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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP ARARAQUARA CURSO DE FARMÁCIA KAREN MAIRA PREVIATERI RA: T945AI-6 ESTÁGIO DE ANÁLISES CLÍNICAS - PORTFÓLIO ARARAQUARA-SP 2022 INTRODUÇÃO Análise clínica estuda um determinado material biológico no intuito de saber mais sobre ele, como se comporta, como funciona, benefícios e desvantagens. Exemplo: análise do tipo sanguíneo de um indivíduo, estudo do uso de um determinado vírus para criar uma vacina ou medicamento, etc. O presente estudo visa mostrar a importância, como funciona essas análises na parte prática, materiais e equipamentos necessário para que esta ocorra, através do conhecimento obtido em sala de aula, estágio e estudos extras. 5 1 Erros Analíticos Encontrados em um Laboratório Pré-analítica Analítica Pós-analítica Erros na entrega do resultado. Falha no equipamento. Perda do resultado. Orientação inadequada ao paciente. Perda da amostra. Interpretação equivocada do resultado e ação subsequente. Tempo de jejum não respeitado. Troca da amostra. Erro na transcrição dos resultados. Uso do tubo de coleta inadequado. Contaminação entre amostras. Tempo de liberação dos resultados acima do especificado. Recipiente inapropriado. Sistema analítico não validado previamente à análise. Problemas com o sistema de informação laboratorial. Incorreta proporção entre sangue e anticoagulante. Falhas não detectadas no controle interno de qualidade: erro sistemático e erro randômico. Valores de referência e limites de decisão inapropriados. Volume insuficiente de amostra. Identificação incorreta do paciente. Transporte e armazenamento inadequados. Centrifugação inadequada. 2 Parâmetros Avaliados em Erros na Fase Pré-Analítica Os principais parâmetros biológicos classificado com erro na fase pré-analítica são: glicose, colesterol, triglicérides, enzimas, eletrólitos e hormônios. 3 Proposta de prevenção segundo a norma ISO 22367:2008 Criar um braço de extensão da equipe, ou seja uma equipe que cuide da parte de gerenciamento de riscos, que cuidaram das políticas, avaliação, controle, monitoramento e contribuindo para esses erros sejam reduzidos. 4 Avaliação e gestão do risco 6 Etapas do processo de gestão de riscos pela isso 31.00/2009 Estabelecimento do contexto Identificação dos riscos Avaliação dos riscos Tratamento dos riscos e monitoramento 5 Proposta de como prevenir os erros laboratoriais Para a prevenção dos erros laboratoriais é necessário treinar todos os profissionais que trabalham no processo de solicitação, coleta e recebimento das amostras; Colocar em pratica as Políticas de Identificação do Paciente e Gestão da Qualidade; Dispor o Manual de Orientações de Coleta de Amostras Laboratoriais nas unidades que realizam as coletas; Fiscalizar os indicadores de qualidade principalmente o de % de recoletas; Ter atendimento humanizado, escuta ativa, Atenção total; Os profissionais envolvidos precisam, saber trabalhar em equipe, principalmente as áreas assistenciais e de diagnóstico. Em resumo para prevenir os erros é preciso vários fatores contribuintes, mas o fundamental é uma ter uma equipe checagem que contribuirá para o aumento da produtividade, da lucratividade do setor e melhorar resultados finais, diminuindo os erros laboratoriais. Serão os principais responsáveis pela parte de verificar cada etapa minuciosamente. 6 Instalação e o Funcionamento de um Laboratório de Microbiologia. Para funcionar o laboratório de microbiologia, a parte da logística tem que ser pensada, deve ser elaborado e garantir as normas imprescindíveis para coleta, conservação e transporte dos materiais, normas de biossegurança, elaborar e exercer rotinas na área microbiológica, controlar as tarefas e os métodos de esterilização, providenciar frequentemente dados relacionados com a causa das infecções e da resistência às drogas. 7 Materiais para o funcionamento de um laboratório de microbiologia Os equipamentos necessários para o funcionamento de um laboratório são eles: Estufa bacteriológica, Forno de Pasteur, Autoclave, Microscópio binocular, Análise dos riscos 7 Centrifugador de baixa rotação, Homogeneizador, Banho-maria de pequena dimensão, Destilador para água, Balança para tarar tubos, Balança comum com uma ou duas casas decimais, Bico de Bunsen, Geladeira e Capela de fluxo laminar, Vidrarias, Contador de colônias. Outros materiais opcionais mas, também fundamentais no laboratório é o microscópio estereoscópico, congelador (-20°C ou - 70°C), bomba de vácuo para filtração com membranas, potenciômetro, balança analítica. 8 Recursos Humanos Necessários para o Funcionamento do laboratório Para o bom funcionamento do laboratório é necessário que se tenha na supervisão técnico- científica do laboratório biomédicos, médicos, farmacêuticos, dentre outros profissionais de nível superior, com especialização em microbiologia. 9 Responsável pela Segurança de um Laboratório de Microbiologia O responsável técnico pelo laboratório de microbiologia é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação correta dos níveis de biossegurança, decorrente dos tipos de agentes e das atividades que serão realizadas ou seja, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, bioquímicos e médicos patologistas clínicos. São eles que ficam responsáveis por manter o controle de qualidade e correção, interpretar e liberar os laudos, perícias, assinar e liberar os resultados técnicos, respondendo por questões civis e sofrendo as penalizações. É a Anvisa é o órgão federal responsável por estabelecer e fiscalizar, entre outras coisas, as normas de biossegurança em laboratórios de análises clínicas. 10 Medidas Básicas de Proteção em um Laboratório de Microbiologia Uso correto dos EPI’s; Não usar adornos no local; Lavagem correta das mãos, para evitar possíveis contaminação e erros no resultado final; Esterilização das bancadas e outras superfícies no início do expediente com hipoclorito a 1% ou álcool 70% e no final do expediente esterilizar as vidrarias contaminadas, devem ser mergulhadas em hipoclorito a 1%, após o uso, antes de serem lavadas e usadas novamente; Ter atenção e cuidado especial no processo de pipetagem e no momento de manusear um determinado material contaminado; Não comer dentro do laboratório de microbiologia. 8 11 Lavagem das Mãos e EPI’s Na entrada e na saída do laboratório, ao trocar de atividade, antes de comer e beber, é obrigatório lavar bem as mãos com abundante água e sabão, também para minimizar as contaminações cruzadas. Esfregar com álcool a 70% contendo 1% a 2% de glicerina. Ou utilizar solução antisséptica à base de iodeto de polivinilpirrolidona (PVP-I) a 10%. Usar toalhas descartáveis. Dependendo do tipo de microrganismo que será manipulado, o uso de luvas impermeáveis, máscaras ou outros equipamentos de proteções, poderão ser cobradas. Independentemente de não recomendado em alguns casos, o uso de luvas pode ser imprescindível em situações de solução de continuidade na pele das mãos do operador. 12 Procedimentos laboratoriais adequados Em caso de possíveis acidentes, deve ser seguido as instruções descritas no Manual de Condutas em Exposição Ocupacional a Material Biológico do Ministério da Saúde. Quando houver exposição percutânea, lavar em abundância com água corrente e sabão ou solução antisséptica (PVP Iodo ou clorexidina). Após a exposição à mucosa, lavar em abundância com solução fisiológica ou água. O uso de antirretrovirais deve ser avaliado minuciosamente, em função do tipo de acidente e exposição e da situação do paciente, em razão da toxicidade dos medicamentos dessa classe farmacológica. 9 13 Cuidados Relativos aos Riscos Químicos Antesde manipular algum produto químico é muito importante consultar a ficha de emergência. Se preciso fracionar o produto, acondicionar em recipientes corretos, no rotulo deve conter informações significativas a respeito do produto. É preciso ter o uso adequado dos equipamentos de proteção. Cuidado com o meio ambiente, caso haja derramamento, agir conforme especificações técnicas e chame autoridades competentes. É preciso ter o descarte correto dos resíduos químicos, seguindo parâmetros específicos. 14 Riscos Biológicos Os riscos biológicos são acometidos por microrganismos, muitas atividades profissionais proporcionam o contato com estes riscos. Exemplo indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública, laboratórios, etc. Dentre os riscos estão a tuberculose, malária, febre amarela, entre outros. Os riscos biológicos nos laboratórios tem relação com o manuseio de: Administradores patogênicos selvagens; patogênicos atenuados; patogênicos que foram alterados por recombinação; Amostras biológicas, etc. As vias mais envolvidas no processo de contaminação biológica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões – causadas por acidentes com agulhas e vidraria, em experimentação animal - arranhões e mordidas), a via respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral. 15 Flambagem de alça bacteriológica As infecções causadas por esses microrganismos são de alto risco, para os profissionais que ficam expostos aos aerossóis. Durante a manipulação de Mycobacterium tuberculosis deve se usar máscara com filtro HEPA. As alças e os demais instrumentos usados no repique precisam ser flambadas antes e logo após seu uso nos tubos de cultura. As bocas dos tubos serão flambadas após retirar a rolha e antes de coloca-la novamente para evitar contaminação. Técnica adequada de flambagem em meio sólido: Retirar uma parte significativa da bactéria, do tubo com a alça já flambada e fria; Abrir a placa, a tampa tem que formar um chapéu com a placa; Colocar o inóculo unido a parte superior da 10 placa; A alça deve ser flambada ao rubro esfriada e colocada no suporte adequado, depois de terminado a semeadura, fechar a placa e identificar, levando ela para ficar encubada na estufa, com a tampa voltada para baixo. 16 Aerossóis Os procedimentos que podem levar a produção de aerossóis são destampar os frascos, evacuar seringas, eliminar o ar das seringas, quebrar frascos que tenha microrganismos em meio de cultura, centrifugar tubos ou frascos sem tampa corretas. Para evitar a produção destes é preciso manter frascos tampados corretamente quando for centrifugar, evitar quebra-los, ter cuidado ao manusear seringas. 17 Pipetagem Pipetagem é o processo de transferir um determinado liquido de um frasco a outro. Pipetar com a boca é proibido, pode levar a contaminação. O correto é usar pipetas ou bulbos de borracha. 18 Esporos de fungos Para se manipular os esporos de fungos é recomendável usar o fluxo laminar com proteção acrílica ou de vidro e ausência de fluxo de ar. 19 Fluoxograma 11 Doação Processamento Transfusão Retrovigilância 20 Testes de Sangue de um Doador no Banco de Sangue de Jaboticabal Vários critérios de avaliação aceitam ou recusam uma doação. São descritas através de normas do Ministério da Saúde, e tem por objetivo proteger o doador e o indivíduo que vai receber o sangue. As etapas da doação de sangue são: recepção e cadastro, onde o futuro doador deve estar portando documento com foto e será realizado seu cadastro com seus dados pessoais ou consulta-lo em caso de já ser doador. Triagem clínica: Será feita uma entrevista, onde passara por uma avaliação sobre sua saúde, para averiguar os riscos para quem vai receber e quem irá doar. E por fim a coleta que dura cerca de 15 minutos. O sigilo das informações prestadas pelo doador antes, durante e depois do processo de doação de sangue deve ser absolutamente preservado, respeitadas outras determinações previstas na legislação vigente. O candidato à doação de sangue deve assinar termo de consentimento livre e esclarecido, no qual declara expressamente consentir: I - em doar o seu sangue para utilização em qualquer paciente que dele necessite; II - a realização de todos os testes de laboratório exigidos pelas leis e normas técnicas vigentes; III - que o seu nome seja incorporado a arquivo de doadores, local e nacional; IV - que em caso de resultados reagentes ou inconclusivos nas triagens laboratoriais, ou em situações de retrovigilância, seja permitida a "busca ativa" pelo serviço de hemoterapia ou por órgão de vigilância em saúde para repetição de testes ou testes confirmatórios e de diagnóstico; V - que os componentes sanguíneos produzidos a partir da sua doação, quando não utilizado em transfusão, possam ser utilizados em produção de reagentes e hemoderivados ou como insumos para outros procedimentos, autorizados legalmente. 12 21 VACINAS TIPOS DE VACINAS VANTAGENS DESVANTAGENS Vacinas inativadas Produzidas com facilidade. Rendimento restrito pela produtividade do vírus em cultura. Vacinas atenuadas Tem possibilidade de ser ingerido por via intranasal. A necessidade de modificar o vírus. Vacinas de proteína recombinante Produzidas sem manipular o vírus vivo. Proteína spike difícil de expressar; Proteína RBD pequena. Vetores incompetentes para replicação Não precisa manipular o vírus vivo; Proporcionam muitas resposta das células B e T; São parcialmente neutralizados pela imunidade do vetor pré-existente. Vetores competentes para replicação Pode causar uma resposta imune mais forte; garantir imunidade na mucosa. - Vetores de vírus inativados Maior segurança, visto que tem a incapacidade de se replicar, mesmo em um hospedeiro imunocomprometido. - Vacinas de DNA Possibilidade de produção em larga escala em E. coli; Alta estabilidade do DNA plasmídico. Baixa imunogenicidade. Vacinas de RNA Possibilidade de ser produzida completamente in vitro. É uma vacina em analise ainda, não estão claros os problemas e benefícios que podem causar. Vacina para Sars-CoV-2 para os grupos com comorbidades Sobre os possíveis efeitos da vacina para Sars-CoV-2 para os grupos com comorbidades ou situações específicas como: imunodeprimidos e gestação, não foram todos que demostraram efeitos, foram exceções nas primeiras doses enquanto a vacina estava em fase de teste, que tiveram sintomas de febre, dor de cabeça,etc, mas no caso de pessoas com algum tipo de alergia, é indicado consultar a unidade básica antes de tomara a vacina, os outros sintomas como problemas no 13 desenvolvimento do bebê no caso das gestantes, é mito que foi criado em cima da vacina que tinha acabado de ser descoberta e ainda não se sabia ao certo os sintomas que poderiam causar. Porque uma criança toma vacina e precisa de reforço, e se, com mais idade, não precisa de reforço? A duração da proteção da vacina depende como a vacina é produzida. A criança ainda está em fase de crescimento, formação de seus anticorpos, precisa de proteção extra na luta contra as patologias. 14 CONCLUSÃO Portanto o objetivo do presente trabalho foi mostrar a grande importância de se criar um laboratório de análises clinicas e como ele pode contribuir com a população, exemplo disso é a produção das vacinas, no cenário de pandemia foi onde percebeu- se mais a suma importância dos laboratórios de microbiologia. O que é preciso para sua construção e implantação. Como funciona no dia a dia, as normas e leis de segurança que envolve, e toda a parte logística por trás, que faz com que seja eficaz e produza ótimos resultados. 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS UNESP. Manual De Biossegurança. Laboratório de Hemoglobinas Genética das Doenças Hematológicas. Disponível em: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca_laboratorio_hyemoglobinas-genetica_das_doencas- hematologicas.pdf#:~:text=Utilize%20jalecos%20ou%20outro%20tipo%20de%20unif orme%20protetor%2C,no%20laborat%C3%B3rio.%20Utilize%20luvas%20quando% 20manusear%20material%20infeccioso.%20https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/ cuidados-no-manuseio-de-produtos-quimicos/ . Acesso em 20 maio 2022. SANGIONI, L. A. et al. Princípios de Biossegurança Aplicados aos Laboratórios de Ensino Universitário de Microbiologia e Parasitologia. Scielo, v.43, n.1, p.1– 9, 2013. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Cuidados no Manuseio de Produtos Químicos. Disponível em: https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/cuidados-no- manuseio-de-produtos-quimicos/. Acesso em 10 maio 2022. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Manual de Segurança Laboratório de Microbiologia. Disponível em: http://www.ctdr.ufpb.br/ctdr/contents/documentos/pdf/manual-de-seguranca-do- laboratorio-de-microbiologia-v-01-2014. Acesso em 25 maio 2022. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Redefine o Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos. Disponível em : https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0158_04_02_2016.html. Acesso em 5 jun 2022. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biossegura http://www.segurancadotrabalho.ufv.br/ https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/cuidados-no-manuseio-de-produtos-quimicos/ https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/cuidados-no-manuseio-de-produtos-quimicos/ http://www.ctdr.ufpb.br/ctdr/contents/documentos/pdf/manual-de-seguranca-do-laboratorio-de-microbiologia-v-01-2014 http://www.ctdr.ufpb.br/ctdr/contents/documentos/pdf/manual-de-seguranca-do-laboratorio-de-microbiologia-v-01-2014 https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0158_04_02_2016.html