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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO 
Contribuições e desafios no processo de ensino-aprendizagem e 
formação do aluno/cidadão crítico. 
 
 
 
 
 
 
 
Andreza da Silva dos SANTOS 2022040, 
Luciléia Viana BALIEIRO 2052079, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODAJÁS - AM 
2023 
 
 
 
ANDREZA DA SILVA DOS SANTOS 
LUCILÉIA VIANA BALIEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO 
Contribuições e desafios no processo de ensino-aprendizagem e 
formação do aluno/cidadão crítico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, Graduação – 
Licenciatura em Pedagogia, apresentado à comissão 
julgadora da UNIP EaD Polo Codajás, sob a 
orientação da Professora. 
Orientadora Profa. Me. Merilyn 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CODAJÁS - AM 
2023 
 
 
 
UNIVERSIDADEPAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 da Silva dos Santos, Andreza. 
.... MÍDIAS NA EDUCAÇÃO – CONTRIBUIÇÕES E DESAFIOS NO 
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E FORMAÇÃO DO 
ALUNO/CIDADÃO CRÍTICO / Andreza da Silva Nascimento, Luciléia 
Viana Balieiro, 
....53 f. 
 
.... Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao 
curso de Pedagogia da Universidade Paulista, Codajás, 2022. 
 
.... Orientadora: Prof.ª. Merilyn 
 
....1. MÍDIAS E TECNOLOGIA – SOCIEDADE CONECTADA. 2. O 
USO DAS NOVAS TRCNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. 3. FORMAÇÃO 
CONTINUADA DOS DOCENTES E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA 
EDUCAÇÃO. 4. A FORMAÇÃO DO ALUNO/CIDADÃO CRÍTICO 
ATRAVÉS DAS NÍDIAS. I. Andreza da Silva Nascimento, II Luciléia 
Viana Balieiro,III Maria Janaina Maciel Maia, IV Maria Sofia de Souza 
Venâncio, V Rosielem da Silva Oliveira. -, Professora Profa. Me. Sueli 
Barbeiro (orientadora). 
 
Elaborada de forma automática pelo sistema da UNIP com as informações fornecidas pelo(a) autor(a). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO PEDAGOGIA 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÂO 
 
 
ANDREZA DA SILVA DOS SANTOS 
LUCILÉIA VIANA BALIEIRO 
 
 
 
 
 
 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO 
Contribuições e desafios no processo de ensino-aprendizagem e 
formação do aluno/cidadão crítico. 
 
Trabalho de conclusão de curso para 
obtenção do título de graduação Pedagogia 
apresentado à Universidade Paulista – UNIP. 
 Aprovado em: 
BANCA EXAMINADORA 
 _______________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista – UNIP 
_______________________/__/___ 
 Prof. Nome do Professor 
Universidade Paulista – UNIP 
__________________/__/___ 
Prof. Nome do Professor 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO PEDAGOGIA 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Agradecemos aos familiares, amigos, ao orientador de trabalho e a todos 
aqueles que de certa forma contribuíram para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O uso de tecnologias e dos recursos midiáticos na sala de aula é cada vez mais uma 
realidade, que necessariamente precisa de atenção, por parte de professores, das 
instituições escolares e dos governos. Por este motivo, iniciamos apresentando o 
conceito para facilitar o entendimento do mesmo quando abordado posteriormente. 
De acordo com dados divulgados em 2018 pelo Estudo intitulado como “Mercado 
Brasileiro de Software – Panorama e Tendências” realizado pela Associação Brasileira 
das Empresas de Software (Abes) e pela Internacional Data Corporation (IDC), o país 
ocupa a nona posição no ranking mundial de países que investem em Tecnologia da 
Informação (TI). É necessário compreender que as novas mídias favorecem o 
processo de ensino-aprendizagem e que o educador não detém o conhecimento 
sozinho. Através de uma ação-reflexão defendida pelo mestre Freire, precisamos nos 
conscientizarmos, refletir nossas ações como educadores, principalmente sabendo 
acolher o aluno, princípio basilar no processo de avaliação. As tecnologias como 
meios transmissores de conhecimento, devem ser usadas de forma eficiente e eficaz 
pelo próprio professor, cabendo a este, a função mediadora da interação entre a 
tecnologia, aluno e professor, permitindo que o aluno consiga formar seu 
conhecimento em um ambiente desafiador, no qual a tecnologia se constituirá como 
ferramenta indispensável para que o professor promova o avanço da sistematização, 
criatividade, autonomia do conhecimento e a criticidade (COUTINHO, 2009). 
Atualmente para compreendermos a formação e a realidade dos docentes, faz-se 
necessário que possamos compreender o processo histórico de formação e 
constituição destes. O avanço das tecnologias digitais define poderes baseados na 
velocidade de acesso às informações disponíveis nas redes. Além disso, apresenta 
exemplos concretos de inovações tecnológicas destacando as mudanças que 
ocorrem socialmente, nas relações econômicas, políticas, financeiras, educacionais e 
culturais, resultantes do uso intensivo das tecnologias digitais. 
Palavras-chave: Educação; Mídias; Tecnologias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The use of technologies and media resources in the classroom is increasingly a reality, 
which necessarily needs attention from teachers, school institutions and governments. 
For this reason, we begin by presenting the concept to facilitate its understanding when 
discussed later. According to data released in 2018 by the Study entitled “Brazilian 
Software Market – Overview and Trends” carried out by the Brazilian Association of 
Software Companies (Abes) and by the International Data Corporation (IDC), the 
country occupies the ninth position in the world ranking of countries that invest in 
Information Technology (IT). It is necessary to understand that the new media favor 
the teaching-learning process and that the educator does not hold knowledge alone. 
Through an action-reflection advocated by master Freire, we need to become aware, 
reflect on our actions as educators, especially knowing how to welcome the student, a 
basic principle in the evaluation process. Technologies as means of transmitting 
knowledge must be used efficiently and effectively by the teacher himself, who has the 
role of mediating the interaction between technology, student and teacher, allowing the 
student to form his knowledge in a challenging environment, in which technology will 
become an indispensable tool for the teacher to promote the advancement of 
systematization, creativity, autonomy of knowledge and criticality (COUTINHO, 2009). 
Currently, in order to understand the formation and reality of teachers, it is necessary 
that we understand the historical process of formation and constitution of these. The 
advancement of digital technologies defines powers based on the speed of access to 
information available on networks. In addition, it presents concrete examples of 
technological innovations, highlighting the changes that occur socially, in economic, 
political, financial, educational and cultural relations, resulting from the intensive use 
of digital technologies. 
 
Keywords: Learning. Games. Ludic. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................08 
2 MÍDIAS E TECNOLOGIAS – SOCIEDADE CONECTADA...................................10 
3 O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NS EDUCAÇÃO ......................................13 
4 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS DOCENTES E AS NOVAS TECNOLOGIAS 
NA EDUCAÇÃO............................................................................... ..........................174.1 Conceito de Formação Continuada..................................................................18 
4.2 Uso das Novas Tecnologias: Mais Um Saber docente...................................20 
5 A FORMAÇÃO DO ALUNO/CIDADÃO CRÍTICO ATRAVÉS DAS NOVAS 
MÍDIAS.......................................................................................................................24 
5.1 Tecnologias e Formação Humanística.............................................................27 
6. ANÁLISE E DISCUSSÃO......................................................................................28 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................31 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................34 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 O uso de tecnologias e dos recursos midiáticos na sala de aula é cada vez mais 
uma realidade, que necessariamente precisa de atenção, por parte de professores, 
das instituições escolares e dos governos. Por este motivo, iniciamos apresentando o 
conceito para facilitar o entendimento do mesmo quando abordado posteriormente. 
Segundo o site Dicio (2020, p. 01), tecnologia se compreende como a: 
 
Ciência que estuda os métodos e a evolução num âmbito industrial: 
tecnologia da internet, procedimento ou grupo de métodos que se organiza 
num domínio específico: tecnologia médica, teoria ou análise organizada das 
técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbitos ou campos da ação 
humana. 
 
Esmiuçando e interpretando a definição e a aplicando no contexto da educação, 
pode-se dizer que são técnicas, métodos, procedimentos que se organizam de forma 
a proporcionar meios com objetivo de dispor uma forma facilitada de compreensão de 
conhecimento. 
As tecnologias podem ser digitais como por exemplo, a tecnologia da 
informação e comunicação, sendo estas as mais relevantes para nossa revisão, bem 
como as tradicionais como quadro-negro, lápis, caderno e livros didáticos por 
exemplo. 
Deste ponto de partida, com intuito de ser realizada uma revisão bibliográfica, 
foram selecionados trabalhos acadêmicos que visam essas novas técnicas aplicadas 
à educação, tudo isso, para que entendamos melhor sobre a temática “MÍDIAS NA 
EDUCAÇÃO - Contribuições e desafios no processo de ensino aprendizagem e 
formação do aluno/cidadão crítico”. 
A leitura dos artigos foi fundamental por possibilitarem uma análise sobre o 
cenário tecnológico no âmbito educacional, oferecendo respostas a algumas 
problemáticas levantadas aqui, como: qual é a relevância do uso de novas tecnologias 
aplicada à educação? Existem pesquisas que versem acerca do uso de novas 
 9 
 
tecnologias aplicadas a educação? Novas tecnologias na sala de aula trazem somente 
resultados benéficos? 
A sociedade está em constante transformação, deixamos o status quo de 
Sociedade do Século XXI e adentramos ao status de Sociedade Conectada. Estamos 
todos interligados através de teias, gigantes redes de comunicação que nos 
bombardeiam diariamente com conteúdos diversos. 
Um dos maiores desafios da Educação nesta nova sociedade é a falta de 
conhecimento e treinamento para uso das mídias e tecnologias digitais, o que tem 
contribuído para a utilização não adequada das novas tecnologias nas atividades de 
ensino e aprendizagem. 
Ao considerar a necessidade da escola acompanhar, ou melhor, equiparar-se 
à tecnologia, adotou-se a seguinte pergunta: Quais as contribuições e desafios as 
Mídias proporcionam no processo de ensino-aprendizagem e formação ao 
aluno/cidadão crítico? 
“A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de novas 
maneiras, por novos caminhos, com novos participantes (atores), de forma contínua”. 
(MORAN, 2012, p. 11). 
Este trabalho se propõe a analisar de forma crítica o uso das novas mídias 
pelos atuais e futuros educadores, não somente no processo educacional, como 
também na formação do indivíduo no contexto social. 
“A evolução tecnológica não se restringe apenas aos novos usos de 
determinados equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos”. (KENSKI, 2012, 
p.21) 
No contexto apresentado neste artigo, as novas mídias e tecnologias são 
indissociáveis entre o ambiente escolar e a vida em sociedade. 
O advento das novas tecnologias por meio do processo de globalização nos 
permitiu acesso a um grande leque de ferramentas, entretanto não nos capacitou para 
utilizá-las. A escola além de suas funções precípuas assume o grande desafio de 
educar para a Sociedade Conectada, entretanto segue a passos lentos, pois ainda 
está arraigada em seus costumes, hábitos e valores extremamente tradicionalistas. 
 10 
 
Neste estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica para refletir sobre a 
importâncias e desafios das mídias tecnológicas na educação da Sociedade 
Conectada, o perfil dos nativos digitais e a formação continuada dos docentes. 
Esta pesquisa possui como fundamentos revisões bibliográfica de artigos 
científicos revisados por pares, sendo dispostos por meio de uma definição analítica. 
A finalidade da pesquisa é exploratória, sendo utilizada em situações em que visam 
entender melhor o fenômeno, explicando-o ou elaborando hipóteses. 
O principal método específico utilizado nesta pesquisa é revisão reflexiva, ou 
seja “posicionar-se a partir de um conjunto de informações conquistados com a 
pesquisa” de artigos selecionados, os quais possuem a premissa de um estudo em 
profundidade. 
2. MÍDIAS E TECNOLOGIAS – SOCIEDADE CONECTADA 
Atualmente em fração de milésimos de segundos e em milhares de megabits 
estamos todos conectados, rumo a um novo mundo que deixa o status quo de 
Sociedade do Século XXI para Sociedade Conectada. 
A cada manhã, todos os dias ao sermos despertados, nossos celulares 
(smartphones) nos notificam com milhares de informações. Mensagens no 
WhatsApp, “feeds” no Facebook, “direct” e “stories” no Instagram, Lelegran, Twiter, 
uma gama de informações em tempo quase real nos faz despertar para um novo 
mundo, o qual se não estivermos inclusos, seremos considerados analfabetos digitais. 
Ao falar em mídia, certamente você deve tê-la relacionado com a Televisão, 
que no Brasil surgiu em 1950 com a inauguração da TV Tupi, primeiro canal de 
televisão do país. A história da televisão no Brasil é bem recente, surgida há 72 anos, 
mistura-se com a história de milhões de brasileiros, que passaram a ser ver na tela de 
um aparelho e principalmente aprender com ela. Ao viajar pela memória da infância, 
quem não se lembra das letras S-E-M-P? (Sociedade Eletromercantil Paulista). Marca 
do primeiro televisor a cores fabricado no Brasil e que muito provavelmente foi seu 
parceiro no programa Telecurso. 
E o que falar dos computadores? O Brasil registra a data de 1975 como data 
do surgimento do primeiro adquirido no país, foi um Univac-120, comprado pelo 
Governo do Estado de São Paulo, utilizado para calcular todo o consumo de água da 
 11 
 
capital. O equipamento ocupava o andar inteiro do prédio onde foi instalado. O que 
hoje conhecemos como “desktop” ou microcomputador chega aos lares brasileiros a 
partir da década de 80, quando passam a ser vendidos nas Grandes lojas do Brasil a 
fora. 
De 1980 para cá passamos por um “boom” tecnológico jamais visto, em 
especial na última década, já marcada pelo que chamamos de Sociedade Conectada. 
As mídias estão intrinsecamente ligadas às novas tecnologias e no Brasil não 
é diferente. De acordo com dados divulgados em 2018 pelo Estudo intitulado como 
“Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências” realizado pela 
Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e pela Internacional Data 
Corporation (IDC), o país ocupa a nona posição no ranking mundial de países que 
investemem Tecnologia da Informação (TI). Só em 2017 foram investidos 38 bilhões 
de dólares em “hardwares”, “softwares” e serviços. 
Ainda segundo a Abes, o Brasil possui hoje cerca de mais 21 mil empresas 
dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software, além da 
prestação de serviços no mercado nacional. 
Todos esses investimentos refletem diretamente na vida do cidadão, cada vez 
mais ligado as novas tecnologias, tendo como preferência o uso dos smartphones, 
que no país é o dispositivo tecnológico mais utilizado para acessar a internet. Segundo 
dados do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgados em 2018, no censo 
anual sobre o uso de tecnologias da informação por domicílio no país, um em cada 
cinco domicílios brasileiros tem acesso à internet sem ter um computador. 
E as plataformas digitais? Uma pesquisa da “Global Digital” realizada pela 
agência “We Are Social” (Nós Somos Sociais) em parceria com a plataforma de mídia 
Hootsuite, mostra que o Brasil tem 160 milhões de usuários ativos nas redes, o que 
corresponde a 66% da sua população. 
O topo do pódio fica com a { HYPERLINK "https://gizmodo.uol.com.br/china-
naotera-a-maior-populacao-em-2023-veja-qual-sera-o-1o-do-mundo/" }, que acumula 
mais de 1 bilhão de usuários online – mais de 70% da população total. Depois vem a 
Índia, com 658 milhões, os EUA (307 milhões) e a Indonésia (204 milhões). 
Tirando o Brasil, não há nenhum país da América Latina no ranking dos 20 
países com mais pessoas na internet. A Argentina, por exemplo, reúne 38 milhões de 
usuários. 
https://gizmodo.uol.com.br/china-nao-tera-a-maior-populacao-em-2023-veja-qual-sera-o-1o-do-mundo/
https://gizmodo.uol.com.br/china-nao-tera-a-maior-populacao-em-2023-veja-qual-sera-o-1o-do-mundo/
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 12 
 
O mundo todo tem mais de 5 bilhões de usuários online, apesar de haver uma 
expressiva desigualdade na distribuição de usuários por região. A Ásia, continente 
mais populoso do mundo, abriga 1,16 bilhão de pessoas ativas na internet. São oito 
países no ranking. 
Já a África e Oriente Médio representam a menor fatia na participação online. 
O continente africano só tem dois países entre os 20 com maior número de usuários: 
Nigéria (109 milhões) e Egito (75,6 milhões). Já o Oriente Médio conta apenas com 
o Irã, com 71,9 milhões. 
Dados também mostram que o celular é o preferido para acessar a internet: 
99% dos usuários brasileiros usam o smartphone para a conexão. As smart TVs ficam 
em segundo lugar, com 50%. 
O uso de laptops e desktops fica em terceiro e quarto lugar, com 26% e 18% 
do uso, respectivamente. No Brasil somos tão engajados nas plataformas digitais, que 
gastamos em média 3h e 34 minutos por dia com as redes sociais, sendo a maioria 
desse público pessoas com idade entre 25 a 34 anos. Entre as redes sociais favoritas 
dos brasileiros está o YouTube (95%) seguido pelo Facebook (90%) WhatsApp (89%) 
e o Instagram com (71%). 
Frente a estes dados, o processo educacional não poderia ficar de fora, afinal 
as novas mídias e tecnologias são realidades no ambiente escolar, as quais se tornam 
desafios para educadores e educandos, contribuindo para o processo de ensino-
aprendizagem e formação do aluno/cidadão crítico. 
Não há mais dúvidas de que este novo tempo requer um espaço escolar não apenas 
democrático, mas aberto às novas possibilidades trazidas pelas tecnologias, afinal 
estamos cada vez mais CONECTADOS. 
José Manuel Moran contribui dizendo que: 
Conectados, multiplica-se intensamente o número de possibilidades de 
pesquisa, de comunicação online, aprendizagem, compras, 
pagamentos e outros serviços. Estamos caminhando para 
interconectar nossas cidades, tornando-as cidades digitais 
integradas com as cidades físicas. Nossa vida interligará cada vez 
mais as situações reais e as digitais, os serviços físicos e os 
conectados, o contato físico e o virtual, a aprendizagem presencial e 
a virtual. O mundo físico e o virtual não se opõem, mas se 
complementam, integram, combinam numa interação cada vez 
maior, contínua, inseparável. Ter acesso contínuo ao digital é um 
novo direito de cidadania plena. Os não conectados perdem uma 
dimensão cidadã fundamental para sua inserção no mundo 
profissional, nos serviços, na interação com os demais. (MORAN, 
2012, p. 9). 
 13 
 
Kenski defende que: 
 A evolução não se restringe apenas aos novos usos de determinados 
equipamentos e produtos. Ela altera comportamentos. A ampliação 
e a banalização do uso de determinada tecnologia impõem-se à 
cultura existente e transformam não apenas o comportamento 
individual, mas o de todo o grupo social. (...) As tecnologias 
transformam suas maneiras de pensar, sentir e agir. Mudam também 
suas formas de se comunicar e de adquirir conhecimentos. (KENSKI, 
2012, p.21). 
 
3. O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 
Segundo o teórico Bento e Belchior (2016), é muito importante trabalharcom 
mídias digitais, já que as tecnologias avançam rapidamente, e nessa ótica, cabe uma 
atenção redobrada para enquadrar o contexto tecnológico ao estudante, não se 
tratando meramente de conteúdo, mas da necessidade deles no processo de ensino 
(mídias digitais). 
Bento e Belchior (2016, p. 08) ainda salientam: “Por isso concordamos que ao 
usá-los como ferramenta de trabalho favorece para a formação de uma geração mais 
atuante, presente e inovadora, que pode aprender muito mais.” 
Diante disso podemos dizer que, as escolas e instituições de ensino devem 
procurar inserir os recursos midiáticos com maior frequência, visando incentivar, 
estimular e preparar o corpo docente em prol de utilizá-los, para que professores e 
alunos considerem seu uso necessário, cabendo não somente a instituição de ensino, 
mas também aos professores fazerem pesquisas contínuas e se atualizarem a 
respeito das novas mídias para sala de aula (BENTO E BELCHIOR, 2016). 
Ainda é uma forma inovadora o uso do computador com a internet na educação, 
principalmente nas pequenas cidades do Brasil a fora, visto que a atuação do docente 
não pode se limitar a fornecer informações aos alunos. As tecnologias como meios 
transmissores de conhecimento, devem ser usadas de forma eficiente e eficaz pelo 
próprio professor, cabendo a este, a função mediadora da interação entre a 
tecnologia, aluno e professor, permitindo que o aluno consiga formar seu 
conhecimento em um ambiente desafiador, no qual a tecnologia se constituirá como 
ferramenta indispensável para que o professor promova o avanço da sistematização, 
criatividade, autonomia do conhecimento e a criticidade (COUTINHO, 2009). 
 14 
 
Os aparelhos mediáticos de telecomunicação (móveis) como aparelhos de 
celular, podem ser um recurso pedagógico, de acordo com Bento e Cavalcante (2013). 
Entretanto se faz inevitável um período de estudos e desenvolvimento de atividades 
para que o uso do celular não se transforme em meramente um aparelho de 
entretenimento dos alunos. Os smartphone devem ser um ótimo recurso didático, 
plausível de ser introduzido em diferentes momentos no ambiente educacional, só 
depende da preparação da professor e desde que seja inserido no planejamento de 
ensino do professor e da instituição, além de uma colaboração e uma boa 
comunicação da gestão escolar com as famílias e todos os membros da escola, para 
que o trabalho seja realizado de forma colaborativa. 
De acordo com Ramos (2012), as tecnologias de informação e comunicação 
(TICs) como lousas digitais, canetas digitais, notebook e internet, não são concretos 
na rede pública de ensino, no entanto, TVs ,Pendrive, DVD-Player, e Data show são 
mais comuns e sempre solicitados pelos docentes. Cabe ressaltar que as tecnologias 
comuns aos alunos são: celular, Internet e computadores. 
Para Ramos (2012), é constante o fato de encontrar os celulares sempre nas 
mãos dos alunos, com diversas finalidades, ouvindo músicas, recebendo mensagens 
e fazendo ligações na hora da aula, o que pode resultar em uma precariedade de 
absorção de conteúdo ministrado pelo professor, caso não seja solicitado o seu uso 
como tecnologias para aprendizagem. 
Devido a tais fatos, as instituições de ensino tem como recomendação proibir o 
uso de aparelhos celulares e similares durante as aulas. Entretanto, o que se percebe 
é que existe uma necessidade de adotar medidas democráticas no uso destas 
tecnologias trazidas de casa pelos estudantes, buscando desenvolver pensamento 
crítico e reflexivo do educando (RAMOS, 2012). 
 
De acordo com esses três autores, Silva, Prates e Ribeiro (2016) não é apenas 
preciso inserir novas tecnologias digitais na sala de aula, para o processo do ensino-
aprendizagem. É necessário também que o professor tenha consciência de que deve 
se aperfeiçoar, se capacitar e interagir melhor com os equipamentos, para que tenha 
noção do manuseio dos mesmos, entender como deve ser usado, cada um com foco 
nos resultados esperados de seu planejamento de sala de aula. 
 
 15 
 
Ainda para Silva, Prates e Ribeiro (2016), 
 O fato de os docentes desconhecerem as capacidades dos recursos 
os leva a não os considerar como seus aliados nas metodologias de 
ensino. Por isso, faz-se necessário que estes passem a considerar a 
possibilidade de fazer uso desse recurso, aperfeiçoando-se 
constantemente para que saibam lidar com essas tecnologias. Tal 
conhecimento é provocado pela curiosidade em conhecer novos 
equipamentos, que muitas vezes são apresentados a eles pelos 
cursos de formação continuada, que, aliás, são a base e a 
manutenção do conhecimento, visto que a tecnologia evolui 
rapidamente e constantemente surgem novidades tecnológicas. 
 
Ainda sobre a importância do uso de novas tecnologias, Cysneiros (1999, p. 
21), discorre que: 
 Nossa experiência da realidade é transformada quando usamos 
instrumentos {Ser Humano > (máquina) > Mundo}. Através do 
instrumento há uma seleção de determinados aspectos da realidade, 
com ampliações e reduções. A amplificação é o aspecto mais saliente 
e pode nos deixar impressionados, maravilhados, ao 
experimentarmos coisas (ou aspectos de objetos conhecidos) que 
não conhecíamos antes, com nossos sentidos nus. A redução, ao 
contrário, é recessiva e pode passar despercebida, uma vez que não 
ocupa necessariamente nossa consciência, impressionada com o 
novo. 
 
A interação com a máquina apresenta dois lados, um sendo positivo para o 
desenvolvimento humano e outro que vai ao oposto, os quais são citados como 
Ampliação e Redução respectivamente. Para que se torne positivo é necessário que 
o professor esteja bem capacitado e planeje adequadamente o seu uso, tornando-o 
atrativo e interessante para o aluno, pois de outra forma, será apenas uma 
demonstração de possibilidades de uso do computador, que pode até ser 
desmotivador para o aluno. 
Isso porque não há neutralidade da tecnologia em relação ao objeto, algo a ser 
estudado. O seu uso prove novos conhecimentos do objeto, mudando por meio da 
mediação a experiência afetiva e intelectual do indivíduo ou grupo, podendo interferir, 
o agir mental ou físico de formas e aspetos desconhecidos do objeto, estudo. 
Do programa Telecurso pela TV aberta às plataformas digitais da Sociedade 
Conectada, de que forma as novas mídias contribuem para o processo de ensino-
aprendizagem do aluno e do próprio professor? Há quem diga que as novas 
tecnologias podem substituir a figura do educador. Uma forma equivocada de se 
pensar e agir, afinal o educador, professor, mediador, tutor, jamais será substituído, 
 16 
 
já que ele é peça fundamental. Não existe uma oposição entre o mundo real e o virtual, 
eles se complementam, integram e combinam. 
Não se quer aqui apresentar conceitos tradicionais dos dicionários sobre os 
processos de ensinar e aprender, ambos os organismos se interagem em prol de um 
objetivo: o conhecimento. Este conhecimento não pode ser acúmulo ou uma 
“concepção bancária” conforme definido pelo mestre Paulo Freire (1996). O 
objetivo do processo de ensino-aprendizagem, em especial com o uso das novas 
mídias, deve desvencilhar-se dos métodos meramente tradicionalistas ainda 
arraigados no processo educacional. A figura do professor, educador, mediador na 
Sociedade Conectada, não possui espaço para apenas um detentor do conhecimento. 
A conexão, como o próprio nome sugere, permite a união, ligação entre todos os 
envolvidos “online” e “off-line” no processo de ensino-aprendizagem. 
É necessário compreender que as novas mídias favorecem o processo de 
ensino-aprendizagem e que o educador não detém o conhecimento sozinho. Através 
de uma ação-reflexão defendida pelo mestre Freire, precisamos nos conscientizar, 
refletir nossas ações como educadores, principalmente sabendo acolher o aluno, 
princípio basilar no processo de avaliação. 
Aescola querendo ou não já faz parte deste “boom” tecnológico da atual 
sociedade. Para atender sua função social ela deve estar atenta e aberta para 
incorporar novos parâmetros comportamentais, hábitos e demandas, o que 
permitirá que a mesma participe de forma ativa dos processos de transformação 
e construção da nova sociedade. A escola precisa integrar a cultura tecnológica 
ao seu cotidiano, o que permitirá que a mesma desenvolva habilidades em seus 
alunos para utilização dos recursos tecnológicos. 
É sabido por todos que a escola precisa se tornar mais atraente, criando 
pontes com o mundo externo e não muros que impeçam o aluno de absorver, 
pelo menos no ambiente escolar, as informações que as novas mídias 
transmitem. Acolher as novas tecnologias no processo de ensinoaprendizagem 
institui um fator de inovação pedagógica, o que possibilita a implantação de 
novas modalidades de trabalho que devem acompanhar as transformações 
sociais. 
 17 
 
Através da transformação de simples transmissora de conhecimento, ou 
seja, a tradicional “educação bancária” reprimida por Freire, para uma 
organizadora de aprendizagens, a escola reconhece que já não detém a posse 
da transmissão dos saberes, proporcionando desta forma caminhos necessários 
para que o aluno possa obter a informação, construir conhecimentos, adquirir 
Competências, Habilidades e Atitudes (CHA) o que permitirá que este 
aluno/cidadão possa desenvolver um espírito crítico. 
José Manuel Moran defende que: 
 
 A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende 
de novas maneiras, por novos caminhos, com novos participantes 
(atores), de forma contínua. As cidades se tornam cidades 
educadoras, integrando todas as competências e serviços 
presenciais e digitais. A educação escolar precisa, cada vez mais, 
ajudar todos a aprender de forma mais integral, humana, afetiva e 
ética, integrando o individual e o social, os diversos ritmos, métodos, 
tecnologias, para construir cidadãos plenos em todas as dimensões. 
(MORAN, 2012, p. 11). 
 
4. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS DOCENTES E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA 
EDUCAÇÃO 
Atualmente para compreendermos a formação e a realidade dos docentes, faz-
se necessário que possamos compreender o processo histórico de formação e 
constituição destes. A esse respeito, Hengemühle (2008, p. 65) afirma que: 
 
 História, poderíamos afirmar, em termos genéricos, dois grupos 
sempre mantiveram o poder: os que dominam a economia, 
estreitamente conectada à política e os que detêm o conhecimento 
(aqui compreendido como o conhecimento científico). A história dos 
professores se confunde com esses segmentos, não tanto como 
artífices deles, porém mais como atuando a seu serviço. 
 
Para o referido autor, os professores, em grande parte da sua história, ajudaram 
de forma direta ou indireta, a manter o poder econômico e político, como também 
contribuíram para difundir o conhecimento científico em nome dos teóricos. Além 
disso, em momentos de crise, foram solicitados a formar os alunos nos valores morais, 
quando a sociedade já não era mais capaz de fazê-lo; já no início da história, muitas 
 18 
 
vezes, os professores eram aqueles que preenchiam o tempo dos iniciantes (crianças 
e jovens), na maioria das vezes, porque os responsáveis não tinham condições de 
fazê-lo. 
Como podemos perceber, muitos aspectos do serviço dos professores 
prevalecem no contexto atual. A realidade do professor, hoje, está intimamente ligada 
às situações históricas de organização social e do pensamento científico. Hengemühle 
(2008, p. 67-78), traça um rápido esboço do papel e formação do professor, na 
história, com o objetivo de arrolar aspectos da linha do tempo histórico para melhor 
compreensão das concepções, formação e práticas da atualidade. Vejamos, a seguir, 
um resumo dessa disjunção dos momentos históricos das concepções e formação de 
professores. 
A formação continuada do professor é entrelaçada com a sua rotina, com a 
finalidade de manter atual sua capacidade técnica de uso real de novas tecnologias na 
educação, aliando sempre teoria com prática, já que a vivência com a mesma ajudará a 
ter um melhor nível de conhecimento. Isto é gradativo e sugere que o processo de 
capacitação do professor não tem fim (SILVA; PRATES; RIBEIRO, 2016). 
4.1. Conceito de Formação Continuada 
Em todo profissional deve existir o desejo de aprofundar seus conhecimentos 
seja qual for a sua área de atuação. Para o profissional da educação, esse desejo 
deve ser ainda mais latente, uma vez que, se este não estiver entrosado com as novas 
teorias educacionais da pós-modernidade, sua prática será desestimulante. 
Sendo assim, Hengemühle (2008, p. 86), acredita que: 
 
 [...] considerando como referenciais os paradigmas da ciência e da 
educação na Pós-modernidade, bem como o profundo respeito da 
educação com a natureza (desejos e necessidades) do ser humano, 
é necessário repensar as práticas pedagógicas e a formação 
recebida pelos professores nos cursos universitários. Não basta falar 
das teorias, é preciso exercitá-las na prática no Ensino Superior. 
Segundo o autor supracitado, o professor da Pós-modernidade 
precisa: Ter formação global; ser fisioterapeuta mental; ser 
estimulador das inteligências; ser animador da aprendizagem; 
ressignificar os conteúdos para que provoque o desejo de aprender 
dos alunos; usar os conhecimentos históricos como ferramentas para 
que os alunos compreendam situações significativas da sua vida e 
consigam resolver os problemas da sua época; buscar a coerência 
entre o que diz e acredita e o que faz. 
 
 19 
 
Diante disso, entendemos que o professor da Pós-modernidade, necessita de 
formação continuada a fim de possibilitar “aos alunos exercitar-se para conviver em 
contexto da Pós-modernidade. Ainda de acordo com o referido estudioso, hoje, 
concomitante aos novos paradigmas do pensamento científico, deparamo-nos com 
um novo problema que é a qualidade de vida do ser humano, uma vez que, por um 
lado, ele se sente acuado pelo sistema econômico e preocupado com sua 
sobrevivência; e, por outro, está apreensivo com a sobrevivência do próprio planeta. 
Assim: Necessitam-se, portanto, de pessoas capazes de responder a esses 
desafios. Quando olhamos para as teorias tradicionais da educação, segundo as 
quais, o professor era um detentor de conhecimentos herdados e tidos como 
verdadeiros e o aluno um receptáculo e repetidor dos mesmos, e quando nos fixamos 
na realidade atual, percebemos que esse sujeito de hoje já não consegue mais 
conviver e ser agente dessa sociedade que se foi desenvolvendo. Dessa forma, muda-
se o foco da escola, na contemporaneidade – de mera transmissora de conhecimentos 
verdadeiros - ela necessita dar sentido a esses saberes para que estes possam ajudar 
os alunos a compreender a vida e a solucionar problemas. 
Diante dessa realidade, Colom (2004, p.178 apud HENGEMÜHLE, 2008, p. 57-
58) define a escola do futuro: Será a verdadeira escola para a vida se, graças à sua 
informação multivariada e constante, for capaz de dotar-se de capacidade 
antecipatória, de tal maneira que a utilização da informação sirva para projetar novas 
ordens, a fim de enfrentar com êxito e eficácia situações futuras que, pela informação 
manipulada se veem como previsíveis. Sendo o professor, o principal agente dessa 
transformação, ele precisa estar conectado aos novos conhecimentos, através de 
formações. Pardal e Martins (2005, p. 38) concebem a formação continuada como 
“um ato permanente, dinamizador da experiência profissional e da reflexão sobre a 
mesma [...].” Concordamos com os autores acima mencionados, pois acreditamos que 
a formação continuada pode transformar a dinâmica da sala de aula e levar o 
professor a refletir sobre a sua prática. 
4.2 Uso das Novas Tecnologias:Mais Um Saber Docente 
 Ao longo de sua carreira, o professor vai adquirindo conhecimentos que se 
tornam imprescindíveis para a sua atuação, em sala de aula. Conhecimentos estes 
adquiridos, quer através da prática quer através da teoria – por meio da Formação 
Continuada. Freire (1996) aponta como um dos saberes necessários à prática docente 
 20 
 
“A consciência do inacabamento”, o que, na nossa concepção, configura-se como a 
formação continuada. Sabemos que dá continuidade à sua formação, hoje, é um dever 
de todo profissional, sobretudo, do professor que precisa estar atento às novas teorias 
(educacionais, tecnológicas), para que suas aulas sejam mais instigantes. 
Na contemporaneidade, nossos estudantes – Nativos digitais - têm domínio 
sobre as novas tecnologias, porém, muitas vezes, não sabem usá-las da forma 
correta, extraindo o que há de melhor desses meios tecnológicos. Dessa forma, cabe 
ao docente – Imigrante digital, na maioria dos casos – o papel de orientar seus 
educandos, a fim de que, eles consigam “filtrar” aquilo que realmente é importante 
para eles, além dos momentos de lazer, claro. Além disso, conforme afirmam Teruya 
et al (S/D, p. 82): Incluir as mídias como oportunidade para a produção, análise e 
negociação com os conteúdos e discursos dos territórios escolares dão possibilidades 
para que os jovens percebam as proximidades e os afastamentos entre suas culturas, 
suas identidades e as relações com a instituição escolar. 
Se os/as jovens compreenderem o funcionamento dos discursos midiáticos 
poderão trabalhar estratégias de compreensão e negociação entre os discursos da 
mídia e da escola. Segundo Serafim e Sousa (2011, p. 20), vem se confirmando 
através da literatura e da experiência, construída até aqui, que, o cenário escolar 
integrado com vivências em multimídia, gera: a dinamização e ampliação das 
habilidades cognitivas, devido à riqueza de objetos e sujeitos com os quais permitem 
interagir; a possibilidade de extensão da memória e de atuação em rede; ocorre a 
democratização de espaços e ferramentas, pois estas facilitam o compartilhamento 
de saberes, a vivência colaborativa, a autoria, coautoria, edição e a publicação de 
informações, mensagens, obras e produções culturais tanto de docentes como 
discentes. (SERAFIM e SOUSA, 2011, p. 20) 21 Os autores acrescentam que as 
teorias e práticas associadas à tecnologia na educação, vêm repercutindo 
mundialmente, porque as ferramentas e mídias digitais oferecem “objetos, espaços e 
instrumentos capazes de renovar as situações de interação, expressão, criação, 
comunicação, informação, e colaboração, tornando-a muito diferente daquela 
tradicionalmente fundamentada na escrita e nos meios impressos.” (SERAFIM e 
SOUSA, 2011, p. 20) 
 21 
 
Portanto, o uso das tecnologias na educação, propicia atividades desafiadoras 
e atraentes aos olhos dos alunos que já, há algum tempo, vêm sinalizando 
desmotivação e desinteresse. E, por que não dizer, aos olhos dos professores 
também, como afirmam Serafim e Sousa (2011, p. 20): Encontra-se nesta perspectiva, 
a possibilidade para que professores da Educação Básica e de outros mais variados 
níveis de ensino, possam rever concepções de sustentação de suas práticas 
cotidianas, terem acesso e apropriem-se de conhecimentos necessários para 
trabalharem com a produção de vídeos digitais na sala de aula ou outras interfaces 
nas diversas disciplinas escolares, com vistas a propiciar motivação e aprendizagem. 
Acreditamos realmente que, a tecnologia pode ser uma grande aliada do professor, 
na sala de aula, pois estamos falando de algo que faz parte do universo dos 
estudantes e, estes precisam ser estimulados com elementos que façam parte da sua 
vida e, que, simultaneamente, eles percebam que o aprendizado é significativo e terá 
utilidade no decorrer da sua formação humana. 
 Os conteúdos e conceitos aprendidos em sala de aula muitas vezes não fazem 
sentido para estes jovens que almejam um futuro que na maioria das vezes não está 
ligado ou relacionado com o que veem nas salas de aula. (SERAFIM e SOUSA, 2011, 
p. 23) 
Sendo a maior parte dos professores, Imigrantes digitais, como ela poderá 
preencher essa lacuna? Reportemo-nos, então, à Freire quando este se refere à 
questão do inacabamento. Por meio da formação continuada podemos tentar suprir 
essa necessidade, fazendo com que nossas aulas sejam mais atrativas e que nossos 
alunos sejam pessoas críticas, reflexivas e capazes de intervir no meio em que vivem, 
já que, “A aprendizagem hoje se dá de forma diferente.” (PRENSKY apud LEMOS, 
2009, p. 41). 
O autor acima mencionado propõe um método que seja usado pelos 
professores, os imigrantes digitais, ensinarem os conteúdos com a linguagem dos 
nativos digitais. Para ele, a dificuldade está em que os imigrantes estão com o pé no 
passado e, quando se conectam, imprimem e-mails, textos para editá-los com a 
caneta e não na tela do computador. Ele afirma ainda, que há uma necessidade de 
mudança de comportamento, sem se preocupar tanto com o resultado e sim com o 
processo. Conforme Serafim e Sousa (2011, p. 24), para cumprir sua responsabilidade 
 22 
 
social de educar e formar os novos cidadãos, a escola necessita de professores que 
estejam dispostos a captar, a entender e a utilizar as novas linguagens dos meios de 
informação e comunicação a serviço de sua prática pedagógica que deve ser 
compreendida como prática social que envolve teoria e prática, própria da prática 
educativa. 
Nesse sentido, compreendemos que a sala de aula não se configura como o 
único espaço capaz de promover a aprendizagem, já que, a comunicação pode 
proporcionar, através de variados meios, a formação de diferentes ambientes de 
aprendizagem e uma maior participação dos alunos nas relações de ensino. 
(SERAFIM E SOUSA, 2011, p. 24). Assim, como propõe Panizzolo (s/d, p. 09) “Nessa 
escola, ao mesmo tempo em que o professor é indispensável para o processo de 
ensino-aprendizagem, exige dele sérias reflexões e diálogos sobre a sua prática 
docente.” Ela afirma que, para dar conta dessa nova educação, faz-se necessário que 
o professor adote como atitude profissional o desenvolvimento da pesquisa para a 
construção do conhecimento, tendo a capacidade de criar, questionar, aprender e 
ensinar de forma reflexiva, que trabalhe numa construção cooperativa com os seus 
alunos, colaborando assim para o desenvolvimento de pensadores autônomos. 
 A estudiosa alerta ainda, que: Nessa nova escola, é imprescindível que o professor 
esteja atento às necessidades dos alunos e aos processos que se encontram à sua 
disposição para o desenvolvimento de seu trabalho, portanto, os recursos 
tecnológicos – cdrom, internet, o bate-papo on-line, o correio eletrônico, a lista de 
discussão, a teleconferência – podem lhe oferecer possibilidades de enriquecer sua 
prática docente. O uso de recursos informáticos em nada diminuirá a importância do 
professor no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que é ele quem seleciona, 
define, orienta os conteúdos e as metodologias a serem utilizadas na educação. 
(PANIZZOLO, s/d, p. 09) 
 Logo, apropriados desse novo conhecimento, os professores, além de estarem 
inovando suas aulas, tornando-as mais significativas, estarão orientando seus alunos, 
a fim de que estes saibam se livrar das “armadilhas” da Internet, por exemplo, 
passando a usá-la de forma segura e educativa, pois: é preciso acreditar que a ação 
da escola e dos professores, pautada em uma formação crítica, criadora, humana, 
participativa e progressista, aliada ao uso de recursos tecnológicos, possa contribuir 
 23 
 
para a criação das bases de uma sociedade mais democrática. Esse é o desafio para 
o século XXI. (PANIZZOLO, s/d, p. 09) 
E, para que, os, professores, possam estar aptos a encarar esse desafio do 
século XXI, precisamos, primeiramente,estar abertos ao novo, buscando aprimorar 
nossa prática e, em segundo lugar, a promoção de cursos de formação continuada 
que contemplem o uso das novas tecnologias na educação, já que, muitos professores 
ainda têm receio de manusear todo esse aparato tecnológico, transformando-o em um 
grande aliado da sua prática pedagógica inovadora. Percebemos, assim, que é 
imprescindível a realização de mais cursos na perspectiva da educação tecnológica. 
Sabemos que já existiram/existem alguns, a exemplo do Mídias na educação - 
programa de educação a distância, oferecido pelo MEC (Ministério da Educação e 
Cultura), com estrutura modular, que visa proporcionar formação continuada para o 
uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e 
vídeo, informática, rádio e impresso; do ProInfo - Programa Nacional de Tecnologia 
Educacional, que é um programa educacional com o objetivo de promover o uso 
pedagógico da informática na rede pública de educação básica. 
Também, nos foi oferecido o módulo (Presencial) Mídia, Cultura e Imaginário 
Urbano, o qual, foi parte integrante da estrutura curricular do Curso de 
Especialização em Fundamentos da Educação: Práticas Pedagógicas 
Interdisciplinares, do qual participamos, ofertado pelo Governo do Estado da Paraíba, 
em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba, nas modalidades presencial e 
a distância. 
Vale ressaltar que, na modalidade a distância, na qual estamos inserido, 
tivemos também, o módulo Tecnologias da Educação, que nos forneceu diversas 
possibilidades de como utilizar as tecnologias, na educação. No entanto, percebemos 
que estas, ainda se constituem em tentativas tímidas de formação, na perspectiva das 
tecnologias educacionais. O ideal seria que houvesse mais cursos dessa natureza, 
uma vez que, o índice de professores imigrantes digitais, ainda é muito alto. Já 
fazemos uso de algumas dessas tecnologias, como slides, vídeos, animações, 
músicas, no intuito de nos aproximarmos mais dos nossos estudantes, tornando 
nossas aulas mais atrativas e, consequentemente, promover, efetivamente, o 
aprendizado. 
 24 
 
5. A FORMAÇÃO DO ALUNO/CIDADÃO CRÍTICO ATRAVÉS DAS NOVAS MÍDIAS 
No futuro o que se esperar do aluno/cidadão? Frente aos desafios impostos 
pela sociedade conectada as novas mídias possibilitam a formação de seres humanos 
mais críticos? Essas perguntas são mais comuns do que imaginamos, principalmente 
no processo de ensino-aprendizagem. 
O estudioso Kenski no ano de 2012, em um dos seus inscritos sobre 
Educação e Tecnologias – o novo ritmo da informação afirma que a evolução 
tecnológica altera comportamentos, não somente o individual, mas o de todo o 
grupo social, no qual a pessoa está inserida e se relaciona. 
 
 Há, também, uma relação entre educação, poder e tecnologia feita na 
indicação de que o meio cultural familiar de uma pessoa determina 
seu comportamento de forma similar ao modo com a escola exerce 
seu poder em relação aos conhecimentos e ao uso das tecnologias. 
Nesse contexto, a escola representa o espaço de formação de todas 
as pessoas, possibilitando o domínio de conhecimentos necessários 
para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Com a evolução 
das tecnologias, as qualificações profissionais são alteradas, bem 
como a forma com que as pessoas vivem, informam-se e comunicam-
se. (Kenski no ano de 2012.) 
 
O avanço das tecnologias digitais define poderes baseados na velocidade de 
acesso às informações disponíveis nas redes. Além disso, apresenta exemplos 
concretos de inovações tecnológicas destacando as mudanças que ocorrem 
socialmente, nas relações econômicas, políticas, financeiras, educacionais e culturais, 
resultantes do uso intensivo das tecnologias digitais. 
Se observarmos o processo eleitoral, nos meses que antecederam as Eleições 
Gerais no Brasil em 2022, nunca se viveu um processo eleitoral tão polarizado no país 
nos últimos anos, criando divisões de grupos, de um lado aqueles que apoiavam os 
candidatos da esquerda, de outro os da direita. Tamanha polarização foi parar na 
internet e nas redes sociais, afetando até as relações familiares, o que resultou a 
disseminação de campanhas para reconciliação dos laços afetivos, rompidos por 
conta do processo eleitoral. 
A segunda rede social mais usada pelos brasileiros, o Facebook, tornouse 
por alguns meses uma espécie de ringue no qual cada usuário em defesa do 
seu candidato não perdia tempo para debater e, até mesmo, “cutucar” os amigos 
reais e/ou virtuais que divergissem sobre determinadas propostas de campanha. 
 25 
 
Tamanha polarização dentro do processo eleitoral de 2022 resultou em 
violência, ataque aos candidatos à presidência, milhares de falsas informações, as 
populares Fake News, realização de debate com os candidatos à presidência no 
primeiro e segundo turno, e até ausência de candidatos em debates, brigas familiares, 
renovação no Congresso, protestos, entre outros. 
Em frente aos “smartphones”, “tabletes” e computadores, milhões de 
brasileiros sob o efeito anestésico da polarização, demonstravam mudanças de 
comportamentos, atitudes e sentimentos e até mesmo de valores. 
Mas afinal, as novas tecnologias apenas servem como instrumento de 
manipulação de quem as utiliza? Ou falta aprendizagem de como usá-las na 
nossa construção como cidadãos críticos e emancipados? 
Na tentativa de obter uma resposta plausível para a primeira pergunta, 
acreditamos que a função social da Educação se torna ainda mais árdua, pois 
além de suas inúmeras atribuições como agente de transformação social, deve 
assumir o papel de inserir seus alunos ao mundo tecnológico, minimizando as 
barreiras que possam existir, sejam elas sociais, culturais e intelectuais. 
Não somente estamos aqui falando sobre a polêmica: doutrinação. É 
preciso entender que a função da Educação, seja ela no aspecto formal, 
informal, presencial, semipresencial, à distância, tem, não somente, a função 
primordial de educar, mas também de preparar cidadãos para o convívio em 
grupo, em sociedade, reconhecendo direitos e cientes da prática de seus 
deveres. 
Pedagogicamente falando, os educadores devem mostrar aos educandos 
os bons e maus caminhos que as novas mídias tecnológicas nos proporcionam. 
Citamos como exemplo, apesar de ser a grosso modo, assim como se ensina 
uma criança a comer com garfo e faca, alertando para o risco que o uso indevido 
da faca pode causar um corte no dedo, deve-se ensinar o aluno que as novas 
tecnologias possuem diversas faces e que é preciso estar alerta para não se 
tornar instrumento de manobra, seja na mudança de comportamentos, na 
postagem, repostagem ou comentários que venham caracterizar crimes virtuais. 
E o educador dever ter o devido cuidado para não ser um propagador de 
maus exemplos ou mentiras nas redes sociais, sendo que se constatou diversas 
 26 
 
vezes educadores em verdadeiras rinhas, nas diversas redes sociais, 
propagando e sendo conivente com as Fake News. 
Sobre a segunda pergunta, o “boom” tecnológico, o efeito da globalização 
não nos permite muitas vezes a aprender utilizar uma ferramenta. Mas sim é 
possível utilizar as novas mídias e tecnologias na nossa construção diária como 
cidadãos críticos e emancipados. Somos seres em constante mudança, vivemos 
em um mundo em que as novidades surgem na velocidade da luz. 
Na palma de nossas mãos, milhares e milhares de “megabits” nos 
permitem um arcabouço de possibilidades. Quem um pensou que poderíamos 
ler livros pelo celular, pelo computador, desbravar lugares que nunca sonhamos 
ou não temos condições financeiras para estar lá? As novas mídias e tecnologias 
nos permitiram isso, entretanto, com a imensa velocidade que não nos permitiu 
prepararmos socialmente. Não existe um menu detalhado e social de como 
utilizar os novos meios de pesquisa e conhecimento. É preciso aplicaros 
princípios basilares da Educação neste contexto, devendo a curiosidade e 
criticidade serem consideradas neste aspecto. 
Como sujeitos históricos, nossa curiosidade é construída e reconstruída 
historicamente. Portanto, uma das missões da prática educativa é o 
desenvolvimento da curiosidade crítica, aquela que se aproxima do 
conhecimento sem se submeter a ele. 
Ao nos aproximarmos de um novo conhecimento ou mesmo diante das 
novas ferramentas tecnológicas, não se pode ser prisioneiros dos saberes 
solidificados na nossa imaginação, isso aprisiona a nossa curiosidade, nos 
tornando incapazes de aprender. 
O que se quer dizer é que a curiosidade leva à criticidade, não basta 
aceitar todo conhecimento como verdade absoluta, principalmente aqueles 
adquiridos pelas novas mídias. 
Diante disso, Paulo Freire considera que: 
 
 Como manifestação presente à experiência vital, a curiosidade 
humana vem sendo histórica e socialmente construída e 
reconstruída. Precisamente porque a promoção da ingenuidade para 
a criticidade não se dá automaticamente, uma das tarefas precípuas 
da prática educativo-progressista é exatamente o desenvolvimento 
da curiosidade crítica, insatisfeita, indócil. Curiosidade com que 
podemos nos defender de “irracionalismos” decorrentes do ou 
produzidos por certo excesso de “racionalidade” de nosso tempo 
 27 
 
altamente tecnologizado. E não vai esta consideração nenhuma 
arrancada falsamente humanista de negação da tecnologia e da 
ciência. Pelo contrário, é consideração de quem, de um lado, não 
diviniza a tecnologia, mas, de outro, não a diaboliza. De quem a olha 
ou mesmo a espreita de forma criticamente curiosa. (FREIRE, 2014, 
p. 33 e 34). 
 
5.1 Tecnologia e Formação Humanística 
O desenvolvimento da capacidade de pensamento deveria ser colocado em 
primeiro lugar, e não a aquisição de conhecimento especializado. Se uma pessoa 
domina o fundamental no seu campo de estudo e aprendeu a pensar 
independentemente, ela será mais capaz de adaptar-se ao progresso e as mudanças 
do que outra cujo treinamento consistiu apenas na aquisição de conhecimento 
detalhado. Eis ai, na fala de um cientista acima de qualquer suspeita quanto à 
criatividade, o papel primeiro da escola em geral e, em particular, do uso da tecnologia 
na educação. 
Outro aspecto que não podemos esquecer é que nossos alunos nasceram e 
estão se constituindo enquanto cidadãos nessa nova realidade, que alguns chamam 
de sociedade da informação, sociedade do conhecimento ou infoera. Nessa nova 
realidade, os valores de compartilhamento, de interação, os relacionamentos 
humanos estão se modificando velozmente. Recebemos um excesso de informação, 
em escala muito maior do que podemos absorver. 
E, nessa escalada estonteante, a informação acaba passando por 
conhecimento, deixando em todas as marcas da fragmentação, que são o caminho 
para o insucesso na busca de mudanças sociais que beneficiem a todos, que incluam 
os milhões que se encontram fora das conquistas da humanidade, muitas vezes até 
sem ter o que comer. Só o conhecimento, com sua percepção de totalidade, pode 
ajudar na seleção do que é efetivamente importante e necessário para as mudanças 
históricas. 
Como diz Michel Authier, "crer na democracia é crer que cada cidadão seja 
capaz de escolher o que é melhor para si. E, para que nos tornemos cidadãos, 
haveremos que levar em conta que informação não equivale a conhecimento”. 
Informação necessita de estruturas conceituais que a suportem e lhe deem sentido. 
Ainda que possa parecer estranho, a informação também gera ignorância e 
desconcerto na ausência de marcos teóricos, conceituais e axiológicos que lhe deem 
sentido. 
 28 
 
6. ANÁLISE E DISCUSSÃO 
 Este trabalho baseou-se em uma pesquisa qualitativa e foi desenvolvida 
através de referências bibliográficas que possibilitou realizar um estudo sobre as 
MÍDIAS NA EDUCAÇÃO e suas Contribuições e desafios no processo de ensino 
aprendizagem e formação do aluno/cidadão crítico. 
A partir de pesquisa bibliográfica e leituras pertinentes ao tema, o referido 
trabalho se concentrou em examinar e expor algumas desses assuntos, ou seja, 
trabalhou-se basicamente na importância da inserção das mídias tecnológicas em 
sala de como forma de melhoria do ensino-aprendizagem. O que se fez foi aproximar 
um pouco o ensino-aprendizagem no sentido de busca da construção do 
conhecimento e de reflexão sobre a realidade social. 
Com essa aproximação da realidade através da utilização das mídias, 
buscando tencionar nos educandos o despertar para uma conscientização da 
formação do aluno como cidadão critico de sua realidade , em que os mesmos 
pudessem refletir sobre a sua realidade no sentido de tomassem consciência de sua 
prática e do comportamento dentro da sociedade, no tange estar atento para uma 
observação participativa, para uma reflexão critica como busca da reorganização de 
suas ações em relação ao outro, a natureza, e com toda a gama de conhecimento 
tecnológico e midiático que existe e que surge a todo momento. 
Outra questão relevante que se tratou nesse trabalho foi a formação do 
professor, que precisa está atento as mudanças do mundo da educação e precisa 
acompanhar e conhecer os avanços tecnológicos e mediáticos, para poder contribuir 
de forma f eficaz com os discentes 
Assim, evidencia-se que os recursos tecnológicos e mediáticos são muito 
relevantes ao processo de instrução porque melhoram o ensino-aprendizagem, 
facilitam o trabalho do professor, motivam os alunos e são ferramentas didáticas 
eficazes, justamente por facilitarem a avaliação da aprendizagem. Barros (2011) 
ressalta que “a utilização de recursos tecnológicos na sala de aula tem sido muito 
discutida. Aos poucos, as escolas estão implantando a informática em seus currículos, 
dando aos alunos as primeiras noções do mundo da informatização”. 
O uso dos recursos tecnológicos, para fins didático-pedagógicos, requer amplo 
conhecimento por parte de seus usuários (professor e alunos), neste caso os 
professores-educadores. Do contrário, poderão se tornar um verdadeiro obstáculo à 
 29 
 
prática docente, levando a consequências bastante negativas tanto para quem ensina 
quanto para quem aprende. O professor, ao fazer uso das diversos recursos 
tecnológicos a partir de uma atitude bastante consciente e coerente com os objetivos 
a serem atingidos, promove uma educação atual e contextualizada com a dinâmica 
social vigente, atendendo de fato com as necessidades dos educandos. 
Segundo Kensi (2007, p. 106) a: 
 
Formação de qualidade dos docentes deve ser vista em um amplo quadro de 
complementação às tradicionais disciplinas pedagógicas e que inclui, entre 
outros, um razoável conhecimento de uso do computador, das redes e de 
demais suportes midiáticos (rádio, televisão, vídeo, por exemplo) em variadas 
e diferenciadas atividades de aprendizagem. É preciso saber utilizá-los 
adequadamente. 
 
Portanto, a inserção dos recursos tecnológicos mediáticos na sala de aula 
demanda, necessariamente, conhecimento por parte dos docentes ao utilizá-las, no 
entanto, para utilizar tais recursos tecnológicos no contexto educacional faz-se 
necessário a efetivação de um planejamento. A partir do planejamento, os professores 
preveem as necessidades e verificam o que deve ser realizado correlacionando com 
a realidade dos alunos. 
Para Gandin (1999) isto se concretiza na organização do material e das 
atividades a serem desenvolvidas, ou seja, no estabelecimento dos objetivos que, não 
só expressam intenções claras e bem definidas, como também definem as etapas e 
prazos a serem desenvolvidos ao longo do processo educativo, a partir da utilização 
dos recursos tecnológicos. 
Os recursos tecnológicos são colocados como um fator diferencial de grande 
imersão, capazes, muitas vezes, de alterar indicadores educacionais. Conformedestaca Sampaio e Leite (1999), ter em mãos metodologias de trabalho com recursos 
tecnológicos é fundamental ao professor, independente da área específica, pois os 
referidos recursos captam e analisam as características dos vários métodos 
disponíveis, mostrando a avaliação de suas capacidades, limitações ou distorções de 
sua utilização, conduzindo-o a uma possibilidade de ensino com qualidade. 
Assim, os recursos tecnológicos, segundo Morgado (2004) caracteriza-se 
como: 
Um suporte ao educador, um instrumento a mais em sua sala de aula, sendo 
que o mesmo pode utilizar os recursos colocados à sua disposição 
para ajudar o aluno a construir novos conhecimentos. Assim, 
 30 
 
reconhecer que as atividades desenvolvidas com o uso dos recursos 
tecnológicos podem favorecer o aprendizado significa que os 
processos educacionais devem estar em constante atualização, 
transmitindo ou construindo conhecimento de forma interessante. 
 
Sampaio e Leite (1999) complementam que a incorporação das tecnologias 
exige uma nova postura do professor e da escola, havendo a necessidade de 
mudanças das formas de ensino, de revisão do papel do professor e do aluno, de ter 
nova visão da escola e da sala de aula. 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Em uma trajetória recheada de lutas, conquistas, derrotas e mudanças, a 
Educação deve ser reconstruir todos os dias afim de atender a uma nova 
sociedade em constante mudanças, conectada em tempo real as mudanças 
sociais, políticas e econômicas. Nos últimos dez anos, a escola recebe para 
dentro de seus muros as novas tecnologias e mídias, em grande parte levadas 
pelos alunos, os famigerados nativos digitais que nasceram na Sociedade 
Conectada. 
Extremamente tradicionais, os costumes, hábitos e valores da educação, 
ainda perpetuam enraizados no sistema de ensino, principalmente na rede 
pública, conforme constatado ao longo da metodologia de pesquisa apresentada 
neste trabalho de conclusão de curso. 
A pesquisa bibliográfica aplicada nos permitiu conhecer, através das 
várias teorias existentes, que a sociedade e o sistema educacional público cada 
vez mais têm em sua realidade a presença das novas mídias e tecnologias. De 
forma muito natural, os nativos digitais das atuais e futuras gerações vão 
chegando às escolas munidas de novas tecnologias, novas linguagens, 
comportamentos, hábitos e até mesmo valores. A pesquisa nos permitiu 
conhecer melhor esta nova geração, em especial protagonistas que também 
terão a função de educar, considerando a especificidade os concludentes do 
Curso de Pedagogia. 
Entretanto, os resultados da pesquisa bibliográfica referentes aos 
docentes nos acendem um alerta quanto à formação destes, em especial quando 
em sua maioria, os professores não se consideram preparados para trabalhar 
com as novas mídias e tecnologias. 
 31 
 
Diante dos Nativos digitais, nascidos na Sociedade Conectada, fica 
evidente que os professores, apenas receberam em suas mãos as ferramentas 
físicas do “boom” tecnológico, não sendo capacitados para utilizá-las. Nesta 
seara abre-se outro precedente: a formação dos atuais educadores, a 
capacitação continuada destes para o uso das novas mídias e tecnologias. 
Ao longo da pesquisa bibliográfica teorias foram levantadas, onde 
professores, coordenação pedagógica e direção escolar também foram citados 
sobre as suas participações e contribuições diante das novas mídias e 
tecnologias no processo de ensino aprendizagem e formação do aluno/cidadão. 
Por mais que a escola e seus profissionais permitam que as novas mídias 
e tecnologias adentrem ao espaço físico da escola, ainda existem graves 
barreiras no aspecto da aplicação educacional e social destas ferramentas. 
A maioria dos educadores possui grandes dificuldades para acompanhar 
os nativos digitais. Assim como os professores, o corpo pedagógico em um 
contexto amplo, apenas recebeu em suas mãos as ferramentas físicas do que 
chamam de “boom” tecnológico, não tendo passado por uma capacitação para 
utilizar as novas ferramentas como instrumento de apoio e transmissão de 
saberes no processo de ensino-aprendizagem. 
As escolas públicas por suas vezes, vinculadas ao Estado, carece de 
políticas públicas de capacitação, aperfeiçoamento, geração de aprendizagens 
sobre novas mídias e tecnologias. Mas aqui cabe destacar que não se trata de 
mera capacitação para o uso das ferramentas físicas, por exemplo: como utilizar 
a melhor maneira um projetor de imagens. Trata-se de algo muito além do uso 
de recursos tecnológicos, representa a aplicação de uma pedagogia que 
conscientize, problematize, instigue e que crie novos saberes, contribua na 
formação de caráter, comportamentos adequados a uma sociedade que está em 
constante mudança de hábitos e valores. 
É extremamente necessário refletir e compreender que o ambiente 
escolar e a vida em sociedade não podem caminhar separados, ou seja, são 
indissociáveis ou desunidos, ambos devem caminhar juntos em prol da 
construção de uma sociedade que almeja mudanças e cada vez mais necessita 
se conectar a novas ideias, às novas mídias e tecnologias. 
 32 
 
Nas ultimas décadas será cada vez mais comum que alunos e 
educadores tenham ao alcance da palma da mão milhares de informações, seja 
elas falsas ou verdadeiras, conhecimentos, aprendizagens em tempo real. 
O papel dos professores já não mais corresponde como o detentor das 
informações, mas sim como o mediador do processo de ensino-aprendizagem. 
Nos espaços escolares, não basta apenas copiar o efeito globalizado da 
aquisição de bens tecnológicos, é preciso que educadores, educandos, 
comunidade escolar, representantes de políticas públicas, invistam na 
capacitação, aperfeiçoamento do uso das novas ferramentas digitais. 
O grande avanço tecnológico das últimas décadas apenas demonstrou 
sua capacidade de adentrar aos lares, aos ambientes escolares, às empresas, 
às instituições e de forma geral à sociedade. Entretanto não nos capacitou para 
o uso das novas mídias e tecnologias, apenas nos foi entregue um leque de 
opções tecnológicas, mas não um manual educacional e social de como as 
utilizar. 
Diante de tudo isso, as escolas recebem uma nova função, além de suas 
funções de educar, preparar para o mundo e formar cidadãos, passa a ter o 
compromisso de formar alunos críticos e conscientes no uso das mídias, Porém 
ainda não soube capacitar os educadores, que desde já precisam ser 
mediadores da Sociedade Conectada. 
Portanto, a educação deve acompanhar as novas questões trazidas, para 
a sociedade, pelos grandes avanços midiáticos, tecnológicos e científicos, e 
assim investindo na formação dos cidadãos críticos, será possível apontar a 
importância gerada com essas mudanças de paradigmas, porém é necessário 
que a organização dos currículos escolares, que os conteúdos não estejam 
dicotomizados da vida cotidiana do aluno. Apple (1979), afirma que a forma 
como os currículos são organizados impede de enxergar as relações entre as 
varias disciplinas e a vida cotidiana. E que as Secretarias de Educação dos 
Estados invistam e priorizem a formação continuada do professor na área de 
mídias tecnológicas, para que, de forma eficaz possam trabalhar com os alunos 
utilizando as mídias e as novas tecnologias. 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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