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DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA PNEUMONIA E SUAS COMPLICAÇÕES PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) FISIOPATOLOGIA MICROaspiração; Inalação; Hematogênica; Extensão direta ETIOLOGIA GERAL AGENTES TÍPICOS - Têm parede de peptideoglicano - Coram bem pelo GRAM - Sensíveis aos β-lactâmicos (Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenêmicos, Monobactâmicos) AGENTES ATÍPICOS - Resistentes ao β-lactâmicos - Sensíveis aos macrolídeos e quinolonas respiratórias QUADRO CLÍNICO A expressão clínica é determinada mais pelo paciente do que pelo agente APRESENTAÇÃO TÍPICA QUADRO CLÍNICO Febre, tosse produtiva, dispneia, dor torácica, crepitações, ↑ frêmito TV, broncofonia RADIOGRAFIA Broncopneumonia x lobar AGENTE ETIOLÓGICO MAIS COMUM Pneumococo APRESENTAÇÃO ATÍPICA QUADRO CLÍNICO Febre baixa, tosse, exame respiratório pobre RADIOGRAFIA Intersticial AGENTE ETIOLÓGICO MAIS COMUM Micoplasmas 1) STREPTOCOCCUS PNEUMONIAE (TÍPICO - DIPLOCOCO GRAM +) • MAIS COMUM • DIAGNÓSTICO: antígeno urinário • PODE CAUSAR: o Derrame pleural o PNM redonda “pseudotumoral” • RISCO DE RESISTÊNCIA (?): o ATB < 3 meses o Comobirdades o Imunossupressão 2) MYCOPLASMA PNEUMONIAE (ATÍPICO – NÃO TEM PAREDE CELULAR) • SÍNDROM GRIPAL + o Otalgia + Miringite bolhosa o Anemia hemolítica o ↑IgM o Stevens-Johnson o Raynaud, Guillan-Barré 3) CHLAMYDIA PNEUMONIAE (ATÍPICO – INTRACELULAR GRAM -) • QUADRO LEVE o Febre o Tosse o Sintomas de VAS Faringite Laringite • C. trachomatis; o LGV o Tracoma • C. psitacci o Pássaros o PNM 4) VÍRUS INFLUENZA (ATÍPICO) Febre + tosse seca + fadiga + “algias” • SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) o Síndrome gripal + Dispneia ou desconforto; SatO2<95%; Piora na doença de base; ↓PA • DIAGNÓSTICO: Swab nasofarígeo • TRATAMENTO: Oseltamivir/Zanamivir o Para SRAG ou risco alto o Idade: < 5; ≥ 60 anos o Imunodeprimido/comorbidades o Indígena o IMC ≥ 40 o Gestante e puérpera 5) H. INFLUENZAE (TÍPICO – COCOBACILO GRAM -) BACTERIANO MAIS COMUM DA DPOC 6) LEGIONELLA (ATÍPICO – BACILO GRAM -) • QUADRO TÍPICO GRAVE + o Sinal de Faget (febre sem taquicardia) o Diarreia, dor abdominal o ↓ Na, ↑ transaminases EM ORDEM 1) Pneumococo 2) Micoplasma 3) C. pneumoniae 4) Vírus 5) Haemophilus 6) Legionella DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA • DIAGNÓSTICO: Antígeno urinário • TRATAMENTO: Macrolídeo ou Levofloxacino S. AUREUS (TÍPICO – COCO GRAM + EM CACHOS) • QUADRO GRAVE EM o Neonatos, lactentes, pós influenza o Usuário de drogas IV o Fibrose cística • PODE CAUSAR o Pneumatoceles Complicação: piopneumotórax o Derrame pleural o PNM necrosante > 2 cm ou abcesso ≥ 2 cm ANAERÓBIOS • FATORES DE RISCO: o Dentes em mau estado; o Macroaspiração Alcoólatra, ↓ consciência, distúrbios da deglutição LOCAIS MAIS COMUNS: parte POSTERIOR do lobo SUPERIOR e parte SUPERIOR do lobo INFERIOR • Evolução LENTA, POLIMICROBIANA • CONDUTA: clindamicina ou amoxicilina/clavulanato por 3 semanas QUANDO PROCURAR? Refratários; internação COMO PROCURAR • ESCARRO: exame direto (se > 25 neutrófilos e < 10 células epiteliais por campo) • CULTURA: escarro, sangue, aspirado • ANTÍGENO URINÁRIO: pneumococo, legionela • TESTES MOLECULARES DIAGNÓSTICO • QUADRO CLÍNICO + IMAGEM o Radiografia de tórax PA e PERFIL o USG de tórax: sensibilidade e especificidade > RX o TC de tórax: mais sensível que USG PROGNÓSTICO • Procalcitonina • Proteína C reativa LOCAL DE TRATAMENTO – CURB65 OU CRB 65 C Confusão mental 1 - 0 ou 1 (1,5%): AMBULATÓRIO - 2 (9,2%): CONSIDERAR INTERNAÇÃO - ≥ 3 (22%): INTERNAÇÃO - 4-5: AVALIAR UTI NÃO TEM UREIA: - 0: AMBULATÓRIO - 1-2: AVALIAR INTERNAÇÃO - ≥ 3: INTERNAÇÃO U Ureia ≥ 43 (50) mg/dl 1 R FR ≥ 30 1 B “Baixa” PA: PAS < 90 ou PAD ≤ 60) 1 65 ≥ 65 anos 1 TRATAMENTO (1) HÍGIDO (AMBULATORIAL) - β-lactâmico ou macrolídeo ou doxiciclina Amoxicilina ± Azitromicina 7 dias ou Azitromicina 3-5 dias ou Claritromicina 7 dias ou doxiciclina consenso BR não cita (2) COMORBIDADES/ATB PRÉVIO/MAIS GRAVE - β-lactâmico + macrolídeo por 5-7 dias (3) ALERGIA À β-LACTÂMICO E MACROLÍDEO - Quinolona respiratória (Moxi/Levofloxacino 5-7 dias) ATENÇÃO: tendinite, neuropatia, alterações psíquicas, aneurisma de aortaa (4) INTERNAÇÃO EM ENFERMARIA - Tratar por 7-10 dias - ASSOCIAÇÃO: β-lactâmico + macrolídeo - OU MONOTERAPIA: Cefalosporina de 3ª (Cefritaxona ou Cefotaxima) ou Amoxicilina + clavulanaro ou Quinolona respiratória (5) INTERNAÇÃO EM UTI - Tratar por 7-14 dias - β-lactâmico + macrolídeo ou Quinolona respiratória Cefalosporina de 3ª geração ou Ampicilina + Sulfactam DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA E O CORTICOIDE? Quadros mais graves, mais inflamados, PCR pode ajudar (?) CONTROLE • Clínico em 48-72h; • Radiológico em (?) o TABAGISTAS > 50ª: repetir em 6-8 semanas PNEUMONIAS HOSPITALARES DEFINIÇÕES NOSOCOMIAL OU ADQUIRIDA NO HOSPITAL ASSOCIADA A VENTILAÇÃO MECÂNICA ≥ 48h de internação ≥48 de IOT + VM FATORES DE RISCO Ventilação mecânica DIAGNÓSTICO • Infiltrado pulmonar: novo ou progressivo • + 2 sinais de infecção: o Temperatura: < 36 ou > 38 o Leucócitos: < 4 mil ou > 12 mil o Secreção purulenta o Piora da oxigenação AGENTES • P. aeruginosa • S. aureus • Acinetobacter baumannii • Gram negativos em geral PRECISO PROCURAR? SEMPRE TRATAMENTO • QUAL ANTIBIÓTICO, DOSE? o Paciente, microbiota, disponibilidade o Colonização ou isolamento prévio • QUAL DURAÇÃO? o 7 dias, responde em 48-72h o Sempre avaliando culturas o Procalcitonina pode ajudar TERAPIA TRIPLA 2 CONTRA PSEUDOMONAS A+B + 1 CONTRA MRSAC (A) Cefalosporina 4ª (cefepime) OU β-Lactâmico/inibidor de β-lactamase (piperacilina/tazobactam) OU Carbapenêmico (imipenem, meropenem) MAIS (B) Aminoglicosídeo (amicacina, gentamicina) OU Quinolonas (cipro, levofloxacino) MAIS (C) Glicopeptídeo (vancomicina, teicoplamina) OU Oxazolidinona (linezolida, que também pega MRSA resistentes à Vanco)
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