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DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA SÍNDROME ICTÉRICA I – HEPATITES O PACIENTE COMEÇA A APRESENTAR ICTERÍCIA QUANDO BILIRRUBINA > 2,5 – 3,0 mg/dl (esclera → língua → pele) HEMOGLOBINA = HEME + GLOBINA HEME → é quebrado em 2 partes = ferro + protoporfirina PROTOPORFIRINA IX → BILIVERDINA → BILIRRUBINA Esta BILIRRUBINA se liberta do interior dos macrófagos e chega ao plasma; mas, por ser insolúvel neste meio, ela precisa “caminhar” pelo plasma ligada a uma proteína solúvel (albumina) – essa bilirrubina é chamada de BILIRRUBINA INDIRETA. A BI segue em direção ao fígado onde sofre 3 processos: captação, conjugação e excreção (a excreção é a etapa limitante do processo → a que mais gasta energia). O fígado se encarrega de transformar a BI em um composto solúvel – BILIRRUBINA DIRETA (BD), que é secretada na bile. Ao ser excretada no lúmen intestinal e atingir o íleo terminal e o cólon, uma parte é metabolizada por bactérias. Nesse caso, forma-se um novo composto = UROBILINOGÊNIO – uma parte desse urobilinogênio é absorvida e retorna à circulação para ser excretado na urina; o restante (estercobilina) sai nas fezes, sendo o responsável pela coloração fecal. GLOBINA: haptoglobina carreia. O aumento das globinas “gasta” a haptoglobina → como se identifica apenas a forma livre dessa proteína, em situações de hemólise teremos uma diminuição da haptoglobina. HEPATITES VIRAIS AGUDAS < 6 meses CLASSIFICAÇÃO ↑ BI HEMÓLISE - ANEMIA + ↑ LDH - Reticulócito - ↓ haptoglobina Metabolismo - SEM anemia ↑ BD Acolia fecal + colúria HEPATITE - AST (TGO) e ALT (TGP) > 10x Se > 1000: vírus, isquemia e drogas AST>ALT: álcool (pela falta de B6, não se forma AST) - FA e GGT “tocadas” COLESTASE - FA e GGT > 4 x - ↑ 5’-nucleotidase - AST e ALT “tocadas” - Prurido Metabolismo - Enzimas normais DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DA BILIRRUBINA HIPERBILIRRUBINEMIA INDIRETA (↑BI) SÍNDROME DE GILBERT - Deficiência PARCIAL leve da GT (comum: 7-9%) Homem | Assintomáticos | Bilirrubina < 4 Precipita: jejum, exercício, febre, álcool Melhora: fenobarbital, dieta hipercalórica CRIGLER NAJJAR - GT Deficiente (até 3 dias de vida) TIPO I – TOTAL: Bilirrubina: 18-45, kernicterus → transplante) TIPO II- PARCIAL: Bilirrubina 6-25 → fenobarbital HIPERBILIRRUBINEMIA DIRETA (↑BD) DUBIN JOHNSON - Problema na excreção (benigna) ROTOR - Problema na excreção (benigna) DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA HEPATITE A CLÍNICA Maioria: assintomática | NÃO cronifica! | Formas graves: idosos e hepatopatas! DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO TRANSMISSÃO Fecal-oral ANTICORPO Anti-HAV IgM IgG NÃO dá diagnóstico = cicatriz! TRATAMENTO SUPORTE PROFILAXIA AFASTAMENTO: 7-14 dias após icterícia PRÉ-EXPOSIÇÃO: calendário ou viajante - dose única aos 15 meses (Ministério da Saúde) PÓS-EXPOSIÇÃO EM CONTATOS NÃO VACINADO (ATÉ 2 SEM): ≥ 1 ANO: vacina (MS: 1 ou SBP: 2 doses) < 1 ANO: imunoglobulina (IG) IMUNODEPRIMIDOS: vacina + IG HEPATITE E A doença é muito parecida com a hepatite A, porém é incomum no Brasil. Fulmina mais em gestante (20%) HEPATITE B TRANSMISSÃO Sexual (mais comum), vertical, percutânea CLÍNICA Muitos sintomas, pouca icterícia (30%) | Fulminante: < 1% | Crônica (Adultos: 1-5%| Crianças: 20-30%| RN: 90%) MANIFESTAÇÕES EXTRA-HEPÁTICASS PAN | GN membranosa | Doença Gianotti-Crosti (lesão papular, eritematosa e não-pruriginosa) MARCADORES SOROLÓGICOS Após a entrada do vírus, o HBsAg é o primeiro a ser detectado (HBsAg+); a replicação viral também faz surgir o HBeAg (HBeAg+). Com o início dos sintomas surge o Anti-HBc IgM. Aos poucos surge Anti-HBc IgG, mas enquanto houver IgM continua sendo uma hepatite aguda! O Anti-HBc deve negativas em até 6 meses. A cura ocorre quando surge o Anti-HBs! 1° PASSO: HBsAg + HBsAg + HBsAg - TEM HEPATITE B (não sei se é aguada ou crônica) PODE SER (“oculta”) PODE NÃO SER (mais provável) 2° PASSO: ANTI-HBc ANTI-HBc (TOTAL) - ANTI-HBc (TOTAL)+ NUNCA TEVE HEPATITE B IgM+: HEPATITE B AGUDA IgM -: HEPATITE B ANTIGA (não sei se já curou) 3° PASSO: ANTI-HBs ANTI-HBs + ANTI-HBs - CUROU E ESTÁ PROTEGIDO (SE ISOLADO, É EFEITO DE VACINA) TEVE E AINDA TEM (HEPATE B CRÔNICA) TRATAMENTO Antiviral nas formas CRÔNICA OU GRAVE PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO: vacina – 3 doses (0-1-6 meses) Anti-HBs (-) após 3 doses: < 2 meses da última dose – novo esquema > 2 MESES: 1 dose... anti-HBs? PÓS-EXPOSIÇÃO (NÃO VACINADOS): imunoglobulina até 7 dias + vacina (oportunidade) Exposição sexual (IG até 14 dias) HBsAg (“assinatura”) Anti-HBs: garante proteção HBcAg (não se dosa) Anti-HBc (IgM/IgG): contato prévio HBeAg (secretado) Anti-HBe: fim da fase replicativa DNA-HBV/HBeAG Replicação viral HBV → vírus DNA HBsAg Hepatite B (presença do vírus – infecção!!!) Anti-HBc Contato com o vírus (IgM = recente) Anti-HbS Cura ou vacinação prévia (proteção) HBeAg Replicação viral (espalhando – replicando) Anti-HBe Fase não-replicativa DANIELA JUNQUEIRA GOMES TEIXEIRA Imunodeprimido (IG mesmo se vacinado) Infecção perinatal (sempre vacina + IG, até 12h) MÃE: ↓ carga viral: tenofovir, 3° trimestre NÃO há indicação formal de cesárea e a amamentação é permitida HEPATITE D DEFECTIVO: só existe com vírus com o vírus B SUSPEITA: origem mediterrânea ou Amazônia DIAGNÓSTICO: Anti-HDV (+) 2 APRESENTAÇÕES: o COINFECÇÃO “D” E “B” AGUDAS: não aumenta o risco de cronificação o SUPERINFECÇÃO “B” CRÔNICA: ↑ risco de fulminante e cirrose HEPATITE C Vírus que mais cronifica (80-90%) ANTI-HCV NÃO confirma: SOLICITAR HCV-RNA Associação com anti-LKM1 M;ANIFESTAÇÕES EXTRAHEPÁTICAS Crioglobulinemia | GN Mesangiocapilar | Líquen e porfiria TRATAMENTO TODOS HEPATOPATIA AUTOIMUNE Agressão autoimune aos HEPATÓCITOS Vírus, álcool e drogas (-) | Hipergamaglobulinemia (↑IgG) | Doenças autoimunes (vitiligo, DM1, Hashimoto) TIPO 1 - Mulher jovem - FAN + (lupoide), Ac antimúsculo liso (AML) TIPO 2 - Meninas (2-15a) e homens (> 40a) - Ac. Anti-LKM1 e anti-LC1 TRATAMENTO Corticoide e azatioprina Exceto assintomáticos e formas leves de hepatite COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA (AMA FAZER COCEIRA) Agressão autoimune aos DUCTOS BILIARES do espaço porta Mulher 30-60 anos | Doenças autoimunes (Sjögren) | ↑IgM FISIOPATOLOGIA ↑ IgM, lesão imune em ductos biliares (espaço-porta) + acúmulo dos componentes da bile (em especial os sais biliares, que são tóxicos.) MANIFESTAÇÕES Assintomático Prurido (sal biliar) Xantelasma (colesterol) Icterícia (fígado) Diabsorção: esteatorreia: ↓ vitamina lipossolúvel (KEDA) Associação com Sjögren e Tireoidite de Hashimoto SUSPEITA ↑ FA + USG SEM DILAÇAO DA VIA BILIAR DIAGNÓSTICO (2 DE 3 CRITÉRIOS) 1. ↑ Fosfatase alcalina 2. Anticorpo antimitocôndria (AMA) 3. Biópsia TRATAMENTO Ácido ursodesoxicólico (sal biliar não-tóxico) – UDCA | Transplante (fase avançada)
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