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Direito Penal parte Geral III

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Nome: Rafaella de Jesus Mendes R.A.: 2250231 
 
Direito Penal parte Geral III 
 
Crime impossível 
 
O Crime impossível, também titulado de tentativa inidônea, tentativa inadequada, quase 
crime ou ainda quase morte, é aquele ato que jamais poderia ser consumado em razão da 
ineficácia absoluta do meio empregado ou pela impropriedade absoluta do objeto. Ou 
seja, é um crime impossível de se realizar, cujas duas hipóteses estão previstas no artigo 
17 do Código Penal. 
Essas hipóteses são: delito impossível por ineficácia absoluta do meio - a ineficácia 
absoluta do meio se traduz na impossibilidade de o instrumento utilizado consumar o 
delito de qualquer forma. São frequentemente citados como exemplos deste tipo, usar um 
alfinete ou palito de dente para matar uma pessoa adulta ou querer produzir lesões 
corporais mediante o mero arremesso de um travesseiro de pluma. Dentro desta categoria 
está também a hipótese chamada tentativa irreal ou supersticiosa, onde o sujeito deseja 
matar a vítima através de ato de magia ou bruxaria. E o delito impossível por 
impropriedade absoluta do objeto material - ocorre quando a conduta do agente não é 
capaz provocar qualquer resultado lesivo à vítima. Um exemplo bastante utilizado para 
explicar esse caso, é a ação destinada a matar um cadáver. 
Algumas doutrinas ainda reconhecem uma terceira hipótese, o crime putativo por obra 
do agente provocador, nesta situação, alguém podendo ser vítima ou terceiro, provoca 
o sujeito a cometer um crime, mas ao mesmo tempo toma providencias para que este não 
seja consumado. Este tipo também é conhecido pelo nome de “flagrante preparado”, pois 
como o próprio nome sugere, é o famoso clássico de preparação de flagrante por partes 
do agente (detetive, policial, vítima e outros). 
Para que seja possível a imputação, deve ocorrer o ato perigoso, que crie um determinado 
grau de probabilidade de lesão do bem protegido. No crime impossível pela inidoneidade 
absoluta do meio executório, embora o objeto jurídico exista, não há criação de risco, não 
havendo imputação objetiva da conduta. O risco deve ser objetivo e real, advindo desta 
circunstância o conceito de idoneidade, ponto importante para se determinar a existência 
ou não do crime impossível. 
Se a conduta não possui idoneidade para lesar o bem jurídico, não constitui tentativa, e 
não há tentativa por ausência de imputação objetiva da conduta. A idoneidade deve ser 
identificada no momento da ação ou omissão delituosa. Caso os meios ou objetos sejam 
concretamente inidôneos para a consecução, antes da ação em si, temos configurado o 
crime impossível. No caso dos meios ou objetos tornarem-se inidôneos 
concomitantemente ou após o início da execução, teremos então uma tentativa.

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