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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/329924189
A Importância da Relação Entre Escola e Família no Desenvolvimento
Intelectual e Afetivo do Aluno
Article · June 2016
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Eraldo Carlos Batista
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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Relação Família/Escola 
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Rev. Saberes, Rolim de Moura, vol. 4, n. 1, jan./jun., p. 20-29, 2016. ISSN: 2358-0909 
A Importância da Relação Entre Escola e Família no 
Desenvolvimento Intelectual e Afetivo do Aluno 
 
Daniela Aparecida Bernardino Lopes1 
Jeieli Lindiene da Silva Oliveira1 
Fabiola Santana2 
Kelvis Pereira de São Paulo 3 
Eraldo Carlos Batista 4 
 
 
RESUMO: O presente estudo tem como objetivo discutir a temática em questão visando 
analisar qual é a importância da relação familiar no desenvolvimento intelectual e afetivo da 
criança no ambiente escolar de como se dá a interação entre família e a escola? Para alcançar 
tal objetivo, o estudo utilizou-se como instrumento metodológico um levantamento 
bibliográfico, além deste foram utilizadas fontes documentais de base legal, como: Constituição 
Federal, Lei de diretrizes e base da Educação Nacional e outros. A partir do estudo teórico, 
emergiram três pontos de discussão: A influência familiar e escolar no desenvolvimento 
intelectual e afetivo da criança; O papel da família e da escola nos documentos legais de 
fomento à educação da criança, e, por fim, Reflexões sobre a relação escola e família. Tais 
resultados mostraram que, a família e escola são entidades distintas, entretanto é fundamental 
que estas se dialoguem para promover o ensino/aprendizagem do aluno. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Escola. Família. Desenvolvimento Intelectual Afetivo. 
 
The Relationship Between the Importance of School and Family 
in Intellectual Development and Affective Student 
 
ABSTRACT: This study aims to discuss the issue in question in order to analyze what is the 
importance of family relationships in the intellectual and emotional development of children in 
the school environment how is the interaction between family and school? To achieve this goal, 
the study was used as a methodological tool a literature beyond this were used documentary 
sources of legal basis, such as the Constitution, Law and guidelines based on the National 
Education and others. From the theoretical study revealed three points of discussion: The family 
and school influence on the intellectual and emotional development of the child; The role of 
family and school in the legal documents of fostering the child's education, and finally, 
reflections on the relationship school and family. These results showed that that family and 
school are separate entities, however it is essential that these are to hold discussions to promote 
the teaching / learning of the student. 
 
KEYWORDS: School. Family. Intellectual Development Affective. 
 
1Acadêmicas do curso de Pedagogia do VII período da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Campus de 
Rolim de Moura, e-mail: danibernardino28@gmail.com 
2 Acadêmica do curso de História do III período da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Campus de Rolim 
de Moura, e-mail: santana.fa0@gmail.com 
3 Acadêmico do curso de História do V período da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Campus de Rolim 
de Moura, e-mail: kelvis_pereira2013@hotmail.com 
4 Professor colaborador da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Campus de Rolim de Moura, e-mail: 
eraldo.cb@hotmail.com 
mailto:danibernardino28@gmail.com
mailto:santana.fa0@gmail.com
mailto:kelvis_pereira2013@hotmail.com
mailto:eraldo.cb@hotmail.com
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INTRODUÇÃO 
 
O tema proposto para esse trabalho enfoca a relação escola e família, tendo como foco 
principal a importância dessa relação no desenvolvimento intelectual da criança no ambiente 
escolar. 
Ao longo dos anos, o sistema educacional brasileiro e a instituição família vêm passando 
por constantes adaptações. A educação voltada para receber as crianças, propõem as mudanças 
necessárias para atender esse propósito. Desde que as mulheres passaram a ter de trabalhar fora 
para contribuir com o orçamento doméstico, a instituição escolar,principalmente, a Educação 
Infantil, tornou-se um apoio importante para os pais deixarem a criança durante o dia, ou parte 
dele. 
É nesse contexto histórico que esse artigo se justifica na tentativa de compreender, a 
partir de dados teóricos, como se dá a interação entre a escola e família? Quais os desafios que 
permeiam essa interação? Qual a importância da relação família no desenvolvimento intelectual 
da criança no ambiente escolar? Para alcançar tal objetivo, o estudo utilizou-se como base de 
fundamentação os autores, como: Fernandes, Piaget, Vygotsky, Tiba, entre outros. Além desses 
autores foram utilizadas fontes documentais de base legal, como: Constituição Federal 
Nacional, Lei de diretrizes e Base da Educação Nacional e outros. 
A pesquisa teve como instrumento metodológico um levantamento bibliográfico, com 
o objetivo de analisar qual é a importância da relação família/escola no desenvolvimento 
intelectual e afetivo da criança no ambiente escolar. 
 
1 A INFLUÊNCIA FAMILIAR E ESCOLAR NO DESENVOLVIMENTO 
INTELECTUAL E AFETIVO DA CRIANÇA 
 
A família é a primeira instituição em que a criança encontra um espaço natural para o 
seu desenvolvimento. Cabe salientar que as instituições de um modo geral acompanham o 
desenvolvimento social, com a família não tem sido diferente, tem se modificado a cada período 
histórico, tanto em sua estrutura, função, modo de conceber a aprendizagem, valores e 
costumes. 
A concepção de família tem se modificado ao longo do tempo, cada período histórico 
influenciou e continua influenciando nesta primeira instituição. Nesse sentido, não podemos se 
ater somente a um modelo familiar, é necessário compreende-la como uma instituição com 
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várias estruturas e papeis diferentes, ou seja, há famílias com laços de sangue e formada por 
laços afetivos. 
As famílias de modo geral, passam por momentos característicos e próprios do seu ciclo 
vital, sendo assim, 
 
[...] Todas vivem crises e dificuldades, associadas à educação e ao crescimento dos 
filhos, as mudanças que se produzem no caráter do casal, ao que tem como 
protagonista algum dos progenitores – ou ambos – e o seu mundo fora da família 
(trabalho, relação, etc), a acontecimentos tais como, por exemplos, separações, 
divórcios, etc (SALVADOR et al., 1999, p. 158). 
 
Pode-se considerar que essas mudanças citadas acima são introduzidas à estrutura e às 
relações da família que englobam tensões e resistências provocando o desequilíbrio familiar. 
Essas mudanças são importantes para a formação de novas reestruturações, adaptando-se as 
novas situações familiares. 
Como todos os sistemas, as famílias são organizadas por meio afetivos e emocionais, 
com funções e objetivos que almejam ser alçados, deste modo, “a família tem as funções 
psicossociais de proteger os seus membros e favorecer a sua adaptação à cultura à qual 
pertencem” (SALVADOR et al, 1999, p. 158). 
Documentos de aparato legal também aborda a função da família e dentre esses se 
encontra na Constituição Federal de 1988, que descreve em seu Art. 227 o dever da família em 
oferecer o cuidado, a proteção, a educação, e, dentre outros, o direito à vida. É importante 
destacar que o dever da família é definido dentro da lei nacional, deste modo, cabe a ela cumprir 
com suas funções, dentre essas o dever de pais/responsáveis em matricular seus filhos menores 
na instituição escolar. A relação entre a instituição familiar e a instituição escolar acontece 
dentro da perspectiva em atender a tal função. 
O papel da instituição escolar e da instituição familiar se torna imprescindíveis para o 
desenvolvimento cognitivo, social e afetivo do aluno. O papel de cada instituição supracitada é 
diferente, porém se complementam. Sendo assim: 
 
As práticas educativas divergem quanto ao grau de controle que os pais exercem sobre 
o comportamento dos filhos. Essa dimensão é crucial ao desenvolvimento da pessoa, 
desde que, mediante a orientação e controle os outros exercem, aprendem a controlar 
e a regular a nossa conduta de maneira autônoma (SALVADOR, 1999, p. 165). 
 
Com essa conduta a família estabelece um elo entre a escola, possibilitando que as 
práticas pedagógicas tenham a dinâmica de explicar conteúdos, tomar decisões, compartilhar 
problemas, conflitos, dúvidas, ansiedades, expectativas e satisfações, levando em conta o 
respeito e a autonomia. Esse comportamento é possível mediante a comunicação estabelecida 
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na instituição escolar, esta tem a função de promover o crescimento humano, auxiliando o aluno 
a ser protagonista de sua própria história, envolvendo a família no processo de ensino e 
aprendizagem. 
De acordo com Piaget (1984) e Vygotsky (1998) a aprendizagem é resultado da 
interação entre os indivíduos, considerando-se a maturação biológica, a bagagem cultural. 
Portanto, existem diferenças familiares que precisam ser levadas em consideração quando se 
trata de aprendizagem escolar, pois, esta é um processo pessoal, individual que depende de 
múltiplos fatores, dentre esses: 
 
a) Práticas educativas em que se exerce um notável controle sobre a conduta dos 
filhos, em que há uma forte exigência de maturidade, em um ambiente pouco 
comunicativo e em que o afeto é pouco manifestado. Essas práticas refletem o 
estilo dos pais denominados autoritários, que tendem a fomentar nos filhos uma 
baixa autoestima e uma dependência excessiva, acompanhada de sentimentos de 
tristeza e infelicidade; 
b) Prática educativas em que se exerce pouco controle e há escassa exigência de 
maturidade, acompanhadas de um ambiente comunicativo e com elevadas 
manifestações de afeto. Essas práticas refletem o estilo dos pais denominados 
permissivos, e seus filhos costumam a ter baixa autoestima e pouco controle sobre 
si próprio, além de uma certa imaturidade; 
c) Práticas educativas em que um elevado grau de controle e de exigências 
maturidade combina-se com um ambiente bastante comunicativo e afetuoso. Essas 
práticas refletem o estilo dos pais denominados democratas. Considera-se que 
favorecem a autoestima dos filhos e que contribuem ao alcance da autorregularão 
responsável (SALVADOR, 1999, p. 166). 
 
As classificações anteriores tendem a segregar e estereotipar realidades diversas, é 
importante conhecer a família e compreender as dimensões presentes na realidade e quebrar 
estereótipos. Nesse sentido, o afeto e a comunicação ajudam a compreender melhor as 
condições que contribuem para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem do aluno. 
Vygotsky aborda em seus estudos a preocupação em entender os fatores sociais e 
culturais que influenciam o desenvolvimento intelectual, dentre os termos e conceitos destaca 
a mediação conduzida por um adulto no processo de aquisição da aprendizagem. A mediação é 
tratada por Vygotsky por Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), ou seja, a criança precisa 
ser mediada por um adulto para desenvolver a sua autonomia, e, se aproximar, pouco a pouco, 
da fase chamada de Nível de Desenvolvimento Real (NDR) (FONSECA, 1995). 
Sendo assim, o ambiente familiar e escolar tornam-se fortes influenciadores no 
desenvolvimento intelectual que necessita da mediação do adulto, seja no ambiente familiar ou 
escolar. 
 
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2 O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NOS DOCUMENTOS LEGAIS DE 
FORMENTO À EDUCAÇÃO DA CRIANÇA 
 
Cada uma das instituições, familiar e escolar, possui papeis importantes e que precisam 
ser compreendidas pelos seus sujeitos. Sabemos que nos dias atuais os papeis desenvolvidos 
por cada instituição tem sido trocados. Portanto é necessário fazer menções o que incube a cada 
uma dessas instituições. 
A Constituição Federal (1988) aponta o papel que a família deve desempenhar na 
criação e educação de seus membros, 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida 
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da 
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
[...] Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo 
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. [...] Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos 
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, 
carência ou enfermidade (BRASIL, 2015). 
 
A Constituição elenca também o dever do Estado perante o processo educativo. 
Juntamente com a família, o Estado desempenha o papel de estabelecer condutas e valores 
culturais, o que influencia no convívio social dos sujeitos. 
Por outro lado, o acompanhamento da vida escolar do aluno pela família, torna-se fator 
preponderante para o seu sucesso acadêmico (BATISTA; MANTOVANI; NASCIMENTO, 
2015). Para dar mais sustentação às incumbências da instituição familiar o Estatuto da Criança 
e do Adolescente - ECA reafirma tais compromissos: 
 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação 
para o trabalho [...] Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do 
processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
[...] Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou 
pupilos na rede regular de ensino. [...] Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou 
responsável: V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua 
frequência e aproveitamento escolar (BRASIL, 2002). 
 
A escola tem, assim como a família, uma parcela muito significativa no 
desenvolvimento do indivíduo, é nela que a criança vai adquirir saberes sistematicamente 
organizado em diferentes áreas. A instituição escolar que conhecemos hoje, dentro de um estado 
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democrático, tem por incumbência atender a todos, sem discriminação de classe ou cor é 
assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996). 
 
3 REFLEXÕES SOBRE A RELAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA 
 
Para dar início as discussões, são necessárias compreender um importante marco 
histórico. Dentre esses, podemos citar inserção da mulher no mercado de trabalho, este marco 
influenciou na criação de novas instituições escolares, o que acarretou em um distanciamento 
familiar, isto é, a figura materna ficou mais longe de seu filho devido a ter que cumprir as 
exigências da nova conquista, atender ao mercado de trabalho. 
Desta forma, a família deixou de ser a única instituição de proteção à criança, a escola 
passou a atender o papel de educar e proteger a criança de acordo com suas necessidades. Sendo 
assim, a incumbência dada ao professor no ambiente escolar se amplia e se apresentada de 
forma cada vez mais desafiadora. O que se percebe é que, 
 
[...] no momento atual o professor não pode afirmar que a sua tarefa se reduz apenas 
ao domínio cognitivo. Para além de saber a matéria que leciona, pede-se ao professor 
que seja facilitador da aprendizagem, pedagogo eficaz, organizador do trabalho em 
grupo, e que, para além do ensino, cuide do equilíbrio psicológico e afetivo dos alunos, 
da integração social e da educação sexual etc.: a tudo isso pode somar-se a atenção 
aos alunos especiais integrados na turma (ESTEVE, 1995, P.100). 
 
No contexto atual, o professor precisa estar bem preparado, porém demanda muito mais 
que só a sua vontade de atuar, demanda políticas públicas para que os sujeitos de cada 
instituição percebam suas atribuições quanto o papel de educar. Por despejar tantas atribuições 
ao professor, os pais acabam despercebidos quanto as suas funções. A educação de modo geral, 
fica a carga mais da instituição escola, o que não poderia ocorrer, já que a instituição familiar é 
o alicerce de valores e cultural do indivíduo. Içami Tiba aponta que: 
 
A escola precisa alertar os pais sobre a importância de sua participação: o interesse 
em acompanhar os estudos dos filhos é um dos principais estímulos para que eles – 
alunos – estudem. É importante a participação dos pais nas reuniões escolares que 
todos os meios para convocá-los são válidos: recados na agenda, correspondência, 
telefonemas, e-mails ou mesmo o sistema “boca a boca”. Cada escola pode utilizar o 
meio que julgar mais suficiente (TIBA, 2006 p.152). 
 
É um direito da família, participar das propostas pedagógicas, como tal direito é um 
dever das escolas promover meios para que isso aconteça. 
Na relação família e escola podem ser destacados, segundo Oliveira (2002), dois 
aspectos principais: 1) a incapacidade da família para a tarefa de educar os filhos e 2) a entrada 
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da escola para subsidiar essa tarefa, principalmente quando se trata do campo moral. Logo, 
pode-se perceber que: 
 
A partir destas colocações, vê-se que a relação família-escola está permeada por um 
movimento de culpabilização e não de responsabilização compartilhada, além de estar 
marcada pela existência de uma forte atenção da escola dirigida à instrumentalização 
dos pais para a ação educacional, por se acreditar que a participação da família é 
condição necessária para o sucesso escolar (OLIVEIRA, 2002, p.107). 
 
É importante ressaltar que na história da relação das duas instituições, escola e família, 
os papéis eram bem definidos. A escola era inteiramente responsável pela transmissão dos 
conhecimentos acumulados pela sociedade, enquanto a família cabia ensinar valores e padrões 
de comportamento. Esses papéis tem se confundido ao longo do tempo. 
Nesse contexto, é preciso que a escola esteja em perfeita sintonia com a família, pois a 
escola é uma instituição que deve complementar a formação educacional da criança. Essas duas 
instituições devem caminhar juntas na tentativa de alcançar o objetivo maior que é a formação 
integral da criança. 
Mas, incialmente a quem caberia a responsabilidade de construir tal relação? Na teoria 
há vários teóricos que possuem discussões controversas. Dentre esses, destaca-se Marques 
(1999), o qual aborda que muitos professores alegam que as escolas abrem as portas para a 
participação da família, porém, esses se apresentam desinteressados em relaçãoà educação dos 
filhos, e acaba atribuindo a escola toda a responsabilidade pela educação. Essa argumentação é 
pessimista, de acordo com o autor, e visa culpar a família. Nesse sentido, a escola não consegue 
dar passos positivos para ultrapassar os obstáculos entre escola e a família. 
Ao contrário de Marques (1999), Caetano (2004) acredita que a construção da relação 
entre escola e família é uma das atribuições dos professores, na justificativa que eles são 
elementos importantes no processo de aprendizagem. 
É preciso que cada um dos sujeitos envolvido em cada uma das instituições reconheça 
suas atribuições frente ao sujeito que da educação necessita, ou seja, o aluno. A construção da 
relação entre escola e família, enquanto cooperação, precisa se fortalecer em uma relação, 
primeiramente, de confiança, implica se colocar no lugar do outro, e não apenas de troca de ideias e 
discussões. Caetano (2004) elenca que a relação entre escola e família precisa ser de parceria, cada papel 
precisa ser percebido por ambas as instituições. 
Caetano (2004) tece um dos motivos que tem prejudicado o relacionamento entre as 
duas instituições, sendo este o de atribuir o fracasso escolar do aluno ao contexto familiar, como 
se as dificuldades que o aluno enfrenta no ambiente escolar fosse exclusivamente relacionada 
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ao que ele enfrenta no ambiente familiar. É necessário estabelecer entre ambas as funções, e, 
colocar sempre, em primeiro lugar o sujeito que é o fator principal da educação, o aluno, 
estabelecendo diálogos que contribuam para a efetivação de responsabilidades exercidas pelas 
duas instituições. 
A relação escola e família têm despertado interesses de pesquisadores, entre esses 
destacaremos o estudo de Polinia e Dessen (2005). Para as pesquisadoras a instituição escola 
deve reconhecer a importância da família no ambiente escolar, estabelecendo uma interação, 
auxiliando a instituição família a exercerem o seu papel na educação e na busca de orientações 
no sucesso profissional dos filhos. A interação entre as duas instituições trazem benefícios que 
contribuem para “possíveis transformações evolutivas nos níveis cognitivos, afetivos, sociais e 
de personalidade dos alunos” (POLINIA; DESSESN, 2005, p. 305). 
Ribeiro e Andrade (2006) abordam a intervenção das políticas públicas na relação escola 
e família. Trazendo discussões sobre a preocupação das políticas públicas em apontar 
fundamentos na relação entre essas instituições para uma escolarização bem sucedida. 
A escola precisa criar interações entre as partes família/escola, não como uma forma de 
troca de favores, mas como um complemente do que se estabelece no ambiente familiar. As 
proximidades entre ambas as partes não é uma tarefa fácil, exige confiança e criar estratégias 
para atrair a família. Embora, seja uma obrigação matricular seu filho na instituição escolar, a 
família precisa compreender que essa obrigação não a faz outra instituição, a não ser a família, 
aquela que cuida, que ensina valores, amor, carinho, atenção. (BRASIL, 2002) 
Cabem as duas instituições aprimorar o processo democrático que acontece dentro da 
instituição escola, e, sem dúvidas, se educarem nessa relação de trocas, cada uma contribuindo 
na execução de suas atribuições. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Levando-se em consideração esses aspectos entendemos que, a família e escola são 
instituições distintas, entretanto é fundamental que estas se dialoguem para promover o 
ensino/aprendizagem do aluno. 
Como elencado, para que o aluno tenha um bom desenvolvimento depende 
principalmente da interação das duas instituições, ou seja, escola e família. Desta forma 
possibilitará a percepção da escola em averiguar a mudança do aluno no sentido 
comportamental e na aprendizagem, se estiver passando em seu lar por um momento de 
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desiquilibro, com certeza refletirá dentro da escola, e é neste momento que a escola deverá agir 
para promover de certa forma um ambiente que favoreça seu desenvolvimento, mas para isto 
acontecer faz-se necessário a interação da família e escola, e esta ação terá êxito se a escola 
conhecer a criança que ela tem em suas repartições. 
Compreendendo esta nova transição social que perpassa-nos, a escola conseguirá 
contornar este momento em que vivemos em nossa sociedade, e alcançará os avanços que 
buscamos atingir, na educação brasileira. 
Portanto cabe a responsabilidade em promover esta relação entre escola e família à 
instituição escolar, a qual deverá organizar situações que conquiste aos responsáveis pela 
criança, através de eventos festivos e descontraídos, onde exigem a presença dos responsáveis 
para prestigiar seus filhos. Assim certamente aos poucos a escola alcançará este grande desafio 
que vivemos em nossa sociedade. 
 
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Recebido em: 04/05/2016 
Aceito em: 19/06/2016 
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https://www.researchgate.net/publication/329924189

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