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aulas de anatomia da imagem

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INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES
RADIOLÓGICOS E
TOMOGRÁFICOS
95 minutos
Aula 1 - Introdução à radiogra�a e tomogra�a
Aula 2 - Características radiológicas variáveis
Aula 3 - Unidade de Houns�eld
Aula 4 - Evolução
Referências
INTRODUÇÃO
Estudante, seja muito bem-vindo à disciplina de Anatomia da Imagem. Teremos o prazer de começar nosso
estudo descrevendo o histórico dos exames radiológicos e da tomogra�a computadorizada. A partir disso,
apontaremos quais são os principais exames de imagem e como eles podem ser aplicados em diferentes
situações patológicas. Para que esses conhecimentos sejam aplicados, é interessante que se conheça como
ocorre o processo de formação da imagem radiológica e tomográ�ca e quais são os possíveis erros que podem
ocorrer na interpretação das imagens quando o aparelho está descalibrado.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que,
consequentemente, consiga ajudar cada vez mais pessoas!
HISTÓRICO DA RADIOLOGIA E OS PRINCIPAIS TIPOS DE EXAMES DE IMAGEM
A história da radiologia inicia em 1895 quando Wilhelm Conrad Roentgen, trabalhando em uma câmara escura
na Alemanha, identi�cou que uma tela, pintada com material �uorescente e localizada um pouco distante de
um tubo de raios catódico que havia sido energizado, brilhava muito. Como ele não sabia classi�car esse tipo de
raio, denominou-o “raio X”. Pouco tempo depois essa metodologia estava tão disseminada que se utilizavam
raios-X para quase todos os tipos de exames radiológicos. Atualmente, as imagens radiográ�cas convencionais
são produzidas por uma combinação de radiação ionizante e luz que atinge uma superfície fotossensível, a qual,
por sua vez, produz uma linhagem latente subsequentemente processada. Com essa metodologia, havia duas
desvantagens: espaço físico para armazenamento, pois havia um número crescente de �lmes, e local especí�co
para sua realização, já que isso impedia a análise de outros médicos sobre o caso. A radiogra�a digital surgiu
para substituir o �lme fotográ�co por placa fotossensível, que pode ser processada por um leitor eletrônico. 
Principais tipos de exames de imagem
Radiogra�a convencional (raio-X simples): são imagens produzidas através da radiação ionizante (produção
de raios X, mas sem o uso de material de contraste, como bário ou iodo). A principal vantagem é o custo, visto
que é muito barato. Para que essa técnica seja desenvolvida, necessita-se de uma fonte que produza raios X,
um método para gravar a imagem (cassete ou placa fotossensível) e uma maneira de processar a imagem
Aula 1
INTRODUÇÃO À RADIOGRAFIA E TOMOGRAFIA 
Estudante, seja muito bem-vindo à disciplina de Anatomia da Imagem. Teremos o prazer de
começar nosso estudo descrevendo o histórico dos exames radiológicos e da tomogra�a
computadorizada.
22 minutos
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gravada (usando substância química ou um leitor digital). As principais desvantagens da radiogra�a
convencional são a variação limitada das densidades que podem ser demonstradas e o fato de usar radiação
ionizante. As cinco densidades básicas avaliadas são: ar, gordura, tecido mole ou líquido, cálcio e metal.
Tomogra�a computadorizada (TC): começou a ser produzida nos anos de 1970; utiliza gantry como feixe
giratório de raios X e múltiplos detectores em vários arranjos juntamente com algoritmos de computador para
processar os dados, que geram imagens de qualidade diagnóstica. Um dos principais benefícios da TC é a
capacidade de expandir a escala de cinza, o que permite a diferenciação de muito mais do que as cinco
densidades básicas disponíveis. 
Ultrassonogra�a (US): os transdutores de ultrassom utilizam energia acústica acima da frequência audível
pelos humanos para produzir imagens em vez de raios X, como fazem a radiogra�a convencional e a TC. Esses
aparelhos são baratos e são utilizados para diagnóstico médico.
Ressonância magnética (RM): utiliza a energia potencial armazenada nos átomos de hidrogênio do corpo; não
é amplamente disponível e é relativamente cara. Essa técnica de imagem não utiliza radiação não ionizante e
produz contraste mais alto entre os diferentes tipos de tecidos moles. Sua aplicação principal é nos exames
neurológicos.Medicina nuclear: um isótopo radioativo (radioisótopo) é a forma de um elemento que emite
radiação a partir de seu núcleo à medida que enfraquece. Eventualmente, o produto �nal é um isótopo não
radioativo estável de outro elemento. Os radioisótopos podem ser produzidos arti�cial ou naturalmente (urânio
e tório).
PROCESSO DE FORMAÇÃO DE IMAGENS RADIOLÓGICAS E TOMOGRÁFICAS
A radiogra�a, ou raio-X, é uma forma de radiação eletromagnética de comprimento extremamente curto.
Quanto mais curto for o comprimento de uma onda de radiação eletromagnética, maior será a sua energia e,
como regra, maior será a sua capacidade de penetrar em materiais variados. Os raios X são descritos como
partículas ou “pacotes” de energia chamados quanta ou fótons, os quais se deslocam com a velocidade da luz. A
quantidade de energia transportada para cada fóton depende do comprimento de onda da radiação. Essa
energia é medida em elétron-volt, que é a quantidade de energia adquirida por um elétron ao ser acelerado ao
longo de um potencial de 1 volt. Para obtenção dos raios X utilizados na radiologia diagnóstica, há necessidade
de vácuo e da presença de uma grande diferença de potencial entre um cátodo e um ânodo. No tubo de raio X
básico, elétrons são gerados pelo aquecimento do cátodo (�lamento) em temperatura muito elevada. Quando
os elétrons colidem com o ânodo de tungstênio, são produzidos raios X. A produção das imagens de raios-X
resulta da atenuação desses raios pelo material que está sendo atravessado por eles. Em geral, quanto maior
for a densidade do material, isto é, o número de gramas por centímetro cúbico, maior será sua capacidade de
absorver ou espalhar os raios X
As imagens de tomogra�a computadorizada são geradas de maneira diferente das radiogra�as simples. Em
circunstâncias habituais, os órgãos sólidos do corpo, como coração, baço, fígado e pâncreas, são considerados
uniformes em termos de densidade radiográ�ca. No entanto, esses tecidos exibem alguma variação em suas
propriedades químicas, sendo possível, com o uso de técnicas computadorizadas, medir essas diferenças,
ampliá-las e exibi-las em tonalidades variáveis de cinza ou até mesmo a cores.
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Um feixe de raio X e um sistema de detecção se movimentam ao longo de um arco de 360º, irradiando o
paciente com um feixe intensamente restringido. Esse procedimento permite que o sistema de detecção meça a
intensidade da radiação que atravessa o paciente. Os dados derivados dessas mensurações são analisados por
um sistema computadorizado que designa diferentes tonalidades de cinza. O computador reconstrói uma
imagem com base em grá�cos geométricos dos locais onde essas mensurações foram obtidas. A mais recente
variação de TC é realizada com o uso da tecnologia multislice helicoidal ou espiral. Em um estudo de TC clássico,
são obtidas numerosas imagens contíguas para a geração de cortes que se parecem com as fatias de um pão de
forma.
A ressonância magnética é uma técnica não invasiva e que não utiliza a radiação ionizante. Pelos parâmetros
utilizados na obtenção de imagens médicas, essa é uma tecnologia que não representa riscos signi�cativos à
saúde. Ela utiliza pulsos de radiofrequência (RF) na presença de um campo magnético intenso para a produção
de imagens de alta qualidade do corpo em qualquer plano. Os núcleos de qualquer átomo com número ímpar
de núcleons (prótons e nêutrons) se comportam como ímãs fracos, pois se alinham em um campo magnético
forte
INTERPRETAÇÃO DOS EXAMES RADIOLÓGICOS
Para aplicarmos os conhecimentos obtidos nos blocos anteriores, proporemos discussões de casos clínicos. 
• Caso 1: mulher, 30 anos, busca atendimento devido a uma dor torácica súbita com discreto esforço
respiratório. No exame físico, encontrava-se discretamentetaquipneica e com redução do murmúrio vesicular
na ausculta do lado direito. Foi solicitado radiogra�a de tórax. Qual o motivo que levou o médico a solicitar esse
tipo de exame?
De acordo com a queixa da paciente, o médico suspeitava de pneumotórax. O raio-X foi solicitado para
con�rmar o diagnóstico através da presença da faixa de ar entre a parede torácica e/ou diafragma e a pleura
visceral. Ela é útil quando utilizada em incidência lateral, podendo ser completada com expiração forçada.
Poderia ser indicado outro tipo de exame de imagem? Até poderia, porém, devido ao custo elevado e ao tempo,
não seria a estratégia mais indicada.
• Caso 2: homem, 50 anos, é admitido em enfermaria de hospital com dor abdominal importante e lombalgia
com aproximadamente duas semanas de duração. Relata também que apresentou febre nos últimos dias,
sendo medicado com antitérmico e analgésico. Foi solicitada uma ressonância magnética pelo médico. Qual
seria o motivo?
A ressonância magnética é fundamental para detecção de espondilodiscite, uma infeção bacteriana que
acomete os discos intervertebrais. A TC pode identi�car alterações mais precoces, porém é inferior à RM para a
avaliação da medula espinhal, dos tecidos moles vizinhos e de possíveis abcessos. Nesses casos, é encontrada
uma redução da intensidade do disco e dos corpos intervertebrais. Poderia ser indicado outro exame
radiológico? Sim, a cintilogra�a.
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• Caso 3: homem, 50 anos, tabagista há 20 anos, busca atendimento em virtude de dor abdominal no quadrante
superior do abdome há 48 horas, com progressiva do quadro. Chegou a apresentar de três a quatro episódios
de vômito “aquoso”. Dentre os exames solicitados, a tomogra�a computadorizada detectou necrose
pancreática, levando ao diagnóstico de pancreatite aguda. Por que foi solicitada a tomogra�a computadorizada
(TC)? 
A TC de abdome é excelente para avaliação do pâncreas e serve de parâmetro para avaliação e prognóstico de
complicações, como necrose, infecções e pseudocistos. Além disso, facilita a exclusão de outras possíveis causas
de dor abdominal, como obstrução intestinal, infarto-mesentérico ou perfuração, coleciste ou, ainda, apendicite.
Nesse caso, poderia ser utilizada também a ressonância magnética, porém, devido ao elevado custo e ao tempo
gasto na realização do exame, acaba sendo preterida em relação à tomogra�a. A radiogra�a, por outro lado, é
muito inespecí�ca e a ultrassonogra�a pode até ser útil para avaliação da vesícula biliar, porém não fornece
dados do estado que se encontra o pâncreas, e sua realização é bem difícil em paciente geralmente com
distensão abdominal.
Com esses exemplos, você será capaz de compreender como é realizada a aplicação dos exames radiológicos
para detecção de patologias.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer o histórico da radiologia bem como as
características dos principais exames radiológicos que são utilizados para detecção de patologias. Você verá
quão essencial é conhecer como as imagens radiológicas são formadas e as principais diferenças entre cada
tipo de exame radiológico. A partir disso, será possível interpretar o tipo de exame radiológico que melhor
identi�ca e diagnostica diversas patologias.
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Silicosis do autor Terra Filho (2006). Com ele
você compreenderá mais detalhes sobre a �siopatologia da silicose e como ela é diagnosticada.
As técnicas de diagnóstico por imagem vêm se desenvolvendo cada dia mais, por isso é sempre importante
se aprofundar em cada uma dessas técnicas. O artigo intitulado Imagem por ressonância magnética:
princípios básicos” traz uma descrição detalhada dos princípios básicos da ressonância magnética. O artigo
em português está disponível para leitura em:
https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 2
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https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt
INTRODUÇÃO
Estudante, vamos começar nosso estudo sobre as características radiológicas variáveis que podem ser
encontradas nos exames de imagem, pois é através delas que será possível identi�car as possíveis patologias e
o prognóstico para os tratamentos. 
A partir de agora, você conhecerá as diferenças entre a densidade do cálcio, das partes moles, do ar e da
gordura e será capaz de comparar a utilização de �ltro mole, �ltro duro e materiais que são hiperdensos e
hipodensos. Com esses referenciais bem estabelecidos, será mais fácil entender e interpretar os exames
radiológicos.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que, dessa forma,
consiga ajudar cada vez mais pessoas.
DENSIDADES VARIÁVEIS
Através do exame de radiogra�a convencional, é possível identi�car cinco densidades básicas, que são
organizadas pela seguinte ordem: da menos para a mais densa (mostra-se em escalas de cinza):
• Ar: tom mais escuro possível de ser observado em uma radiogra�a.
• Gordura: tom de cinza mais claro que o ar.
• Tecidos moles ou líquidos: difícil de serem distinguidos.
• Cálcio: contido em materiais endurecidos como o osso.
• Metal: tom mais claro que pode ser observado em uma radiogra�a.
Geralmente não são encontradas densidades metálicas no corpo humano, exceto quando se utiliza próteses de
joelho ou quadril, por exemplo. Esses tipos de densidades metálicas são introduzidos arti�cialmente no corpo.
Radiogra�camente, essas densidades �cam evidenciadas como: preto, cinza-preto, cinza e branco,
respectivamente. O meio de contraste utilizado em conjunto com os estudos radiográ�cos é de alta
radiodensidade, acima da densidade da água e abaixo da densidade do osso.
Pensando nas características dessas densidades, é possível identi�car que o ar é capaz de absorver o mínimo de
raios X e tem a aparência mais preta (homogênea) possível na radiogra�a convencional. A gordura é vista em
um tom de cinza mais escuro nas radiogra�as convencionais do que os tecidos moles. Os líquidos e tecidos
CARACTERÍSTICAS RADIOLÓGICAS VARIÁVEIS 
Estudante, vamos começar nosso estudo sobre as características radiológicas variáveis que
podem ser encontradas nos exames de imagem, pois é através delas que será possível identi�car
as possíveis patologias e o prognóstico para os tratamentos.
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moles, como sangue ou músculo, apresentam a mesma densidade nas radiogra�as convencionais, portanto
quase não são distinguidos nas imagens. O cálcio é o tipo de material mais denso que ocorre naturalmente no
corpo e o exemplo clássico da sua localização é o osso, pois ele absorve a maior parte dos raios X. O metal é
capaz de absorver todos os raios X e tem a aparência mais branca possível, por isso a projeção de projéteis de
arma de fogo é tão fácil de ser identi�cada nas radiogra�as convencionais.
É importante salientar que, embora as radiogra�as convencionais sejam produzidas por radiação ionizante em
doses relativamente baixas, a radiação tem potencial de produzir mutações celulares que podem levar a muitas
formas de câncer e anormalidades.
A tomogra�a computadorizada (TC) tem a propriedade de detectar diferenças diminutas nas densidades dos
tecidos, exibindo-os em graus variados de cinza. Essas densidades da TC são medidas em unidades Houns�eld.
A densidade da água recebe valor arbitrário de 1,0; a de gordura e a do gás têm valores negativos; e a óssea é
muito alta.
De acordo com a densidade, podemos também utilizar as seguintes terminologias para os raios X
convencionais:
• Ar: radiotransparente – produz cor preta.
• Gordura: radiotransparente – produz cor cinza escuro.
• Água: hipotransparente – produz cor cinza claro.
• Osso: radiopaco – produz cor branca.
• Metal: radiopaco – produz corpo branca.
Na tomogra�a computadorizada, podemos utilizar as seguintes terminologias:
• Hipodensa (cinza escuro – preto) 🡪 coe�ciente de atenuação baixo (água)ou negativo (ar e gordura).
• Hiperdensa (branca) 🡪 coe�ciente de atenuação alto (calci�cação).
• Isodensa 🡪 mesma densidade do tecido normal que o circunda.
INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
A tomogra�a computadorizada é uma técnica capaz de gerar imagens detalhadas da seção transversal de um
paciente. O contraste que permite gerar as imagens é resultante da diferença na absorção do feixe de raios X
em razão das características dos tecidos. Quando há maior absorção de radiação pelo tecido, há imagens mais
claras, e quando a absorção for menor, haverá imagens mais escuras. No monitor, a imagem resultante é obtida
matematicamente com base na quantidade de raios X detectados, dessa forma obtêm-se níveis de tons de cinza
que geram contraste e diferenciação entre os variados componentes do corpo humano ou objeto de estudo. As
principais aplicações desse método estão voltadas para estudos que envolvem os sistemas nervosos centrais e
periféricos, o sistema digestório e o sistema musculoesquelético.
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O olho humano é capaz de discernir até 40.000 tons de cinza, no entanto para identi�car algo como uma única
estrutura mesclada entre vários tons de cinza, é preciso que os limites de separação entre eles sejam bem
de�nidos. É essa manipulação de dados que os �ltros de alta resolução fazem: eles agrupam as densidades
semelhantes para tornar os limites de separação entre os tons de cinza mais de�nidos. Entretanto, os
computadores não precisam desse tratamento arti�cial de dados brutos, já que eles podem medir o valor de
atenuação de cada pixel individualmente a partir dos dados brutos. A escolha de um �ltro ou algoritmo de
reconstrução in�uencia na resolução espacial dos exames.
O resultado mostrou alterações signi�cativas, que indicam atelectasia alveolar. Além disso, também foi possível
observar o padrão de opacidade em vidro fosco, o qual é de�nido como discreto aumento da densidade
pulmonar sem obscurecimento dos vasos e brônquios. Pode também ter como causa o preenchimento dos
espaços aéreos e/ou espessamento do interstício, sendo encontrado em processos de diversas etiologias, como
em pacientes acometidos pela COVID-19. Esse padrão encontrado na TC pode ser bilateral, periférico e
subpleural nos lobos inferiores.
Nesse contexto, o tecnólogo em radiologia precisa saber interpretar as imagens radiológicas para que o
diagnóstico seja feito corretamente.
Com os conceitos bem de�nidos, chegou o momento de interpretarmos o uso de imagem através da
tomogra�a: considere, então, um paciente que esteja sofrendo de tosse seca e persistente, falta de ar com
dispneia proeminente, oximetria de pulso reduzida e febre intermitente. Nesse caso, o paciente buscou
atendimento médico de emergência e foi-lhe solicitado um raio-X convencional. O resultado dessa imagem não
evidenciou nenhuma alteração pulmonar digna de nota, mas, como o hemograma que foi solicitado revelou
alterações importantes, foi solicitada uma tomogra�a computadorizada, em que foi aplicado �ltro mole
(evidencia partes moles do corpo, em especial a estrutura pulmonar, os músculos, etc.). Observe a imagem a
seguir (Figura 1):
Figura 1 | Tomogra�a computadorizada de tórax
Fonte: Rosa et al. (2020, p. 2).
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ANÁLISE DOS CONCEITOS EM RADIOLOGIA
Para aplicarmos os conhecimentos obtidos nos blocos anteriores, proporemos discussões de casos clínicos.
• Caso 1: homem, 68 anos, tabagista há 20 anos, hipertenso controlado com medicamento, busca atendimento
devido a di�culdades para respirar, à dispenia e tosse produtiva (com catarro) persistente. A partir disso, foi
solicitada uma radiogra�a de tórax (Figura 2).
Figura 2 | Tomogra�a computadorizada de tórax
Fonte: Marcos et al. (2012, p. 632).
O resultado evidenciou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Qual motivo levou o médico a solicitar esse
tipo de exame?
De acordo com a queixa do paciente, o médico suspeitava de DPOC; logo, o raio-X deveria evidenciar a presença
de ar nos pulmões, mostrando-se radiotransparente, ou seja, preto. Na imagem obtida pelo exame, é possível
identi�car trechos radiopacos importantes, o que provavelmente indica atelectasia alveolar.
• Caso 2: homem, 29 anos, é admitido em enfermaria de hospital com falta de ar importante e oximetria de
pulso extremamente reduzida. O paciente alega estar, há cerca de cinco dias, com tosse seca que piora
consideravelmente a noite. Relatou também ter coriza há três dias. Diante disso, foi solicitado raio-X de tórax,
que não evidenciou nenhuma alteração importante. O exame de RT-PCR (padrão ouro para diagnosticar COVID-
19) foi positivo. Como o quadro continuava a se agravar, o médico solicitou uma tomogra�a computadorizada.
O que poderia ser observado nela?
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Na TC será possível observar o padrão em vidro fosco, pavimentação em mosaico e consolidações, que, apesar
de inespecí�cas, geralmente apresentam distribuição torácica predominantemente bilateral, periférica ou
mesmo inespecí�ca.
• Caso 3: mulher, 46 anos, está há cerca de três dias sentindo uma dor de cabeça muito forte e relatou ao
atendimento que está com di�culdade de movimentar os membros do lado esquerdo do corpo. O médico
também identi�cou que ela estava apresentando ptose palpebral esquerda. Além disso, ela relata que sente
alterações visuais repentinas, as quais se apresentam como cegueira. O médico solicitou exames de sangue e
uma ressonância magnética, pois suspeitou que ela estivesse desenvolvendo um acidente vascular encefálico
do tipo isquêmico (AVE isquêmico). O que pode ser observado na ressonância magnética (RM) e por que ela é
tão importante para esse tipo de quadro?
A RM é equivalente à tomogra�a computadorizada para detectar os tipos de acidentes vasculares encefálicos
(isquêmico e hemorrágico). O exame de ressonância magnética permite avaliar com precisão áreas de
penumbra que estão comprometidas e que impedem a reperfusão cerebral. O raio-X de crânio não tem
sensibilidade para detectar esses tipos de alterações.
• Caso 4: homem, 29 anos, trabalha como entregador de alimentos por aplicativo e acabou se acidentando
durante uma das entregas. Em decorrência da queda, teve fratura exposta do fêmur. Durante o atendimento
emergencial, qual exame o médico deveria solicitar a �m de detectar a extensão da lesão?
Ele deveria solicitar um raio-X convencional, pois esse tipo de exame é simples e facilita a detecção de cálcio,
elemento que aparecerá radiopaco nas imagens.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer o histórico da radiologia bem como as
características dos principais exames radiológicos utilizados para detecção de patologias. Você verá quão
essencial é conhecer como as imagens radiológicas são formadas e as principais diferenças entre cada tipo de
exame radiológico. Com essas informações, será possível interpretar o tipo de exame radiológico que melhor
identi�ca e diagnostica patologias.
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e
tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa dos autores Radominski e colaboradores
(2017). Nele você verá em detalhes como é realizado o exame de densitometria óssea para identi�car a
osteoporose em mulheres e quais critérios são utilizados para esse �m.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

Acesse pelo link: https://bit.ly/3w3I2lt.
INTRODUÇÃO
Estudante, vamos começar o nosso estudo sobre os principais aspectos relacionados à utilização da unidade de
Houns�eld (HU) e suas principais aplicações. Essa escala é considerada uma transformação da medida original
do coe�ciente de atenuação linear para uma escala adimensional. Além disso, nesse tipo de escala, é
considerada a radiodensidade da água destilada sob condições-padrão de temperatura e pressão, zero
unidades Houns�eld (HU), enquanto a radiodensidade do ar é de�nida como -1000 HU. Deve-se considerar a
escala entre -1000e 3000 HU.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que,
consequentemente, consiga ajudar cada vez mais pessoas.
DEFINIÇÕES DIFERENCIADAS DE ESCALAS
Para compreendermos como as escalas de Houns�eld são geradas, precisamos entender como ocorre o
funcionamento dos tomógrafos.
Os aparelhos de tomogra�a computadorizada (TC) surgiram na década de 1970 e propiciaram um salto
exponencial nos exames de imagem médica. Com o uso de um gantry com feixe giratório de raios X e múltiplos
detectores em vários arranjos (que giram de modo contínuo ao redor do paciente), junto a so�sticados
algoritmos de computador para processar os dados, uma grande quantidade de imagens bidimensionais em
fatias (cada uma com milímetros de espessura) pode ser formatada em múltiplos planos de imagem.
O tomógrafo é conectado a um computador que processa os dados utilizando vários algoritmos para produzir
imagens de qualidade diagnóstica. Uma imagem de TC é composta por matriz de milhares de pequenos
quadrados denominados pixels. Um computador atribui a cada pixel um número de TC que varia de -1000 a
+1000 e que é medido em unidades Houns�eld (HU). Essa nomenclatura é uma homenagem a Sir Godfrey
Houns�eld, o homem ao qual se credita o desenvolvimento do primeiro tomógrafo.
Aula 3
UNIDADE DE HOUNSFIELD 
Estudante, vamos começar o nosso estudo sobre os principais aspectos relacionados à utilização
da unidade de Houns�eld (HU) e suas principais aplicações. Essa escala é considerada uma
transformação da medida original do coe�ciente de atenuação linear para uma escala
adimensional.
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https://bit.ly/3w3I2lt
O número de TC varia de acordo com a densidade do tecido examinado e é a medida de quanto do feixe de
raios X é absorvido pelos tecidos em cada ponto da imagem produzida. Por convenção, atribui-se ao ar um
número de Houns�eld de -1000 HU e ao osso cerca de 400 a 600 HU (no caso da gordura, o número é de -40 a
-100; no da água, é 0 e no dos tecidos moles é de 20 a 100).
As imagens de TC são exibidas ou visualizadas por meio de uma faixa de números Houns�eld pré-selecionados
para melhor evidenciar os tecidos que estão sendo estudados (por exemplo, de -100 a +300), e tudo que estiver
dentro dessa faixa de número de TC é exibido sobre os níveis de densidade na escala de cinza disponível. Esse
intervalo de densidades exibidas é chamado de janela.
• Substâncias mais densas, que absorvem mais raios X, têm número elevado de TC. Diz-se que elas apresentam
atenuação aumentada e são exibidas como densidade mais branca nas imagens computadorizadas. Nas
radiogra�as convencionais, substâncias como metal e cálcio também parecem mais brancas e são consideradas
mais densas ou opacas.
• Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm número de TC baixos. Diz-se que elas
apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais escuras nas imagens de TC. Nas
radiogra�as convencionais, substâncias como ar e gordura também parecem mais pretas e têm densidade
diminuída (ou maior radiolucência).
A tomogra�a computadorizada também pode ser “janelada” de maneira a otimizar a visibilidade dos diferentes
tipos de patologias depois da obtenção. Esse benefício é denominado pós-processamento, característica em
que a imagem digital, em geral, é avançada. O pós-processamento possibilita a manipulação adicional dos
dados brutos para melhor demonstrar a anormalidade sem a necessidade de repetir um exame e sem expor o
paciente, mais uma vez, à técnica
APLICAÇÕES DA TÉCNICA DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Por tradição, as imagens de TC eram visualizadas principalmente no plano axial. Atualmente, dada a aquisição
volumétrica de dados, essas imagens podem ser exibidas em qualquer plano: axial, sagital ou coronal. Os dados
volumétricos consistem em uma série de seções �nas que podem ser remontadas de modo a produzir uma
reconstrução tridimensional. A renderização tridimensional de superfície e de volume pode produzir imagens
de TC de uma qualidade incrivelmente realista.
Um dos principais benefícios da TC, como já mencionado, é a capacidade de expandir a escala de cinza, o que
possibilita diferenciar muito mais do que as cinco densidades básicas possíveis nas radiogra�as convencionais.
Por causa dos elementos cada vez mais so�sticados dos detectores e da aquisição de centenas de cortes
simultaneamente, os tomógrafos multislices possibilitam a obtenção rápida das imagens (da cabeça aos pés em
menos de 10 segundos). Isso possibilitou o desenvolvimento de novas aplicações para a TC, como a
colonoscopia virtual e a broncoscopia virtual; a TC cardíaca com escore de cálcio; e a angiogra�a coronariana
por TC.

Esses exames podem conter mil ou mais imagens, de modo que o método mais antigo de colocar cada imagem
em �lme para estudo em um negatoscópio é impraticável, e essas imagens são quase sempre visualizadas em
computadores de estações de trabalho, onde é possível estudar muitas imagens simplesmente rolando a tela.
As tomogra�as computadorizadas são a base da imagem seccional e estão amplamente disponíveis, embora
ainda não sejam verdadeiramente portáteis. A produção de imagens de TC requer um aparelho dispendioso,
um espaço dedicado à sua instalação e um computador com um so�sticado poder de processamento. De
maneira semelhante à radiogra�a convencional, os tomógrafos também usam radiação ionizante (raios X) para
produzir as imagens.
Sabendo dessas informações, é muito comum que haja erros de interpretação em cerca de 4% dos casos e que
até 30% das alterações em exames radiológicos sejam perdidas. Os erros em radiologia contribuem para erros
no diagnóstico �nal, o que gera consequências importantes para os pacientes.
Os erros de percepção são aqueles que ocorrem no início da interpretação da imagem quando o radiologista
“passa” os olhos pelo exame. Nesse caso, há uma anormalidade, mas ela não é vista. Interferem aí fatores como
cansaço, quantidade de trabalho, rapidez com que os exames têm que ser vistos e eventuais distrações. Um
fenômeno interessante que contribui para que uma alteração não seja vista é a chamada busca satisfeita
(search satisfacting), o qual ocorre quando o radiologista encontra uma primeira lesão ou alteração e, então,
interrompe a procura por outras alterações – que são perdidas.
Os erros de interpretação, ou erros cognitivos, ocorrem quando uma alteração é vista, mas é interpretada
incorretamente seja por falta de conhecimento (experiência), por informações clínicas inadequadas
(incompletas), seja por diversos erros cognitivos. Isso revela que não basta enxergar uma alteração, o
radiologista precisa interpretá-la e oferecer hipóteses diagnósticas.
Nesse contexto, o tecnólogo em radiologia precisa saber interpretar as imagens radiológicas para que o
diagnóstico seja feito corretamente.
APLICAÇÃO – TABELAS DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NA RADIOLOGIA
Diversas estruturas no corpo são identi�cáveis em uma radiogra�a, seja por causa de suas densidades
inerentes (por exemplo, osso distinto de músculo), seja por conterem um dos materiais naturais básicos (por
exemplo, ar). Contudo, considerando que a maioria das vísceras internas tem densidade próxima ou igual à da
água, faz-se necessário introduzir nessas estruturas um material que delineie suas paredes, de�na a anatomia e
demonstre as condições patológicas.
O sulfato de bário constitui o principal contraste para os exames radiográ�cos do trato gastrointestinal (GI). O
bário possui elevado peso atômico, o que resulta em considerável absorção do feixe de raios X, proporcionando
um excelente contraste radiológico. Em seu preparo habitual, uma suspensão é obtida misturando-se com água
o bário �namente pulverizado em agentes dispersantes. Quando administrada por via oral ou retal, o preparo
proporciona um revestimento adequado do trato GI. Embora o próprio bário seja quimicamente inerte, se
ocorrer extravasamento para fora do trato GI, o paciente poderásofrer uma reação desmoplásica grave. No
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passado, bário misturado com material fecal era considerado uma mistura rapidamente letal quando
introduzida na cavidade peritoneal. O contraste à base de bário é seguro desde que o trato GI não esteja
obstruído.
Os agentes de contraste hidrossolúveis são utilizados predominantemente em estudos angiográ�cos, em
realce do contraste em estudos de tomogra�a computadorizada, em mielogra�a, artrogra�a e urogra�a. Os
agentes mais comumente utilizados são os sais de sódio ou meglumina de ácido diatriozoico ou iotal6amico em
concentrações de 60 a 90%. A estrutura química comum de todos os meios de contraste hidrossolúvel é uma
variante do ácido triiodobenzoico. Esses agentes são conhecidos como meios iônicos graças à sua propriedade,
em solução, de se dissociarem no cátion sódio ou meglumina e no seu ânion, que contém iodo. Os agentes
iônicos são muito hipertônicos, resultando em um desvio de líquido do espaço intracelular ou extracelular para
o espaço intravascular ou para o lúmen do trato GI. Pacientes que estão desidratados podem sofrer mudança
na viscosidade e tonicidade do sangue.
Os agentes paramagnéticos são utilizados para uso intravenoso (IV) durante a obtenção de imagens por
ressonância magnética. O agente mais comum é o gadolínio-ácido dietilenotriamina penta-acético (gd-DTPA). Ele
foi escolhido em virtude do seu efeito no tempo de relaxamento nas sequências do exame. A quelação com
DTPA impede a toxicidade intrínseca do íon Gd livre. Em doses diagnósticas, o Gd-DTPA aumenta o sinal das
estruturas vasculares de maneira parecida com o efeito dos meios de contraste hidrossolúvel convencionais. O
uso de compostos de Gd implica pequeno risco de reações adversas, em especial naquele paciente com história
de reação a compostos iodados. No entanto, ao contrário dos meios iodados, os compostos de Gd não são
nefrotóxicos, podem ser utilizados em pacientes azotêmicos e podem ser removidos por diálise. Curiosamente,
meios de contraste que contêm gadolínio são ligeiramente radiodensos, podendo ser utilizados como meios de
contraste em estudos de TC e angiogra�a em vez dos meios iodados.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer como é gerada a unidade Houns�eld nos
exames de tomogra�a computadorizada e qual é sua relação com as principais escalas utilizadas nos demais
exames de imagem. Com essas informações, será possível identi�car a utilização dos diferentes contrastes para
de�nição especí�ca da anatomia do órgão em questão, bem como a patologia que esteja associada a ele.
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Avaliação de meios de contraste submetidos
à radiação ionizante dos autores Pinho e colaboradores (2009). Nesse trabalho vocês veri�carão a
in�uência da radiação ionizante por raios X e raios gama sobre a estabilidade molecular de diversos meios
de contraste radiológico.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
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Acesse o texto no link: https://www.scielo.br/j/rb/a/j5vWhG6Y4TV9QF4YdySNvdj/?lang=pt
INTRODUÇÃO
Estudante, começaremos agora nosso estudo sobre a evolução dos tipos softwares desenvolvidos para o estudo
da tomogra�a computadorizada e sobre as principais diferenças entre os tipos de aparelhos utilizados.
Através dos seguintes questionamentos, você será capaz de selecionar o melhor tipo de aparelho a ser utilizado
em vários tipos de exames. Qual deles é o mais adequado? Qual proporciona melhor de�nição de imagem?
Quais são suas principais diferenças? Com as respostas a essas indagações, conseguiremos identi�car os
melhor os softwares, bem como os tipos de tomógrafos, que podem ser classi�cados em �xos ou portáteis e
móveis e que podem ser acoplados a diferentes gantrys.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que, dessa forma,
consiga ajudar cada vez mais pessoas.
EVOLUÇÃO DOS SOFTWARES (TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA)
A compreensão de como os softwares evoluíram para o estudo da tomogra�a computadorizada (TC) é
necessária para que os exames sejam bem executados e interpretados. Em circunstâncias habituais, os órgãos
sólidos do corpo (rins, fígado, baço e pâncreas) são considerados uniformes em termos de densidade
radiográ�ca – como a água, que gera um aspecto cinzento nas radiogra�as convencionais. No entanto, esses
tecidos exibem alguma variação em suas propriedades químicas, sendo possível, com o uso de técnicas
computadorizadas, medir essas diferenças, ampliá-las e exibi-las em tonalidades de cinza ou mesmo em cores,
como nos dias atuais.
O procedimento de tomogra�a computadorizada permite que o sistema detecte a intensidade de radiação que
atravessa o paciente. Os dados derivados dessas mensurações são analisados por um sistema
computadorizado que designa diferentes tonalidades de cinza (números de TC ou unidades Houns�eld) às
diferentes estruturas com base em seus coe�cientes de absorção ou atenuação. O computador reconstrói uma
imagem com base em grá�cos geométricos dos locais onde essas mensurações foram obtidas. Curiosamente,
embora esse sistema diagnóstico tenha sido desenvolvido nos anos 1970, a fórmula matemática para a
reconstrução de imagens permanece até hoje.
Aula 4
EVOLUÇÃO 
Estudante, começaremos agora nosso estudo sobre a evolução dos tipos softwares
desenvolvidos para o estudo da tomogra�a computadorizada e sobre as principais diferenças
entre os tipos de aparelhos utilizados.
22 minutos
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https://www.scielo.br/j/rb/a/j5vWhG6Y4TV9QF4YdySNvdj/?lang=pt
A geração atual das imagens é realizada através de softwares que possibilitam a criação de laudos em tamanho
real e de maneira rápida e �exível, permitindo o acesso a todos os envolvidos. O template do laudo já vem
prede�nido para a impressão e isso facilita o acesso do técnico em radiologia e do médico radiologista na
emissão dos laudos para o diagnóstico precoce dos pacientes.
Hoje em dia é utilizado o padrão de imagens de tomogra�a computadorizada digitais, porém é necessário que
haja a interoperabilidade, que é a disponibilidade para garantir a preservação das informações diagnósticas
adquiridas do paciente através de gerações de softwares e hardwares de imagem. 
Esse sistema deve estar em conformidade com as normas ISO (International Organization for Standardization),
cuja referência é o padrão DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine). Com a modernização do
sistema, �cou muito mais prático o armazenamento, a leitura da imagem e o planejamento do tratamento do
paciente. Agora o sistema de leitura não está mais restrito somente a clínicas ou a consultórios, mas, por meio
de um computador portátil, ele pode ser aberto em qualquer lugar. Com isso, a leitura e interpretação das
imagens podem se difundir mais facilmente pelo meio médico e acadêmico.
Observando esse fato, uma série de empresas passou a desenvolver softwares com inúmeras ferramentas cada
vez mais modernas, as quais buscam suprir as necessidades dos especialistas. A desvantagem é que a maioria
dos programas necessita de chaves de hardware, e os valores pedidos por elas é muito elevado, pois costuma-
se cobrar por número de máquinas operantes. Para alguns fornecedores, o conceito free software, isto é, a
versão disponível para download, é completamente funcional e pode ser instalada sem nenhum custo adicional
para o pro�ssional.
DIFERENÇA ENTRE APARELHOS FIXOS E MÓVEIS PARA RADIOLOGIA
Os aparelhos destinados a obter imagens radiográ�cas eram desenvolvidos inicialmente como aparelhos �xos,
ou seja, que �cavam estáticos e dependentes de fonte de energia, devendo estar presentes em sala exclusiva.
Os aparelhos �xos, pela própria nomenclatura, são aqueles que não podem ser retirados do local onde foram
instalados, por isso necessitam de uma sala exclusiva para sua utilização, com suprimento de energia
adequado, espaço para movimentação do paciente e local reservado para o técnicoem radiologia executar o
controle do equipamento a distância. 
Esse tipo de aparelho é muito utilizado em clínicas e hospitais devido à grande demanda de exames diários. Ele
pode ser preso ao chão por um pedestal ou ao teto. Nos dias atuais, um dos aparelhos de raios-X �xo mais
conhecidos é o TD500HF, que apresenta certa mobilidade com ampla exposição lateral e perpendicular. O
interessante desse tipo de instrumento é que ele pode ser instalado em locais com o mínimo de espaço e não
requer montagens de teto ou parede. Esses equipamentos facilitam a limpeza e a instalação e tornam mais
simples a operação. Além da radiogra�a convencional, muitos aparelhos radiográ�cos são construídos para
realizarem outros tipos de exames, como a �uoroscopia e a planigra�a ou a tomogra�a linear.
Os equipamentos móveis são muito semelhantes em recursos, mas a sua composição é diferente, já que a
mesa é dispensável e os controles dos equipamentos estão �sicamente junto com a unidade geradora de
radiação. Esse equipamento pode ser facilmente transportado através do sistema de rodas já embutidas na
estrutura. Para a realização do exame, utiliza-se a própria maca do paciente ou a cadeira. A fonte de energia é
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obtida diretamente da tomada e o custo geralmente é menor do que o dos exames realizados em aparelhos
�xos. A geração dos modelos Apolo D Digital apresenta tecnologia de ponta para emissão de raios X em alto
desempenho e em curtíssimo intervalo de tempo e pode ser utilizada por uma variedade de técnicas
radiográ�cas; além disso, apresenta vida longa e produtiva. Em salas menores, pode ser utilizado o Apolo D
Arco, que apresenta fácil manuseio, movimento vertical motorizado e facilidade de posicionamento dos
pacientes, visto que utiliza apenas um detector digital para as rotinas de mesa e mural.
O equipamento portátil apresenta peso e capacidade de radiação ou �exibilidade melhor para a realização dos
exames. Ele pode ser carregado por apenas uma pessoa através de alças, sendo facilmente transportado em
ambulâncias ou em porta-malas de carros. Geralmente esses equipamentos radiografam apenas as
extremidades do corpo humano e são frequentemente utilizados em exames de tórax em pacientes que estão
em unidades de terapia intensiva (UTI). O baixo custo e a transportabilidade deles já fez surgir, em alguns países
do hemisfério norte, um novo tipo de serviço denominado exame radiográ�co em domicílio.
DOSAGEM DE RADIAÇÃO DOS APARELHOS MÓVEIS/PORTÁTEIS E FIXOS NA
RADIOLOGIA
Segundo a vigilância sanitária (ANVISA, 2019), as exposições ocupacionais devem ter uma dose efetiva média
mensal que não excedam 20 mSv em qualquer período de cinco anos. Se a carga de trabalho for superior a 30
mA/min por semana, o operador deve manter-se atrás de uma barreira protetora com uma espessura de, pelo
menos, 0,5 mm equivalentes ao chumbo. Além disso, a resolução RDC nº 330/2019 (BRASIL, 2019) relata que,
em exames realizados em aparelhos �xos, o operador deve manter-se a uma distância de pelo menos dois
metros do tubo e do paciente durante as exposições e posicionar-se de tal forma que nenhuma parte do corpo,
incluindo extremidades, seja atingida pelo feixe primário sem estar protegida por 0,5 mm equivalente ao
chumbo.
Como a dose é cumulativa, devem ser tomadas medidas de biossegurança de radiação, evitando a exposição à
radiação ionizante e visando, a longo prazo, o processo de divisão celular. Esse fenômeno é denominado de
efeito estocástico e é de�nido como a probabilidade de ocorrência de efeitos deletérios proporcionais à dose de
radiação recebida sem a existência de limiar. Assim, doses pequenas, ou seja, abaixo dos limites estabelecidos
por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Os aparelhos portáteis induzem
menor quantidade de radiação do que os aparelhos �xos.
Dependendo do tipo de exame, as radiogra�as podem ser bem baixas e, hoje, existem recursos para minimizar
os possíveis danos oriundos das radiações ionizantes, como controle do uso de aventais plumbíferos, �lmes
digitais e ultrarrápidos, aparelhos calibrados e processamento automático.
Um dos grandes questionamentos existentes na área envolve a necessidade de retirar o aparelho �xo dos
dentes, por exemplo, quando for realizada uma radiogra�a. A resposta para esse questionamento é “depende”,
já que cada paciente deve ser avaliado pelo médico radiologista, que veri�cará as possíveis interferências no
resultado do procedimento. Caso o exame de imagem seja uma ressonância magnética e o objetivo seja
visualizar as estruturas de cabeça e pescoço, é necessária a retirada do aparelho ortodôntico. Caso não seja
retirado, o metal pode in�uenciar o resultado e comprometer o diagnóstico �nal.
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Uma das possíveis consequências da quantidade elevada de radiação refere-se a lesões que podem ocorrer no
corpo, como as presentes no trato gastrointestinal. Nesse caso podem ocorrer enjoos graves, vômitos e
diarreia, que podem começar cerca de uma hora após a exposição a 6 Gy ou mais de radiação. Os sintomas
podem levar à desidratação grave, porém tendem a desaparecer ao �nal de dois dias. Quem recebe essa
quantidade de radiação padece igualmente da síndrome hematopoiética, que resulta em sangramento e
infecção e aumenta o risco de morte. Depois da exposição a 6 Gy ou mais de radiação, a morte é comum.
Em casos de exposição a radiações acima de 20 a 30 Gy, a chance de ocorrer a síndrome vascular cerebral é
grande. As pessoas manifestam rapidamente confusão, enjoos, vômitos, diarreia sanguinolenta, tremores e
choque. Em apenas algumas horas a pressão arterial diminui, sintoma acompanhado de convulsões e coma. A
síndrome vascular cerebral é mortal em um período que oscila entre um ou dois dias.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer como são realizadas as interpretações das
imagens de tomogra�a computadorizada através da utilização de diferentes tipos de softwares. Além disso, será
capaz de comparar os diferentes tipos de aparelhos destinados à aquisição de imagens, como aparelhos �xos,
móveis e portáteis.
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Análise dos softwares para tomogra�a
computadorizada de feixe cônico de interesse aos cirurgiões-dentistas da autora Ana Márcia Viana
Wanzeler (2015). A partir desse texto vocês poderão avaliar e comparar os diferentes programas
disponíveis gratuitamente para visualizar as imagens obtidas pela tomogra�a computadorizada.
Acesso pelo link: http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
72722015000100010.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
BRANT, W. E.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagem. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
REFERÊNCIAS
7 minutos
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http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100010
DUGANI, S. et al. Anatomia clínica – Integrada com exame físico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
HAGE, M. C. F. N. S.; IWASAKI, M. Imagem por ressonância magnética: princípios básicos. Ciência rural, Santa
Maria, v. 39, n. 4, p. 1287-1295, 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 05 abr. 2022.
MARTINI, F. H. et al. Anatomia e �siologia humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pearson Education do
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PRANDO, A.; MOREIRA, F. A. Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 2. ed. Rio de Janeiro:
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https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/9df97NqpCcC8svNRJgBTGYP/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 05 abr. 2022.
Aula 2
BRANT, W. E.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagem. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
DUGANI, S. et al. Anatomia clínica – Integrada com exame físico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
MARCOS, L. et al.Análise da radiogra�a de tórax de indivíduos com DPOC e sua correlação com os testes
funcionais. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 25, n. 3, p. 629-637, 2012. Disponível em:
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MARTINI, F. H. et al. Anatomia e �siologia humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pearson Education do
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PRANDO, A.; MOREIRA, F. A. Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 2. ed. Rio de Janeiro:
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ROSA, M. E. E. et al. Achados da COVID-19 identi�cados na tomogra�a computadorizada de tórax: ensaio
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identi�ed-in-chest-computed-tomography-a-pictorial-essay/. Acesso em: 05 abr. 2022.
Aula 3
BRANT, W. E.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagem. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
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https://www.scielo.br/j/cr/a/mmPL6rMp5vmPCRpmYH84Kbm/?format=pdf&lang=pt
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https://reader.elsevier.com/reader/sd/pii/S048250041730178X?token=5F61AEC6C9295248D25B569788C3DC6CF863C9674AC47A623123EA750503CABEFBAD4D36B48BEA5A0E7ECEF21F955E49&originRegion=us-east-1&originCreation=20220318122248
https://journal.einstein.br/article/covid-19-findings-identified-in-chest-computed-tomography-a-pictorial-essay/
DUGANI, S. et al. Anatomia clínica – Integrada com exame físico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
MARTINI, F. H. et al. Anatomia e �siologia humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2014.
PINHO, K. E. P. et al. Avaliação de meios de contraste submetidos à radiação ionizante. Radiol Bras., São Paulo,
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em: 05 abr. 2022.
PRANDO, A.; MOREIRA, F. A. Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.
Aula 4
BRANT, W. E.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagem. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC nº 330, de 20 de
dezembro de 2019. Brasília: Ministério da Saúde: ANVISA, 2019. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-330-de-20-de-dezembro-de-2019-235414748?
inheritRedirect=true. Acesso em: 05 abr. 2022.
DUGANI, S. et al. Anatomia clínica – Integrada com exame físico e técnicas de imagem. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2017.
MARTINI, F. H. et al. Anatomia e �siologia humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pearson Education do
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PRANDO, A.; MOREIRA, F. A. Fundamentos de Radiologia e Diagnóstico por Imagem. 2. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.
WANZELER, A. M. V. Análise dos softwares gratuitos para tomogra�a computadorizada de feixe cônico de
interesse aos cirurgiões-dentistas. Rev. Bras. Odontol., Rio de Janeiro, v. 72, n. 1-2, 2015. Disponível em:
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100010. Acesso em: 05 abr.
2022.
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https://www.scielo.br/j/rb/a/j5vWhG6Y4TV9QF4YdySNvdj/?lang=pt
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-330-de-20-de-dezembro-de-2019-235414748?inheritRedirect=true
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100010
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INTERPRETAÇÃO DAS
INCIDÊNCIAS E CORTES
TOMOGRÁFICOS NOS EXAMES
92 minutos
Aula 1 - Cortes
Aula 2 - Graus de incidência
Aula 3 - Posicionamentos
Aula 4 - Reconstrução de imagens
Referências
INTRODUÇÃO
Estudante, teremos o prazer de começar nosso estudo com a descrição dos tipos de planos identi�cados
anatomicamente para a realização dos exames radiológicos, conhecimento essencial para que a interpretação
dos procedimentos ocorra de maneira correta. Qualquer erro de posicionamento do paciente pode acarretar
prejuízo na interpretação de eventuais patologias que poderiam deixar de ser detectadas nos exames
radiológicos e, com isso, poderiam ser diagnosticadas precocemente. Além dos erros de interpretação, podem
ocorrer também erros de percepção, os quais podem ser causados por distrações ou excesso de trabalho.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que, dessa forma,
consiga ajudar cada vez mais pessoas.
PLANOS ANATÔMICOS PARA AS IMAGENS EM TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
O conhecimento da anatomia humana é imprescindível para o desenvolvimento de habilidades e competências
do pro�ssional técnico em radiologia. Para que você compreenda a anatomia do corpo humano, é necessário
conhecer da menor até a maior dimensão de seus componentes, os quais são usualmente distribuídos em
níveis de organização.
Os planos anatômicos podem ser divididos em três principais grupos:
• Plano frontal ou coronal: é um plano orientado verticalmente e divide o corpo entre as partes anterior e
posterior; essa mesma nomenclatura também é conhecida para a vida embrionária (cranial e caudal).
• Plano sagital: é orientado verticalmente, porém �ca em ângulo reto com os planos coronais e divide o corpo
em direita e esquerda. O plano que atravessa o centro do corpo, dividindo-o igualmente em direita e esquerda,
é denominado plano sagital mediano.
• Plano transversal, horizontal ou axial: divide o corpo em superior e inferior.
Existem inúmeros termos usados para a descrição da posição anatômica, dentre eles, pode-se citar: anterior ou
ventral, posterior ou dorsal, medial e lateral, superior e inferior. Quando se utiliza a nomenclatura anterior
e posterior, refere-se às estruturas localizadas à “frente” e “atrás” do corpo. Por exemplo, os olhos são
Aula 1
CORTES 
Estudante, teremos o prazer de começar nosso estudo com a descrição dos tipos de planos
identi�cados anatomicamente para a realização dos exames radiológicos, conhecimento
essencial para que a interpretação dos procedimentos ocorra de maneira correta.
21 minutos
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estruturas localizadas à frente, enquanto que as nádegas estão localizadas atrás. Medial e lateral referem-se ao
posicionamento dos membros superiores e inferiores ou mesmo à posição interna dos órgãos.
Cranial refere-se a um ponto que está na direção da cabeça; já o termo caudal refere-se ao que está na direção
da cauda; esses termos são utilizados para a descrição durante o desenvolvimento embrionário. No adulto, já se
usa a nomenclatura superior e inferior, respectivamente. Dois novos termos são: super�cial e profundo. Eles
são utilizados para descrever as posições relativas de duas estruturas com respeito à superfície do corpo, por
exemplo, o esterno é super�cial ao coração.
A maioria das imagens de tomogra�a computadorizada é adquirida em um plano axial e vista como se o
observador estivesse olhando a cabeça de inferior para superior (do pé da cama). Então: o lado direito do
paciente está à esquerda da imagem; a margem superior da imagem está anterior. Muitos pacientes recebem
contraste oral e intravenoso para diferenciar alças intestinais de outros órgãos abdominais e para avaliar a
vascularidade das estruturas anatômicas normais. No caso da administração do contraste intravenoso, quanto
mais precocemente as imagens são obtidas, maior a probabilidade de realce arterial. À medida que o tempo
passa entre a injeção e a aquisição da imagem, uma fase venosa e uma fase de equilíbriosão também obtidas.
Se demorar muito tempo, o contraste pode ser degradado pelo fígado através dos mecanismos de xenobióticos,
e as imagens perderão o contraste, ou seja, a resolução de pixels necessária para distinguir imagens �siológicas
das patológicas.
POSICIONAMENTO ANATÔMICO NA FORMAÇÃO DAS IMAGENS RADIOLÓGICAS
A partir dos conceitos obtidos sobre os planos anatômicos, é necessário associá-los com o que se pode
encontrar nas imagens tomográ�cas. As imagens de tomogra�a computadorizada (TC) são obtidas através da
injeção de contraste oral ou intravenoso para identi�cação de possíveis patologias. Nesse caso, se a patologia
for na mão, o ideal é sentar o paciente próximo à extremidade da mesa e �etir o cotovelo até formar ângulo de
90º. Esse tipo de imagem é indicado em casos de fratura, luxação, osteoporose, osteoartrite e outros.
Se for o caso de avaliar o punho, deve-se sentar o paciente próximo à extremidade da mesa e colocar o
antebraço estendido e a parte posterior do punho afetado exposta, deixando sempre o cotovelo no mesmo
plano horizontal. Esse tipo de imagem é obtido em caso de suspeita de fratura nos ossos do carpo, porção distal
do rádio e da ulna, artrite e outros.
As indicações para avaliação das imagens de TC de cotovelo são fraturas, luxações, artrite e outros. Nesse caso
deve-se formar o ângulo de 90º com a mesa. Problemas no ombro podem ocorrer de acordo com falha do
movimento, queda sobre a própria altura, entre outros. Para o paciente ser avaliado, é necessário ajustar o
tomógrafo a �m de que ele faça o giro de rotação e, nesse caso, a medicação intravenosa passa a ser mais
indicada por conta da circulação sanguínea.
Para identi�cação de possíveis problemas no pé, o paciente deve estar em decúbito dorsal, �etir o joelho do
lado afetado e colocar a face plantar do pé sobre o gantry. O mais indicado nesses casos é avaliar fraturas,
anormalidades, presença de corpos estranhos, entre outros. 
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Para identi�cação de patologias na perna, é necessário que o paciente esteja em decúbito lateral com o
membro inferior distendido, o lado afetado para baixo e o membro oposto para trás. 
Depois que o radiofármaco é carreado para um tecido ou órgão do corpo, geralmente via corrente sanguínea,
suas emissões radioativas permitem que seja medido e examinado usando-se um aparelho de detecção
chamado gama câmara. A tomogra�a computadorizada com emissão de pósitron único (PET TC) é uma
modalidade de medicina nuclear, na qual se usa a gama câmera para adquirir várias imagens bidimensionais a
partir de múltiplos ângulos, as quais são então reconstruídas pelo computador em dados de con�guração
tridimensional, que podem ser manipulados para produzir cortes �nos em qualquer incidência.
Com essa nova possibilidade, agora leva-se menos tempo para a aquisição das imagens, desde que o plano
anatômico do paciente esteja devidamente orientado.
Avaliando a descrição dos planos anatômicos, pode-se dizer que eles também são aplicados nas exposições às
radiogra�as convencionais, à ressonância magnética, à ultrassonogra�a e à medicina nuclear. Lembrando que
cada tipo de exame deve ser indicado para o paciente, e o técnico em radiologia deve ser devidamente
orientado para saber como posicionar corretamente o paciente.
CONTEXTUALIZAÇÃO CLÍNICA DAS POSIÇÕES ANATÔMICAS PARA AQUISIÇÃO
DAS IMAGENS RADIOLÓGICAS
Para aplicarmos os conhecimentos obtidos nos blocos anteriores, proporemos discussões sobre alguns casos
clínicos.
• Caso 1: mulher, 80 anos, recorre ao serviço médico de saúde após queda posterior; refere dor intensa em
ambos os ombros acompanhada por incapacidade funcional. Ela relata ter escorregado e caído para trás, tendo
amparado a queda com o apoio das mãos no chão. Quanto ao seu histórico médico, nega ter comorbidades,
como hipertensão, dilispidemias e diabetes. No exame clínico, a paciente encontrava-se com os dois membros
superiores em rotação externa e ligeiramente abduzidos. No ombro direito ainda foi observado edema ou
tumefação. Qual exame seria necessário para identi�cação correta da posição anatômica da paciente?
O melhor seria a radiogra�a convencional. Podem ser realizadas duas posições anatômicas para essa avaliação:
a primeira seria a paciente em decúbito dorsal ou ortostático, onde a pessoa estende o braço, coloca a palma
da mão para cima e tenta rodar o ombro; e, na segunda posição, a paciente pode estar em pé, ou em decúbito
dorsal, e pede-se para �exionar o cotovelo e abduzir o braço até formar um ângulo de 90º. Após essas duas
posições, qual outro exame poderia ser solicitado para detectar a luxação da paciente? Poderia ser realizada a
tomogra�a computadorizada (TC), porém esse tipo de exame é extremamente caro e, assim como a
ressonância magnética, pode ser realizado após a redução da luxação para avaliar os danos causados nos
músculos, ligamentos e cápsula articular.
• Caso 2: mulher, 50 anos, sofreu uma queda enquanto estava caminhando, fraturou o fêmur direito e buscou
atendimento. No exame clínico, identi�cou-se que a paciente se encontrava orientada e relatou que estava
caindo frequentemente da própria altura durante a limpeza diária da casa. O exame de radiogra�a
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convencional identi�cou fratura do colo do fêmur. Após a medicação, o médico continuou o atendimento e �cou
intrigado com as quedas frequentes. O que as poderia estar causando? 
A provável causa é a osteoporose, patologia causada pela desregulação da funcionalidade de uma célula
denominada osteoclastos, presente na periferia do osso. Essa célula é responsável pela degradação de matriz
óssea mineralizada, ou seja, libera enzimas que degradam a parte orgânica composta, principalmente, por
�bras colágenas que liberam o cálcio �xado nelas, deixando que o osso se torne cada vez mais poroso. O
motivo de essa célula degradar mais matriz do que o normal ou o esperado é que ela está ativada devido à falta
ou à redução da quantidade de hormônios estrogênicos. Além desse exame de radiogra�a convencional (raio-
X), qual outro poderia ser feito para quanti�car o nível de perda óssea? A densitometria óssea, pois, nesse tipo
de exame, é possível quanti�car especi�camente o nível de perda óssea.
Com esses exemplos, você será capaz de compreender como é realizada a aplicação dos exames radiológicos
para detecção de patologias.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudantes! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer o histórico da radiologia, bem como as
características dos principais exames radiológicos utilizados para detecção de patologias. Você verá a
necessidade de conhecer como as imagens radiológicas são formadas e as principais diferenças entre cada tipo
de procedimento. Com essas informações, será possível interpretar o tipo de exame radiológico que melhor
identi�ca e diagnostica patologias.
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Luxação glenoumeral anterior bilateral: caso
clínico, dos autores Silva e colaboradores (2011). Nesse trabalho, você verá mais detalhes sobre um tipo
muito comum de luxação que ocorre no ombro, denominado luxação glenoumeral, e como o
conhecimento sobre a posição anatômica é essencial para o diagnóstico correto da luxação.
O artigo em português está disponível para leitura em:  https://doi.org/10.1590/S0102-
36162011000300016.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 2
GRAUS DE INCIDÊNCIA 
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https://doi.org/10.1590/S0102-36162011000300016
INTRODUÇÃO
Estudante, daremos início a nosso estudo com a descrição dos graus de incidência disponíveis para a aquisição
de imagens em radiologia. Essa aplicação é importante, pois, ao conhecê-la, será possível informar o paciente
sobre a posição especí�ca que deve assumir antes de iniciar as imagens. Qualquer erro de posicionamento do
paciente pode desencadear erros de interpretação dos exames, levando a altos custos para o laboratório e para
o paciente. Além disso, a pessoa terá que refazer o exame, acarretando maistempo para o diagnóstico correto.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que, dessa forma,
consiga ajudar cada vez mais pessoas.
PLANOS ANATÔMICOS PARA AS IMAGENS RADIOLÓGICAS
Ter o conhecimento anatômico especí�co sobre os planos e eixos é essencial para o técnico em radiologia
desenvolver um excelente trabalho. Nesse contexto, continuar o estudo sobre esses planos a �m de aprender a
detalhar os cortes e as posições anatômicas na hora de realizar os exames radiológicos é imprescindível para
que não ocorram erros de interpretação e de diagnóstico.
Para entender o sentido de eixo anatômico, é necessário conhecer o movimento do corpo humano. Os eixos
anatômicos são conhecidos como linhas imaginárias que atravessam o corpo, separando-o perpendicularmente
em planos que possibilitam movimento, o qual está vinculado a articulações, como as diartroses, que
possibilitam amplos movimentos. 
O eixo anteroposterior é o que se apresenta em um sentido do anterior para o posterior e se localiza
perpendicularmente ao plano frontal. Esse tipo de eixo também é conhecido como sagital e, dessa maneira, tem
como movimentos possíveis a adução e a abdução.
O per�l direito e esquerdo refere-se ao eixo laterolateral, o qual é também conhecido como transversal ou
horizontal. Os movimentos possíveis nesse caso são �exão e extensão. As posições oblíquas e axiais são
aquelas que possibilitam a investigação de campos pulmonares de estruturas moles.
Para que esses eixos possam ser estabelecidos, é necessário que o indivíduo esteja em posição ortostática, ou
seja, olhando para frente com a palma das mãos e a planta dos pés voltadas para frente e a cabeça erguida.
Essa posição também pode ser obtida com o paciente deitado na maca, ou na mesa, durante o exame.
Estudante, daremos início a nosso estudo com a descrição dos graus de incidência disponíveis
para a aquisição de imagens em radiologia. Essa aplicação é importante, pois, ao conhecê-la, será
possível informar o paciente sobre a posição especí�ca que deve assumir antes de iniciar as
imagens.
21 minutos
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O eixo anteroposterior possibilita a visualização adequada de órgãos que estejam localizados na posição
anterior, ou seja, antes do peritônio e posterior, que se refere aos órgãos localizados atrás do peritônio.
Exemplos de órgãos localizados posteriormente são os rins e de órgãos localizados anteriormente são os
genitais.
O plano axial também é conhecido como transversal e pode atravessar o corpo em ângulos retos, com os
planos coronais, e medianos; dessa maneira, também divide o corpo em partes superior e inferior. Esse tipo de
classi�cação e posição é importante especialmente quando se estuda a osteologia e as posições anatômicas
que podem ser utilizadas para a aquisição de imagens radiológicas.
Existe uma diferença importante que precisa ser citada: a posição posteroanterior (PA) é adquirida quando o
feixe de raios X entra pelo dorso do corpo e sai em direção à região anterior e, assim, pode ser impressa nos
�lmes fotográ�cos ou salvas de maneira digital. Já a posição anteroposterior é adquirida quando o paciente
permanece deitado sobre o �lme radiográ�co e o feixe de raio X entra pela região anterior do tórax.
A região cerebral merece atenção especial devido à calota craniana, à massa encefálica, ao hipotálamo e à
hipó�se, que estão presentes nessa região, pois qualquer incidência pode desencadear comprometimento
funcional e desencadear alterações gênicas que podem culminar com o aparecimento de tumores.
POSICIONAMENTO ANATÔMICO NA FORMAÇÃO DAS IMAGENS RADIOLÓGICAS
UTILIZANDO DIFERENTES TÉCNICAS
O posicionamento correto dos pacientes é extremamente importante para a aquisição de imagens que podem
ser devidamente interpretadas. Qualquer erro de posicionamento pode desencadear erro de interpretação das
imagens ou mesmo falta de diagnóstico apropriado precocemente.
Sabendo que a posição anteroposterior se refere à separação do corpo entre frente e atrás, é importante que
conheçamos a anatomia dessas regiões para evitar erros de interpretação. Por isso, é importante o
conhecimento sobre o que são indivíduos normais, ou seja, que apresentam posição correta dos órgãos, e o
que são aqueles que apresentam variação anatômica, anomalia ou monstruosidade. A variação anatômica não
acarreta prejuízo funcional, apesar de apresentar diferenças morfológicas internas e/ou externas. Os exemplos
mais clássicos são hipospádia (abertura da uretra masculina em posição incorreta) e sindactilia (membrana
entre os dedos). As anomalias desencadeiam prejuízo funcional, ou seja, o sistema deixa de funcionar
corretamente. Um exemplo clássico é a polidactilia (excesso de dedos na mão). Já as monstruosidades é toda
alteração incompatível com a vida devido à morfologia e função incorreta. Exemplos desse tipo de patologia são
a agenesia cerebral (falta de massa encefálica e/ou calota craniana) e gêmeos xifópagos (também conhecidos
como siameses). Além disso, precisamos descrever a estratigra�a, pois nas imagens radiológicas será possível
identi�car o contorno dos órgãos. A partir da pele, temos tela subcutânea, músculos, vasos sanguíneos, fáscia
muscular e osso.
A coluna pode executar movimento de �exão e extensão quando identi�cada pelo plano sagital; �exão lateral
quando identi�cada pelo plano frontal; e movimento rotativo, pelo transverso. O ombro é capaz de executar
movimento de �exão e extensão identi�cado pelo plano sagital; abdução e adução, pelo plano frontal; e rotação
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interna e externa, pelo plano transverso. O quadril realiza �exão e extensão (plano sagital), abdução e adução
(plano frontal) e rotação interna e externa (plano transverso). O tornozelo realiza dorsi�exão e �exão plantar
(plano sagital), inversão e eversão (plano frontal) e rotação interna e externa (plano transverso).
A análise minuciosa dos planos anatômicos nos remete a pensar sobre como o movimento executado pelo
paciente durante a realização do exame é crucial para entender por que pode ocorrer sombreamento nas
imagens radiológicas.
Para que esses planos sejam perfeitamente executados, precisamos conhecê-los em detalhes e como se
relacionam a possíveis patologias envolvidas, por exemplo, na coluna. A escoliose é uma deformidade rotacional
da coluna e das costelas e, apesar da causa ser desconhecida, já se sabe que existe uma ampla variedade de
condições congênitas, neuromusculares, mesenquimais e traumáticas que podem estar associadas a ela. Esse
tipo de deformidade aparece quando há rotação vertebral e curvatura lateral, o que pode levar,
consecutivamente, à rotação das costelas. Associada a elas também são encontradas as cifoses e lordoses, as
quais permitem que o disco vertebral, que faz o coxim, permaneça ainda mais rígido. A implicação é que, caso
não diagnosticado através dos exames radiológicos e tratado precocemente, pode ocorrer perda da
movimentação que pode até evoluir para paralisia.
AS POSIÇÕES ANATÔMICAS PARA AQUISIÇÃO DAS IMAGENS RADIOLÓGICAS
Para aplicarmos os conhecimentos obtidos nos blocos anteriores, veremos alguns casos clínicos. 
• Caso 1: mulher, 37 anos, recorre ao serviço médico de saúde após sentir dores muito fortes na coluna. Ela
relata que as dores apareceram quando era ainda criança, momento em que foi diagnosticada com escoliose.
Sabendo que a escoliose é um tipo de curvatura patológica da coluna vertebral, identi�que os principais exames
que podem ser realizados para que essa paciente tenha o diagnóstico correto e possa acompanhar a evolução
do tratamento.
O melhor exame para identi�car a patologia seria a radiogra�a convencional. Nesse tipo de imagem, identi�ca-
se que as vértebras da coluna estão em posições diferentes e que são consideradas patológicas. Além desse
tipo de exame, temos a tomogra�a computadorizada; nesse caso, como a imagem é gerada corte a corte, �ca
fácil identi�car onde está ocorrendo alteração na espessura do disco intervertebral.Em pacientes que sofrem
de escoliose, pode-se utilizar também fotogrametria computadorizada para detecção de escoliose idiopática.
Nesse caso, a análise angular de movimento e postura corporal através da aquisição de uma imagem estática,
que é conhecida como fotogrametria, permite ao médico que está acompanhando a paciente quanti�car e
quali�car a avaliação da postura e do movimento corporal. 
• Caso 2: adolescente, 12 anos, sexo feminino, estava apresentando puberdade atrasada, pescoço curto
(também denominado pescoço alado) e baixa estatura em comparação à dos pais. O médico da unidade básica
de saúde que a atendeu suspeitou de Síndrome de Turner, a qual faz com que ocorram dois cromossomos X;
porém, um deles, o herdado do pai, não está funcional. Além do diagnóstico clínico, como o médico poderia
fazer para comprovar, através de exames de imagem, que a paciente apresenta Síndrome de Turner?
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Pode ser realizada radiogra�a convencional, em que se identi�caria a espessura dos ossos e o seu tamanho.
Com esse cenário e a associação à sintomatologia clínica da paciente, será possível identi�car que ela está
apresentando alteração de crescimento e, assim, o diagnóstico poderá ser fechado. Além disso, até pode ser
realizada uma tomogra�a computadorizada para identi�car os ossos longos do corpo ou uma tomogra�a de
crânio para identi�car se há problemas na hipó�se que possam estar afetando o crescimento da paciente.
Os tumores ósseos podem ser detectados através de radiogra�a convencional ou de tomogra�a
computadorizada. Esse exame apresentará margens irregulares ao invés de uma margem sólida e uniforme,
como o esperado. O técnico em radiologia é o responsável para posicionar bem o paciente para o exame e,
juntamente com o médico radiologista, ajudar a laudá-lo. A con�rmação �nal da malignidade do tumor virá
somente com a biópsia.
Com esses exemplos você será capaz de compreender como é realizada a aplicação dos exames radiológicos
para detecção de patologias.
VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! Neste vídeo você terá a oportunidade de conhecer os diferentes tipos de planos e eixos
anatômicos que são utilizados para posicionar melhor o paciente nos exames radiológicos e, assim, adquirir a
melhor imagem para facilitar o diagnóstico e iniciar o possível tratamento do paciente. Nesse contexto,
conhecer em detalhes os possíveis tipos de imagens radiológicas que podem ser obtidas e como podem ser
diferenciadas é essencial para o bom diagnóstico. 
Vamos lá!
 Saiba mais
Para complementar seu estudo, sugere-se a leitura do artigo Aplicação de imagens de ressonância
magnética na avaliação de lesões por movimento do tornozelo. Nesse artigo, você será capaz de
compreender mais detalhes sobre os fatores que in�uenciam o diagnóstico de imagens de recursos
magnéticos (RM) com base no modelo de algoritmo de regressão linear. O artigo está disponível para
leitura em: https://www.scielo.br/j/rbme/a/Vgks8zbSXnVZ4LLjbgcv3Gk/abstract/?format=html&lang=pt
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 3
POSICIONAMENTOS 
Estudante, começaremos o estudo desta aula descrevendo o correto posicionamento do paciente
para os exames radiológicos, que compreende a posição ortostática, em decúbito lateral e em
decúbito ventral.
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https://www.scielo.br/j/rbme/a/Vgks8zbSXnVZ4LLjbgcv3Gk/abstract/?format=html&lang=pt
INTRODUÇÃO
Estudante, começaremos o estudo desta aula descrevendo o correto posicionamento do paciente para os
exames radiológicos, que compreende a posição ortostática, em decúbito lateral e em decúbito ventral. A
posição ortostática deve ocorrer em pé, como no caso dos exames de radiogra�a convencional de tórax; a em
decúbito lateral permitirá identi�car os órgãos localizados lateralmente, como o baço ou mesmo os rins; já em
decúbito ventral, é possível identi�car os órgãos abdominais.
Aproveite esta aula e estude para que seu conhecimento aumente cada vez mais e para que, dessa forma,
consiga ajudar cada vez mais pessoas.
PLANOS ANATÔMICOS PARA AS IMAGENS RADIOLÓGICAS
O estudo da anatomia necessita de um vocabulário clínico que de�ne posição, relação e planos de referência,
bem como os sistemas do corpo humano. O estudo da anatomia pode ser conduzido pelas regiões ou pelos
sistemas orgânicos do corpo. Por convenção, as descrições anatômicas do corpo humano são relacionadas com
a posição anatômica dele ou também com a posição ortostática. E o que isso signi�ca? O corpo deve estar em
posição ereta, com a face voltada para frente, os membros superiores devem estar junto ao corpo, com as
palmas das mãos voltadas também para frente, e os membros inferiores devem estar unidos, com os pés
voltados para frente. Qualquer alteração da posição descrita pode ser indicativa de alterações tensionais, caso
em que pode ocorrer diminuição rápida do retorno venoso do coração, fato que pode resultar em redução do
enchimento ventricular e causar diminuição do débito cardíaco e da pressão arterial. Em longo prazo, pode ser
danoso para o paciente. Pacientes que estão em decúbito lateral podem estar deitados sobre o lado direito ou o
esquerdo; e aqueles que estão em decúbito ventral estão deitados sobre o abdome.
É comum ocorrer confusão entre os termos referenciados no posicionamento anatômico radiográ�co e a
incidência radiológica. O posicionamento radiográ�co determina a posição que o paciente vai �car durante a
realização do raio-X e in�uencia diretamente na perspectiva de visualização do exame, na qualidade da imagem
e também na interpretação do laudo. A incidência radiológica, por sua vez, está relacionada à incidência da
radiação oriunda do aparelho de raio-X ou mesmo dos demais aparelhos radiológicos. É onde a radiação entra e
sai após ser direcionada para a parte do corpo a ser gravada e projetada.
Qualquer erro nessas posições pode acarretar interpretações errôneas e levar ao diagnóstico incorreto ou
tardio sobre as patologias. Os erros podem ser de interpretação, que ocorrem por falta de conhecimento sobre
as posições anatômicas, ou podem acontecer pela pressa em entregar os resultados dos exames e pelo excesso
de trabalho.
Posições laterais devem permitir a observação de órgãos internos e, para isso, precisam ser bem estabelecidas.
Quando é solicitada a posição em decúbito dorsal, precisa-se ter o cuidado de pedir ao paciente que esteja com
o intestino o mais vazio possível, pois, caso contrário, poderá acarretar falhas na interpretação das imagens,
especialmente do peritônio, que está localizado posteriormente.
22 minutos
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Também precisam ser levados em consideração os seguintes fatores: nitidez dos registros, ângulo de
observação e densidade e proximidade entre a estrutura e o aparelho de raio-X. Hoje em dia se sabe que as
imagens geradas por meio digital apresentam qualidade in�nitamente superior às que eram geradas pelos
meios impressos. Nesse caso, a qualidade das imagens prejudicava muito a interpretação, problema que, hoje,
não acontece mais.
POSICIONAMENTO ANATÔMICO NA FORMAÇÃO DAS IMAGENS RADIOLÓGICAS
UTILIZANDO DIFERENTES TÉCNICAS
O posicionamento correto dos pacientes é extremamente importante para a aquisição de imagens apropriadas
e de qualidade que possam ser examinadas pelos médicos para que os pacientes recebam o devido
diagnóstico.
Com o objetivo de padronizar a análise e interpretação das imagens radiográ�cas, existe um consenso sobre a
perspectiva adotada na hora de descrever os achados do exame. A dica é sempre pensar que o paciente se
encontra na posição anatômica ou ortostática e que está sendo observada de frente pelo técnico em radiologia.
A posição anatômica se refere à pessoa de pé, com os braços esticados, pés retos, palmas das mãos viradas
para frente e olhando para o horizonte. Partindo desse posicionamento em radiologia, �ca mais simples colocar
o paciente na posição geral pedida pelo médico que solicitou o raio-X.
O ortostatismo é a posição ortostática que se refere ao paciente em pé e ereto,

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