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2 Prat Jur Trabalhista - Defesa no Processo do Trabalho

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Prévia do material em texto

Prática Jurídica 
Trabalhista
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Welington Castilho Garcia
Revisão Técnico
Prof. Dr. Reinaldo Zychan
Revisão Textual:
Caique Oliveira dos Santos
Defesa no Processo do Trabalho
Defesa no Processo do Trabalho
 
• Compreender as modalidades de defesa e o momento de aplicação no processo trabalhista.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Modalidades de Resposta do Reclamado;
• Contestação;
• Reconvenção;
• Exceções;
• Redação de Peças de Resposta do Reclamado.
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Modalidades de Resposta do Reclamado
O art. 5º, LV, da CF/1988 dispõe que: “aos litigantes, em processo judicial ou admi-
nistrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ela inerentes”. 
Trata-se da materialização do princípio da ampla defesa e do contraditório, o qual 
está intrinsecamente relacionado ao princípio do devido processo legal, esculpido no 
mesmo dispositivo constitucional, no inciso LIV, nestes termos: “ninguém será privado 
da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Na verdade, pode-se afirmar 
que o primeiro é consequência do segundo.
Nesse contexto, os citados princípios imputam a necessidade de se observarem as re-
gras e os procedimentos legais na postulação de direitos e, consequentemente na defesa 
às pretensões deduzidas pelos reclamantes. 
De acordo com o art. 841 da CLT, “protocolada a reclamação, o escrivão ou secre-
tário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do 
termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo”. 
Nesse momento, a partir da notificação, que equivale à citação, a parte requerida 
toma conhecimento da existência de uma demanda em seu desfavor e deverá manifestar-
-se (responder) acerca das reivindicações do reclamante. 
Diante da reclamação trabalhista ajuizada, o reclamado poderá apresentar, como mo-
dalidade de resposta, a contestação (art. 847 da CLT), a reconvenção (art. 343 do CPC), a 
exceção de incompetência territorial (art. 800 da CLT), bem como as exceções de suspei-
ção e de impedimento (art. 801 da CLT c/c arts. 144 e 145 do CPC). 
Ressalta-se que a apresentação de uma não exclui a possibilidade de externar outra, 
por exemplo: José apresentou contestação com reconvenção ou Maria apresentou ex-
ceção de incompetência territorial e, após o seu julgamento, protocolou contestação no 
prazo assinalado pelo magistrado. 
Contestação 
Tal como a reclamação trabalhista, a contestação poderá ser apresentada sob a forma 
verbal ou escrita. 
Tratando-se de contestação trabalhista verbal, o reclamante terá o prazo de 20 (vinte) 
minutos para aduzi-la em audiência, após a leitura da petição inicial quando não dispen-
sada, nos termos do caput do art. 847 da CLT. 
Se a opção for pela contestação escrita, deverá ser protocolizada por meio do sistema 
do processo judicial eletrônico até a audiência, de acordo com o parágrafo único do art. 
847 da CLT. 
Ocasionalmente, há confusão com o prazo de 15 (quinze) dias estabelecido no Códi-
go de Processo Civil. Apesar da subsidiariedade do CPC à CLT, no processo do traba-
lho, há regramento próprio. 
8
9
Outrossim, faz-se necessário tomar cuidado com o lapso temporal previsto no art. 
841 da CLT, pois uma interpretação equivocada poderia levar a crer que o prazo para a 
apresentação de contestação seria de 5 (cinco) dias. No entanto, refere-se ao necessário 
espaçamento mínimo entre a data da notificação e a da audiência. 
Desse modo, qual o prazo para apresentar contestação? Segundo o art. 847 da CLT, até 
a audiência (inaugural). Portanto, pode ser de 5 (cinco) dias, 6 (seis) dias, 7 (sete) dias..., 
1 (um) mês, 2 (dois) meses, dependerá da pauta organizada pelo cartório ou pela secretaria. 
Importante!
Não confunda! A contestação trabalhista verbal não é apresentada no cartório ou na 
secretaria, como ocorre com a reclamação. Ademais, o prazo de oferecimento da defesa 
não é de 15 (quinze) dias, como no processo civil. No processo do trabalho, o reclamado 
poderá juntar sua contestação, quando esta não for verbal, até a audiência. 
Defesas processuais 
O reclamado, quando apresenta sua peça de contestação, poderá alegar a existência 
de circunstâncias que colocam em xeque os pressupostos processuais ou aspectos da 
ação, as quais recebem a denominação de defesas processuais, tradicionalmente conhe-
cidas como preliminares de mérito. 
A CLT foi omissa nessa temática; por tal motivo, recorre-se ao CPC, o qual, no art. 
337, dispõe sobre a consideração das preliminares: 
 CPC
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I – inexistência ou nulidade da citação;
II – incompetência absoluta e relativa;
III – incorreção do valor da causa;
IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção;
VI – litispendência;
VII – coisa julgada;
VIII – conexão;
IX – incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X – convenção de arbitragem;
XI – ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII – falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII – indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Todavia, o aludido dispositivo do CPC não é aplicado automaticamente ao processo do 
trabalho, tendo em vista a imprescindibilidade de observar determinadas particularidades.
Inicialmente, cumpre ressaltar que o inciso II do art. 337 do CPC não se aproveita 
integralmente, porque a incompetência relativa (territorial ou em razão do lugar) possui 
9
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
procedimento próprio na CLT e deve ser arguida em peça específica, nos termos do art. 
800 celetista. 
Portanto, no citado dispositivo processual civil, como preliminar de mérito serve-se 
apenas da incompetência absoluta, a qual se dá em razão da matéria, pessoa ou função. 
Outra ressalva a ser feita é sobre a perempção, não se empregando o art. 486, § 3º, do 
CPC, visto que há regramento distinto na CLT. Consoante o art. 731 da CLT, tratando-
-se de reclamação trabalhista verbal, aquele que não se apresentar ao cartório ou à 
secretaria no prazo de 5 (cinco) dias da distribuição da ação, incidirá na pena de perda 
de ajuizar perante a Justiça do Trabalho pelo tempo de 6 (seis) meses. Também terá a 
mesma punição aquele que der causa por 2 (duas) vezes ao arquivamento previsto no 
art. 844 da CLT. 
Desse modo, no processo do trabalho, evidencia-se que há perempção temporária, e 
não definitiva, como ocorre no processo civil.
Por fim, é imprescindível observar a preliminar de “convenção de arbitragem”, a 
qual poderá ser alegada em caso de descumprimento do pacto estabelecido, conforme 
preceitua a CLT:
Art. 507-A. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja 
superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula com-
promissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou me-
diante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei nº 9.307, 
de 23 de setembro de 1996.
De acordo com o dispositivo celetista mencionado, não é qualquer contrato de tra-
balho que poderá trazer, no seu conteúdo, cláusula compromissória de arbitragem, há 
que se observar: remuneração superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do 
RGPS + iniciativa do empregado ou concordância expressa. 
Consoante o art. 337, § 5º, do CPC, com a devida adaptação ao processo do trabalho, com 
exceção da convenção de arbitragem, o juiz conhecerá de ofício as preliminares de mérito. 
Em Síntese
Apenas a incompetência territorial ou em razão do lugar (relativa) não se aplica como 
preliminar de mérito da contestação trabalhista, tendo em vista que possui regramento 
e procedimento próprio na CLT. 
Defesas de mérito 
Diferente das defesas processuais que incidem em vícios do processo em si, as de-
fesas de mérito repercutem no direito material postulado pelo reclamante, podendo 
dividir-seem: defesa de mérito direta e defesa de mérito indireta. 
10
11
Para Élisson Miessa (2021, p. 618), na defesa de mérito direta, “o réu impugna 
os fatos constitutivos, negando os fatos e/ou fundamentos jurídicos da inicial”. Já, 
na defesa de mérito indireta, “o réu não nega propriamente os fatos constitutivos, 
mas alega fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor”. Veja as 
situações hipotéticas: 
• Exemplo 1: Alípio ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional noturno; no 
entanto, a reclamada contesta, alegando que nunca houve a prestação de serviço 
em horário noturno por parte do empregado (nega-se o fato constitutivo – defesa 
de mérito direta);
• Exemplo 2: Marinalva ingressou com reclamação trabalhista, cujo pedido foi o 
pagamento de horas extras. Na contestação, a empresa confirma a prestação de 
horas acima da jornada habitual; contudo, demonstra a conversão em banco de 
horas lícito e devidamente usufruído pela empregada (apresenta-se fato impeditivo 
– defesa de mérito indireta).
No conceito de defesa de mérito indireta, estão inclusas a decadência e a prescrição, es-
pecialmente, recebendo a denominação de prejudiciais de mérito (MIESSA, 2021, p. 618). 
Destaca-se a prescrição bienal e quinquenal previstas no art. 11 da CLT, o qual dispõe: 
“A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho”. 
Conforme a Súmula nº 308 do TST, o biênio para ajuizamento da reclamação tra-
balhista é contado da data da extinção da relação contratual, enquanto o quinquênio 
quanto aos créditos trabalhistas deve ser observado da data da proposição da reclama-
ção trabalhista.
Da revelia
Segundo o art. 344 do CPC, a revelia é materializada pela ausência de contestação e 
acarretará efeitos materiais e processuais – respectivamente, a presunção de veracidade 
das alegações de fato contidas na exordial e o julgamento antecipado do mérito. 
O art. 844 da CLT determina que a revelia será configurada pelo não compareci-
mento do reclamado à audiência inaugural, acarretando a confissão da matéria de fato. 
Todavia, a revelia não produzirá tal consequência, nos termos do § 4º do aludido dispo-
sitivo celetista, se: 
• havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; 
• o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
• a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indis-
pensável à prova do ato;
• as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem 
em contradição com prova constante dos autos.
Oportuno lembrar que, se ausente o reclamado, entretanto presente o advogado, 
na audiência, poderão ser aceitos a contestação e os documentos que porventura 
sejam apresentados. 
11
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Roteiro da peça de contestação 
De forma equivocada, determinados alunos ou candidatos do Exame da OAB ou de 
concurso público iniciam a redação da peça de contestação sem qualquer rascunho ou 
o fazem detalhadamente, ocupando tempo preciso de prova, estratégias que podem 
resultar em prejuízo. 
Quanto à primeira hipótese, quando não se utiliza nenhum parâmetro para constru-
ção da petição, é possível facilmente esquecer de pontos fundamentais a serem mencio-
nados ou revelar grande desorganização na exposição das ideias. 
No tocante à segunda circunstância, ao redigir a peça de modo completo em folha 
não definitiva de avaliação, toma-se muito tempo, tendo em vista a necessidade de se 
refazer o texto. 
Em razão disso, recomenda-se uma medida intermediária, isto é, deve-se elaborar um 
“esqueleto” estruturado da peça de contestação, inclusive com as teses a serem discutidas. 
Desse modo, deve-se organizar as ideias de forma objetiva. Sugere-se a seguinte for-
matação de roteiro: 
Quadro 1
Roteiro da peça 
de contestação
• Endereçamento;
• Número do processo;
• Menção ao/à reclamado(a);
• Menção ao/à reclamante;
• Menção à representação pelo(a) advogado(a), à procuração ane-
xa e ao endereço profissional;
• Fundamentação legal da peça: art. 847 da CLT c/c art. 336 do CPC;
• Verbo “apresentar” ou “oferecer”;
• Nome da peça: CONTESTAÇÃO;
• Dos fatos ou resumo da reclamação;
• Das preliminares de mérito (se houver);
• Das prejudiciais de mérito (se houver);
• Do mérito (rebater cada tese da reclamação);
• Conclusão ou requerimentos;
• Fechamento.
Reconvenção
A reconvenção não se enquadra como defesa propriamente dita, classifica-se como mo-
dalidade de resposta. Refere-se a um contra-ataque, em que o reclamado (réu-reconvinte) 
insurge-se em face do reclamante (autor-reconvindo) na mesma relação jurídico-processual 
em que é acionado. 
Nos ensinamentos de Humberto Theodoro Júnior (2020, p. 794): 
Da reconvenção resulta um cúmulo de lides, representado pelo acrés-
cimo do pedido do réu ao que inicialmente havia sido formulado pelo 
12
13
autor. Ambas as partes, em consequência, passam a atuar reciproca-
mente como autores e réus. O fundamento do instituto está no princípio 
de economia processual, com que se procura evitar a inútil abertura de 
múltiplos processos entre as mesmas partes, versando sobre questões co-
nexas, que muito bem podem ser apreciadas e decididas a um só tempo.
A CLT é omissa quanto à utilização da reconvenção no processo do trabalho. Em 
razão disso, a sua apresentação depende da observância das regras contidas no CPC. 
De acordo com o art. 343 do CPC, “na contestação, é lícito ao réu propor reconven-
ção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o funda-
mento da defesa”.
Notadamente, a reconvenção não é uma ação a ser apresentada de forma apartada, 
isto é, estará no bojo da contestação. Entretanto, o reclamado poderá oferecer sua re-
convenção independentemente de contestação, nos termos do § 6º do art. 343 do CPC.
Contudo, não se pode olvidar que a ausência de contestação certamente acarretará 
os efeitos da revelia. 
Quanto ao procedimento, oferecida a reconvenção, o magistrado designará nova au-
diência, a qual não poderá ocorrer no prazo inferior a 5 (cinco) dias, nos termos do art. 
841 da CLT, para que o autor-reconvindo faça a apresentação da sua defesa, se desejar. 
Ressalta-se que, em caso de desistência da ação principal (reclamação) ou ocorrência 
de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito, não há impedimento para o se-
guimento da demanda quanto à reconvenção. 
A pertinência da reconvenção está condicionada ao preenchimento de certos requisitos, 
quais sejam: 1 – existência de demanda originária; 2 – identidade procedimental; 3 – com-
petência absoluta do juiz da causa originária para julgar a reconvenção; 4 – conexão com a 
ação originária ou com os fundamentos da defesa (MIESSA, 2021, p. 642).
Conforme o art. 791-A, § 5º, da 
CLT, há condenação de honorá-
rios advocatícios de sucumbên-
cia na reconvenção. 
Roteiro da peça de reconvenção 
Conforme estudado anteriormente, a reconvenção será apresentada no bojo da con-
testação; contudo, é possível o oferecimento de tal ação independentemente da citada 
peça de defesa, arcando o reclamado com os possíveis efeitos da revelia. Segue roteiro 
da peça de reconvenção inserida na contestação:
13
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Quadro 2
Roteiro da peça 
de reconvenção
• Endereçamento;
• Número do processo;
• Menção ao/à reclamado(a);
• Menção ao/à reclamante;
• Menção à representação pelo(a) advogado(a), à procuração ane-
xa e ao endereço profissional;
• Fundamentação legal da peça: art. 847 da CLT c/c art. 336 e 343 
do CPC;
• Verbo “apresentar” ou “oferecer”;
• Nome da peça: CONTESTAÇÃO com RECONVENÇÃO;
• Dos fatos ou resumo da reclamação;
• Das preliminares de mérito (se houver);
• Das prejudiciais de mérito (se houver);
• Do mérito (rebater cada tese da reclamação);
• Da reconvenção;
• Conclusão ou requerimentos;
• Valor da causa;
• Fechamento.
Importante!
Na conclusão dapeça, um dos pedidos será o de intimação do reclamante para apresen-
tar defesa à reconvenção, sob pena de incorrer nos efeitos da revelia. Ademais, em razão 
da reconvenção, há a necessidade de delimitar o valor da causa. 
Exceções 
Exceção de incompetência territorial 
A despeito da sistemática processual do art. 337 do CPC, aplicável com parcimônia 
ao processo do trabalho, a exceção de incompetência territorial (incompetência relativa) 
não deve ser arguida como defesa processual (preliminar de mérito); afinal, a CLT traz, 
de forma específica, o procedimento a ser adotado em tal circunstância.
Diante de quais situações o reclamado poderá apresentar a exceção de incompetên-
cia relativa em razão do lugar? 
A resposta para tal indagação encontra respaldo no art. 651 da CLT, ou seja, quando 
a reclamação trabalhista for ajuizada sem a observância das regras constantes no aludido 
dispositivo celetista. Portanto: 
Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é de-
terminada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. 
§ 1º. Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a com-
petência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou 
filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente 
14
15
a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a locali-
dade mais próxima.
§ 2º . A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabeleci-
da neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
§ 3º . Em se tratando de empregador que promova realização de ativida-
des fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da pres-
tação dos respectivos serviços.
De acordo com o art. 800 da CLT, em 5 (cinco) dias contados da notificação, o recla-
mado deverá apresentar a exceção de incompetência territorial em “peça que sinalize a 
existência desta exceção”. 
Notadamente, diante da expressão em destaque, o legislador infraconstitucional sina-
lizou a imprescindibilidade de petição específica para impugnar o juízo, inclusive com a 
possibilidade de produção de prova oral. Nesse caso, o § 3º do art. 800 da CLT permite 
ao excipiente e a suas testemunhas serem ouvidos por meio de carta precatória no juízo 
que entende adequado. 
Diante do protocolo da peça, ocorrerá a suspensão do processo e os autos serão 
destinados à conclusão do magistrado, o qual determinará a intimação do reclamante, 
assim como os litisconsortes, se houver, para manifestação no prazo de 5 (cinco) dias. 
Proferida decisão acerca da exceção de incompetência territorial, o processo pros-
seguirá, designando-se, nesse contexto, a audiência, a apresentação de defesa, assim 
como a instrução processual ante o juízo competente. 
A decisão que acolhe ou rejeita a exceção de incompetência territorial possui nature-
za interlocutória, o que, em regra, não admite a discussão de pronto em consequência 
ao princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. 
Todavia, excepcionalmente, a Súmula nº 214, c, do TST admite o questionamento 
quando a decisão “acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos 
para tribunal regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante 
o disposto no art. 799, § 2º, da CLT”.
Quadro 3
Roteiro da exceção 
de incompetência 
territorial
• Endereçamento;
• Número do processo;
• Menção ao/à excipiente (reclamado(a));
• Menção ao/à exceto(a) (reclamante) ;
• Menção à representação pelo(a) advogado(a), à procuração ane-
xa e ao endereço profissional;
• Fundamentação legal da peça: art. 800 da CLT;
• Verbo “apresentar”;
• Nome da peça: EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL;
• Dos fatos; 
• Da fundamentação jurídica;
• Dos pedidos;
• Fechamento .
15
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Exceções de suspeição e de impedimento 
A suspeição e o impedimento são circunstâncias fáticas que remetem à parcialidade 
do juiz responsável pela condução da demanda processual. Portanto, as respectivas ex-
ceções destinam-se à impugnação do magistrado; afinal, busca-se um julgamento com 
neutralidade, sem pender para nenhum dos polos da ação. 
Nesse contexto, segundo Mauro Schiavi (2018, p. 680):
A imparcialidade do juiz é um cânone constitucional e um pressuposto 
processual de existência da relação jurídico-processual. Além disso, é um 
direito fundamental do cidadão que visa à justiça da decisão e assegura 
a dignidade do processo. Em razão disso, a lei determina que o juiz não 
tenha qualquer vinculação, quer de ordem objetiva, quer de ordem subje-
tiva, com a lide. 
Tratando-se da suspeição, relacionada a elementos subjetivos, há que se observar o 
art. 801 da CLT combinado com o art. 145 do CPC, os quais dispõem, respectivamente: 
CLT
Art. 801. O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, 
e pode ser recusado, por algum dos seguintes motivos, em relação à 
pessoa dos litigantes:
• inimizade pessoal;
• amizade íntima;
• parentesco por consanguinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
• interesse particular na causa.
Parágrafo único. Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual 
haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de 
suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também 
admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la an-
teriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou 
o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que 
ela se originou. 
CLT
Art. 145. Há suspeição do juiz:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa an-
tes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes 
acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às 
despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu côn-
juge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro 
grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das 
partes.
§ 1º. Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem 
necessidade de declarar suas razões.
16
17
§ 2º . Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I – houver sido provocada por quem a alega;
II – a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta 
aceitação do arguido.
Notadamente, há hipóteses semelhantes entre os dois dispositivos legais mencionados. 
Diante disso, o art. 145 do CPC exerce função de complementaridade ao art. 801 da CLT. 
Quanto às situações configuradoras de impedimento, não existe referência na CLT. 
Nesse caso, é necessário observar as disposições previstas no art. 144 do CPC, in verbis:
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas fun-
ções no processo: 
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, 
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento 
como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou 
membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
grau, inclusive;
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou compa-
nheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 
o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pes-
soa jurídica parte no processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qual-
quer das partes;
VII – em que figure comoparte instituição de ensino com a qual tenha 
relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu 
cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu advogado.
Na terceira hipótese, nos termos dos §§ 1º e 3º do art. 144 do CPC, apenas haverá 
a caracterização do impedimento se o defensor público, o advogado ou o membro do 
Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. 
Ademais, o magistrado estará impedido quando conferido mandato a membro de escri-
tório de advocacia que tenha, em seus quadros, advogado que individualmente ostente a 
condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo.
Por fim, veda-se a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento 
do juiz, conforme o § 2º do citado dispositivo do CPC.
Quadro 4
Roteiro da exceção 
de suspeição
• Endereçamento, de acordo com o endereçamento da Reclama-
ção Trabalhista;
• Número do processo;
17
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Roteiro da exceção 
de suspeição
• Menção ao/à excipiente (reclamado(a));
• Menção ao/à exceto(a) (reclamante);
• Menção à representação pelo(a) advogado(a), à procuração ane-
xa e ao endereço profissional;
• Fundamentação legal da peça: art. 801 da CLT c/c arts. 145 e 146 
do CPC;
• Verbo “apresentar”;
• Nome da peça: EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO;
• Dos fatos;
• Da fundamentação jurídica;
• Dos pedidos;
• Fechamento.
Roteiro da exceção 
de impedimento
• Endereçamento, de acordo com o endereçamento da Reclama-
ção Trabalhista;
• Número do processo;
• Menção ao/à excipiente (reclamado(a));
• Menção ao/à exceto(a) (reclamante);
• Menção à representação pelo(a) advogado(a), à procuração ane-
xa e ao endereço profissional;
• Fundamentação legal da peça: arts. 144 e 146 do CPC;
• Verbo “apresentar”;
• Nome da peça: EXCEÇÃO DE IMPEDIMENTO;
• Dos fatos;
• Da fundamentação jurídica;
• Dos pedidos;
• Fechamento.
Redação de Peças de Resposta do Reclamado 
Modelo de contestação – enunciado 1 (adaptado) 
Nos autos da Reclamação Trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade 
empresária Transporte Rápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do Recife/
PE, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalha-
dor foi admitido em 13.05.2009, recebeu aviso prévio em 09.11.2019, para ser trabalhado, e 
ajuizou a demanda em 20.02.2020. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu 
sua reintegração porque, em 20.11.2019, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sin-
dical da sua categoria, informando o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o 
emprego na forma do art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo ex-empregador. Ademais, 
informou que trabalhava de segunda a sexta-feira, das 5h00min às 15h00min, com inter-
valo de duas horas para refeição; que o intervalo interjornada não era observado, daí por 
que deseja que isso seja remunerado como hora extra. Contratado(a) como advogado(a), 
você deve apresentar a medida processual adequada à defesa dos interesses da socie-
dade empresária Transporte Rápido Ltda., sem criar dados ou fatos não comunicados. 
Disponível em: https://bit.ly/3uE9d3t
18
19
Resolução
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15ª VARA DO TRABALHO 
DE RECIFE/PE
(espaçamento de 10 linhas)
Processo nº 1234
TRANSPORTE RÁPIDO LTDA., já qualificada nos autos da reclamação trabalhista em 
epígrafe, proposta por GILSON REIS, por seu/sua advogado(a) que esta subscreve 
(procuração anexa), com endereço profissional em __________, onde recebe 
correspondências e notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Exce-
lência, com base no art. 847 da CLT combinado com o art. 336 do CPC, apresentar 
CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I – Resumo da reclamação trabalhista 
Na petição inicial, em resumo, o Reclamante aduz que foi admitido em 13.05.2009, 
para exercer a função de auxiliar de serviços gerais e que, em 09.11.2019, recebeu 
aviso prévio para ser trabalhado.
Outrossim, informa que, em 20.11.2019, registrou candidatura ao cargo de dirigente 
sindical da sua categoria, motivo pelo qual postula reintegração ao emprego sob a 
alegação de suposta estabilidade provisória. 
Ademais, cumpria jornada diária de segunda a sexta-feira, das 5h00min às 15h00min, 
por isso o ex-empregado requer o pagamento de horas extras em razão de hipotéti-
ca violação ao intervalo interjornada. 
Notadamente, tais pleitos não devem prosperar, de acordo com a explanação a seguir. 
II – Da prejudicial de mérito: prescrição parcial
O reclamante ajuizou a demanda em 20.02.2020, no que for compatível com a cau-
sa de pedir e o pedido, a contestante articula os fatores prescricionais, consoante os 
preceitos do art. 7º, XXIX, da CF/1988, do art. 11 da CLT e da Súmula nº 308, I, do TST. 
Com efeito, do ajuizamento da exordial, o trabalhador terá direito apenas à repara-
ção dos últimos 5 (cinco) anos contados do aviamento da ação. 
Desse modo, no presente caso, se, no entendimento de V. Excelência, alguma con-
denação for devida, que sejam observados os 5 (cinco) anos anteriores contados do 
ajuizamento da reclamação trabalhista, restando prescrito o período anterior, ou 
seja, todas as pretensões anteriores a 20.02.2015, com a consequente pronúncia de 
mérito nos termos do art. 487, II, do CPC. 
III – Do mérito
A) Da reintegração ao trabalho 
O Reclamante pleiteia a reintegração ao emprego em razão do registro da sua candi-
datura ao cargo de dirigente sindical, nos termos do art. 543, § 3º, da CLT.
No entanto, ainda que tenha ocorrido a comunicação ao empregador, não lhe assiste 
razão, visto que o registro ocorreu no curso do aviso prévio trabalhado e, conforme a
Súmula nº 369, V, do TST, não há previsão de estabilidade em decorrência da inapli-
cabilidade da regra do § 3º do art. 543 da CLT. 
Sendo assim, não faz jus a qualquer estabilidade e se requer a improcedência do 
pedido de reintegração ao emprego. 
19
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
B) Do intervalo interjornada
O Reclamante ressalta que não era observado o intervalo interjornada, em razão 
da jornada diária de trabalho, de segunda a sexta-feira, das 5h00min às 15h00min. 
Evidentemente, não houve violação ao aludido período de descanso, visto que o in-
tervalo interjornada deverá ser de no mínimo 11 consecutivas entre duas jornadas 
de trabalho, consoante o disposto no art. 66 da CLT. 
Nesse contexto, o intervalo era devidamente respeitado, uma vez que havia o espa-
çamento de 14 horas entre as jornadas, devendo o pedido de pagamento de horas 
extras ser julgado improcedente. 
IV – Das conclusões 
Pelo exposto, requer o acolhimento da prescrição quinquenal na hipótese de even-
tual condenação e a consequente pronúncia de mérito. 
Outrossim, requer a improcedência dos pedidos veiculados na exordial, assim como 
o pagamento das despesas processuais e dos honorários advocatícios de sucumbên-
cia, de acordo com o art. 791-A da CLT. 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial 
a prova documental, testemunhal, pericial e outras que se fizerem necessárias, as 
quais, desde já, ficam requeridas. 
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado(a)
OAB/XX nº ____
Modelo de contestação – enunciado 2 (adaptado) 
Contratado(a) pela empresa Clínica das Amendoeiras, em razão de uma reclamação trabalhis-
ta proposta em 12.12.2019 pela empregada Jussara Péclis (número 1146-63.2019.5.18.0002, 
2ª Vara do Trabalho de Goiânia), o/a advogado(a) analisa a petição inicial, que contém os 
seguintes dados e pedidos: que a empregada foi admitida em 18.11.2015 e dispensada sem 
justa causa em 15.07.2017 mediante aviso prévio indenizado; que a homologação da ruptu-
ra aconteceu em23.07.2017; que havia uma norma interna garantindo ao empregado com 
mais de 10 anos de serviço o direito a receber um relógio folheado a ouro do empregador, o 
que não foi observado; que a ex-empregada cumpria jornada de segunda a sexta-feira, das 
15h00min às 19h00min, sem intervalo; que recebia participação nos lucros (PL) uma vez 
a cada semestre, mas ela não era integrada para fim algum. A autora postula a multa do 
art. 477 da CLT porque a homologação ocorreu a destempo; condenação em obrigação de 
fazer materializada na entrega de um relógio folheado a ouro; hora extra pela ausência de 
pausa alimentar; integração da PL nas verbas salariais, FGTS e aquelas devidas pela ruptura, 
com o pagamento das diferenças correlatas. A empresa entrega ao/à advogado(a) cópia do 
recibo de depósito das verbas resilitórias na conta da trabalhadora ocorrido em 24.07.2017 
e cópia dos regulamentos internos vigentes ao longo do tempo, em que existia previsão de 
concessão do relógio folheado a ouro, mas, em outubro de 2015, foi substituído por um novo 
20
21
regulamento, que previu a entrega de uma foto do empregado com sua equipe. Analisando 
cuidadosamente a narrativa feita pela empresa e a documentação por ela fornecida, apre-
sente a peça pertinente à defesa, em juízo, dos interesses dela, sem criar dados ou fatos não 
comunicados . Disponível em: https://bit.ly/3uEdX9h
Resolução
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO 
DE GOIÂNIA 
(espaçamento de 10 linhas)
Processo nº 1146-63.2012.5.18.0002
CLÍNICA DAS AMENDOEIRAS, devidamente qualificada nos autos da ação em epígra-
fe, proposta por JUSSARA PÉCLIS, por seu/sua advogado(a) que esta subscreve (pro-
curação anexa), com endereço em ________, onde recebe correspondências e 
notificações, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com base no 
art. 847 da CLT, oferecer CONTESTAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
1 Sinopse da petição inicial
Na petição inicial, a Reclamante alega que foi admitida em 18.11.2015 para uma 
jornada de segunda a sexta-feira, das 15h00min às 19h00min. 
Outrossim, dispensada em 15.07.2017 mediante aviso prévio indenizado, cujas ver-
bas resilitórias foram pagas em 24.07.2017. 
Resumidamente, a ex-empregada requer, equivocadamente: multa do art. 477 da 
CLT; condenação em obrigação de fazer materializada na entrega de um relógio 
folheado a ouro; horas extras pela ausência de pausa alimentar; integração da PL 
nas verbas salariais, FGTS e rescisórias. 
2 Da prejudicial de mérito
Verifica-se que a extinção do contrato de trabalho da reclamante ocorreu em 
17.08.2017, considerado o prazo do aviso prévio proporcional indenizado. 
Nesse caso, a ex-empregada deveria ajuizar a demanda até 17.08.2019, ou seja, até 
dois anos após o encerramento do vínculo empregatício. 
No entanto, realizou somente em 12.12.2019 e, por isso, a contestante articula os 
fatores prescricionais, consoante os preceitos do art. 7º, XXIX, da CF/1988, do art. 11 
da CLT e da Súmula nº 308, I, do TST. 
Portanto, está configurada a prescrição bienal, também denominada prescrição to-
tal, restando prescritas todas as pretensões da reclamante, o que deverá acarretar 
a extinção do processo com resolução de mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC. 
3 Do mérito 
A) Multa do art. 477 da CLT
A reclamante postula o pagamento de multa sob a alegação de suposta violação 
do dispositivo celetista quanto à homologação da ruptura contratual, efetuada em 
23.07.2017. 
21
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Entretanto, o art. 477 da CLT não define prazo para tal ato por parte do empregador, 
a única ressalva é acerca do lapso temporal para pagamento das verbas resilitórias, 
cujo depósito na conta da trabalhadora ocorreu em 24.07.2017, ou seja, nove dias 
após a comunicação da dispensa. 
O referido prazo da CLT é de dez dias, contados da extinção do contrato de trabalho; 
portanto, não há que se falar em multa e o pedido deve ser julgado improcedente. 
B) Da obrigação de fazer
A Reclamante informa que havia uma norma interna garantindo ao empregado com 
mais de um ano de serviço o direito a receber um relógio folheado a ouro do empre-
gador, o que não foi observado. 
Diante dos regulamentos internos vigentes ao longo do tempo, verifica-se que exis-
tia previsão de concessão do relógio folheado a ouro, mas, em outubro de 2015, foi 
substituído por um novo regulamento, o qual previa apenas a entrega de uma foto 
do(a) empregado(a) com sua equipe.
Portanto, é indevida a obrigação de fazer, visto que a alteração da norma interna ocor-
reu antes da admissão da empregada. Consoante a Súmula nº 51, I, do TST, cláusulas 
regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só 
atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. 
C) Do intervalo intrajornada 
A Reclamante ressalta que cumpria jornada de segunda a sexta-feira, das 15h00min 
às 19h00min, sem intervalo e, por conta disso, deveria receber horas extras. 
No entanto, não há que se falar em recebimento de horas extras, pois exercia suas 
atividades apenas em quatro horas diárias e não há direito há qualquer intervalo, 
conforme o art. 71, § 1º, da CLT.
Por isso, indevido o pedido de horas extras. 
D) Participação nos lucros 
A Reclamante aduz que recebia participação nos lucros (PL), uma vez a cada semes-
tre, mas ela não era integrada para fim algum.
O procedimento da Reclamada está correto em não incidir tal valor em outras parce-
las, já que a participação nos lucros possui natureza indenizatória. 
Nesse contexto, não substitui ou complementa a remuneração devida a qualquer 
empregado nem constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, 
não se lhe aplicando o princípio da habitualidade, de acordo com o art. 3º da Lei 
nº 10.101/2000.
Desse modo, indevido o pedido de integração da PL nas verbas salariais, FGTS e outras. 
4 Conclusão
Pelo exposto, requer o acolhimento da prescrição bienal, decretando a extinção do 
processo com resolução do mérito, nos termos do art. 487, II, do CPC. 
Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer a improcedência dos 
pedidos veiculados na reclamação trabalhista, bem como a condenação ao paga-
mento de custas processuais e honorários advocatícios de sucumbência, de acordo 
com o art. 791-A da CLT. 
22
23
Outrossim, protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em 
especial pelo depoimento pessoal do autor, sob pena de confesso, perícias, juntada 
de documentos, oitiva de testemunhas.
Nestes termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado(a)
OAB nº ___
 Modelo de contestação com reconvenção – enunciado 3
Você foi contratado(a) pela Floricultura Flores Belas Ltda., que recebeu citação de uma re-
clamação trabalhista com pedido certo, determinado e com indicação do valor, movida em 
27.02.2018 pela ex-empregada Estela, que tramita perante o juízo da 50ª Vara do Trabalho 
de João Pessoa/PB e recebeu o número 98.765. Estela foi floricultora na empresa em ques-
tão de 25.10.2012 a 29.12.2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois sa-
lários mínimos. Na demanda, requereu os seguintes itens: – a aplicação da penalidade cri-
minal cominada no art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido 
a infração prevista no referido diploma legal; – o pagamento de adicional de penosidade, 
na razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua atividade, era constan-
temente furada pelos espinhos das flores que manipulava; – o pagamento de horas extras 
com adição de 50%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-feira, 
das 10h00min às 20h00min, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 
16h00min às 20h00min, sem intervalo; – o pagamento da multa do art. 477, § 8º, da CLT, 
porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a 
comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolandoo prazo legal. 
Afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assina-
do, na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. 
A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Estela 
teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. 
A situação chegou a tal ponto que a segurança terceirizada precisou ser chamada para con-
ter a trabalhadora e acompanhá-la até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão 
principal, Estela começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente 
contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa informa que 
gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro atingido, conforme nota fiscal que exibiu, além 
de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir sete empregados, os contracheques da 
autora e o documento assinado pela empregada autorizando o desconto de plano de saúde. 
Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da 
reclamada . Disponível em: https://bit.ly/3fT6u0C
23
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Resolução
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 50ª VARA DO TRABALHO 
DE JOÃO PESSOA/PB 
(espaçamento de 10 linhas)
Processo nº 98.765 
FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA., devidamente qualificada nos autos da ação 
em epígrafe, proposta por ESTELA, por seu/sua advogado(a) que esta subscreve 
(procuração anexa), com endereço profissional em __________, onde recebe 
correspondências e notificações, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, 
com fulcro no art. 847 da CLT c/c o art. 343 do CPC, oferecer CONTESTAÇÃO COM 
RECONVENÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I – Do resumo da reclamação trabalhista
A reclamante exerceu a função de floricultura na empresa reclamada no período de 
25.10.2012 a 29.12.2017, com jornada de segunda a sexta-feira (das 10h00min às 
20h00min, com intervalo de duas horas) e aos sábados (das 16h00min às 20h00min), 
tendo como remuneração mensal dois salários mínimos.
Em resumo, a ex-empregada postula aplicação da penalidade do art. 49 da CLT, adi-
cional de penosidade, horas extras, multa do art. 477 da CLT e devolução de valores 
descontados a título de plano de saúde.
Ressalta-se que os haveres postulados são equivocados, conforme demonstrado a seguir.
II – Preliminar de mérito: incompetência absoluta da Justiça do Trabalho
A reclamante requer a aplicação da penalidade cominada no art. 49 da CLT contra os 
sócios da reclamada, em razão do cometimento da infração tipificada.
Todavia, consoante o art. 114, IX, da CF/1988, compete à Justiça do Trabalho pro-
cessar e julgar controvérsias decorrentes da relação de trabalho, o que não envolve 
matéria criminal.
Em razão disso, nos termos do art. 337, II, do CPC, cumpre à parte requerida, antes de 
discutir o mérito, alegar a incompetência absoluta. 
Portanto, a postulação não tem guarida perante à Justiça do Trabalho, que se mostra 
incompetente no processamento e julgamento. 
III – Da prejudicial de mérito: da prescrição quinquenal
A reclamante laborou de 25.10.2012 a 29.12.2017 na empresa reclamada e ajuizou 
reclamação em 27.02.2018. 
Nesse contexto, a trabalhadora terá direito apenas à reparação dos últimos cinco 
anos do contrato de trabalho, os quais são contados da propositura da ação, nos 
termos do art. 7º, XXIX, da CF/1988, do art. 11 da CLT e da Súmula nº 308, I, do TST. 
Desse modo, se, no entendimento de Vossa Excelência, alguma condenação for de-
vida, que seja o referido lapso temporal observado, restando prescritas todas as pre-
tensões anteriores a 27.02.2013, com a consequente pronúncia de mérito, de acordo 
com o art. 487, II, do CPC. 
24
25
IV – Do mérito 
A – Do adicional de penosidade 
A reclamante postula o pagamento de adicional de penosidade de 30%, tendo em 
vista que, no exercício da sua atividade, conforme alegação, era constantemente 
furada pelos espinhos das flores que manuseava. 
O art. 7º, XXIII, da CF/1988 prevê o adicional de remuneração para atividades penosas, 
remetendo a regulamentação ao legislador infraconstitucional, o que não ocorreu. 
Dessa maneira, o pedido do citado adicional deve ser julgado improcedente, visto 
que pendente de lei disciplinando. 
B – Da multa do art. 477, § 8º, da CLT
A reclamante, equivocadamente, informa que o pagamento das verbas rescisórias 
ultrapassou o prazo legal, pois os valores foram creditados na sua conta 20 dias após 
a comunicação do aviso prévio indenizado. 
No entanto, o art. 477, § 6º, da CLT prevê que o pagamento dos valores constantes 
do instrumento de rescisão deverá ser efetuado até dez dias contados do término do 
contrato, e não da comunicação da dispensa. 
Consequentemente, o pedido não encontra respaldo legal, o que acarreta a sua im-
procedência. 
C – Das horas extras 
A reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adicional de 
50%, em razão de excesso da sua jornada, a qual era de segunda a sexta-feira, das 
10h00min às 20h00min, com intervalo de duas horas, e aos sábados, das 16h00min 
às 20h00min, sem intervalo. 
Notadamente, a jornada semanal da ex-empregada totalizava 44 horas semanais, o 
que repercute ao limite legal, conforme o art. 7º, XIII, e o art. 58 da CLT. 
Portanto, não há que se falar em horas extras e o pedido deverá ser julgado improcedente. 
D – Do plano de saúde
A reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, 
tendo assinado, na admissão, e contra sua vontade, um documento autorizando a 
subtração mensal, o qual segue anexo. 
Inicialmente, cumpre ressaltar que o vício de vontade deve ser comprovado pela par-
te reclamante, conforme distribuição do ônus da prova previsto no art. 818, I, da CLT. 
Outrossim, a OJ nº 160 da SBDI-1 estabelece que é inválida a presunção de vício de 
consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com 
descontos salariais na oportunidade da admissão, cabendo demonstração concreta. 
Ademais, a Súmula nº 342 do TST preconiza a validade dos descontos salariais efetu-
ados pelo empregador com autorização prévia e por escrito do empregado para ser 
integrado em planos de assistência médico-hospitalar. 
Desse modo, não houve ilegalidade nos descontos e o pedido deve ser julgado 
improcedente. 
V – Da reconvenção 
Consoante o art. 343 do CPC, na contestação, é lícito ao requerido propor recon-
venção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o 
fundamento da defesa, o que se faz pelas razões de fato e de direito a seguir. 
25
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
A reclamante, ao ser cientificada da dispensa, teve uma reação violenta e desrespei-
tosa, o que levou à necessidade de assistência da segurança para contê-la e acompa-
nhá-la até a saída. 
Ao se retirar, correu e apanhou uma pedra, a qual foi arremessada e atingiu o edifí-
cio da reclamada, quebrando uma das vidraças. 
Tal incidente ocasionou o gasto de R$ 300,00 (trezentos reais) na recolocação do 
vidro danificado, conforme nota fiscal anexa. 
Nitidamente, a ex-empregada incorreu no disposto pelo art. 186 do CC, pois o in-
divíduo que, em razão de ação, violar o direito e causar dano a outrem, comete ato 
ilícito, acarretando a obrigação de repará-lo, nos termos do art. 927 do diploma civil. 
Isso posto, requer o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) a título de reparação por 
danos materiais. 
VI – Dos honorários advocatícios de sucumbência
Conforme dispõe o art. 791-A da CLT, requer honorários advocatícios de sucumbên-
cia na ação principal e na reconvenção.
VII – Das conclusões
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:
Na CONTESTAÇÃO:
• o acolhimento da preliminar de mérito, nos termos do art. 337, II, do CPC c/c o 
art. 114, IX, da CF/1988;
• o acolhimento da prejudicial de mérito, quanto à prescrição das pretensões ante-
riores a 27.02.2013, com a pronúncia de mérito nos termos do art. 487, II, do CPC; 
• sejam julgadosimprocedentes os pedidos veiculados na exordial. 
Na RECONVENÇÃO: 
• recebimento da reconvenção com o seu devido processamento e procedência, nos 
termos do art. 343 do CPC, para receber o valor de R$ 300,00 (trezentos reais); 
• a intimação da reclamante para apresentar resposta, nos termos do art. 341, 
§ 1º, do CPC. 
Outrossim, a condenação em honorários advocatícios de sucumbência na ação principal 
e na reconvenção, nos termos do art. 791-A da CLT, assim como despesas processuais. 
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, em especial do-
cumentos, testemunhas, perícia e outras. 
 VIII – Do valor da causa da reconvenção 
Dá-se a causa o valor de R$ 300,00 (trezentos reais). 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado(a) 
OAB nº ___ 
26
27
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Manual de audiência e prática trabalhista
CISNEIROS, G . Manual de audiência e prática trabalhista. 6. ed. Rio de Janeiro: Foren-
se; São Paulo: MÉTODO, 2020. 
 Vídeos
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 Como fazer uma Contestação Trabalhista com Reconvenção – Victor Stuchi
https://youtu.be/y7eV3D-mzA s
 Leitura
Acórdão
https://bit.ly/3i69nhl
27
UNIDADE Defesa no Processo do Trabalho
Referências
MIESSA, É. Curso de direito processual do trabalho. 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2021. 
SCHIAVI, M. Manual de direito processual do trabalho. 14. ed. São Paulo: LTr, 2018.
THEODORO JÚNIOR, H. Curso de direito processual civil. 61. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2020. v. I.
28

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