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Resumo “Coeficientes Indeterminados” Para resolver uma equação diferencial linear não-homogênea, é preciso fazer duas coisas: a 1ª é determinar a função complementar yc e a 2ª é determinar uma solução particular yp. A função complementar ycé a solução geral de uma equação diferencial homogênea associada à equação diferencial linear não-homogênea. O método dos coeficientes indeterminados é uma das formas utilizadas para obter uma solução particular yp. Logo, a solução geral de uma equação diferencial linear não-homogênea é: .𝑦 = 𝑦 𝑐 + 𝑦 𝑝 A ideia fundamental do método dos coeficientes indeterminados consiste em um palpite embasado, sobre a forma de yp motivada pelos tipos de funções que constituem a função de entrada .𝑔(𝑥) O método geral é limitado às EDs lineares não-homogêneas onde: ➔ Os coeficientes são constantes.𝑎 𝑖 , 𝑖 = 0, 1, ..., 𝑛 ➔ é uma constante.𝑔(𝑥) ➔ é uma função exponencial .𝑔(𝑥) 𝑒𝑎𝑥 ➔ é uma função polinomial .𝑔(𝑥) 𝑥𝑛 ➔ é uma função trigonométrica ou .𝑔(𝑥) 𝑐𝑜𝑠(𝑛𝑥) 𝑠𝑒𝑛(𝑛𝑥) Exemplos de funções que são apropriadas para esse método:𝑔(𝑥) ➔ 𝑔(𝑥) = 10 ➔ 𝑔(𝑥) = 𝑥2 − 5𝑥 ➔ 𝑔(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛 3𝑥 − 5𝑥 𝑐𝑜𝑠 2𝑥 Para resolver esse tipo de EDO, pode-se seguir três etapas: 1. Resolver a equação diferencial não-homogênea como se fosse homogênea para obter yc. 2. Encontrar a solução particular yp. 3. Encontrar a solução geral para a EDO não-homogênea, somando .𝑦 𝑐 + 𝑦 𝑝 Exemplo: 𝑦'' + 4𝑦' − 2𝑦 = 2𝑥2 − 3𝑥 + 6 1. Resolver a equação diferencial não-homogênea como se fosse homogênea para obter yc. 𝑦'' + 4𝑦' − 2𝑦 = 0 𝑟2 + 4𝑟 − 2 = 0 𝑟1 = − 2 − 6 𝑟2 = − 2 + 6 Função complementar: 𝑦 𝑐 = 𝑐 1 𝑒−(2+ 6)𝑥 + 𝑐 2 𝑒(−2+ 6)𝑥 2. Encontrar a solução particular yp. Como é um polinômio quadrado, consideramos uma solução particular𝑔(𝑥) que também esteja nessa forma: 𝑦 𝑝 = 𝐴𝑥2 + 𝐵𝑥 + 𝐶 Substituindo yp e as derivadas e na equação dada,𝑦𝑝' = 2𝐴𝑥 + 𝐵 𝑦𝑝'' = 2𝐴 obtemos: 𝑦 𝑝 '' + 4𝑦 𝑝 ' − 2𝑦 𝑝 = 2𝐴 + 8𝐴𝑥 + 4𝐵 − 2𝐴𝑥2 − 2𝐵𝑥 − 2𝐶 = 2𝑥2 − 3𝑥 + 6 Como a última equação é considerada como sendo uma identidade, os coeficientes de potência semelhantes de têm que ser iguais:𝑥 − 2𝐴 = 2, 8𝐴 − 2𝐵 = − 3, 2𝐴 + 4𝐵 − 2𝐶 = 6 Resolver esse sistema de equações, resulta nos valores 𝐴 = − 1, 𝐵 = − 52 , 𝐶 = − 9 Assim, uma solução particular é: 𝑦 𝑝 =− 𝑥2 − 52 𝑥 − 9 3. Encontrar a solução geral para a EDO não-homogênea, somando yc+ yp. Logo, a solução geral para a EDO não-homogênea é: 𝑦 𝑐 + 𝑦 𝑝 = 𝑐 1 𝑒−(2+ 6)𝑥 + 𝑐 2 𝑒(−2+ 6)𝑥 − 𝑥2 − 52 𝑥 − 9 Falha no método: 𝑦'' − 5𝑦' + 4𝑦 = 8𝑒𝑥 Sempre que consideramos uma solução particular, é preciso ficar atento se a sugestão já está presente em yc. Por exemplo, para , supomos uma solução8𝑒 𝑥 particular na forma . Para a equação dada, a função complementar é𝑦 𝑝 = 𝐴𝑒𝑥 . Observe que a sugestão já está presente em yc. Isto significa𝑦𝑐 = 𝑐1𝑒 𝑥 + 𝑐 2 𝑒4𝑥 𝐴𝑒𝑥 que é uma solução da equação diferencial homogênea associada, e que um𝑒𝑥 múltiplo constante quando substituído na equação diferencial necessariamente𝐴𝑒𝑥 produz zero. Para isso, é possível multiplicá-la por até que ela fique diferente do termo que𝑥 aparece em yc. 𝑦 𝑝 = 𝐴𝑥𝑒𝑥 Substituindo e na equação diferencial e𝑦 𝑝 ' = 𝐴𝑥𝑒𝑥 + 𝐴𝑒𝑥 𝑦 𝑝 '' = 𝐴𝑥𝑒𝑥 + 2𝐴𝑒𝑥 simplificar, obtemos: 𝑦 𝑝 '' − 5𝑦 𝑝 ' + 4𝑦 𝑝 =− 3𝐴𝑒𝑥 = 8𝑒𝑥 A partir da última igualdade, observa-se que o valor de . Logo, uma𝐴 = − 83 solução particular da equação dada é .𝑦 𝑝 = − 83 𝑥𝑒 𝑥 𝑦 𝑐 + 𝑦 𝑝 = 𝑐 1 𝑒𝑥 + 𝑐 2 𝑒4𝑥 − 83 𝑥𝑒 𝑥
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