • • Considerando as disposições legais e doutrinárias sobre esse tema, é correto afirmar que • A) dentre os legitimados para propor a ação de inconstitucionalidade estão o presidente da República, o governador de estado, o prefeito municipal e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional ou regional. B) a ofensa arguida no controle concentrado deve ser direta ou reflexa ao texto constitucional, alcançando situações em que a análise da conformação com o ordenamento exige a prévia análise da legislação infraconstitucional. • C) o primeiro requisito indispensável à petição inicial é a indicação do(s) dispositivo(s) sobre o(s) qual(is) versa a ação, bem como dos fundamentos jurídicos do pedido, em relação a cada um deles. • D) o ajuizamento da ação direta de inconstitucionalidade se sujeita à observância do prazo decadencial de 20 anos a contar da data da publicação do ato ou lei que se pretende arguir a inconstitucionalidade. Direito Constitucional - Controle de Constitucionalidade - MPE/PR - Ministério Público do Paraná - 2019 - Ministério Público Estadual - PR (MPE/PR) - Promotor de Justiça Substituto • Sobre o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, é correto afirmar: • A. O Supremo Tribunal Federal admite o controle judicial do processo legislativo em nome do direito subjetivo do parlamentar de impedir que a elaboração dos atos normativos incida em desvios constitucionais, exercendo, então, controle preventivo de constitucionalidade. • B. O controle incidental é sempre de natureza concreta. • C. Os órgãos legislativos de qualquer dos níveis de poder têm competência para anular ou declarar a nulidade de atos normativos por eles expedidos, atribuindo caráter retroativo à sua manifestação. • D. O Superior Tribunal de Justiça, a exemplo dos demais órgãos jurisdicionais de qualquer instância, pode declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de lei no julgamento de recurso especial, desde que a questão tenha sido suscitada e resolvida pela instância ordinária. https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/assunto/controle-de-constitucionalidade https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/banca/mpe-prhttps://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/materia/direito-constitucional/ano/2019 https://www.estudegratis.com.br/questoes-de-concurso/orgao/ministerio-publico-estadual-pr-mpe-pr Alternativa B • Sobre o sistema de controle de constitucionalidade brasileiro, é correto afirmar: • A. O Supremo Tribunal Federal admite o controle judicial do processo legislativo em nome do direito subjetivo do parlamentar de impedir que a elaboração dos atos normativos incida em desvios constitucionais, exercendo, então, controle preventivo de constitucionalidade. • B. O controle incidental é sempre de natureza concreta. • C. Os órgãos legislativos de qualquer dos níveis de poder têm competência • para anular ou declarar a nulidade de atos normativos por eles expedidos, atribuindo caráter retroativo à sua manifestação. • D. O Superior Tribunal de Justiça, a exemplo dos demais órgãos jurisdicionais de qualquer instância, pode declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de lei no julgamento de recurso especial, desde que a questão tenha sido suscitada e resolvida pela instância ordinária
Compartilhar