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AULA de 03.08.23
Conteúdo Programático:
Tutelas Provisórias
a. Urgência
b. Evidência
Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa
· CPC
· Jurisdição
Ação consignação em pagamento
Ação de exigir contas
Ação Monitória
Embargos de Terceiro
Inventário e Partilha
Ações de Família
Ações Possessórias
Oposição
Bibliografia:
a. Humberto Theodoro Jr. -> Curso de Direito Processual Civil, Vol.1
b. Marcos Vinícius Rios Gonçalves -> Curso de Direito Processual Civil, Vol.3
c. Freddie Didier Jr. -> Curso de Direito Processual Civil, Vo. 1
Tutela Provisória:
Prevista no Livro V CPC – Arts. 294 a 311
São o conjunto de medidas, de tutelas diferenciadas, que podem ser postuladas nos processos de conhecimento e de execução e que abrangem tanto as medidas de natureza satisfativa quanto cautelar, deferidas em cognição não exauriente e em caráter provisório. (Autor: MVRG).
A principal finalidade das tutelas provisórias é abrandar os males do tempo e garantir a efetividade da jurisdição.
Pelo CHATGPT Temos:
Tutelas provisórias são decisões judiciais tomadas durante o curso de um processo legal que têm o objetivo de assegurar direitos das partes antes que uma decisão definitiva sobre o mérito do caso seja alcançada. Elas visam evitar danos irreparáveis ou de difícil reparação durante o período em que o processo está em andamento. As tutelas provisórias são emitidas quando há urgência em proteger um direito que pode ser prejudicado se não houver uma intervenção judicial imediata.
As tutelas provisórias podem assumir diferentes formas, como a tutela antecipada (ou liminar), que busca antecipar parte dos efeitos da decisão final, e a medida cautelar, que visa preservar a situação das partes ou das provas até que o processo seja concluído. As regras e procedimentos relacionados às tutelas provisórias podem variar de acordo com a legislação e práticas processuais de cada país.
A decisão é dada em cognição sumária. Tem eficácia imediata. O juiz dá uma decisão do momento. Não exauriente. O juiz poderá caçar, renovar a sentença totalmente diferente.
A tutela provisória pode ser de índole satisfativa ou cautelar. HTJ: “As tutelas provisórias têm em comum a meta de combater os riscos da injustiça ou de dano derivados da espera sempre longa da decisão final do conflito. Representam provimentos imediatos que de alguma forma possam minimizar os inconvenientes suportados pela parte que aparentemente se encontra em uma situação de vantagem protegida pela ordem jurídica material,”
Com a tutela provisória se inverte jogando nas costas do réu.
As Tutelas Provisórias podem ser concedidas em caráter antecedente (Peço de “cara”, já entro com petição pedindo somente a tutela, contando uma história resumida e depois complemento na inicial) e incidental (quando peço a tutela durante, no curso do processo).
Tutela Provisória (é gênero) e tem 2 espécies:
a. Urgência (espécie)
a. Tutela Antecipada: Tem índole satisfativa
b. Tutela Cautelar: Tem índole conservativa.
b. Evidência (espécie)
Tutela de Urgência:
São providências tomadas antes do desfecho natural e definitivo do processo para afastar situações de graves riscos do dano a efetividade do processo, em decorrência da demora e que ameaçam se consolidar antes da prestação jurisdicional definitiva. São providências tomadas antes da sentença. 
Ela se subdivide e 2 espécies:
a) Tutela Antecipada. Tem índole Satisfativa: Visa entregar ao autor aquela providência que ele veio pedir e em tese só receberia no final da ação. Tem índole satisfativa. Exemplos: Pedir uma cirurgia ou um tratamento que o plano de saúde se recusa prestar.
b) Tutela Cautelar: Tem índole Conservativa -> é medida cujo objetivo é assegurar o resultado útil da ação principal. Atua mais no campo da prevenção, para garantir que a coisa ou o direito disputado pelas partes não pereça (deteriore) em razão do decurso do tempo ou pela prática de algum ato do réu. Prof. Dinamarco, sabiamente afirma que as cautelares dão apoio ao processo e as antecipadas dão apoio as pessoas. Exemplo: em um inventário aparece um novo herdeiro. Entro com uma cautelar, juiz faz de ofício e deixa a parte que lhe confere, guardada, reservada, que para quando sair a decisão, ela estará guardada. 
Tutela de Urgência e Evidência, em que definem? 
Resp.: A Tutela será de Urgência quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o prejuízo do dano ou risco ao resultado útil do processo, art. 300 cpc. Seus requisitos são: “Fumus boni juris” (fumaça do direito) e “Periculum in mora” (perigo da demora).
A Tutela será de Evidência quando presentes uma das situações do art. 311 cpc. Sua finalidade não é afastar o perigo, mas sim proteger situações jurídicas substanciais e reveladoras da existência de direitos subjetivos reconhecíveis “prima facies” (direitos reconhecidos de cara. Evidente.). Visa eliminar a injustiça de manterem satisfeito um direito subjetivo que, a toda evidência existe e merece a tutela, a proteção do poder judiciário.
Características Gerais da Tutela Provisória (HTJ) 
1. Possibilidade de obtenção da medida em caráter antecedente ou incidental, art. 294 cpc parag. Único.
2. O procedimento da tutela provisória pode fundar-se tanto na urgência como na evidência, art. 294 parag. Único.
3. Isenção de pagamento de custas se a medida for concedida em caráter incidental (no meio do processo), art. 295cpc. Porém, se for em caráter antecedente, pagam-se as custas, salvo caso de justiça gratuita.
4. Temporariedade das medidas, mas que conservam sua eficácia mesmo durante o período de suspensão do processo, art. 296 parag. Único.
5. Provisoriedade e revogabilidade, isto é, as medidas podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo, art. 296 caput cpc. A Tutela pode ser modificada, revogada a qualquer tempo, não é uma decisão definitiva. O juiz dá uma decisão interlocutória.
6. O poder geral de cautela do juiz é mais amplo do que o CPC anterior visto que ele poderá determinar qualquer medida fundada na urgência, posto que as hipóteses hoje não são pré-definidas como constavam no CPC anterior. Vide art. 297.
7. Aplicação do que for compatível com as normas do cumprimento de sentença conforme o art. 297 parag. Único.
8. Deve haver motivação pelo juiz das decisões que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória. A decisão do juiz deve ser fundamentada de modo completo, de forma clara e precisa, demonstrando a ocorrência ou não das hipóteses legais referente à concessão, modificação, revogação ou negativa, art. 298 cpc.
9. Recorribilidade da decisão que modifica, revoga, concede ou nega a tutela por meio de agravo de instrumento, art. 1015, inciso 1º. 
10. Necessidade de que seja a tutela provisória requerida pela parte, art. 299 cpc. Todavia, HTJ entende que ao longo do código existem situações especiais em que o juiz pode adotar algumas medidas cautelares sem necessidade de requerimento da parte, exemplo, art. 830 cpc e 643 cpc parag. Único.
11. A competência para conhecer a medida é do juiz de 1º. Grau à que cabe conhecer o pedido principal e nos tribunais do órgão que couber a apreciação do recurso ou então do órgão encarregado de sua competência originária. Art. 299 caput e parag, único.
12. Sumariedade do procedimento para sua concessão.
13. Se concedida, a medida será executada nos próprios autos, art. 297 parag. Único.
14. Poderá o juiz impor caução (garantia) após analisar caso a caso para a concessão da medida verificando se tem necessidade de caução e dosando o quanto dessa caução. Art. 300 parag. 1º. 
15. A execução da tutela por ser provisória corre por conta e risco da parte que a requer, a qual poderá responder por prejuízos injustos que causar, que deverão ser liquidados nos próprios autos em que for concedida a medida. Art. 302 parag. Único.
Aula de 10.08.23
Resumo da aula anterior:
Tutelas Provisórias
a. Urgência 
b. Evidência
Tutelas de Urgência:
a. Antecipada -> Satisfativa
b. Cautelar -> Conservativa
Tutelas de Urgência 
a. Incidental ou Preparatório
A tutela de urgência pode serclassificada de acordo com a finalidade e o objeto sobre o qual incide o provimento.
a. Medidas para assegurar pessoas: São providencias relativas a satisfazer urgência de pessoas. Ex. Medicamento que o poder público que se recusa. Alimentos, pedir por guarda provisória.
b. Medida para assegurar bens: Abrange medidas que visa garantir ou uma futura execução ou manter o estado de uma coisa para evitar que a coisa se perca, deteriore, desapareça. Ex. Arresto, busca e apreensão de coisas, sequestro de bens.
c. Medida para assegurar provas: Compreendendo antecipação de coletas de elementos de convicção a serem utilizados futuramente em processos. (Produção antecipada de provas).
Disposições gerais da Tutela Provisória: Art. 294 a 299 CPC
a. Art. 294 -> Tutela Provisória:
a. Urgência
b. Evidência
b. Art. 294 Parag. Único -> As tutelas de urgência, tanto cautelar como antecipada, podem ser concedidas de forma: Antecedente ou Incidental -> Art. 294 parag. Único.
Em caráter antecedente, as vezes não tenho as provas para fazer a ação inteira. Distribuo uma ação com pedidos sucintos, o que será a ação e peço a tutela. Tenho um prazo para fazer o pedido completo. Incide custos.
Agora, se entro como uma ação normal, no meio da ação (incidental) verifico que aquela obra de arte foi paga e ele não me entregou, quero fazer uma busca e apreensão da coisa rapidamente, entro com uma tutela de urgência incidental sem pagamento de custas. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental
Tutela de Urgência de Caráter Antecedente ou Incidental
São aquelas que precedem o pedido principal o qual será feito posteriormente nos mesmos autos pois as vezes o autor não reúne ainda todos os elementos necessários para propor a ação, mas, ele se encontra em uma situação que estão presentes o FBJ (Fumus Boni Juris) e o PIM (Periculum in Mora). Nesse caso ele faz o pedido de tutela antes do pedido principal que será efetuado posteriormente nos mesmos autos em aditamento da inicial. 
Atenção na diferença se for de índole antecipada ou cautelar 
Se estivermos diante de uma Tutela de Urgência de caráter antecedente Cautelar antecedente após efetivada a medida o autor terá prazo de 30 dias para, no mesmo processo apresentar o pedido principal sem precisar pagar outras custas, pois já pagou as custas quando distribuiu o pedido de tutela. Nesse prazo, 30 dias, deverá completar sua petição inicial, Art. 308 cpc,
Os 30 dias são contados da efetivação. 
Se estivermos diante de uma Tutela de Urgência Antecipada antecedente, o autor deverá formular o pedido de antecipação também demonstrando fumus boni juris e periculum in mora e pagar as custas. Após concedida a medida, o autor deverá aditar a petição inicial no prazo de 15 dias ou em outro prazo que o juiz fixar contados do dia que o juiz deu o despacho, da concessão da medida. Art. 303 parag. 1º. E não será necessário pagar novas custas (quando aditar a petição).
Tutela de Urgência de caráter incidental (no meio do processo):
Pode haver situações em que a tutela de urgência se faz necessária no curso do processo que já foi proposto. Neste caso, será feito o pedido da tutela por simples petição não havendo necessidade de pagamento de custas desde que presentes FBJ e PIM. Art. 295cpc.
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Regra do Art. 296
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Mesmo que suspensa conserva sua eficácia. Só não terá eficácia quando revogada ou modificada.
Regra ao Art. 297
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Art. 298. Juiz tem que fundamentar a decisão.
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso
Art. 299
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
Regras Gerais Para a Tutela de Urgência -> Cautelar e Antecipada (Art. 300 a 302cpc)
Requisitos pela Tutela de Urgência (art. 300cpc) 
a. 1º. Requisito: Probabilidade do Direito Substancial Invocado “Fumus Boni Juris” -> Fumaça do Bom Direito. -> A probabilidade do direito substancial invocado pela parte que pretende a medida (tutela) se dá mediante apresentação de elementos que convença o juiz da credibilidade das alegações. O juiz fará uma avaliação caso a caso verificando se a tutela definitiva será favorável ao requerente. Isso é feito Prima Face através de um julgamento superficial e de cognição sumária. Não é necessário despertar um juízo de certeza absoluta, mas sim um juízo de probabilidade, uma aparência de que aquilo é plausível e que será verificado através das provas apresentadas (Prova pré-constituída).
b. 2º. Requisito: Perigo de Dano ou risco ao resultado útil do processo. “Periculum in Mora” – Perigo da demora. -> É um dano potencial, ou seja, um risco que o processo corre de não ser mais útil à parte em razão do Periculum in Mora, risco este que precisa ser objetivamente apurado. A parte deverá demonstrar fundado temor de que enquanto aguarda a tutela definitiva pode haver circunstância que ameaça o próprio processo, exemplo, quando houver o risco de perecimento, de destruição de desvio, de deterioração ou mutação de bens ou pessoas ou provas necessárias para o próprio processo. Isso é verificado através das provas apresentadas. Visa impedir uma situação fática, uma realidade que é uma quando surge a controvérsia e será outra no curso do processo. 
Caução -> Contra cautela -> prevista no art. 300 parag. 1º. É fixada visando garantir eventuais danos que o outorgante sofrer tendo em vista a concessão da tutela provisória.
Pode ser determinada de ofício pelo juiz ou mediante requerimento da parte. É uma faculdade do juiz. Ato discricionário do juiz. 
Ato discricionário do juiz -> princípio da proporcionalidade 
Caução -> Pode ser Real, penhor, hipoteca, anticrese. Fidejussória -> de índole pessoal. aval e fiança.
Art. 300 Parag. 1º. Possibilidade de dispensa de caução.
Art. 300 Parag. 2º. Possibilidade de o juízo considerar tutela liminarmente. “inaudita altera parte” -> Sem ouvir a outra parte. 
O que o justifica a demora, “inaudita altera parte”? É a possibilidade do dano consumar-se antes da citação por ato do requerido. A Medida de urgência pode ser concedida liminarmente sem ouvir a outra parte pois muitas vezes a citação do réu levaria a uma situação contrária pois se o mesmo estiver de má-fé pode justamente em razão da citação acelerar o ato temido em detrimento da parte requerente, O que vem a justificar a liminar é a possibilidade do dano consumar-se antes da citação, quer por ato do requerido, quer por fato natural. 
Se o juiz não estiver plenamente convencido da necessidade da concessão da tutela, poderá determinar uma audiência de justificação na qual deverá comparecer apenas o requerente e suas testemunhas, não o réu. Se convencido das razões alegadas, o juiz concederá a medida. 
Aula de 17.08.23
Prova Silvana NP1: 21 de setembro/23.
Reposição de aula: 25 de agosto
Complementação: 01 de setembro.
Audiência de justificação 
Art. 300 parag. 3º. Se há Perigo de Irreversibilidade da decisão não será concedida a tutela. – Em que medida? Como deve serinterpretada tal regra?
Exemplo: Vida x Pagamento da cirurgia. O bem maior é a vida. Juiz analisará caso a caso o pedido de tutela e fará o juízo de ponderação com relação aos valores (sentido amplo, filosófico que devem ser protegidos pelo direito). Fará também a modulação (flexibilizar) da regra, art. 489 parag. 2º. 
Texto da Professora: O juiz deve analisar quais são os bens jurídicos envolvidos no processo, por exemplo: vida x pagamento de cirurgia. É claro que a vida é um bem maior a ser preservado e nesse caso o juiz deverá fazer um juízo de ponderação dos princípios a serem preservados. Por isso, essa regra da irreversibilidade da medida deve ser modulada conforme artigo 489 parag. 2º. e o juiz deve sempre fundamentar a sua decisão.
Art. 301 – Rol exemplificativo de medidas de urgência de caráter cautelar. Ex. Sustação de protesto.
Art. 302 – Responsabilidade Civil por danos em virtude de concessão da tutela de urgência. Hipóteses incisos I a IV. Se vc pediu uma tutela de urgência e na verdade vc não tinha razão, além de responder por dano processual responderá por 4 hipótese conforme art.302. 
Atenção Parag. Único 302 -> Possibilita que essa indenização seja liquidada nos próprios autos. 
Para que se tenha direito à indenização e seja possível executá-la nos próprios autos é preciso estarem presentes 2 requisitos:
1. Ocorrência de um prejuízo efetivo causado pela execução da Tutela de Urgência
2. Deve haver a determinação do “quantum líquido” desse prejuízo e aí o processo seguirá com execução por quantia certa. 
A responsabilidade civil é objetiva e seus fundamentos são:
a. Lesão 
b. Nexo causal 
c. Ocorrência de uma das hipóteses do art. 302.
Fungibilidade das Tutelas de Urgência – Art. 305 parag. Único.
É a possibilidade de receber um recurso inadequado como se adequado fosse.
Professora: É a possibilidade de ser recebido o pedido de tutela inadequado como se adequado fosse. Já era previsto no CPC de 1973 e foi mantido pelo atual código em prestígio ao princípio da instrumentalidade das formas. Se o autor equivocadamente formular pedido de tutela cautelar quando deveria de fazer de tutela antecipada o juiz pode receber esse pedido inadequado, mas nesse caso dará um prazo de 15 dias para o autor aditar sua inicial. Art. 305 parag. Único. 
Procedimento de Tutela Provisória Cautelar requerida em caráter antecedente (conservativa). (Arts. 305 a 310)
1. Requisitos = FBJ (Fumus Periculum in Juris) e PM (Periculum in Mora)
2. Verificar as regras de competência
3. Petição Inicial: Deve conter os requisitos específicos da cautelar – 305 + 319
a. Indicação da lide e seu fundamento -> dizer ao juiz a causa de pedir. Indicar qual será o objeto do mérito e demonstrar a viabilidade o pedido do mérito. Quando se indica a lide e seus fundamentos precisa demonstrar que estão presentes as condições da ação. Caso não apresente, terá sua resolução sem o mérito. Professora: Basta indicar qual é a lide, isto é, qual será o objeto, o mérito que será resolvido com o pedido principal. Deve-se demonstrar que genericamente o FBJ (Fumus Boni Juris) do requerente corresponde a uma ação de mérito viável, cuja possibilidade se demonstra presente, deve também demonstrar as condições da ação. Em resumo, significa que deve apenas indicar qual será o pedido principal ou de mérito com a explicação da causa petende (causa de pedir).
b. Exposição sumária do direito que visa assegurar. É possível demonstra o FBJ, demonstrar que o interesse do autor envolvido na lide pelo menos em princípio aparenta conter um bom direito e que merece ser resguardado. Nada mais é do que se demonstrar a existência de haver um mínimo de viabilidade jurídica.
c. O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo: deve-se demonstrar a existência do PM (Periculum in Mora), isto é que o perigo na demora na prestação da tutela jurisdicional pode acarretar lesão, isto é, pode ocorrer algo que impossibilite ou dificulte a satisfação de um interesse garantido por lei.
d. Valor da causa: Será o valor econômico da demanda principal. Tudo que vai pedir no pedido principal. Professora: O valor da causa é igual ao proveito econômico que se pretende na demanda principal. Deve ser feito também o pagamento das custas.
Ao receber a inicial o juiz fará uma verificação se o processo está em ordem e se é caso de deferir a medida liminarmente ou então irá marcar uma audiência de justificação (art. 300 parag. 2º.) Pode também entender que não era cautelar conservativa e sim satisfativa (antecipada) e determinar que o processo siga os trâmites do 303 e seguintes, conforme 305 parag. Único (fungibilidade).
Considerando ou não a medida em caráter liminar o juiz mandará citar o réu para que o mesmo em 05 dias úteis conteste o pedido e indique as provas que pretende produzir (art. 306). 
O que pode ser alegado na contestação? 
1. Que não é necessário a cautelar neste momento porque não estão presentes o FBJ ou o PIM.
2. Alegar os requisitos do art. 337 -> Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar as hipóteses do art. 337cpc.
Professora: Na contestação o réu deve atacar o pedido do autor demonstrando principalmente não estarem presentes o FBJ e o PIM. Deve alegar toda a matéria de defesa como por exemplo, incompetência do juízo, bem como as matérias de preliminar do art. 337cpc bem como indicar as provas que pretende produzir.
Após a contestação a ação segue rito comum. 
Não sendo contestado -> Art. 307cpc -> haverá uma presunção de que os fatos alegados pelo autor serão aceitos pelo réu como ocorridos (quem cala consente), essa presunção é relativa e limitada à tutela provisória, não produzindo efeito em relação ao pedido principal porque o pedido principal não foi feito ainda.
Qual é o prazo para o autor deduzir (formular) o pedido principal?
Há duas situações que precisam ser examinadas:
1. O juiz nega a tutela cautelar antecedente. Nesse caso deve-se entrar com agravo de instrumento no prazo de 15 dias, art. 1015 inciso I.
2. O juiz concede a medida, nesse caso o pedido principal deve ser feito nos próprios autos em 30 dias úteis (art. 308cpc), esse prazo é fatal, peremptório e improrrogável. ESSE PRAZO É CONTADO DA EFETIVAÇÃO DA MEDIDA E NÃO HÁ NECESSIADE DE PAGAR AS CUSTAS PARA FORMULAR O PEDIDO PRINCIPAL.
OBS: Pode acontecer de o pedido da tutela ser formulado juntamente com todo o pedido principal, nesse caso não há necessidade de complementação. 
Se o pedido da tutela for indeferido posso entrar com o pedido principal?
Resp. Art. 310. Sim. O indeferimento da tutela não é impedimento para que a parte formule um pedido principal e nem vai influir no julgamento do pedido principal. A não ser que o indeferimento for devido à prescrição ou decadência, nesse caso não pode formular pedido principal. 
Se afirmativo, em qual prazo? Resp. Não tem prazo.
Próxima aula: Tutela de urgência de estabilidade.
Aula de 24.08.23
Importante observar as 3 hipóteses do art. 309cpc:
Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente = I, II, III. Atenção Parag. Único.
As vezes a tutela cautelar é feita junto com o pedido principal ou então depois de deduzido o pedido principal no curso do processo. Nesse caso não há o que se aditar a inicial nem se pagar mais custas. Por isso é feito mediante mera/simples petição nos autos e não vai pagar as custas. (art. 310cpc);
Fiz o Resumo da NP1 Até aqui
Tutela de Urgência (Satisfativa) – Antecipada Art. 303cpc.
(Requerida em caráter antecedente) -> vou fazer uma petição pedindo a tutela e depois aditar a inicial porque é antecedente.
Petição inicial = requisitos = 303 + 319 cpc
1) Requerimento da tutela antecipada
2) Indicação do pedido de tutela final
3) Exposição sumária da lide
4) Exposição do direito que se busca realizar
5) Demonstração do perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Qual o valor que deve ser dado à causa? O valor da causa engloba o valor do que se busca na tutela acrescido do pedido principal. Vai abranger as 2 coisas, danos morais e materiais. 
Art. 303 Parag. 4º. Vide art.303 completo.
Exemplo:
O processo era a conclusão e o juiz poderá:
a. Indeferir: Vide art. 1015 incicso I – Agravo de instrumento.
b. Conceder: Devo aditar a petição completa no prazo de 15 dias, ou outro prazo que o juiz fixar do prazo contados da concessão da medida. Professora: O autor deverá proceder conforme o parag. I do art. 303, isto é deverá aditar a inicial no prazo de 15 dias ou, em outro prazo maior que o juiz fixar, contados da data da concessão da medida.
Se interferir 
Se conceder – Art. 303 Parag. 1º., 2º., 3º.
Atenção ao Parágrafo 6º. Do 303: 
Tutela de Urgência, Satisfativa, Antecipada com Protocolo de Estabilização.
É quando o da decisão que conceder o juiz, não for interposto o respectivo recurso. Art. 304cpc.
É possível que o autor:
a. Entre com pedido de tutela de urgência antecipada e depois adite o pedido inicial e o processo segue o curso normal. O réu será citado e marcado audiência....
b. Somente requeira a tutela antecipada com pedido de ESTABILIZAÇÃO (art. 304cpc). Se essa for sua pretensão, deve informar o juiz. Precisa vir expressamente que tem que constar EXPRESSAMENTE que ele quer.
A ideia do cpc foi de movimentar de forma mais rápida, sumária o conflito. Isso se estiver diante de satisfativa.
Para o réu derrubar a tutela deverá interpor agravo de instrumento. 
E se o autor contestar ou agravar, a mera contestação ou agravo já se interrompe e a tutela não vai estabilizar. Se o réu resistir a ela, não terá estabilidade. 
A Tutela se torna estável se não houver resistência por parte do réu.
Procedimento
1) Deve haver uma petição inicial na qual o autor deverá pedir a concessão liminar da medida satisfativa, afirmando, expressamente que apenas pretende o provimento provisório, isto é, que apenas pretende a tutela COM ESTABILIZAÇÃO. Parag. 5º. Do 303cpc. Deve também, fazer uma simples indicação de qual será o pedido e a causa para eventual solução definitiva caso haja recurso contra decisão que conceder a tutela. Todos esses procedimentos estão no HTJ. 
2) Deferida a medida o réu seja intimado a se submeter ao seu respectivo cumprimento.
3) Terá o réu 15 dias para interpor Agravo de Instrumento sob pena da medida ficar estável (304). Todavia a jurisprudência tem entendido que o oferecimento de contestação também tem o efeito de quebrar a estabilidade da medida, dando uma interpretação extensiva e teleológica do caput 304.
4) Havendo recurso o autor terá 15 dias para aditar a inicial requerendo a conversão ao procedimento provisório em definitivo 
5) Não havendo recurso/contestação a tutela provisória se estabiliza e o processo se EXTINGUE de MERITO. Isso porque a pretensão do autor na inicial era apenas receber o provimento da tutela e isso já teria se exaurido. A sentença é sem resolução de mérito porque foi dada em caráter de cognição sumária, não exauriente visto que a pretensão do autor era apenas obter a tutela e como não houve recurso, esta se estabilizou.
6) Todavia se o réu agravar/contestar a medida não se estabiliza e o autor deverá aditar a petição inicial.
Qual o prazo para se aditar a inicial? Humberto Theodoro Jr. x Mizael Montenegro filho
Resp.: HTJ entende que o prazo para aditamento se conta após transcorrido o prazo para o agravo, é prazo sucessivo porque se não houver agravo não precisa aditar. 
MMF (Mizael) entende que deve aditar sempre.
Com razão HTJ pois se o réu não agravar a tutela provisória se tona ESTÁVEL conforme art. 304 e, portanto, não há necessidade de aditar a inicial pois a função do aditamento seria para dar segmento ao processo, o que é incongruente, pois a medida já estabilizou e esse era o objetivo do autor. 
HTJ explica também que esses 2 prazos aditamento e recurso de agravo são sucessivos e não simultâneos. A interpretação sistemática da norma é de que o prazo para aditar a inicial somente fluirá depois de ocorrido o fator condicionante que é a interposição de recurso por parte do réu contra a liminar. Sem recurso não há aditamento algum a ser feito pelo autor, a medida se estabiliza conforme o art. 303 parag. 1º. 
Em resumo:
Qual é o prazo para se aditar o pedido de Tutela provisória com estabilidade? A petição só será aditada se houver recurso do réu. Será contado depois de 15 dias começa a contar 15 dias para aditar. Dica: Se for interposto o agravo, há 2 coisas a fazer sendo: 1a. Aditar a inicial, 2ª., responder o recurso. Professora: Se for interposto o agravo, o advogado do autor deverá tomar 2 providências, 1ª. Responder ao agravo, 2ª., aditar à inicial
6- Se houver agravo e aditamento da inicial o juiz vai designer audiência de conciliação intimando o autor e citando o réu para contestar o pedido completo no prazo de 15 dias contados da audiência de conciliação se não houver acordo. Após a contestação o processo segue o rito comum. 
Perguntas: 
1ª. A decisão que concede a tutela (e se estabilizou) faz coisa julgada? 
Resp.: No contexto das decisões que concedem tutela de urgência, normalmente essas decisões têm caráter provisório e podem ser revistas posteriormente à luz de novos elementos ou circunstâncias. E Previstas no Art. 304 do Parag. 6º. CPC. A tutela de urgência busca assegurar direitos de maneira rápida e eficaz até que uma decisão definitiva sobre o mérito do caso seja tomada. Se a decisão que concede a tutela de urgência se estabilizar porque as partes não recorreram ou não houve ações subsequentes para revisão, em alguns sistemas jurídicos, isso pode gerar uma situação em que os efeitos da tutela de urgência se tornem mais duradouros.
Entretanto, mesmo que a decisão de tutela de urgência se estabilize, ela não necessariamente terá os mesmos efeitos da "coisa julgada" no sentido tradicional. Geralmente, as decisões de tutela de urgência ainda podem ser reexaminadas em certas situações ou quando novas circunstâncias surgem.
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Resposta da Professora: Não. Porque o provimento judicial somente foi dado em cognição sumária e não plena, por isso a norma expressa do paragrafo 6º. Do Art. 304 cpc. Como não faz coisa julgada não se pode entrar com ação rescisória.
2ª. Como pode ser modificada uma tutela estável?
Resp.: A modificação de uma tutela estável, também conhecida como tutela antecipada estabilizada, pode depender das leis e regulamentos específicos do sistema jurídico em questão. No entanto, em muitos sistemas jurídicos, uma tutela estável pode ser modificada ou revista em certas circunstâncias. Aqui estão algumas possíveis maneiras de modificar uma tutela estável:
Recurso: Em muitos casos, as partes envolvidas podem ter o direito de recorrer da decisão que concedeu a tutela estável. O recurso pode ser feito perante um tribunal de instância superior, que reexaminará a decisão e poderá modificá-la, confirmá-la ou revogá-la, dependendo das argumentações apresentadas pelas partes.
Ação de Revisão ou Modificação: Algumas jurisdições permitem que as partes apresentem uma ação específica para revisar ou modificar uma decisão judicial estável. Isso normalmente exige a apresentação de novas evidências ou a demonstração de mudanças nas circunstâncias desde a emissão da decisão inicial.
Mudança nas Circunstâncias: Se ocorrerem mudanças significativas nas circunstâncias desde a emissão da tutela estável, as partes podem apresentar uma petição ao tribunal solicitando sua modificação. Isso pode incluir mudanças nas condições econômicas, de saúde ou em outros aspectos relevantes para a decisão.
Pedido de Suspensão: Em alguns casos, as partes podem solicitar a suspensão ou a modificação da tutela estável por meio de petições ao tribunal. Isso pode ocorrer quando uma das partes demonstra que a decisão não é mais apropriada ou justa devido a mudanças nas circunstâncias.
Acordo entre as Partes: Se todas as partes envolvidas concordarem, é possível que a tutela estável seja modificada por meio de um acordo amigável, apresentado ao tribunal para homologação.
Resp. Professora: Conforme o Parag. 5º. Do 304 cpc. Há um prazo decadencial de 2 anos,a contar da ciência de decisão que extinguiu o processo para se apresentar uma ação principal e se discutir o mérito. Conforme os parag. 2º e 5º. Do 304 essa nova ação pode ser proposta por qualquer uma das partes e sua tramitação observará o procedimento comum que no final resultará em um julgamento definitivo o qual substituirá a tutela provisória até então em vigor conforme o art. 304 parag. 3º. 
Esse novo julgamento poderá manter, modificar ou revogar a tutela concedida e esse julgamento terá autoridade de coisa julgada material pois dará a tutela definitiva. A ação deve ser distribuída, por prevenção, ao juízo da causa originária que concedeu a tutela (304 parag. 4º.) e na petição inicial a parte pode requerer o desarquivamento dos autos da tutela provisória originária que serão utilizados para instrução da inicial da nova demanda.
Aula de 25.08.23 – Antecipação – Material enviado impresso e copiei aqui no pc. 
Tutela de Evidência – Art. 311 – I a IV e parag. Único.
Parte do princípio que a duração do processo não deve redundar em prejuízo para aquele que demonstrou ter ou ser o portador do direito que merece ser protegido.
Do texto dado em sala: A tutela de evidência tem como fundamento proteger situações jurídicas reveladoras “prima facie” da existência de Direitos Subjetivos reconhecíveis, visando proteger a parte de uma injustificável demora na prestação jurisdicional (HTJ). Para tanto, deve haver a possibilidade de se aferir a liquidez e a certeza do direito material que há de ser evidente, ainda que sem o caráter da definitividade que é a decisão interlocutória.
Parte do princípio que a duração do processo não deve redundar sem maior prejuízo para quem já demonstrou satisfatoriamente ser o portador do melhor direito.
Não pode ser concedida de ofício. É necessário requerimento da parte.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Pode ser concedida:
a. De forma incidental em um processo já em andamento e em qualquer fase. 
b. De forma liminar, mas junto com o pedido, tudo na mesma petição.
c. Sem ouvir a parte contrária.
Pode abranger medidas de índole satisfatória e cautelar.
IMPORTANTE: A tutela de evidência não é definitiva, pode ser revogada ou modificada a qualquer tempo, pois é deferida em cognição sumária e em caráter provisório.
A tutela de evidência é uma espécie de tutela provisória prevista no artigo 311 do Código de Processo Civil brasileiro de 2015. Essa espécie de tutela visa a antecipação provisória dos efeitos da decisão final. Diferentemente das outras espécies de tutelas provisórias, não há necessidade de demonstração de perigo da demora da prestação da tutela jurisdicional (periculum in mora) para a concessão da tutela, basta apenas a demonstração de elementos que evidenciem a existência do direito da parte (fumus boni iuris). [1]
Por ser uma tutela provisória, a tutela de evidência é sujeita a reexame do julgador, podendo ser revogada ou modificada a qualquer momento, antes da decisão definitiva, como disciplina o artigo 296 do Código de Processo Civil. [2][3]
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tutela_de_evid%C3%AAncia
Requisitos da Tutela Provisória de Evidência: Art. 311 caput cpc
a. Deve haver requerimento da parte
b. Deve estar presente uma das situações do art. 311 incisos I a IV (roll TAXATIVO) 
Em todos os casos deve haver o Fumus Boni Juris.
E o Perículum in Mora? Não é requisito nos termos do caput do art. 311.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando
Hipóteses:
I - Ficar caracterizado:
a. Abuso do direito de defesa ou 
b. Manifesto proposito protelatório da parte, autor ou réu. 
Deve-se observar essas 2 situações diferentes, 
Abuso de direito de defesa ou Manifesto propósito protelatório da parte. 
Ocorrerá quando a parte busca vantagem indevida ou então está protelando o julgamento da ação. Importante ressaltar que o CPC menciona “parte” e isso significa que esse inciso é aplicável tanto para o autor como para o réu. Esse inciso visa cobrir o dolo processual, consistente no abuso de direito de defesa ou na prática de ato protelatório, é uma forma de reforço da “plausabilidade do direito”. Pode ocorrer então que após defesa abusiva, por exemplo, apresentada pelo réu ocorra uma presunção legal, ainda que relativa, que o direito pertence ao autor.
Significa que a versão mais provável é daquele que merece a tutela imediata, ainda que de forma provisória a fim de que um tempo não seja um peso exclusivamente por ele suportado (aquele que tem o direito). Assim a defesa abusiva do réu ou o intuito procrastinatório faz pender em favor do autor o juízo de procedência da ação, a resistência maliciosa e inconsistente do réu fortalece o autor. 
Todavia, pode ocorrer também que o autor haja de modo protelatório e se o f.b.j. militar em favor do réu, pode haver tutela de evidência concedida em favor do réu.
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
Nessa hipótese é preciso haver 2 requisitos cumulativos:
a. As alegações de fato, formuladas pela parte (autor e ré) possam ser comprovadas documentalmente (prova pré-constituída):
Fatos que só podem ser provados por prova documental idônea, robusta, que ateste “prima facie” a viabilidade da pretensão do requerente da medida, embora essa prova possa ser ilidida posteriormente por prova em contrário.
E 
b. Os fundamentos de direito do pedido deverão apoiar-se em tese firmada em julgamentos de casos repetitivos ou súmula vinculante.
A exigência demonstra a preocupação que o CPC teve em prestigiar o precedente jurisprudencial.; julgamento repetitivos ou súmula vinculante. Nesta segunda hipótese a das provas) como do direito.
A possibilidade de obter a tutela com base nesse inciso embora seja mais frequente ao autor, também pode ser usado pelo réu, se o mesmo tiver provas e a jurisprudência militar em seu favor.
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa.
O que é reipersecutório? É o pedido para receber de volta ao contrato de depósito. É aquele em que se reivindica, persegue-se, algum bem.
Pedido Reipersecutório (a coisa segue o dono) fundado em contrato de depósito.
Veio em substituição à antiga ação de depósito de procedimento especial do CPC/73.
O contrato de depósito é real e se aperfeiçoa com a entrega da coisa móvel ao depositário que assume a posição de guardá-la até que o depositante a reclame (Art. 627 cc). Se quando for solicitada a devolução da coisa o depósitário não a devolve, pratica esbulho. Então pode o autor, que pretende a devolução da coisa formular pedido de Tutela de evidência desde que disponha de prova documental (requisito fundamental) que comprove a existência do contrato de depósito. O juiz pode determinar à vista da evidência, que o réu devolva a coisa sob pena de busca e apreensão e multa. Essa medida se funda no “Fumus Boni Juris”, com base na natureza do contrato existente e na prova documental produzida pelo requerente.IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
IV – Petição Inicial com = prova documental robusta e o réu não apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Nessa hipótese a tutela de evidência a ser concedida em favor do autor só pode ser deferida em caráter incidental depois de conhecida a defesa do réu, quando o juiz irá avaliar se a prova documental do autor foi ou não neutralizada pela contraprova do réu. Nesse caso se o juiz verificar que a situação alegada pelo autor, face à qualidade da prova e a não contraprova do réu tornando evidente as alegações do autor ele (juiz) consegue a medida.
Dois requisitos cumulativos:
- Que os fatos constitutivos do autor estejam suficientemente documentados (provados)
E 
- Que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Algumas observações importantes:
- O que esses 4 incisos têm em comum?
A prova completa, documental e pró constituída e todos precisam do FBJ e não precisam do PIM.
Legitimidade:
I – Autor e réu.
II – Autor e réu 
III – Autor 
IV – Autor 
As hipóteses dos incisos II e III do artigo 311 são as únicas que permitem a concessão da medida antes da citação do réu. (parag. Único)
Em regra, não há fungibilidade em matéria de medidas próprias da Tutela de Evidência: ou se aceita o pedido ou se nega.
A Tutela de evidência pode ser concedida:
a. Liminarmente: Art. 311 Incisos 2 e 3.
b. Em decisão Incidental: 1 e 4.
Atenção: não há tutela de evidência de forma antecedente.
Art. 311. Parag. Único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
A tutela de evidência abrange qualquer medida, qualquer provimento que se mostre adequado ao caso concreto, seja medida de índole satisfativa ou conservativa, mas normalmente as hipóteses de concessão são de tutelas satisfativas.
É a Tutela de Evidência um julgamento antecipado de lide?
Quando estamos diante de TUTELA PROVISÓRIA é EXECUÇÃO SUMÁRIA SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
Evidência, dá, mas é uma decisão interlocutória através de sentença.
Aula de 31.08.23
Enviou material referente à Procedimentos Especiais.
Procedimentos Especiais
CPC 2015 – 
1. Procedimento comum: Aplicado à grande maioria das ações. Ritos mais cadenciados. 
2. Procedimento especial -> está no código e em leis estravagantes, fora do CPC. Atos mais concentrados, mais rápidos.
a. Jurisdição contenciosa -> processos em que há lide. Disputa quer um bem jurídico da vida, entrega de alguma coisa etc. Dentro do campo contencioso.
b. Jurisdição voluntária ->não há lide. Há meramente uma situação conflituosa que precisa ser resolvido. Não há autor e réu. Só tem interessados. Juiz qdo sentencia age em benefício de ambas as partes. Ex. divórcio consensual. 
Processo é diferente de procedimento. O que diferencia um do outro é o rito. Aula sobre patrocínio de Marcus Vinícius Gonçalves.
· PROCESSO = É o método a disposição de jurisdicionado para solução do seu conflito, formado por uma série de atos lógicos e sequenciais. 
· PROCEDIMENTO: É o rito, a forma pelo qual se pratica os atos processuais.
CARACTERISTÍSTICAS DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS (do material enviado em 31.08.23)
I) Simplificação e agilização dos tramites processuais com redução de prazos, eliminação de atos desnecessários.
II) Delimitação do tema que se pode deduzir (alegar) na inicial e na contestação.
III) Existência de forma clara dos requisitos materiais e processuais para a sua utilização.
IV) Inexistência da clássica divisão entre ação e execução, mesclando em seu ritual, funções de declaração e realização do direito, isto é, permitindo a mescla de declaração e a execução desde logo do direito. Ex. Ação monitória, ações possessórias.
V) Complementação de maneira subsidiária pelas disposições do procedimento comum. Mas para isso, é necessário haver: (a+b)
a) omissão do legislador (lacuna)
b) a aplicação do procedimento comum não pode afrontar a essência do procedimento especial (art. 318, único).
VI) Conversibilidade do procedimento, isto é, a ação pode ter início pelo procedimento especial e depois de certos atos praticados seguir pelo procedimento comum, exemplo, artigo 548, III, CPC. Contestada a ação de pagamento pela multiplicidade de credores a ação passa a tramitar unicamente entre os supostos credores seguindo o procedimento comum.
Art. 548. No caso do art. 547 : III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
(arts. 539 ao 549 cpc)
Professora: é uma ação declaratória que tem por finalidade liberar o devedor da obrigação assumida, obtendo quitação. Ela objetiva que o devedor se libere da obrigação em favor do credor, objetivando uma sentença declaratória que reconheça a quitação da obrigação, procedida através de depósito judicial ou extrajudicial.
É uma ação declaratória que tem função de liberar o devedor de sua dívida obtendo quitação da dívida. 
Exemplos de querer pagar e não conseguir:
a. Quero entregar a chave na imobiliário e essa não quer receber;
b. Disputa entre herdeiros e não sei para quem pagar. Está sob litígio;
c. Consignação de alimentos. Cliente quer pagar a pensão e mulher não queria receber. O cliente começou a namorar e a ex-mulher não queria receber.
1) HIPÓTESES LEGAIS (art. 335, CC) rol exemplificativo.
Há outras possibilidades de pagamento em consignação.
Ex.: Consignar alimentos, alugueres etc.
Art. 335 cc. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; - Dívida Quesível (credor procurar devedor)
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
2) PRESSUPOSTOS DE PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO:
I) Impossibilidade de Pagamento Voluntário
Importante se destacar que a consignação deverá ser efetuada quando houver uma impossibilidade real do pagamento voluntário, quer porque há uma recusa injusta de receber a prestação, quer por ausência, desconhecimento ou inacessibilidade do credor. 
II) Riscos de Pagamento Ineficaz
No caso de haver insegurança ou risco de ineficácia do pagamento voluntário porque há recusa do credor em fornecer a quitação ou porque há dúvida fundamentada quanto à pessoa do credor, por litigiosidade em torno da prestação de terceiros ou por falta de representante legal de credor incapaz. Requisito importante pois o pagamento feito de forma indevida traz como consequência a necessidade de se fazer um novo pagamento.
 O QUE JUSTIFICA A CONSIGNAÇÃO? é o desejo do devedor libertar-se da obrigação e a impossibilidade de o fazer, porque:
a. O credor se recusa a receber;
b. Credor é desconhecido;
c. Está em local inacessível;
d. Credor é incapaz e não tem representante legal;
e. O devedor não sabe ao certo quem é o credor.
 O que pode ser objeto de consignação?
Professora: pode abranger a entrega de dinheiro, de coisa determinada, de coisa móvel ou imóvel. Não se admite consignação de obrigação de fazer ou não fazer que tenha por objeto uma conduta humana, comissiva ou omissiva, a não ser que essa conduta tenha por objeto realizar uma coisa material. É possível também consignar coisa indeterminada no caso de obrigações genéricas ou alternativas. De qualquer forma, a recusa do credor deve ser injusta e a coisa ou o valor ofertado deve ser suficiente e estar de acordo com o contrato.
a. Bens móveis
b. Bens imóveis
c. Dinheiro
d. Obrigação de fazer não pode, mas pode se essa conduta humana tiver como objeto uma conduta material. O que deposita tem que estar em acordo com o contrato. A consignação é possível quando o pagamento for útil ao credor. 
É útil quando o credor ainda não ajuizou ação para receber contra o devedor ou para rescindir o contrato, a não ser se estiver diante de uma ação que permita o depósito de dinheiro, pois dinheiro é sempre útil, como ocorre por exemplo no caso de ação de despejo por falta de pagamento em que a lei permite depósitos para purgar a mora. 
 Se a dívida estiver vencida é possível consignar?
Sim, desde que o credor não tenha entrado com a ação e o devedor deposite o principal mais juros, correção monetária tudo de acordo com o contrato.
Eventuais dúvidas sobre qual o valor real da dívida ou se houver discussões sobre determinada cláusula contratual não impede a consignação. RSTJ 19:520.
A consignação pode ser:
· Judicial -> posso consignar o que eu quiser.
ou 
· Extrajudicial -> há que fazer em um banco oficial, Banco do Brasil, CEF. Na cidade que não tem banco oficial não impede a consignação.
Pergunta: o que pode ser objeto de consignação extrajudicial? Somente dinheiro, porque é consignado em banco. 
CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL
(arts. 539 e parágrafos)
É uma faculdade do devedor. Se quiser poderá fazer por via judicial.
Só será obrigatória no caso da Lei 6766/1979, isto é, quando versar sobre a compra de lotes urbanos.
Somente poderá ser consignado dinheiro, não sendo admissível o deposito de coisas. O deposito deve ser feito em Banco Oficial. Se não houver Banco Oficial poderá em Banco Privado, como por exemplo, na cidade de Analândia que só tem o Banco Bradesco. 
1) PROCEDIMENTO:
O depósito deve ser feito em banco oficial que esteja situado no local do pagamento. Deverá ser o credor cientificado por AR (aviso de recebimento) da existência do depósito e ele terá 10 dias úteis, contado a partir do recebimento, para manifestar a sua recusa. Importante verificar a assinatura. 
Se o credor nada manifestar pressupõe-se que concordou com o depósito e o devedor ficará liberado de sua obrigação perante o credor, ficando o depósito efetuado a disposição do credor para levantá-lo (art. 539, §1° e 2°).
Ocorrendo a recusa, esta deverá ser feita por escrito e deve ser motivada, isto é, deve expor as razões pelas quais o credor discorda do pagamento. Se o credor entender que o valor for insuficiente deve indicar o valor que entende correto em prestígio ao princípio da boa-fé processual.
Do mesmo modo que o AR cientificando o credor deve conter todas as informações a que se refere o depósito e qual a dívida que se pretende quitar.
Se a recusa do credor for intempestiva (fora do prazo) ficará também o devedor liberado de sua obrigação. Se houver controvérsia a respeito da tempestividade da recusa isso deve ser discutido em juízo e o valor depositado permanecerá como está, não devendo o banco permitir o levantamento por qualquer das partes.
No caso de recusa tempestiva, o devedor deverá propor no prazo de 1 mês ação judicial, esse prazo é contado da data em que o banco cientificou (notificou) o devedor da recusa. 
Na ação de consignação por via judicial o devedor deverá necessariamente apresentar junto com a inicial a prova do depósito e a recusa. Se decorrido esse prazo e não for proposta a ação, o depósito feito de forma extrajudicial não terá eficácia liberatória do débito, podendo ser levantado pelo devedor, isso é o deposito fica sem efeito e o dinheiro é devolvido ao devedor.
 O devedor poderá, ainda que após o prazo de 1 mês, entrar com a ação de consignação judicial?
Sim, mas deverá fazer outro depósito em juízo corrigido e atualizado até a data da sua realização
Art. 539 cpc. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias, na dúvida dias úteis, para a manifestação de recusa.
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada.
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
· Quando não é cabível a consignação extrajudicial?
1. Quando o devedor desconhecer quem deva receber ou quando não souber onde se encontra o credor, pois nesses casos não será possível cientificar o credor;
2. Quando houver dúvida sobre quem deva receber, pois o depósito não pode ser condicionado;
3. Quando pender litígio a respeito da prestação de vida, isto é, a coisa é litigiosa (briga pela coisa) ou a titularidade do crédito é litigiosa, pois corre-se risco da ineficácia do pagamento e por isso a consignação deve ser feita pela via judicial.
4. Quando a dívida não for de valor em dinheiro;
5. Quando o credor for incapaz sem representante legal.
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO JUDICIAL
Na consignação judicial é possível consignar coisas além de dinheiro. 
A petição inicial deverá obedecer aos requisitos específicos do artigo 542cpc. 
Art. 542 cpc. Na petição inicial, o autor requererá:
I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ;
II - a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação.
Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
Dica para advocacia: É junto com a inicial já fazer o depósito. 
Poderá o devedor efetuar o depósito junto com a inicial, ou então, depositar o valor (ou coisa) devido no prazo de 5 dias, contados do deferimento, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito (542, §único).
Se já tiver feito o depósito de forma extrajudicial, dentro de 1 mês, poderá ser proposta a ação de consignação sem a necessidade de novo depósito, devendo juntar com a inicial, a prova do depósito e da recusa (§3°, 539cpc).
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa.
O artigo 543, trata de norma referente a consignação de coisa indeterminada, também aplicável em caso de obrigações genéricas ou alternativas. 
Há que se verificar (no contrato) a quem cabe a escolha. Se couber ao credor deverá fazê-lo no prazo de 5 dias se outro não constar da lei ou do contrato, sob pena da escolha passar a ser do devedor. Se a escolha já cabia ao devedor desde o início esse deverá fazê-lo junto com a inicial.
Art. 543cpc. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito.
A escolha é do devedor, que escolhe a não melhor nem a pior. Caso não escolha, a escolha será do credor.
CONSIGNAÇÃO NO CASO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS:
Professora: São aqueles referentes à obrigações que se projetam no tempo
Obrigações que seguem no tempo
Uma vez consignado a 1ª parcela, poderá o devedor, consignar as demais que forem vencendo no curso da ação, desde que o depósito seja efetuado em até 5 dias do vencimento (541).
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
· Até quando é possível consignarno processo? 
· 
Professora: Existe divergência tanto na doutrina quanto na jurisprudência. Há 2 correntes:
1ª. Antonio Carlos Marcatto entende que só se pode depositar até a sentença, pois nesse tipo de ação, a sentença é meramente declaratória, não podendo projetar para o futuro eficácia liberatória dos depósitos posteriores.
2º. Para a segunda corrente, o depósito pode ser feito até o trânsito em julgado da sentença, pois é preciso dar ao processo o máximo rendimento, maior efetividade, deve-se buscar o processo célere, efetivo e com maior resultado possível. 
COMPETÊNCIA (relativa)
A ação deverá ser distribuída no lugar do pagamento, é preciso observar também se a dívida é quesível ou não. Deve-se verificar o contrato previamente. (540).
Dívida Portável -> o devedor vai procurar o credor.
Dívida Quesível -> o credor vai procurar o devedor.
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
RESPOSTA DO RÉU
A matéria que pode ser alegada em defesa pelo réu é constante no artigo 544. 
Importante: se o réu alegar que o depósito não é integral, ele, obrigatoriamente, deverá indicar qual o valor devido, sob pena de indeferimento. Nesse caso, poderá o autor completar o depósito inicial, desde que o faça no prazo de 10 dias. (545cpc).
Eventuais valores incontroversos podem ser levantados desde logo pelo credor.
· ESSE ROL DO ARTIGO 544cpc É TAXATIVO? 
Não. Também é possível alegar uma das preliminares do 337cpc.
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que:
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento;
IV - o depósito não é integral.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
· O PRAZO PARA CONTESTAÇÃO extinta a obrigação dente o juiz declarar levantados desde logo pelos credores e por isso somente é de 15 dias.
A sentença que concluir pela insuficiência do depósito, deverá, se possível, indicar qual é o valor devido, e o seu cumprimento se fará nos próprios autos (§2°, 545).
Se a ação for julgada procedente o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o credor (réu) a pagar as custas e honorários e liberará para que ele (réu), levante o depósito.
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato.
§ 1º No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida.
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação.
Aula de 01.09.23 – Antecipação
 PROCEDIMENTO DE CONSIGNAÇÃO NO CASO DE DÚVIDA QUANTO A TITULARIDADE DO CRÉDITO
(547 E 548)
Ocorre quando o devedor não sabe para quem deva efetuar o pagamento, quer porque, por exemplo, há vários pretendentes quanto ao crédito, ou morre o credor e não se sabe quem são os seus herdeiros, ou há disputa em relação a coisa etc. Esse modo de consignação é realizado para resguardar o devedor quanto a eficácia do pagamento.
Deve haver uma dúvida fundada e razoável a quem deva pagar. O prazo para consignar é de 5 dias contados do deferimento, ou então, junto com a inicial. 
Quando houver vários pretendentes, todos deverão ser citados. Se não souber quem são os pretendentes deverão ser citados por edital. 
O prazo para contestar é de 15 dias e o réu poderá alegar as hipóteses dos artigos 544 e 337, bem como, alegar, por exemplo, que a dúvida não era suficiente para justificar a ação.
Ler com atenção o artigo 544cpc
· Após a citação dos pretensos credores poderá ocorrer: 
I) Ausência de pretendentes:
Nesse caso, o depósito será arrecadado, sendo nomeado um curador, e o depósito ficará indefinidamente à disposição, até que eventual interessado compareça e comprove a titularidade do seu direito convertendo-se o depósito em arrecadação de coisas vagas. O autor é liberado do seu débito e o juiz declarará extinta a obrigação do devedor.
II) Comparecimento de um só pretendente
Nesse caso, deverá ele comprovar ser o titular do crédito. O juiz decidirá de plano. Se não comprovar a titularidade cai na hipótese I e o devedor é liberado.
III) Comparecimento de mais de um pretendente e todos concordam com o valor/coisa depositada.
Nesse caso, o juiz declarará extinta a obrigação, liberará o devedor que será excluído do processo, prosseguindo-se a ação apenas entre os réus, pelo rito comum, para se verificar quem realmente é o titular do crédito.
· Há contestação quanto ao valor/coisa depositada
a. Se a contestação for repelida será considerada cumprida a obrigação, e o autor será excluído da lide, e o processo prossegue somente entre os réus.
 
b. Se a contestação for acatada, a ação será julgada improcedente o valor depositado será devolvido ao devedor, a não ser que haja parcela incontroversa que poderá ficar retida para levantamento daquele que for considerado credor (547,548 e 549).
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548. No caso do art. 547 :
I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas (esperando alguém comparecer);
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano;
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito, sim, e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do aforamento.
 CONSIGNAÇÃO DE ALUGUERES
(Lei 8245/81, artigo 67 – Lei de locação)
Art. 67. Na ação que objetivar o pagamento dos aluguéis e acessórios da locação mediante consignação, será observado o seguinte:
I - a petição inicial, além dos requisitos exigidos pelo art. 319 art. 282 do Código de Processo Civil, deverá especificar os aluguéis e acessórios da locação com indicação dos respectivos valores;
II - determinada a citação do réu, o autor será intimado a, no prazo de vinte e quatro horas, efetuar o depósito judicial da importância indicada na petição inicial, sob pena de ser extinto o processo;
III - o pedido envolverá a quitação das obrigações que vencerem durante a tramitação do feito/processo e até ser prolatada a sentença de primeira instância, devendo o autor promover os depósitos nos respectivos vencimentos;
IV - não sendo oferecida a contestação, ou se o locador receber os valores depositados, o juiz acolherá o pedido, declarando quitadas as obrigações, condenando o réu ao pagamento das custas e honorários de vinte por cento do valor dos depósitos;
V - a contestação do locador, além da defesa de direito que possacaber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, a:
a) não ter havido recusa ou mora em receber a quantia devida;
b) ter sido justa a recusa;
c) não ter sido efetuado o depósito no prazo ou no lugar do pagamento;
d} não ter sido o depósito integral;
VI - além de contestar, o réu poderá, em reconvenção, pedir o despejo e a cobrança dos valores objeto da consignatória ou da diferença do depósito inicial, na hipótese de ter sido alegado não ser o mesmo integral;
VII - o autor poderá complementar o depósito inicial, no prazo de cinco dias contados da ciência do oferecimento da resposta, com acréscimo de dez por cento sobre o valor da diferença. Se tal ocorrer, o juiz declarará quitadas as obrigações, elidindo a rescisão da locação, mas imporá ao autor-reconvindo a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de vinte por cento sobre o valor dos depósitos;
VIII - havendo, na reconvenção, cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos valores objeto da consignatória, a execução desta somente poderá ter início após obtida a desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.
Parágrafo único. O réu poderá levantar a qualquer momento as importâncias depositadas sobre as quais não penda controvérsia.
Algumas observações importantes:
1. O depósito judicial depois de distribuída a ação deve ser feito em 24 horas
2. Demais depósitos sucessivos podem ser feitos no mesmo processo, desde que, sejam feitos no dia do vencimento 
3. Os depósitos podem ser feitos até a sentença
4. A complementação do depósito deve ser feita no prazo de 5 dias com acréscimo de multa de 10% sobre a diferença.
5. Em caso de sucumbência o valor dos honorários é fixado em 20%.
6. A contestação do locador, deve ser feita conforme o art. 67 inciso V da Lei podendo inclusive reconvir para pedir despejo.
7. Valores incontroversos podem ser levantados.
Abaixo material enviado para aula de 01.09.23. Até art. 553.
AULA DE 01.09.23
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS 
(Arts. 550 a 553cpc)
Todo aquele que tem bens ou negócios, administrados ou geridos, por terceiro, tem o direito que lhe sejam prestadas contas da gestão efetuada.
Na ação de exigir contas: para saber se foi bem administrado. Patrimônio administrado por alguém. -> Procedimento Especial.
Na ação de Prestação de contas: para demonstrar a lisura de sua administração. Quem administrou presta a conta. -> corre pelo rito de procedimento comum. Deixou de existir como procedimento especial.
Professora: A prestação de contas consiste na apresentação detalhada de todos os itens de crédito e débito que resultam da administração de negócios alheios, para se apurar a existência de saldo devedor ou credor ou então a sua inexistência 
 No CPC/1973 havia as ações: de prestação de contas e de exigir contas.
 Como fica no CPC/2015?
No novo CPC, como procedimento especial, só ficou a ação de exigir contas.
Atenção: a prestação de contas ainda existe, porém, não como procedimento especial, e sim comum.
Qual o objetivo e natureza dessa ação?
Professora: o objetivo é liquidar, no aspecto econômico-financeiro a relação jurídica existente entre as partes, de modo que seja ao final apurado com exatidão, se há ou não saldo em favor de um dos litigantes. O objetivo em última análise, é verificar se existe ou não acerto a ser feito.
A natureza dessa ação é condenatória, e eventual saldo poderá ser exigido e recebido no mesmo processo.
· O Código Civil enumera diversas situações em que há o dever de prestar contas:
Exemplo: 
- Tutor e curador, em face do tutelado e curatelado; (1.775 e 1.774)
- Inventariante, testamenteiro (2.020 e 1.980)
- Mandatário com relação ao mandante (668)
 Demais exemplos do CPC:
- Administrador da massa de insolvente;
- Curador de herança jacente;
- Síndico de Condomínio;
- Sócio Administrador de sociedade.
- Etc.
 Também, a Súmula 259 do STJ, determina que o correntista tem direito de exigir contas da instituição financeira, principalmente quando ele discorda de algum lançamento.
SÚMULA N. 259 - A ação de prestação de contas pode ser proposta pelo titular de conta corrente bancária. -> Por quê? Diferença entre relação de juros etc.
 Atenção: o advogado tem o dever de prestar contas ao seu cliente, podendo o cliente exigi-las em juízo.
 Embora exista certa polêmica na jurisprudência, a maioria tem entendido que é possível que aquele que paga pensão alimentícia exija as contas de quem administra o dinheiro referente aos alimentos.
Mas, atenção! É possível que se exija em relação ao menor que recebe alimentos, mas com relação a cônjuge que paga para cônjuge, não é cabível.
 Essa ação tem natureza intrinsicamente dúplice (exceção do princípio do dispositivo), isso significa que o juiz, na sentença poderá, inclusive, condenar o autor a pagar valores em prol do réu, independentemente de haver pedido do réu nesse sentido, ou até mesmo de haver contestação. Pode o juiz, reconhecer a existência de saldo em favor do réu, mesmo que ele seja revel.
Exemplo de ações dúplices: possessórias
9.1 COMPETÊNCIA
Professora: Será competente para a ação o foro do local onde se deu a gestão ou a administração. É uma regra territorial, competência relativa. 
Art. 53. É competente o foro:
IV - do lugar do ato ou fato para a ação:
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;
Porém, é uma regra de competência territorial e, portanto, de competência relativa. Havendo contrato entre as partes com clausula estabelecendo foro de eleição este prevalecerá, a não ser que essa cláusula seja tida como abusiva pelo juiz.
 
Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.
§ 3º Antes da citação, a cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que determinará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu.
No caso de administradores judiciais (inventariante, tutor, curador, depositário etc.) será competente o juízo no qual o administrador for nomeado. É regra de competência funcional, e por isso absoluta. (art 533cpc)
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
9.2 PROCEDIMENTO
 Legitimidade:
Sujeito Ativo – é quem tem o direito de exigir as contas. Aquele que teve seu patrimônio gerido por 3º.
Sujeito Passivo – quem tem o dever de prestá-las. Quem geriu o patrimônio alheio.
 É preciso para essa ação ter interesse.
* INTERESSE = NECESSIDADE + ADEQUAÇÃO. 
 Deve ter havido recusa ou divergência sobre eventuais diferenças nas contas ofertadas relativas à existência ou não de saldo. 
 Deve ser feita uma Petição Inicial conforme o artigo 319 e 320, sendo que, o artigo 550, §1° traz requisitos específicos para a Petição Inicial.
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 dias.
§ 1º Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem.
§ 2º Prestadas as contas, o autor terá 15 dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
§ 3º A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento questionado.
§ 4º Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art. 355.(juiz vai julgar antecipadamente, com resolução do mérito)
§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
§ 6º Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento do § 2º, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 dias, podendo o juiz determinar a realização de exame pericial, se necessário.
 O procedimento, por isso chamado especial, está dividido em 2 fases:
1° Fase: Se há ou não obrigatoriedade na prestação de contas. Se o réu tem ou não o dever de prestar as contas. Professora: Se discutirá se o réu tem ou não a obrigação de prestar contas ao autor,
2° Fase: As contas, os valores. Se há crédito ou débito em favor de uma das partes. Professora: Uma vez decidido que o réu tenha obrigação de prestá-las, o réu as prestará e o juiz as examinará verificando se há saldo devedor ou credor em favor de uma das partes.
Na primeira fase, se o juiz julgar procedente o pedido, condenará o réu a prestar contas em 15 dias, sob pena de não poder impugnar as contas que o autor apresentar.
Essa discussão é uma decisão de mérito, mas que não põe fim ao processo e que desafia agravo de instrumento.
Caso a decisão seja no sentido em que não há o direito de se exigir as contas, essa decisão é uma sentença que desafiará a apelação ou/e embargos de apelação. Essa decisão encerra a primeira fase na ação de exigir contas.
As contas devem ser prestadas de forma adequada (§2°, 551), o que significa isso? Professora: Significa que as contas devem ser prestadas com todos os comprovantes das despesas e das receitas. Deve ser feita de forma clara e de modo mercantil. Deve também ser apresentados todos os documentos que justifiquem as despesas, receitas bem como aplicações, investimentos e comprovantes bancários.
Na segunda fase, o réu condenado a prestar as contas deverá apresentá-las no prazo de 15 dias e terá o autor o prazo de 15 dias para se manifestar sobre elas (§2°, art.550)
Poderá o autor: Impugnar, Concordar ou Ser omisso (concordou, quem cala consente).
Apresentada impugnação pelo autor, o juiz verificará, se há ou não, necessidade de produção de provas, como por exemplo, perícia, e poderá também, designar Audiência de Instrução e Julgamento, ou então, pode o juiz julgar a ação desde logo. 
Importante observar o §3° do artigo 550, que impede impugnações genéricas por parte do autor, vale dizer, deve ele fundamentar a sua impugnação indicando qual ou quais os lançamentos que discorda e por quê.
Finalmente o juiz deverá proferir sentença, julgando as contas apresentadas, sendo que esta decisão é título executivo judicial, que desafia Apelação, com efeito suspensivo.
Art. 552. A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
ATENÇÃO: pode acontecer que o réu, embora condenado na primeira fase e intimado, não apresente as contas. Nesse caso deve o autor apresentá-las no prazo de 15 dias. Se não o fizer o processo é julgado extinto sem resolução do mérito. (485, III).
Art. 485 cpc. O juiz não resolverá o mérito quando:
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IMPORTANTE: É altamente recomendável que o juiz determine uma perícia nas contas apresentadas pelo autor, pois, sobre elas, não poderá o réu se manifestar (§§ 5° e 6°, 550 cpc). Deve o juiz, verificar essas contas com cautela, para ver se há abuso por parte do autor, e ao final deverá julgá-las.
E se o autor também não apresentar as contas? 
Finalmente, o artigo 553, que trata da prestação de contas por dependência.
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado.
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
Nesse caso a determinação de prestar as contas é de ofício ou a requerimento do MP, não é uma ação autônoma, mas um incidente processual, e a decisão sobre as contas nesse caso é interlocutória.
Pode acontecer, todavia, que algum herdeiro por exemplo queira que a inventariante preste as contas, nesse caso é uma ação autônoma que será distribuída por dependência aos autos principais.
Aula de 28.09.23
Ação Monitória. (Art. 700 a 702 cpc)
É uma ação de conhecimento, condenatória, com procedimento especial de cognição sumária e de execução sem título. (Nelson Nery Jr.)
Sua finalidade é alcançar a formação de título executivo judicial de modo mais rápido do que na ação condenatória convencional.
Visa permitir que o credor não munido de Título Executivo obtenha, com mais rapidez a satisfação do seu crédito, mesmo que não haja uma sentença.
Hipóteses: → Vários exemplos:
1. Termo de confissão de dívida não é assinado por nenhuma testemunha.
2. Cheque prescrito
3. Nota promissória vencida ou prescrita
4. Duplicata acompanhada no NF da mercadoria, mas desacompanhada pelo recibo de entrega+ → doutrina considera possível. A duplicata é um título de inscrição obrigatória onde tem livro de registro. Se emite uma duplicata sem fundo, sem lastro, isso é crime de emissão de duplicata falsa. Assim seno, entende-se que é possível ação monitoria com NF e sem recibo de entrega. É jurisprudencial. A mais usada é da admissão da tese descrita.
5. Contrato de abertura e fatura de cartão de crédito. → comprovante de gastos, 
6. Sumula 247 STJ → o contrato de abertura de conta bancária → banco entra com ação monitória executando o contrato e exigindo o pagamento.
Ação Monitória e cheque
Súmula 299 STJ: o cheque prescrito é documento idôneo para ensejar ação monitória.
Lei do Cheque 7357/85 → Art. 59 dessa lei, o cheque tem força executiva nos 6 meses seguintes à extinção do prazo para apresentação, sendo esse prazo de 30 dias para cheques da mesma praça e 60 dias para praça diferente. Após perder a força executiva o prazo será de 2 anos para entrar com ação Cambiária de Cobrança. Após esses 2 anos somente com ação monitória. Embora não há necessidade de se entrar com uma ação de cobrança podendo se utilizar diretamente da ação monitória do cheque sem força executiva. Súmula 531 STJ → Se está com cheque e quer entrar com ação monitória. 
Atenção: Tenho um prazo prescricional para entrar com ação monitória e cheque, Súmula 503, para cheque e 504 para nota promissória do STJ. Prazo de 5 anos de prescrição.
Professora: Tanto cheque como nota promissória prescrita tem prazo de 5 anos para entrar com ação monitória, contados da emissão do cheque ou do vencimento da nota promissória.
Requisitos da monitória:
1. Que haja um documento escrito e idôneo (assinado pelo devedor) e sem força executiva com a ressalva que esse documento escrito pode ser complementado com prova oral constituída e antecipadamente. Art. 700 parágrafo 1º. cpc
2. Que o seu objeto (objetivo) seja a entrega de. O que se pode exigir:
a. Soma em dinheiro em quantia certa, não cabe monitória de valores ilíquidos incertos e pendentes de liquidação posterior ou
b. Coisa Fungível ou Infungível
c. Bem móvel ou imóvel
d. Ou seja, o adimplemento de obrigação de fazer ou não fazer.
Procedimento:
A petição inicial deve ser feita conforme os requisitos dos artigos 319 e 320 + 700 parag. 2º. devendo ainda os autos descrever o fato constitutivo do seu direito.
Deve também anexar com a inicial a prova escrita ou oral acolhida antecipadamente conforme art. 700 e parag. 1º, CPC.
E conforme o caso:
1.) Explicitar o valor, a importância devida mais memória de cálculo
2.) Explicitar o valor da coisa reclamada → para entrega de uma coisa.
3.) Informar o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido no caso de obrigação de fazer ou não fazer.
4.) Deve também apresentar o valor da causa que será aquilo que você almeja e ele deve ser corrigido até a propositura da ação. Art. 700 parag 3º.
Competência
A ação monitóriaé uma ação de caráter pessoal → em regra conforme art. 46 deve ser proposta no foro do domicílio do réu a não ser que haja outro foro de eleição prevista em contrato.
Uma vez distribuída a ação, o juiz verificará se a petição está em termos (ordem) ou não. Se não estiver em termos (ordem) ele procederá conforme o art. 700 parag. 4º.
Estando em termos (ordem) procede conforme o art. 701 cpc.
Em caso de dúvida em relação a idoneidade do documento, o juiz agirá conforme o paragrafo 5º. Do art. 700. Nesse caso a monitória não vai caber. Apresento um documento 
Atenção aos parágrafos 6º., 7º. Do 700.
Carreira Alvim → entendimento → Seria uma decisão com força executiva caso não haja a interposição de embargos. Não será nem sentença e nem decisão interlocutória porque cabe ação rescisória.
Como se derruba essa decisão? Através de embargos.
Professora: Em todo caso contra essa decisão inicial não cabe nem apelação nem agravo e instrumento, mas sim embargos. Os embargos retiram a eficácia do mandado/decisão inicial até o julgamento em 1º. Grau. → Art. 702 parag. 4º. CPC.
Uma vez citado o réu, ele terá 15 dias para tomar algumas atitudes:
1ª. Pagar
2ª. Apresentar respostas por embargos
3ª. Pode se manter inerte, o título se torna de pleno direito.
Não é preciso garantir o juiz para propor os embargos. 
Professora: Os embargos têm conotação de contestação e serão apresentados nos próprios autos da monitória. Por isso o réu poderá alegar toda matéria de defesa do procedimento comum inclusive reconvenção. Art. 702 para. 1º. E Súmula 292 STJ. 
Se os embargos forem intempestivos (fora do prazo) o juiz em decisão interlocutória deverá assim reconhecer e consequentemente considerará de pleno direito o título e ação prossegue em execução.
Caso os embargos sejam tempestivos, o processo seguirá rito comum com produção de provas até final julgamento. 
Essa decisão nesse processo em seguir o rito comum, que julga a monitória é a sentença que desafia apelação, recurso de apelação, mas no efeito devolutivo. A ação prossegue. 
Se o réu alegar excesso de valor na monitória deverá o mesmo apresentar qual o valor que entende correto sob pena dos embargos serem rejeitados liminarmente → Parag. 2º e 3º. Do 702 cpc. 
O réu pode facultativamente depositar a coisa e depois embargar, a coisa fica retida no processo
Se o réu se manter inerte incide o p2 do art. 701, CPC e o titulo converte-se de pleno direito e automaticamente passa-se a execução.
A execução que se segue é fundada em título executivo judicial e deve ser usado as regras do art. 513, CPC
Pergunta: Cabe IMPUGNAÇÃO contra Titulo Executivo Judicial (processo de cumprimento de sentença)?
Sobre o que pode versar essa impugnação?
Há três correntes:
1 - Para o Dinnamarco, não cabe, porque qualquer tipo de defesa precluiu na fase inicial;
2) Para Nelson Neri, cabe impugnação, mas a matéria vai variar:
Se na fase inicial interpôs embargos a ação monitoria, so pode impugnar as matérias do 525, p2. Se não embargou, pode impugnar sem limitação com relação a matéria, com base no art. 917.
3) Marcus Vinicius Rios Gonçalves, pode impugnar e independentemente do que se alegou nos embargos ou até mesmo se não embargou. E em ambos os casos a matéria que pode ser alegada é a do art. 525,p 1, pois é uma execução de título judicial. (os tribunais tendem a seguir essa posição).
Os parágrafos 10 e 11 do art 702 trouxeram a possibilidade de imposição de penalidade ao autor que indevidamente se utilizar da ação monitória, devendo pagar uma multa de até 10% do valor da ação para o autor; por outro lado esta mesma multa poderá ser imposta ao réu em favor do autor se ele embargar com má-fé.
c. 
Aula de 05.10.23
INVENTÁRIOS E PARTILHA
(art. 610 a 673)
PROCEDIMENTO ESPECIAL DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
Morte  resulta em relevantes consequências, tanto no plano pessoal, como no plano patrimonial, abrindo-se a sucessão de forma imediata. É chamado em direito civil como princípio da Saisine. Morreu já transfere o bem de maneira automática para seus herdeiros.
Princípio da Saisine  Com a morte opera-se o Princípio da SAISINE, significa que a transmissão dos bens ocorrerá de forma automática para os herdeiros, através da sucessão. Os bens não ficam sem dono.
CC., Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
Embora a transmissão ocorra com a morte é preciso proceder ao inventário de bens que compõem o acervo e promover a partilha entre os herdeiros.
O que é o espólio? É a universalidade de bens e dívidas deixadas pelo de cujus. É tudo que compõe o patrimônio do de cujus, quer sejam bens quer sejam dívidas. É o Monte Mor (é um todo).
Quem representa o espólio? É representado pelo inventariante. 
O espolio não possui personalidade jurídica, mas pode ser parte, ou seja, em alguns casos tem capacidade de ser parte, nas ações de cunho patrimonial a fim de defender os seus interesses.
IMPORTANTE: A Ação de Investigação de Paternidade, que é uma ação pessoal deve ser ajuizada contra todos os herdeiros e não contra o espólio. 
A palavra inventário designa o ato de elencar, catalogar e arrolar coisas. 
Em direito material, inventário é a descrição individualizada dos bens da herança e das obrigações e dívidas deixadas pelo “de cujus”. 
Em direito processual, é um procedimento especial de jurisdição contenciosa (lide/um contra o outro) cuja finalidade é discriminar os bens e as obrigações que integram o acervo hereditário, indicado os herdeiros e os bens que lhes competem (quinhão hereditário) até final partilha. 
O procedimento de inventário possui dois estágios distintos:
1) INVENTÁRIO (estágio inicial) : 
2) PARTILHA (estágio final) 
 Inventário 
Procedimento especial 
 (Inventário) Partilha
O INVENTÁRIO consiste na atividade processual destinada a descrição detalhada de toda a herança a fim de individualizar todos os bens que formam o acervo patrimonial, bem como as dívidas ativas, passivas e eventuais créditos deixados pelo “de cujus”.
A PARTILHA é o segundo estágio do procedimento e é a atividade destinada a divisão do acervo (monte mor) entre os sucessores, destinando-lhes um quinhão certo e definido correspondente a sua parte na herança.
Abertura e nomeação inventariante → Inventariante presta compromisso → Primeiras declarações → Plano de partilha → sentença homologatória da partilha → Planos de partilha
(Inventariante → Pedir citação)
Finalidade do inventário
1 – Elencar bens e dívidas do de cujus
2 – Isolar a meação do cônjuge sobrevivente. Vou inventariar a parte dos herdeiros. Isolar a parte dela
3 – Elencar herdeiros e legatários
4 – Verificar dívidas, credores e se a herança tem força suficiente para pagá-los
5 –Realizar o pagamento das dívidas
6 – Regularizar aspectos tributários
7 – MP deverá fiscalizar direitos de incapaz
8 – Proceder a partilha
Obs. 1: As dívidas serão suportadas pela herança, pois ninguém pode herdar mais dívidas do que bens.
Obs. 2: Lembrando que não incide imposto sobre a meação, mas apenas sobre a herança.
O inventário pode ser:
- Judicial
- Extrajudicial
 Judicial
Inventário
 
 Extrajudicial
INVENTÁRIO JUDICIAL
1 – INVENTÁRIO (tradicional, comum) arts (610 a 658cpc)
2 – ARROLAMENTO SUMÁRIO (art. 659cpc) – herdeiros maiores, capazes, de acordo com a partilha, qualquer que seja o valor da herança.
3 – ARROLAMENTO COMUM (664cpc) – quando os bens inventariados forem de valor = igual ou inferior a 1000 salários-mínimos, sejam ou não capazes os herdeiros.
INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL
O inventário extrajudicial é feito no cartório de notas.
Lei 11.441/2007 e Resolução 35 CNJ.
O inventário extrajudicial só poderá ocorrer se: 
a) * Todos os herdeiros forem maiores e capazes e
b) * Não haver testamento e
c) * Houver concordância entre os herdeiros, isto é, a partilha deve ser amigável; deve haver participação obrigatória do cônjugesobrevivente; e
d) Todas as partes, deverão ser representadas por advogado.
e) Deve-se fazer na mesma escritura a cessão e a transferência de direitos hereditários e partilha.
f) O tabelião é o responsável pelo recolhimento de todos os impostos.
 A escolha do tabelião é feita livremente pelas partes e não fica vinculada ao último domicílio do “de cujus” ou ao local do óbito, isto é não fica vinculada as regras de competência do CPC.
INVENTÁRIO JUDICIAL – REGRAS PROCEDIMENTAIS – 610 A 658
O inventário inicia-se através de uma petição requerendo a abertura do inventário, na qual deve ser apresentado, necessariamente, a certidão de óbito. O prazo para abertura do inventário é 2 meses, contados da morte, nos termos do art. 611, e o prazo para término é de 12 meses, embora seja comum o inventário exceder a esse prazo de 12 meses, podendo ser prorrogado tanto de ofício, como a requerimento da parte.
Em São Paulo, se ultrapassar o prazo de 2 meses até 180 dias, há multa de 10% do valor do imposto (ITCMD). Se ultrapassar 180 dias → multa de 20%.
 Qual o prazo para abertura do inventário? 2 MESES
 Atenção divergência entre CPC E CC (Art. 611 CPC e Art. 1796 CC).
Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança.
Para realizar a abertura do inventário, basta uma simples petição ao juiz informando o falecimento da pessoa, com uma cópia da Certidão de Óbito (§ único do art. 615 CPC). O autor da herança é o de cujus.
Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611.
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.
Onde devo distribuir a Ação de Inventário? 
É preciso ficar atento primeiramente às regras de competência internacional e depois nacional. Deve-se verificar se é o caso de competência exclusiva da autoridade Brasileira conforme o art. 23 inciso 2º. Do cpc, como ocorre no caso de bens situados no Brasil, cuja competência e absoluta e improrrogável da autoridade brasileira. Quando houver bens no Brasil e no exterior aplicam-se as respectivas leis do país fazendo o inventário no Brasil e no exterior. Quando a competência é interna deve-se observar as regras do art. 48 caput parag. 1 do cpc. Nota: Se a professora pedir na prova → quanto à competência interna no 48. Para a prova, descrever o artigo 48. Isto é …descrever o art. 48
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e
para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I - o foro de situação dos bens imóveis;
II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
 Quem tem legitimidade para requerer a abertura do inventário?
Os artigos 615 e 616 cpc apresentam a resposta. 
Quem pode ser nomeado inventariante? 
O Art. 617 traz a ordem de preferência para nomeação do inventariante. 
Uma vez nomeado o inventariante deverá prestar compromisso em 05 dias (art. 617, §único).
Importante: atribuições do inventariante (arts. 618 e 619), sob pena de remoção (art. 622) do cargo de inventariante. Cuidado para a prova os arts. 618 e 619
Obs.: art. 618, VI = o herdeiro que já recebeu algum bem (colação) deve informar nos autos também, sob pena de sonegação.
Conforme ensina Humberto Theodoro Júnior, os encargos do inventariante se dividem em:
a) Atos de gestão;
b) Atos de disposição (alienação, transação, pagamento de dívidas, despesas de conservação); Juiz pode expedir alvará para venda de algum bem
c) Prestação de contas.
O inventariante tem funções importantíssimas no inventário, além de representar o espólio, estão previstas nos arts 618 e 619 do CPC, sob pena de remoção do cargo de inventariante se não desempenhar as suas funções.
Uma vez nomeado inventariante e prestado compromisso deverá o mesmo apresentar as primeiras declarações (prazo de 20 dias), que deverá ser realizada conforme os requisitos do art. 620.
Os herdeiros/cônjuge/companheiro/MP e Fazenda serão citados e terão o prazo comum de 15 dias para se manifestar (arts. 626 e 627) das primeiras declarações, podendo alegar:
a) Arguir erros e omissões;	
b) Reclamar contra a nomeação do inventariante;
c) Contestar a qualidade de quem for incluído como herdeiro.
Caso o juiz acatar o “a”, mandará retificar as primeiras declarações.
Se acatar o “b”, nomeará outro inventariante, respeitando a ordem do Art. 617.
E se acatar o “c”, o juiz remeterá a questão às vias ordinárias.
O art. 628 trata daquele que se julgar preterido no inventário, poderá permitir o seu ingresso desde que haja prova documental, caso contrário será remetido para as vias ordinárias.
 Atuação do Juiz no Inventário (Art. 612 e Art. 627, § 3º, 628 parag. 2º.): o Juiz, no inventário, somente decidirá questões controvertidas que estejam documentalmente provadas (prova pré-constituída). Não se faz audiência para oitiva de testemunhas em inventário. Questões que demandam a produção de prova, isto é, questões de auto indagação, não serão resolvidas no inventário e serão remetidas as vias ordinárias, como por exemplo no caso de alguém que alega ser herdeiro basta ter um documento ou de alguém que alega ser companheiro e que é preciso ouvir testemunhas, ou quando há a necessidade de exame de DNA, etc. 
Art. 612. O juiz decidirá todas as questões de direito desde que os fatos relevantes estejam provados por documento, só remetendo para as vias ordinárias as questões que dependerem de outras provas.
Art. 627, § 3o Verificando que a disputa sobre a qualidade de herdeiro a que alude o inciso III demanda produção de provas que não a documental, o juiz remeterá a parte às vias ordinárias e sobrestará, até o julgamento da ação, a entrega do quinhão que na partilha couber ao herdeiro admitido.
Conforme vimos acima o inventariante tem funções importantíssimas no inventário, além de representar o espólio, estão previstas nos arts 618 e 619 do CPC, sob pena de remoção do cargo de inventariante se não desempenhar as suas funções.
Qual a diferença entre remoção e destituição?
Vejam, a Remoção e a Destituição implicam na perda da função de inventariante.
· A Remoção ocorre quando o inventariante não cumpre com as suas atribuições ou então, comete culposa ou dolosamente, uma falta; A remoção é uma punição ao inventariante que não se desincumbiu de seu encargo.
· A Destituição decorre de fato externo ao processo e ocorre quando o inventariante em razão de circunstâncias particular e diversas fica impossibilitado de exercer as suas funções, como por exemplo, for preso, estiver na UTI, estiver em coma, etc.
 Procedimento da Remoção:
O Art. 622 traz as hipóteses de remoção do inventariante. É um incidente processual que será decidido pelo juiz do inventário e correrá em apenso (§único do art. 623). A remoção pode ser requerida a qualquer tempo antes do término do inventário, pelas partes, pelo MP ou até mesmo, ser decretada de ofício pelo juiz. Terá o inventariante o prazo de 15 dias para que apresente defesa. Se o juiz, caso decida por removê-lo, nomeará outro, conforme a ordem do art. 617 (art. 623 e art. 624) e o inventariante removido deverá proceder na forma do art. 625.
Observações importantes:
Súmula 112 STF – ITCMD: a alíquota do ITCMD é a vigente no momento da aberturada sucessão, isto é, da morte.
Sobre a meação não incide ITCMD. O ITCMD apenas incidirá sobre a herança.
Súmula 112/STF -. Tributário. Imposto de transmissão causa mortis. Alíquota ao tempo da abertura da sucessão.
«O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.»
Se algum herdeiro recebeu algo em adiantamento à legítima tem que trazer à colação do inventário, sob pena de sonegação.
É possível se realizar o inventário negativo, isto é, no caso em que o “de cujus” não deixou bens. Isso é interessante para se obter uma declaração judicial reconhecendo isso, quando deixou dívidas, mas não há bens para pagar. E também quando o viúvo quiser se casar sem as restrições do art. 1.523, I, do CC.
 DO PAGAMENTO DE DÍVIDAS NO INVENTÁRIO
Cabe ao espólio responder pelo pagamento das dívidas do autor da herança. Após ser feita a partilha, cada herdeiro responde na proporção que lhe cabe da herança (art. 796).
Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas, feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das forças da herança e na proporção da parte que lhe coube. 
Pode o credor se habilitar para o recebimento de sua divida seja vencida e exigida. Essa habilitação deve ser feita antes da partilha e deve o credor prova literal de existência dessa dívida. Para que ocorra o pagamento, todas as partes tem que concordar com o pedido e nesse caso. Concordando todas as partes o juiz declarara á habilitado o credor e mandará que se faça a separação dos bens para pagamento. Se não houver concordância de todas as partes, o credor será remetido às vias ordinárias, art. 643, devendo o juiz poder reservar bens em poder do inventariante bens para pagar esse credor desde que haja documento comprovando a dívida não se fundar na existência de quitação. Parag. 2º. Do 642. Pode também o credor se habilitar do caso de dívida líquida certa mas ainda não vencida (art. 644cpc) e nesse caso concordando os herdeiros será separada uma parte dos bens para futuro pagamento. 
O pedido de habilitação é facultativo pois, pode o credor optar em entrar diretamente com execução ou cobrança contra herdeiro. Se um herdeiro pagar sozinho terá o direito de regresso contra os demais, art. 1998 e 1999cc.B
Últimas declarações e plano de partilha.
A partilha deve ser homologada pelo juiz. Em caso de inventario litigioso essa será feita pelo juiz.
 
DA PARTILHA
 		AMIGÁVEL (2.015 do CC e 657 do CPC → ação anulatória = prazo decadencial de 1 ano – dolo/coação/erro essencial/intervenção de incapaz)
PARTILHA JUDICIAL (art. 2.016 do CC e 658 do CPC → ação rescisória = 2 anos) → Sentença -hipótese de litigiosidade
** A partilha pode ser corrigida a qualquer tempo (art. 656) mesmo depois de transitada em julgado a decisão.
Sentença que julga partilha judicial → apelação.
Obs.: a sentença que julga partilha amigável é homologatória.
Formal de Partilha → art. 655 (levado para registro no cartório a fim de indicar que recebeu tal bem). Atenção às regras do 655 que traz as peças de partilha.
Sobrepartilha → art. 669/670 = é feita dentro do próprio inventário e ocorre se após feita a partilha aparecerem novos bens. 
Inventário conjunto: arts. 672 e 673 → é possível desde que presentes os requisitos do art. 672 (cumulação de inventários). Ex.: meeira morre durante o processo de inventário.
19/10/2023
OPOSIÇÃO – arts. 682 a 686, CPC
Oposição é um procedimento especial de jurisdição contenciosa no qual alguém pretende no todo ou em parte, coisa litigiosa e controvertida. A oposição deve ser ajuizada em face das partes originárias do processo necessário. Por esse procedimento alguém visa defender ou pleitear o que é seu e está sendo disputado em juízo por outrem.
Explicação: ele quer uma coisa que esta litigiosa, algo que esta sub judice. 
COMO ERA NO PCP ANTERIOR? E AGORA?
A oposição é uma ação de ´procedimento especial (hoje).
Exemplo de oposição:
A entra em juízo contra B, reivindicando um bem que está com B.
Pode ser bem móvel, imóvel, um direito.
Surge um terceiro ente que é o C, e ele entende que o bem pertence a ele. Não é de A e nem de B.
Nesse caso, ele (C) entra com uma Oposição e será ajuizada contra A e B.
Vamos imaginar nesse exemplo que: A está reivindicando de B 50 hectares de terra, digamos que C esteja pleiteando 30 hectares.
Processo Originário ou Processo Principal – são sinônimos.
A oposição não é obrigatória mas tem como fundamento os princípios da economia processual e celeridade.
Faz uma instrução só, a sentença é uma só para tudo.
Existe uma relação de prejudicialidade entre a oposição e a ação principal, pois para que tenha êxito, na oposição é precisa afastar as pretensões de ambas as partes do processo principal.
	Oposição Opoente (autor) da oposição
 Opostos (réu)
A oposição é admissível nas ações de procedimento comum e eventualmente em alguma de procedimento especial, desde que não haja incompatibilidade.
Sua admissibilidade (sua oposição somente é cabível), todavia, está subordinada a existência de uma disputa de outrem sobre direitos ou coisa que o oponente pretende como seu.
PROCEDIMENTO:
Onde devo distribuir a oposição? Qual o juízo competente?
O opoente deve apresentar uma PI com os requisitos dos arts. 319 e 320 CPC a qual será distribuída POR DEPENDENCIA ao juiz da causa principal art. 683, P único. A oposição será autuada em apartada (vai formar um novo processo) e apensada aos autos principais, tramitará simultaneamente com os autos principais sendo ambos julgados pela mesma sentença (art. 685,CPC). Há uma conexão entre as duas ações tendo em vista o objeto comum (o bem que esta sendo disputado). 
Até quando posso interpor a oposição?
A oposição poderá ser interposta ATÉ QUE SEJA PROFERIDA A SENTENÇA NOS AUTOS ORIGINÁRIOS (art. 682, CPC).
Autor e réu da causa originaria serão necessariamente citados e intimados.
Para participar da oposição.
Que tipo de litisconsórcio se forma?
É um litisconsórcio passivo necessário ulterior (se formou depois) simples (sentença diferente para cada parte).
*Uma vez citados os réus o prazo comum de 15 dias para apresentar contestação. *
Ainda que o processo seja físico e haja partes com advogados diferentes não aplica a regra do prazo em dobro do art. 229 do CPC, por força de haver disposição especifica sobre o prazo prevista no p. único do artigo 683 do CPC. É o PRINCIPIO DA ESPECIFIDADE, norma especial prevalece sobre a norma geral.
O que pode acontecer na contestação?
Podem os réus contestar, ser revel e podem reconhecer a procedência do pedido da oposição.
· Se ambas as partes reconhecerem a procedência do pedido, serão a oposição e a causa principal julgadas, em julgamento antecipado da lide em favor do opoente. 
· Se apenas um dos opostos reconhecer a procedência, a oposição prossegue contra o outro (art. 684, CPC).
· Obs: se o autor reconhecer a procedência do pedido do opoente isso implica em renuncia do autor ao direito sobre o qual se funda ação principal que deverá ser EXTINTA.
· A oposição e a ação principal correram simultaneamente e serão julgadas em conjunto (art. 685, CPC).
· Eles serão citados na pessoa de seus advogados.
· Por isso, é importante que se observe em qual momento da ação principal foi distribuída a oposição.
Se for distribuída antes do inicio da AIJ da ação principal, ela (oposição) tramitará simultaneamente com a ação principal e o juiz fará uma só instrução, ouvindo testemunhas de todas as partes e depois proferirá sentença.
Mas se for distribuída depois AIJ da ação principal, o juiz suspenderá a ação principal e fará uma nova AIJ, pois nesse caso haverá necessidade de participação do opoente que terá a oportunidade de arrolar suas testemunhas, para então depois o juiz proferir uma única sentença. Isso significa que o processo principal ficará parado, suspenso, para que a oposição possa alcançar o mesmo estágio da ação principal (que já foi feita a AIJ) e o juiz proferindo uma únicasentença.
· O art. 686 estabelece que “cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originaria e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar” NA SENTENÇA A OPOSIÇÃO DEVE SER JULGADA PRIMEIRO... Isto é a ação originária e a oposição será julgada pela mesma sentença “uma sentença julgando duas lides” e a oposição deve ser julgado primeiro.
“DESTA” do art. Ele precisa fazer isso por força do art. Julgando o juiz primeiro a oposição antes de decidir a ação originaria.
· Embora, como anota HTJ, existem situações nas quais não é possível proferir uma sentença única, como por exemplo no caso de extinção de uma das causas “ação originaria ou oposição” sem resolução do mérito., contudo se não for o caso o juiz deve proceder conforme o art. 686
· O recurso a ser interposto é a APELAÇÃO!
Qual a diferença da Oposição com os Embargos de Terceiros?
Para a pois, nos embargos o terceiro não disputa o bem, apenas busca cessar uma constrição que equivocadamente recaiu sobre o bem, por isso, os embargos de terceiros NÃO têm relação de prejudicialidade com a execução, que prossegue mesmo que eles embargos sejam acolhidos.
Quem perder paga sucumbência.
No julgamento da oposição e ação principal as partes perdedoras arcaram com o ônus da sucumbência, pagando custa e honorários advocatícios para a parte vencedora.
AÇÕES DE FAMÍLIA – arts. 693 a 699, CPC
O CPC de 2015 trouxe um Procedimento Especial inovando para as ações de família.
Art. 226 e seus parágrafos da CF.
STF – ADPF 132/RJ 2011
Por que e quais os fundamentos que norteiam a criação desse procedimento especial?
Quando estamos diante de ações que envolvem família nós estamos diante de relações continuas relações que se perpetuam no tempo. Existe nessas ações uma conotação até psicológica mais forte tendo em vista os interesses, por isso o legislador priorizou a mediação e conciliação como forma de resolução desses conflitos.
Quais são as ações que tramitam sobre esse rito especial?
São as ações do art. 693, CPC.
Ações Contencioso – Divórcio, Separação, Reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação, filiação.
alimentos, ação que envolve interesse de criança aplicam-se regras especificas mais essas como forma subsidiaria.
PECULIARIDADES SOBRE O PROCEDIMENTO:
· Deve ser feita uma PI, e se estiver em termos (PI em ordem) o juiz determinará a citação do réu para comparecer a Audiência de Conciliação e Mediação (art. 334 p4, CPC).
A CITAÇÃO deve ser pessoal (art. 685, p3, CPC) e deve ser feita COM ANTECEDENCIA MINIMA DE 15 DIAS da audiência (695,p2).
· O mandado de citação NÃO será acompanhado da cópia da PI “art. 695, p 1”. Embora não acompanhe cópia, o réu terá acesso ao processo através de senha no acesso online e poderá em qualquer tempo examinar os autos.
OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO DA AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO:
· O não comparecimento é ato atentatória a dignidade da justiça. 
ATENÇÃO: Diferentemente do que prevê o art. 334, p4, I do CPC que consagra o PRINCIPIO DE AUTONOMIA DE VONTADE DAS PARTES, nas ações de família essa audiência de conciliação é OBRIGATÓRIA e o não comparecimento pode ser considerado ato atentatório a dignidade da justiça (art. 77, p1, CPC).
Nessa audiência será INDISPENSAVEL ADVOGADO/ DEFENSOR PÚBLICO (art. 685, p 4, CPC).
Essa audiência poderá dividir-se em várias sessões, porém podem as partes pedirem providencias afim de evitar o perecimento do direito (art. 696, CPC).
AUDIENCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO REQUER A PRESENÇA DE SEUS ADVOGADOS.
Nessas ações de família o MP somente intervirá quando houver interesse de incapaz e quando houver homologação de acordo.
E se Audiência não for obtido o acordo? Foi Infrutífera a audiência, quais as consequências?
1) Art. 687, CPC
2) Se não for obtido acordo Abre-se o prazo de 15 dias para o réu apresentar contestação e o processo segue o rito comum.
Se estivermos diante de ação que envolve fato relacionado a abuso (psicológico, sexual) ou alienação parental é possível que a criança se sinta fragilizada e assim é necessário a intervenção de um profissional especialista, o qual DEVERÁ ACOMPANHAR O JUIZ QUANDO O INCAPAZ PRESTAR DEPOIMENTO, isso é determinação da lei – art. 699, CPC
26/10/2023
Tutela 
Provisória 
Urgência
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Cautelar - 
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