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FORMAS-DE-GESTÃO-PÚBLICA

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FORMAS DE GESTÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
Introdução .................................................................................................... 4 
Políticas Públicas ......................................................................................... 5 
Gestão Pública ............................................................................................. 6 
Evolução da Administração Pública para a Gestão Pública ......................... 8 
Formas de Gestão Públicas ....................................................................... 11 
- Administração Pública Patrimonialista: .................................................... 12 
- Administração Pública Burocrática: ......................................................... 14 
- Administração Pública Gerencial ............................................................. 16 
Controle da Administração Pública ............................................................ 21 
Referências Bibliográficas .......................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 Introdução 
 
Sant’Anna (2013), defende a ideia de que os termos GESTÃO E 
ADMINNISTRAÇÃO se referem ao mesmo assunto. Matias-Pereira (2008), considera 
o conceito de administração pública amplo e bem complexo, daí a dificuldade de ter 
uma definição clara. Outros autores sustentam que a administração é original e 
primária, enquanto a gestão é nova e especializada. 
A maioria dos autores desse tema conceituam administração em dois sentidos: 
um, como um conjunto de órgãos e agentes aos quais as leis atribuem a função 
administrativa do Estado; outro, como um conjunto de atividades destinadas à 
execução de tarefas consideradas de interesse público. Neste último, o termo aponta 
para a atividade de administrar, de gerir. 
 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, iniciado em 
1995, influenciou troca dos termos de Administração Pública por “Gestão Pública”, e 
ainda definiu objetivos e estabeleceu diretrizes para a reforma da administração 
pública brasileira. 
O termo “Gestão Pública” foi recente mente associado a paradigmas de uma 
gestão mais moderna, imbuída de valores como eficiência, eficácia, foco em 
resultados, qualidade dos serviços prestados dentre outros. Este novo modelo de 
gestão exige mudanças radicais dos gestores e dos servidores, com a finalidade de 
melhor atender às demandas. 
 
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://blogdoaftm.com.br/wp-content/uploads/2019/07/aaa-1.jpg&imgrefurl=http://blogdoaftm.com.br/como-a-tecnologia-esta-ajudando-no-processo-de-gestao-publica/&docid=bQpz9ntUq1PP-M&tbnid=6hLhX71W5BdTDM:&vet=10ahUKEwi6yNm73cblAhXtIbkGHTNsC8IQMwhCKAEwAQ..i&w=713&h=468&itg=1&bih=768&biw=1366&q=imagens%20de%20gestao%20publica&ved=0ahUKEwi6yNm73cblAhXtIbkGHTNsC8IQMwhCKAEwAQ&iact=mrc&uact=8
 
 
 
 
5 
 
 
Políticas Públicas 
 
As Políticas públicas são parte da ciência política, estudada desde o início do 
século passado. No entanto, só recentemente constituiu cursos de graduação e pós-
graduação no Brasil. É conceituado por muitos pesquisadores como um conjunto de 
teorias que tentam explicar como se dá a construção e implementação de ações do 
Estado, para alterar ou manter uma determinada realidade. É um esforço para 
classificar, prever e melhorar processos políticos. Por exemplo: como se dá, no âmbito 
do governo de sua prefeitura, o combate à dengue? Como o secretário convence o 
Prefeito de que é necessário mais dinheiro ou mais pessoal? Como as organizações 
da sociedade ajudam na tarefa de combate à dengue? As ações da prefeitura dão 
bons resultados? 
As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todos os cidadãos, 
independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com a expansão da democracia, 
as responsabilidades dos representantes popular se diversificaram, sendo, portanto, 
comum dizer que sua função é promover a qualidade de vida da sociedade. Essa 
qualidade de vida está intimamente relacionada a ações bem desenvolvidas e a sua 
execução em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência 
social, lazer, transporte e segurança, ou seja, deve-se contemplar a qualidade de vida 
como um todo. 
É partindo desse princípio que, para atingir resultados satisfatórios em 
diferentes áreas, os governos nas esferas federal, estaduais ou municipais, se 
utilizam das políticas públicas. 
Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos 
governos (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação, direta ou indireta, 
de entes públicos ou privados que visam assegurar determinado direito de cidadania 
https://www.politize.com.br/democracia-o-que-e/
https://www.politize.com.br/niveis-de-governo-federal-estadual-municipal/
https://www.youtube.com/watch?v=fZV2yC3jSr8
 
 
 
 
6 
para vários grupos da sociedade ou para determinado segmento social, cultural, 
étnico ou econômico. Sendo, portanto, direitos assegurados na Constituição. 
As políticas públicas podem possuir dois sentidos diferentes: 
A) Político: encara-se a política pública como um processo de decisão, em que 
há naturalmente conflitos de interesses. Por meio das políticas públicas, o governo 
decide o que fazer ou não fazer. 
B) Administrativo: as políticas públicas são um conjunto de projetos, programas 
e atividades realizadas pelo governo. 
A política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou parte da 
política de governo. Sendo que a política de Estado é toda política que independente 
do governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela constituição. 
Já uma política de governo pode depender da alternância de poder. Cada governo 
tem seus projetos, que por sua vez se transformam em políticas públicas. 
Vejamos alguns exemplos dessa distinção: é muito comum ouvirmos dizer que 
a política externa do país deve ser uma política de Estado, ou seja, uma política 
orientada por ideais que transcendem governos e que se mantêm no longo prazo. 
Políticas públicas eficientes que têm continuidade de um governo para outro podem 
se transformar em política de Estado. Um possível exemplo disso é o programa Bolsa 
Família, criado e expandido no governo do PT, cujos bons resultados levaram o líder 
oposicionista Aécio Neves a propor que o programa seja transformado em política de 
Estado, no ano de 2014 (a ideia seria incorporar o programaà Lei Orgânica da 
Assistência Social). 
 
 
Gestão Pública 
 
https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/
https://www.politize.com.br/gestao-de-conflitos-politica/
https://www.politize.com.br/politica-externa-o-que-e-e-por-que-e-importante/
https://www.politize.com.br/bolsa-familia-mitos/
https://www.politize.com.br/bolsa-familia-mitos/
http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112173164/projeto-que-transforma-bolsa-familia-em-politica-de-estado-pode-ser-votado-na-quarta
http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112173164/projeto-que-transforma-bolsa-familia-em-politica-de-estado-pode-ser-votado-na-quarta
 
 
 
 
7 
A palavra GESTÃO deriva do latim, sendo conceituado como ato de 
administrar; de gerir; gerência ou administração. O termo gestão surgiu da 
necessidade de um novo conceito de administrar, que expressasse as mudanças que 
aconteciam dentro da ação administrativa, que superasse a visão tecnicista da 
administração, que fosse além das tarefas: coordenar, planejar, organizar, dirigir e 
controlar, que incorporasse um novo momento social, político e cultural. Um conceito 
mais interdisciplinar, fundamentado na filosofia, sociologia, antropologia e política. 
 
Desta forma, por retratar uma visão estratégica mais ampla, mais 
descentralizada, um processo político-administrativo, com as ações mais interligadas 
e contextualizadas, promovendo condições mais adequadas, tanto materiais, quanto 
humanas, para promover o sucesso dos processos social, cultural, educacional e 
político, optou-se pelo termo gestão, enquanto concepção mais democrática, mais 
participativa, que suscita a colaboração dos sujeitos sociais envolvidos no processo. 
 
Gestão Pública é considerado um termo mais recente, que indica utilização de novas 
práticas na administração do setor público, algumas importadas do setor privado, 
outras recuperadas dos porões da história, outras desenvolvidas nas últimas décadas. 
Do ponto de vista do ensino, é mais vinculado a práticas de gestão, a funcionalidades 
e situação atual do Estado. 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 Evolução da Administração Pública para a Gestão Pública 
 
A redemocratização, a inspiração neoliberal e as referências das inovações 
oriundas de países mais avançados, os movimentos de reforma procuravam centrar-
se nas especificidades das diversas organizações públicas, à semelhança das 
mudanças na área privada. A perspectiva básica era a eficiência e capacidade de 
resposta da administração pública e melhora da gerência pública. 
Portanto passou-se a questionar o tradicionalismo da administração pública, 
mas incorporando os fundamentos democráticos implantados na nova Constituição, 
como a subordinação da administração pública a mandatos políticos conquistados em 
eleições democráticas. Em períodos não democráticos, as tentativas de aparência 
tecnocrática ofuscaram muitos dos problemas de embates políticos, não porque 
deixassem de existir, mas porque havia sempre um lado repressor. 
 Com as novas inspirações ideológicas, começou-se a delinear a ideia de que 
os governos não poderiam sozinhos conduzir ao progresso. O desenvolvimento 
passou a ser visto como algo complexo e gigantesco, e as máquinas administrativas 
tradicionais não como fator de modernização, mas obstáculos ao progresso. 
 
 
 
 
9 
 Surgiram movimentos significativos, em muitos países e apoiados por 
entidades internacionais, para proclamar a descrença nas possibilidades da 
administração pública de conduzir o desenvolvimento. Reduzir o tamanho do Estado 
e modernizar a administração pública de conduzir o desenvolvimento. 
Reduzir o tamanho do Estado e modernizar a administração pública tornaram-
se pontos importantes de uma nova agenda política. Ao contrário das experiências 
anteriores, essa modernização se inspirou fortemente nos modelos de gestão privada, 
considerados superiores e mais eficazes. Assim, as principais mudanças seriam 
transferir funções estatais para a área privada e as restantes seriam administradas 
com formas o mais próximo possível das praticadas nas empresas privadas. Tendo a 
representação democrática como premissa, tentou-se valorizar as técnicas 
administrativas e a competência neutra dos servidores, presumindo sempre a sua 
ação por delegação política e não por autonomia própria. 
A administração eficiente seria consequência natural de instrumentos 
gerenciais, como estruturas e códigos de procedimentos adequados e boas regras 
orçamentárias e gestão de pessoal. Pela falta de eficiência, culpavam-se a 
inadequação das estruturas e dos procedimentos e a inabilidade dos próprios 
servidores. 
Ajustes administrativos seriam feitos de acordo com novos propósitos políticos, 
adquiridos em eleições, ou com novas tecnologias administrativas. As reformas 
preservavam as estruturas organizacionais, favoreciam a rigidez dos códigos 
administrativos, e algumas propostas mais audaciosas propunham maior 
descentralização e autonomia organizacional. Entretanto, não se questionava 
fundamentalmente a administração pública, senão sua ineficiência ou iniquidade. 
 Em grande parte, essas reformas colocavam em causa a própria viabilidade 
da administração pública como condutora de eficiência ou de eficácia na gestão de 
serviços e na ação redistributiva. Os novos modelos procuram transformar e introduzir 
na gestão pública o estilo privado. Além de ampliarem a importação de técnicas típicas 
 
 
 
 
10 
da área privada, propõem sempre com grande ênfase eliminação, privatização e 
terceirização de serviços. 
Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, as ideias sobre reformar a 
administração, com premissas de radicalismo e promessas de eficiência imediata, são 
sempre atraentes, dadas as dificuldades que os cidadãos enfrentam em tratar de seus 
interesses em qualquer organização pública. Ao entrar em contato com uma 
repartição pública, a maioria dos cidadãos experimenta uma história de relativo 
descaso e má qualidade no atendimento, sobretudo na área social. Para essas 
pessoas, a ineficiência no serviço é um sintoma de iniquidade social, já que os mais 
afortunados normalmente dispõem de outros meios. 
Ao imitar a gestão privada, as propostas contemporâneas assumem a 
singularidade do cliente e suas demandas como fundamentais na gestão pública. 
Antes de planejar suas ações ou oferta de serviços, as organizações públicas devem 
conhecer as demandas de sua clientela. 
 A organização pública existe para servir o indivíduo: deve centralizar suas 
ações na demanda do cliente e na sua escolha. Como no mercado, cliente é categoria 
primordial, e deve ser considerado em todas as instâncias. Essa ideologia veio 
contaminada e reforçada pelos valores dos países mais avançados, onde o 
individualismo fundamentado na igualdade das oportunidades constitui uma prática 
social comum. Por isso esses modelos centram-se mais no indivíduo (clientes e 
funcionários) e menos no contexto. A ideologia liberal centrada no indivíduo valoriza 
a iniciativa, o espírito empreendedor e o desempenho e realização individuais. 
Ainda prevalece e se reforça posições de ser a administração pública 
responsável por reduzir a desigualdade social tanto por medidas desenvolvimentistas 
quanto por programas sociais compensatórios. Na prática neoliberal de países mais 
avançados, a gestão pública deve agir no sentido de manter a igualdade perante a lei 
e de garantir oportunidades iguais, salvo nos casos em que as chances não são 
 
 
 
 
11 
claramente iguais. Programas sociais se justificam mais facilmente pela desigualdade 
de oportunidades do que pela compensação de diferenças de desempenho. 
 
Formas de Gestão Públicas 
 
No processo de evolução do Estado moderno, é possível observar 
significativas mudanças na relação da sociedade com o patrimônio público. Essas 
diferentes posturas da sociedade em relação a res publicam podem ser resumidasnaquilo que a doutrina passou a denominar de “as três formas de Administração 
Pública”, as quais sintetizam, idealmente, três distintas maneiras de administração do 
patrimônio do Estado. Os diferentes perfis de Administração Pública que se 
sucederam são: a Administração Pública Patrimonialista, a Administração Pública 
Burocrática e a Administração Pública Gerencial 
A ética na gestão pública está diretamente relacionada com a forma pela qual 
as ações do Estado são direcionadas e o guia para essas ações são os modelos de 
gestão. O Brasil passou por diferentes perfis de Administração Pública que se 
sucederam, são eles: patrimonialista, burocrático e gerencial. As características de 
cada um desses modelos de administração levam a um caminho para o tratamento 
da coisa pública e, consequentemente, a uma nova interpretação do que é ser ético 
na administração pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
- Administração Pública Patrimonialista: 
 
 
 
É um modelo de administração típico dos Estados Absolutistas da Europa e 
chegou ao Brasil com a vinda de Dom João VI e sua corte em 1808. O Estado era tido 
como uma extensão do poder do governante e os administradores chegavam aos 
seus postos de trabalho por indicação do soberano. 
Na visão patrimonialista, a visão de que a gestão pública 
deveria servir a população para satisfazer ou dar condições 
para que suas necessidades fossem atendidas era 
antagônica, ou seja, entendia-se que o Estado era uma 
entidade que deveria ter suas necessidades satisfeitas por 
meio do trabalho dos seus governados. Os governantes 
consideraram o Estado como seu patrimônio, havendo uma 
total confusão entre o que é público e o que é privado. (SILVA, 
2013) 
No modelo patrimonialista, “a gestão dos negócios governamentais 
caracterizava-se por um modelo fortemente centralizado e pela ausência de critérios 
e métodos científicos de gestão”. Normalmente, os cargos eram dados como forma 
de agradecimento ou para preservar interesses particulares. Era uma forma de 
 
 
 
 
13 
administrar que privilegiava o clientelismo, o nepotismo e a corrupção, uma vez que 
o interesse público e privado se misturava. Marini (2004, p.4), 
 Neste modelo de administração o aparelho do Estado funciona como uma 
extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores possuem status de 
nobreza real. Os cargos são considerados prebendas e não há diferença entre res 
pública e res principis. Consequentemente, a corrupção e o nepotismo são inerentes 
a esse tipo de administração. 
Na administração público patrimonialismo, não é possível afirmar que existe 
coisa pública em sentido contemporâneo, uma vez que o próprio Estado se confunde 
com patrimônio do soberano, sendo mera extensão daquilo que lhe pertence. O 
interesse perseguido é sempre o de quem detém o aparelho de Estado em suas mãos, 
não se podendo falar, nesse momento, de institutos básicos da moderna 
Administração Pública, como a ideia de supremacia e indisponibilidade do interesse 
público, separação do servidor de seu cargo, entre outros (ACUNHA, 2013, p. 26). 
Com a afirmação do capitalismo e da democracia, o mercado e a sociedade 
civil passam a se distinguir do Estado e, a partir desse momento histórico, a 
Administração Patrimonialista torna-se inaceitável. A reação ao Ancien Régime e a 
prevalência dos ideais da burguesia contra o autoritarismo e a ausência de segurança 
jurídica, marcados pelo surgimento do Estado Liberal, conduz a uma nova forma de 
organização e gestão da coisa pública. 
 Nesse momento, separa-se a esfera dos interesses dos indivíduos (interesses 
privados) da esfera do interesse da coletividade (o interesse público), atribuindo-se 
ao Estado a missão primordial de buscar a satisfação desse último, embora não de 
forma exclusiva, já que, em inúmeras situações, o ordenamento jurídico confere ao 
particular a legitimidade para realizar e defender o interesse público, ainda que esse 
possa ser utilizado como instrumento contrário aos interesses da própria 
Administração Pública (interesse coletivo e interesse da Administração não se 
confundem) (ACUNHA, 2013, p. 26). 
https://jus.com.br/tudo/separacao
https://jus.com.br/tudo/separacao
 
 
 
 
14 
 
- Administração Pública Burocrática: 
O modelo Burocrático surgiu na Europa no século XIX com a intenção de 
reduzir a corrupção e trazer mais impessoalidade às ações da administração pública. 
No Brasil, esse modelo foi adotado na década de 1930, no governo do então 
presidente Getúlio Vargas. 
O país passava por um momento de crescente industrialização e ao mesmo 
tempo de um forte nacionalismo e uma grande centralização administrativa. Tinha-se 
a intenção de acabar com a cultura patrimonialista que havia se alastrado por toda a 
administração desde antes da independência, tendo passado por todo período 
imperial e pela chamada “República Velha”, a qual tem como uma das suas mais 
fortes marcas o “coronelismo”. Em relação à postura do administrador público frente 
ao modelo burocrático, Osório (2005) afirma: 
Nas estruturas burocráticas do domínio legal 
Weberiano, a administração pública passou a ocupar 
um lugar de destaque, caracterizando-se não apenas 
pelo apego às formas instrumentais do governo, mas 
sobretudo pelo ideal de obediência a legalidade. Daí 
porque a liberdade do administrador haveria de ser 
muito restrita, ou mesmo inexistente, dentro dos 
padrões de divisão dos poderes. (OSÓRIO, 2005) 
 Na Constituição de 1934 já havia um artigo que tratava do direito ao livre 
acesso a todos os brasileiros aos cargos e o fim das discriminações de estado civil e 
sexo, questões que faziam parte das legislações até ali existentes. Barbosa (1999). A 
própria criação do Departamento da Administração do Serviço Público (DASP), em 
1936, foi uma tentativa de formar uma nova cultura administrativa, já que esse órgão 
deveria implementar as diretrizes, formar administradores do alto escalão e 
supervisionar a administração pública. Sobre o modelo de administração burocrática, 
Silva (2013) afirma: 
Entre as principais críticas à administração pública 
burocrática, pode-se citar a separação do Estado e 
sociedade, pelo fato de os funcionários se 
concentrarem no controle e na garantia do poder do 
Estado. O modelo burocrático está presente na 
Constituição de 1988 e em todo o sistema do direito 
 
 
 
 
15 
administrativo brasileiro. Ele está baseado no 
formalismo e na presença constante de normas e 
rigidez de procedimentos. (SILVA, 2013) 
 
Essa forma de administração surge como uma reação ao modelo anterior. 
Visa combater a corrupção e o nepotismo patrimonialistas e apresenta como 
princípios orientadores de seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de 
carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, a legalidade, em 
síntese, o poder racional. 
 Segundo Osório (2005), o legalismo e a burocracia tornaram-se pilares de 
legitimação do poder político, em detrimento da discricionariedade. A obediência a 
processos formalmente corretos do ponto de vista jurídico seria mais importante que 
o atendimento a resultados. (OSÓRIO, 2005) 
 Nessa forma de administração, os controles administrativos são sempre a priori, pois 
parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos 
que a eles dirigem demandas. Daí a necessidade de controles rígidos de processos, 
como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento a 
demandas (BRASIL, 1995, p. 15). 
O modelo burocrático é constituído por procedimentos formais feitos por 
funcionários especializados com competências fixas, sujeitos ao controle hierárquico. 
Essa forma de administração procura-se separar a esfera dos interesses dos 
indivíduos (interesse privado) daquela atinente ao interesse da coletividade (o 
interesse público), atribuindo-se ao Estado não o monopólio do último – visto que,como se sabe, interesse coletivo e interesse da Administração não se confundem -, 
mas a missão primordial de buscar a sua satisfação. 
O burocrático enfatiza aspectos absolutamente formais, controlando processos 
de decisão, estabelecendo uma hierarquia funcional rígida, baseada em princípios de 
profissionalização, formalismo, entre outros. O que é relevante, nesse tipo de controle, 
é o “como” (controle de meio de atuação, ou controle de processos), a observância 
 
 
 
 
16 
do atendimento às prescrições legais em todos os momentos de atuação dos agentes 
do Estado (princípio da legalidade), e não o “o quê” (controle finalístico, ou controle 
de resultados), que será enfatizado pelo modelo seguinte (ACUNHA,2013, p. 28).O 
modelo burocrático exerceu enorme influência na estruturação da Administração 
Pública brasileira plasmada na Constituição de 1988. 
Desde a década de 30, surgiram os concursos públicos, no Brasil, para a 
investidura em cargos ou empregos públicos de provimento definitivo, conforme 
estabelece o art. 37, II, da Constituição de 1988, com a consequente 
profissionalização das carreiras públicas, é um exemplo dessa influência. Por outro 
lado, a obrigatoriedade de se realizar licitação nas contratações públicas (art. 37, XXI, 
CF/88) também é exemplo dessa influência. 
A existência na Administração Pública brasileira, na atualidade, de um sistema 
estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de 
desempenho, o treinamento sistemático - art. 39 da Constituição Federal, também é 
exemplo da permanência dos princípios fundamentais da Administração Pública 
burocrática. 
 
- Administração Pública Gerencial 
 
 
 
https://jus.com.br/tudo/licitacao
https://jus.com.br/tudo/licitacao
https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://www.alagoinhashoje.com/wp-content/uploads/2018/05/GEST%C3%83O-P%C3%9ABLICA-1-800x420.jpg&imgrefurl=https://www.alagoinhashoje.com/desafios-da-gestao-publica-rumo-a-excelencia-marilia-reis-jeanine-ferreira/&docid=sgW5GY9IXrPb5M&tbnid=9wSMnswjP7GJCM:&vet=10ahUKEwi6yNm73cblAhXtIbkGHTNsC8IQMwhPKA0wDQ..i&w=800&h=420&bih=768&biw=1366&q=imagens%20de%20gestao%20publica&ved=0ahUKEwi6yNm73cblAhXtIbkGHTNsC8IQMwhPKA0wDQ&iact=mrc&uact=8
 
 
 
 
17 
O modelo gerencial tem como base a preocupação com a qualidade dos 
serviços prestados e a redução de custos. Busca ainda uma cultura gerencial nas 
organizações, visando resultados e o aumento da governança do Estado. 
Nesse modelo de administração a atuação do Estado passa a ser orientada 
predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços 
públicos, tendo o cidadão como foco principal, e pelo desenvolvimento de uma cultura 
gerencial nas organizações. O princípio da eficiência passa a ser a bússola da 
Administração Pública. 
No modelo gerencial (governança), a estratégia volta-se: 
 
a) para a definição precisa dos objetivos que o administrador público 
deverá atingir em sua unidade; 
b) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos 
humanos, materiais, e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que 
possa atingir os objetivos contratados. 
c) para o controle ou cobrança a posteriori dos resultados, ou seja, o 
controle de resultados. 
Nessa forma ainda se pratica a competição administrada no interior do próprio 
Estado, quando há possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. 
O modelo gerencial, fundamentado nos princípios da confiança e da 
descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de 
estruturas, descentralização de funções e incentivo à criatividade. Ao invés de 
enfatizar o controle estrito de procedimentos, ou de “como” agir, passa-se à 
preocupação com os fins a serem atingidos com a atuação do Estado, ou seja, com 
“o que” foi feito com o dinheiro do Estado, com a avaliação que permita indicar se a 
meta estabelecida foi ou não alcançada, se o resultado pretendido foi ou não atingido, 
se o recurso público foi ou não eficientemente empregado – Princípio de eficiência 
como bússola da Administração Pública (ACUNHA, 2013, p. 29).
https://jus.com.br/tudo/empregado
 
 
 
 
18 
Afirma-se ainda que, a Administração Pública deve ser permeável à maior 
participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e 
deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins), tendo como 
princípios norteadores a eficiência, a orientação para o cidadão-cliente, o controle dos 
resultados e a competição administrada. 
A administração pública gerencial foi a principal fonte de inspiração dos autores 
da chamada “Reforma Administrativa do Estado” (Emenda Constitucional n. 19/1998), 
a qual adotou uma série de medidas que atenuaram os rígidos controles 
procedimentais do período precedente, com ênfase muito maior no princípio da 
eficiência (incorporado ao caput do artigo 37 da Constituição Federal pela EC 
19/1998), prevendo, entre outros, a atuação em parceria com sociedade civil, 
destacadamente, com o chamado Terceiro Setor, por meio de instituições como as 
Organizações Sociais e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, 
uma maior autonomia para as entidades administrativas, por meio de instrumentos 
como os contratos de gestão, que dá ensejo, até mesmo, ao que chama de 
competição administrada, com o estabelecimento de concorrências internas entre as 
pessoas jurídicas ligadas ao Estado (ou entre entidades do Terceiro Setor) na busca 
de recurso públicos, que serão destinados àqueles que se mostrem mais eficientes 
no emprego das verbas - art. 37, parágrafo 8, CF/88. (ACUNHA, 2013, p. 29). 
Esta forma de gestão também foi o responsável por abrir a Administração 
Pública a uma maior participação dos cidadãos/usuários, tendo o art. 37, parágrafo 3, 
da CF/88, com redação determinada pela EC 19/1998, estabelecido que “A lei 
disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e 
indireta, regulando especialmente”. Na Administração Pública Gerencial, a relação 
entre o Poder Público e seus parceiros foi radicalmente modificada, sendo digno de 
nota o surgimento das entidades do espaço público não estatal e a sua forma de 
relacionamento com o Estado, os tipos de atividades que prestam e o regime jurídico 
de controle que experimentam. 
Com a emergência do paradigma do Estado Regulador, surge a concepção 
de que existem espaços públicos não estatais que podem ser preenchidos por 
https://jus.com.br/tudo/regime-juridico
https://jus.com.br/tudo/regime-juridico
 
 
 
 
19 
organizações da sociedade civil, cuja finalidade consiste em satisfazer as 
necessidades humanas a que o mercado não consegue dar resposta e o Estado já 
não está em condições de satisfazer. É o surgimento do chamado Terceiro Setor, com 
o qual o Estado tratou de estabelecer parcerias nas áreas de saúde, educação, 
cultura, pesquisa e outros. 
Esse é o movimento que o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 
– PDRAE, denominou de processo de publicização (BRASIL, 1995, p. 12-13). Está 
relacionado com a prestação de atividades públicas - os chamados serviços públicos, 
quando entendidas como não exclusivas do Estado - como a imposição e a 
arrecadação de tributos, o exercício do poder de polícia, e outros. 
 O PDRAE consistiu num movimento que busca estabelecer parceria com o 
Terceiro Setor - Organizações Sociais e Organizações Sociais da Sociedade Civil de 
Interesse Público, instituídas, respectivamente pelas Leis n. 9.637/98 e 9.790/99, em 
relação às atividades que correspondem aos chamados espaços públicos não 
estatais, em que serviços públicos, como saúde, educação, cultura, pesquisa 
científica, meio desenvolvimento tecnológico, entre outros, não são entendidos como 
atividades exclusivas do Estado. Essa parceria entre o Estado e o Terceiro Setor se 
formaliza medianteContrato de Gestão (art. 5, da Lei n. 9.637/98) ou Termo de 
Parceria (art. 9, da Lei n. 9.790/99), conforme autorização do constituinte reformador 
no art. art. 37, parágrafo 8, da Constituição Federal. 
Trata-se de uma forma de controle mais suave, que deixa de basear-se nos 
processos para concentrar-se nos resultados. Tanto a Lei n. 9.637/98 quanto a Lei n. 
9.790/99 estabelecem formas de controle pelo resultado. O Art. 8o, § 1o, da Lei n. 
9.637/98 estabelece que “§ 1o A entidade qualificada apresentará ao órgão ou 
entidade do Poder Público supervisora signatária do contrato, ao término de cada 
exercício ou a qualquer momento, conforme recomende o interesse público, relatório 
pertinente à execução do contrato de gestão, contendo comparativo específico das 
metas propostas com os resultados alcançados, acompanhado da prestação de 
https://jus.com.br/tudo/plano-diretor
 
 
 
 
20 
contas correspondente ao exercício financeiro.” Essa forma de controle pelo resultado 
também está prevista no art. 10, § 2o, incisos II e II, da Lei n. 9.790/99. 
É importante observar que, apesar de se tratar de uma forma de 
administração mais flexível, tais parcerias não estão livres da fiscalização dos órgãos 
de controle do Estado, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a 
Advocacia Pública, conforme expressamente prevê os arts. 9 e 10 da Lei n. 9.637/98 
e os arts. 12 e 13 da Lei n. 9.790/99. 
É importante ressaltar que a Administração Pública brasileira sofre influxos de 
todos esses perfis de Administração Pública. Com efeito, as inovações gerenciais de 
dinamização convivem com os principais institutos burocráticos, como a 
profissionalização, o concurso público, a legalidade e com indesejáveis resquícios de 
patrimonialismo, como a privatização de espaços públicos e meios públicos, 
frequentemente colonizados pela busca de interesses privados (ACUNHA, 2013, p. 
30). 
 
 
 
https://jus.com.br/tudo/fiscalizacao
https://jus.com.br/tudo/tribunal-de-contas
https://jus.com.br/tudo/advocacia
 
 
 
 
21 
Controle da Administração Pública 
 
Nos últimos anos, estão sendo implementados no Brasil mecanismos que 
possibilitem um maior controle social no que se refere às ações dos agentes públicos 
e das políticas estatais. A busca pela transparência na gestão pública é um fator 
importante para que esse controle seja possível. Segundo Figueiredo e Santos (2013), 
“a Lei de Acesso à Informação, nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, busca tornar 
menos obscuro o conhecimento da informação por parte dos cidadãos, no que se 
refere à forma como os nossos recursos públicos são administrados”. 
O bem-estar social, o bem público, é o objetivo maior da administração 
pública. No entanto, é comum ocorrer casos de má utilização dos recursos públicos e 
atos de corrupção. Para buscar resolver tais problemas, tem se pensado em formas 
de controle que visam uma ação mais ética e eficiente da administração pública. 
Muitas ações têm sido feitas por parte dos governos, tanto federal quanto 
estaduais e municipais, referentes a essa questão. A Internet tem ajudado com a 
disponibilização de informações a partir do chamado “Portal da Transparência”, onde 
é possível encontrar dados sobre as arrecadações e gastos públicos. 
 
 
 
 
22 
 Em relação à transparência da gestão pública, a Controladoria-Geral da União 
(CGU) destaca: 
Promover transparência é dar condições de acesso a 
todas as informações sobre a gestão pública. Uma 
Administração Pública transparente é aquela que funciona de 
maneira aberta, sem nada às escondidas, baseada em 
princípios éticos e democráticos, em função da facilidade que 
têm os cidadãos em acessar as informações públicas [...] 
Transparência é, portanto, o que permite a qualquer cidadão, 
saber onde, como e porque o dinheiro público está sendo 
gasto. (CGU, 2010) 
 
Outro ponto de destaque nesse sentido foi a Lei de Responsabilidade Fiscal. 
Sobre essa lei, Henriques e Alcântara (2012) destaca: 
A Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, denominada 
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), consagra a 
transparência da gestão financeira como mecanismo de 
controle social, correspondendo na atualidade importante 
ferramenta para o controle e acompanhamento do correto 
destino dos recursos públicos na seara dos municípios, bem 
como dos demais entes federativos. Sucedeu-se, então, a Lei 
Complementar 131, de 27 de maio de 2009, conhecida como 
Lei da Transparência, a qual garante o acesso dos cidadãos 
às contas públicas. (HENRIQUES E ALCÂNTARA, 2012, p.2) 
 
Dentro do tema de controle da administração pública, um termo aparece em 
destaque: accountability. Esse termo ainda não possui uma tradução para o 
português, mas se relaciona com a prestação de contas dos governantes e a 
responsabilização dos mesmos. 
A accountability quando o cidadão percebe quem são os agentes que agem em 
seu benefício e os aprovam, elegendo- lhes, ou sancionam lhes, não mais votando 
neles. O accountability pode ser dividido em vertical, horizontal e social. O 
accountability horizontal diz respeito à mútua fiscalização dos três poderes ou entre 
órgãos como os tribunais de contas, as agências reguladoras, controladorias-gerais e 
os ministérios públicos, por exemplo. Já o accountability vertical é o controle feito 
pelos cidadãos, por meio de plebiscitos, referendos e voto ou mediante exercício de 
controle social. 
 
 
 
 
23 
O accontability social relaciona-se às ações de associações, organizações não-
governamentais (ONG) e sindicatos para tornar públicas as falhas da administração 
pública, incluir novas questões nas agendas políticas ou até mesmo influenciar 
decisões a serem tomadas pelo poder público. Esse tipo de accontability não é capaz 
de, por si só, promover sanções, mas ganham efetividade ao sensibilizar outros 
mecanismos de controle, como os órgãos públicos que possuem essa atribuição e o 
próprio eleitor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
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