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Aula 05 - filiação e inscrição - perda e manutenção qualidade segurado- carência- prestações (2)

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FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO NO RGPS
Filiação
Filiação é o vínculo jurídico existente entre o trabalhador e o Regime 
Geral de Previdência Social - RGPS, sendo, sobretudo, a condição material 
que assegura o direito subjetivo às prestações.
Pode ser obrigatória ou facultativa.
O início da filiação ocorre a partir do exercício das atividades 
remuneradas abrangidas pelo RGPS, exceto para o segurado 
facultativo, que depende da formalização da inscrição com o pagamento 
da primeira contribuição para constituir o vínculo (filiação) com o RGPSA 
filiação persiste enquanto ocorrer o exercício da atividaderemunerada e 
também nos períodos de manutenção da qualidade de segurado, 
prolongando-se inclusive durante o recebimento debenefício.
Só as pessoas físicas podem filiar-se. Sempre que o trabalhador 
perder a qualidade de Segurado, a filiação desaparece, mas será 
restabelecida se ele voltar ao trabalho ou a contribuir.Vários motivos 
põem fim à filiação: a morte, a perda dqualidade de segurado, o 
afastamento do RGPS em razão do ingresso em outro regime 
previdenciário.
Inscrição
É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante 
comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e 
úteis à sua caracterização, portanto é a formalização da filiação.
A inscrição do segurado empregado e do trabalhador avulso será 
efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-
obra. 
Em relação ao segurado empregado doméstico, contribuinte 
individual, facultativo e segurado especial a inscrição no INSS ocorre pela 
apresentação de documentos que caracterizem ou não o exercício de 
atividade remunerada. Atualmente, é vedada a inscrição post mortem do 
seguradopelos seus dependentes, exceto no caso do segurado 
especial, desde que presentes e comprovados os pressupostos da 
filiação. Portanto, após o falecimento dele, os herdeiros (demonstrados os 
pressupostos de filiação) poderão requerer a sua inscrição. 
É importante para as provas de concurso publico lembrar que, caso 
o servidor, amparado por regime próprio de previdência social, seja 
requisitado para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não 
permita a filiação nessa condição, permanecerá vinculado ao regime 
de origem, obedecidas às regras que cada ente estabeleça acerca de sua 
contribuição. Seria o caso de um auditor da Receita Federal afastado para 
exercer o cargo de secretário de um município que permanece vinculado à 
União Entretanto, caso o servidor venha a exercer, concomitantemente, 
atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-
á segurado obrigatório em relação aessas atividades.
 Como exemplo, vamos supor que um auditor da Receita Federal 
seja contratado para ser professor de uma faculdade privada no período 
noturno. Nessa situação continuará vinculado ao seu regime próprio 
(União) na qualidade de auditor e passará também a ter vinculo com o 
regime geral (INSS) na qualidade de professor, como segurado 
obrigatório.
DISTINÇÃO ENTRE FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO
A filiação representa fato pertencente ao mundo material (trabalho 
remunerado) e acontece independentemente da vontade do filiado; a 
inscrição, embora materializada pela documentação, é ato formal, 
efetuado diretamente na empresa ou no INSS, conforme o tipo de 
segurado, ou pelo recolhimento da primeira contribuição no caso de 
facultativo. 
A filiação é condição natural e automática do trabalhador decorrente 
do exercício de certas atividades e de disposições legais e a inscrição é 
um ato, material ou real que formaliza a filiação. Quanto à filiação do 
segurado obrigatório à previdência social, vigora o princípio da 
automaticidade, segundo o qual a filiação desse segurado decorre, 
automaticamente, do exercício de atividade remunerada, 
independentemente de algum ato seu perante a previdência social. A 
inscrição, ato material de registro nos cadastros da previdência social, 
pode ser concomitante ou posterior à filiação, mas nunca, anterior. 
Atualmente existem milhões de trabalhadores no Brasil, na 
economia informal, que são filiados ao RGPS porque o vínculo decorre, de 
forma automática, do exercício da atividade remunerada. Mas, em sua 
grande parte, não estão inscritos no RGPS (INSS). ]Essa situação acarreta 
duas graves consequências: esses trabalhadores não contribuem para o 
INSS, cujo regime de financiamento é solidário, com prejuízos para o 
sistema, e em contrapartida também não farão jus aos benefícios da 
Previdência Social diante da ocorrência de certos infortúnios, causando 
outro problema para a sociedade que deverá prestar assistência social 
gratuita.
ATIVIDADES CONCOMITANTES NO RGPS 
Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma 
atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social será 
obrigatoriamente filiado/inscrito em relação a cada uma delas. Seria o 
exemplo do segurado que exerce atividades remuneradas concomitantes 
como empregado e contribuinte individual (trabalhador autônomo).
Entretanto, é muito comum a dúvida existente quanto à 
obrigatoriedade do vínculo com o RGPS referir-se a filiação ou a inscrição 
do segurado.
Observem que o artigo 12, § 2º da lei 8.212/91 e o artigo 11, § 2º 
da lei 8.213/91 falam em filiação. Todavia, o art. 18, § 3º do Decreto 
3.048/99 (Regulamento da Previdência Social) usa a expressão inscrição. 
Portanto, no concurso valem as duas expressões, até porque a 
filiação só gera efeitos jurídicos com a inscrição.
MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE 
GRAÇA)
A qualidade de segurado do sistema previdenciário não é perdida de 
forma imediata ao afastamento da atividade laboral ou da cessação do 
recolhimento de contribuições.
 De acordo com norma inserida no plano de benefícios da 
Previdência Social existe um período de manutenção da qualidade de 
segurado, é o chamado “período de graça”, em que o segurado continua 
tendo direito a benefícios e serviços, embora não recolha contribuições.
Imaginemos uma situação hipotética do segurado que está afastado 
de suas atividades laborais recebendo auxílio doença. Nessa situação, a 
sua condição de segurado será mantida sem limite de prazo, enquanto 
estiver no gozo do benefício, independentemente de contribuição para a 
previdência social.
Outro exemplo seria a situaçãodo trabalhador que era segurado da 
previdência social no período em que esteve trabalhando na empresa, 
mas que cumpriu pena de reclusão devido à prática de crime de fraude 
contra a própria empresa em que trabalhava. Nessa situação, tem direito 
de continuar como segurado da previdência social por até doze meses 
após o seu livramento.
 A despeito da manutenção da qualidade de segurado durante o 
período de graça, esse tempo não pode ser computado como carência, 
exceto, o tempo de recebimento de auxílio-doença ou de aposentadoria 
por invalidez, intercalado com período de atividade não é computado para 
efeito de carência e somente para tempo de contribuição (Art. 55 da Lei 
nº 8.213/91 e Art. 60 do Decreto nº 3.048/99).
Conforme a tabela abaixo, mantém a qualidade de segurado, 
independentemente de contribuições:
 Mesmo que o segurado estivesse vinculado a Regime Próprio, 
haverá a manutenção da qualidade de segurado no Regime Geral (período 
de graça) por até 24 meses, embora os regimes sejam diferentes. 
Sobre esse tema, observem o artigo 13 § 4º, do Decreto 3.048/99, 
Regulamento da Previdência Social – RPS: Art. 13, RPS. Mantém a 
qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
(...)
II - até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou 
após a cessaçãodas contribuições, o segurado que deixar de exercer 
atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver 
suspenso ou licenciado sem remuneração;
(...)
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, 
se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais 
sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
(...)
§ 4º Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º ao 
segurado que se desvincular de regime próprio de previdência 
social.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do 
término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para 
recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior 
ao do final dos prazos fixados na tabela acima. Exemplo: um segurado 
deixou de exercer atividade remunerada durante 12 meses (período de 
graça), de janeiro a dezembro de 2012, nesse caso, a perda da qualidade 
de segurado só ocorrerá no dia 16 de fevereiro de 2013 (dia seguinte ao 
do término do prazo para recolhimento da contribuição referente 
ao mês imediatamente posterior ao do final do período de graça).
No exemplo, o mês posterior ao período de graça é janeiro de 2013, 
e o prazo para recolhimento da contribuição (contribuinte individual) até o 
dia 15 de fevereiro de 2013. Observem que o segurado ainda ganha 
um período adicional de 45 dias.
PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: artigos 16 ao 41, da Lei 8.213/91 
(Benefícios), artigos 16 ao 42, do decreto 3.048/99 (Regulamento 
da Previdência Social).
Todo trabalhador que exerça atividade remunerada, desde 
que não esteja vinculado a Regime Próprio de Previdência Social – RPPS 
será considerado segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência 
Social, independentemente da sua vontade. Portanto, a qualidade de 
segurado obrigatório está insitamente ligada ao exercício de 
atividade remunerada, com ou sem vínculo empregatício.
Conclui-se que o vínculo existente entre o trabalhador e o RGPS é 
legal e não contratual como ocorre com a previdência complementar. Na 
relação jurídica decorrente do RGPS, o Estado chama para si a função de 
proteger o trabalhador diante de certas contingências previstas em lei, 
através de filiação e contribuição compulsórias.
A única exceção a essa regra no RGPS decorre da aplicação do 
princípio da universalidade que admite a filiação de pessoa que não 
exerça atividade remunerada na qualidade de segurado facultativo, de 
acordo com a sua própria vontade. 
Em linhas gerais, os beneficiários do RGPG dividem-se em 
segurados e dependentes.
Os segurados são aqueles que, de regra, contribuem e fazem jus a 
todos os benefícios do RGPS, desde que cumpram os requisitos exigidos 
em lei. Os dependentes são aqueles que não contribuem, mas mantém 
dependência econômica com os segurados na forma da lei. Possuem 
direito a percepção de apenas dois benefícios: pensão por morte do 
segurado e auxílio-reclusão 
ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES. DISPOSIÇÕES GERAIS E ESPECÍFICAS
Introdução
Os benefícios previdenciários são espécies de prestações devidas 
pela Previdência Social às pessoas que estão sob a sua proteção, 
destinadas a prover-lhes a subsistência nas eventualidadesque as 
impossibilitem o sustento próprio ou amparo à sua família, em caso de 
morte.
Como o RGPS (INSS) consiste em um seguro social, os benefícios 
têm como objetivo, em regra, substituir o rendimento do trabalhador 
quando este não tenha mais condições laborais.
 Classificam-se os benefícios em: benefícios privativos dos 
segurados e benefícios privativos dos dependentes.
PRESTAÇÕES DO RGPS
As prestações como gênero dividem-se em benefícios e serviços. Os 
benefícios são as prestações pecuniárias, pagas em dinheiro, como por 
exemplo, as aposentadorias.
 Os serviços são as prestações de natureza não pecuniárias, como 
por exemplo, a reabilitação profissional.
O Regime Geral de Previdência Social compreende os seguintes 
benefícios:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade; e
h) auxílio-acidente.
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte; e
b) auxílio-reclusão.
Conforme já foi afirmado, além dos benefícios, as prestações 
compreendidas pelo Regulamento da Previdência Social podem também 
ser expressas em serviços, que são bens imateriais postos à disposição do 
segurado, como habilitação e reabilitação profissional, serviço social e 
assistência médica. 
O INSS tem o dever de promover a prestação de assistência 
(re)educativa e de (re)adaptação profissional, instituída sob a 
denominação genérica de habilitação e reabilitação profissional, inclusive 
aos aposentados.
Essa assistência tem como objetivo proporcionar aos 
beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em 
caráter obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas 
portadoras de deficiência, os meios indicados para permitir o reingresso 
no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. 
CARÊNCIA
Em relação às três áreas que integram a seguridade social, a 
previdência social é a única que exige contribuição compulsória por parte 
dos seus segurados. Nesse contexto, a carência é uma consequência 
dessa exigibilidade imposta aos segurados de verterem contribuições para 
o custeio da Previdência Social.
O período de carência é considerado o tempo correspondente 
a um número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o 
beneficiário tenha direito aos benefícios. Este período é considerado a 
partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. 
CONTAGEM DO PERÍODO DE CARÊNCIA
Para cômputo do período de carência, serão consideradas as 
contribuições referentes ao período a partir da data da filiação ao Regime 
Geral de Previdência Social, no caso dos segurados empregados e 
trabalhadores avulsos. 
Para efeito de carência, considera-se presumido o 
recolhimento das contribuições do segurado empregado, do 
trabalhador avulso e relativamente ao contribuinte individual 
prestador de serviço, a partir da competência abril de 2003, as 
contribuições dele descontadas pela empresa contratante da 
respectiva remuneração. 
Para fins de carência, também serão consideradas as contribuições 
realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira 
contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as 
contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, 
no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte 
individual, especial e facultativo.
Em resumo, só há carência presumida (não exige comprovação do 
recolhimento pelo segurado) para o segurado empregado, avulso e 
contribuinte individual que preste serviços para pessoa jurídica. Nos 
demais casos, para fins de carência, o recolhimento das contribuições 
deve ser comprovado pelo segurado. Portanto se um segurado 
empregado provar o vínculo empregatício com a empresa durante cinco 
anos, este período será computado como carência, mesmo que o 
segurado não possa comprovar o recolhimento das contribuições, devendo 
o ônus recair sobre a empresa.
PERÍODOS DE CARÊNCIA
A concessão das prestações pecuniárias (benefícios) do Regime 
Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência:
OBS.: Em caso de parto antecipado, o período de carência do 
salário maternidade será reduzido em número de contribuições 
equivalente ao númerode meses em que o parto foi antecipado
PRESTAÇÕES INDEPENDENTES DE CARÊNCIA
Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio acidente; 
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de 
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem 
como nos casos de segurado que, após filiar- se ao Regime Geral de 
Previdência Social, for acometido de alguma das doenças e afecções 
especificadas em lista elaborada pelo Ministério da Saúde e da Previdência 
Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, 
deformação, mutilação, deficiência, ou outro fator que lhe confira 
especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado;
OBS.: Relação das doenças que dispensam a carência:
a) tuberculose ativa;
b) hanseníase;
c) alienação mental;
d) neoplasia maligna;
e) cegueira;
f) paralisia irreversível e incapacitante;
g) cardiopatia grave;
h) doença de Parkinson;
i) espondiloartrose anquilosante;
j) nefropatia grave;
l) estado avançado da doença de Paget (osteíte
deformante);
m) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - AIDS;
n) contaminação por radiação com base em conclusão da
medicina especializada; ou
o) hepatopatia grave;
 * aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, 
auxílio- reclusão ou pensão aos segurados especiais desde que comprove 
o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no 
período, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, igual ao 
número de meses correspondentes carência do benefício requerido
*serviço social;
*reabilitação profissional.
*salário-maternidade para a segurada empregada, trabalhadora avulsa e 
empregada doméstica.
Resumidamente, observem como é simples entender os
períodos de carência: 
*180 contribuições para as aposentadorias, exceto invalidez;
*12 contribuições para os benefícios decorrentes de incapacidade 
(aposentadoria por invalidez e auxílio-doença);
*10 contribuições para o salário-maternidade em relação as seguradas 
contribuinte individual, facultativa e especial. Nesse caso, a carência tem 
a finalidade de evitar uma eventual fraude. Uma segurada facultativa, por 
exemplo, poderia ingressar na previdência com carência zero só para 
receber o benefício, e após a sua concessão não mais contribuir Por 
exclusão, em quaisquer outras hipóteses, a concessão das 
prestações independe de carência. 
NOVA FILIAÇÃO APÓS A PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO
É possível resgatar carência de períodos anteriores à perda da 
qualidade de segurado? A resposta é afirmativa, entretanto o período de 
carência anterior à perda da qualidade de segurado só pode ser resgatado 
caso seja cumprida a exigência estabelecida no art. 24, par. único, da Lei 
8.213/91
Art. 24, Lei 8.213/91. Período de carência é o número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses 
de suas competências.
Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, 
as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito 
de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de 
contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida 
para o benefício a ser requerido. 
Vamos analisar uma situação concreta de um segurado que tenha 
perdido essa qualidade. Posteriormente, após nova filiação ao Regime 
Geral de previdência, foi acometido de uma doença que exige carência de 
doze contribuições mensais. Caso esse segurado já possua, no mínimo, 
quatro contribuições mensais sem perda da qualidade de segurado, as 
contribuições anteriores poderão ser somadas para totalizar as doze 
contribuições
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO
Assim como é utilizado para o cálculo da contribuição previdenciária 
o salário-de-contribuição, existe também uma base de cálculo para o 
benefício previdenciário, que é o salário-debenefício. 
O salário-de-benefício é o valor básico, que consiste em uma média 
aritmética de um certo número de contribuições, utilizado para o cálculo 
da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, inclusive os 
regidos por normas especiais, exceto, o salário-família, o salário-
maternidade, a pensão por morte e os demais benefícios da legislação 
especial.
Será calculado com base no salário-de-benefício o valor dos 
seguintes benefícios de prestação continuada:
I - aposentadoria por idade;
II - aposentadoria por tempo de contribuição;
III - aposentadoria especial;
IV- auxílio-doença;
V - auxílio-acidente de qualquer natureza;
VI - aposentadoria por invalidez.
Por outro lado, não será calculado com base no salário-de benefício
o valor dos seguintes benefícios de prestação continuada:
I - pensão por morte;
II - auxílio-reclusão;
III - salário-família;
IV – salário-maternidade
.
DISTINÇÃO ENTRE SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO E RENDA MENSAL
Um dos erros mais frequentes e comuns dos candidatos nessa 
matéria está relacionado à confusão que costumeiramente ocorre no que 
diz respeito ao significado dessas expressões.
 O salário-de-benefício, consiste em uma média dos salários de- 
contribuição e sua função é a de servir de base de cálculo para alguns 
benefícios. 
A renda mensal consiste no valor do benefício apurado a partir 
da aplicação de uma alíquota sobre o salário-debenefícioUm exemplo 
pode esclarecer a importância dessa distinção. Imaginem que o 
segurado esteja em gozo de auxílio-doença cuja renda mensal seja R$ 
910,00, calculada a partir de um salário de- benefício de R$ 1.000,00 
(91% do SB). Após a cessação desse benefício passou a receber auxílio-
acidente, cuja renda mensal é de 50% do salário-de-benefício (base de 
cálculo) que deu origem ao auxílio doença. Então o valor do auxílio-
acidente será de R$ 500,00. Porém é comum afirmarem 
incorretamente que será de R$ 455,00, correspondente a 50% da renda 
mensal (valor) do auxílio-doença que lhe deu origem.
CÁLCULO
O salário-de-benefício consiste:
 - para os benefícios de aposentadoria por idade e por tempo de 
serviço, na média aritmética simples dos maiores salários- de-contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo 
fator previdenciário. 
- para os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria 
especial, auxílio-doença e auxílio-acidente, na média aritmética simples 
dos maiores salários-de-contribuição correspondentes a oitenta por cento 
de todo o período contributivo.
A média abrange 80% das maiores contribuições 
relativamente a todo o período contributivo. Esta sistemática de cálculo 
da média surgiu com a Lei nº 9.876, de 26.11.99, que regulamentou a 
Emenda Constitucional nº 20/1998. Pela regra anterior a média 
considerava apenas as trinta e seis
últimas contribuições LIMITES O valor do salário-de-benefício não será 
inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do 
salário-decontribuição na data de início do benefício.
SEGURADO ESPECIAL
Para o segurado especial, o salário-de-benefício consiste no valor 
equivalente ao salário mínimo, ressalvada a hipótese em que este 
segurado contribua da mesma forma que o contribuinte individual.
FATOR PREVIDENCIÁRIO
O fator previdenciário foi um mecanismo criado para evitar 
que os segurados se aposentassem precocemente por tempo de 
contribuição. É que esse benefício dispensa idade mínima. Assim, basta 
que um homem contribua por 35 anos para ter direito à prestação do 
INSS, mesmo que conte com apenas 50 anos de idade, por exemplo. Para 
a mulher, exige-se cinco anos amenos no tempo de contribuição, 
enquanto professores e professoras se aposentam com menos cinco anos 
em relação a homens e mulheres que não exercem o magistério.
 Bem que se tentou restringir que esse benefício fosse alcançado 
precocemente quando foi enviada ao Congresso a proposta de emenda 
constitucional (PEC) que se transformou na Emenda Constitucional 20, de 
1998. Propunha conjugar tempo de contribuição e idade mínima, mas não 
vingou tal exigência, derrubada no trâmite da PEC.
O fator previdenciário funciona como redutor do benefício, 
nos casos em que o segurado requer aposentadoria por tempo de 
contribuição em idade precoce, sendo aplicado no cálculo das 
aposentadorias por idade e por tempo de contribuição, não participando 
do cálculo dos demais benefícios, mas só se aplica obrigatoriamente na 
aposentadoria por tempo de contribuição. O fator previdenciário será 
calculado considerando-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo 
de contribuição do segurado ao se aposentar, conforme a seguinte 
fórmula:
onde:
f = fator previdenciário;
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria;
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria;
Id = idade no momento da aposentadoria;
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. Portanto, se uma 
pessoa, embora já possa se aposentar num momento, adiar o benefício, 
terá mais tempo de contribuição e idade, o que elevará o fator.
 Ao mesmo tempo, com mais idade, terá uma menor expectativa de 
sobrevida, o que colaborará ainda mais para majorar o fator. Como o fator 
é multiplicado pela média do passado contributivo do segurado, quanto 
maior aquele, maior a renda do benefício. Quer dizer, pode-se aposentar 
com pouca idade, mas ovalor recebido será menor. Se houver 
postergação, aumenta-se a renda.
RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO
NOÇÕES INICIAIS
A renda mensal do benefício de prestação continuada tem, 
comumente, objetivo de substituir o salário-de-contribuição ou o 
rendimento do trabalho do segurado e, desta forma, não poderá ter valor 
inferior ao salário mínimo. Também não deve ser superior ao do limite 
máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício, exceto 
se o aposentado por invalidez necessitar de assistência permanente, 
hipótese em que esse limite máximo poderá ser acrescido em 25%. 
CÁLCULO
A RMI do benefício será calculada aplicando-se sobre o saláriode- 
benefício os seguintes percentuais, de acordo com a tabela abaixo:
 OBS.: o acidente do trabalho não altera estes percentuais.
SEGURADOS ESPECIAIS
Para os segurados especiais é garantida a concessão, 
alternativamente:
– de aposentadoria por idade ou por invalidez, de auxílio-doença, de 
auxílio reclusão ou de pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, 
desde que comprove o exercício de atividade rural, ainda que de 
forma descontínua, no período, imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, igual ao número de meses 
correspondentes à carência do benefício requerido; ou
– de todos os benefícios especificados na lei 8.213/91, 
observados os critérios e a forma de cálculo estabelecidos, desde 
que contribuam facultativamente para a Previdência Social, na 
forma estipulada no Plano de Custeio da Seguridade Social. 
OBS.: será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que 
comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses 
imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do 
benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma 
descontínua.
ATUALIZAÇÃO DOS BENEFÍCIOS 
Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de 
benefício serão devidamente atualizados na forma da lei. Esta 
determinação implica na necessidade de alteração por lei ordinária da 
forma do cálculo do benefício.
REAJUSTE DOS BENEFÍCIOS
Os benefícios serão reajustados para a preservação de seu valor 
real na data de sua concessão. Conforme o art. 41-A da Lei 8.213/91 
(incluído pela Lei 11.430/2006), o valor dos benefícios emmanutenção 
será reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário 
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do 
último reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE. Nenhum benefício reajustado poderá 
exceder o limite máximo do salário-debenefício na data do reajustamento, 
respeitados os direitos adquiridos (Lei 8.213/91, art. 41-A, § 1º).
Art. 41-A. O valor dos benefícios em manutenção será 
reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, 
pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último 
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 
INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística – IBGE.
 § 1o Nenhum benefício reajustado poderá exceder o limite máximo 
do salário-de-benefício na data do reajustamento, respeitados os direitos 
adquiridos.
OBS.: os benefícios de maneira geral não são reajustados com o 
mesmo índice de reajuste do salário-mínimo, mas apenas na 
mesma data.
Fonte: pontodosconcursos

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