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Aula 8 - Criação e Manejo de Bezerras Leiteiras

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CRIAÇÃO E MANEJO DE BEZERRAS LEITEIRAS
Por que devemos ter tanto cuidado na criação das bezerras?
R: São as futuras matrizes da propriedade, reposição de 20 a 30% na fazenda.
Qualquer problema nesse momento irá refletir em sua futura produção de leite. Retorno financeiro.
Como eu sei que a vaca está entrando em trabalho de parto?
R: Inquietação (em pé, batendo a pata no chão), elevação da cauda, presença de muco vaginal, úbere extremamente cheio.
 CUIDADOS NO PRÉ-PARTO		 	
CUIDADOS AO PARTO
· Respeitar o período seco da vaca.
O que é o período seco e por que temos que proporcionar esse momento para a vaca?
R: Período seco é o tempo em que a vaca fica sem produzir leite. Enquanto a vaca produz leite, estará prenha.
60 dias antes da vaca parir, é necessário retirá-la da linha de produção/ordenha para não produzir mais leite.
No momento em que deixa de produzir leite, começa a regeneração das células da glândula mámaria.
· Animal não é mais ordenhado;
· Regeneração das células da glândula mamária, principalmente para nova lactação;
· Tratamento de infecções intramamárias (protocolo de secagem) > se não houver infecção, não precisa tratar com antibióticos;
· Secagem com 60 dias em média > gestação dura 9 meses;
· Já podemos deixar esse animal em um lote específico > lote de maternidade > manejo específico;
· Assim garantimos boas condições para o futuro parto e saúde do animal.
· Secagem abrupta > retira da linha de ordenha;
· Secagem gradual.
LOTE MATERNIDADE E BAIAS DA PARIÇÃO
· Período de transição > animal que não produz leite para uma futura lactação.
· Mudança da vaca prenhe para o lote maternidade;
· Cerca de 30 dias antes do parto;
· Uso de dietas aniônicas > diminuição de problemas metabólicos pós-parto;
· Higiene do local, camas secas, água limpa e a vontade, uso de TMR (total mix ration);
· Tamanho de cocho suficiente para os animais, e separar novilhas de vacas > vacas batem em novilhas;
· Protocolo vacinal > 30 dias antes do parto, para produzir anticorpos a tempo para o colostro.
· Correção do ECC Parto = 3.
· Higiene é fundamental nas baias de parição > ventiladores, fios de separação de lote, cama limpa etc.
· Palpação transretal como DG > verificar necessidade de ajeitar a posição do bezerro para a vaca conseguir parir
· Apresentação do bezerro;
· Uso de equipamentos para auxílio do parto;
· Cesárea se necessário.
· Demora para o bezerro nascer > deve intervir em 15 minutos após estourar as duas bolsas (nunca visualiza a primeira, mas sim a segunda).
 PÓS-PARTO	 NASCEU, E AGORA?
· Desobstruir vias respiratórias;
· Separar da mãe;
· Curar umbigo;
· Levar para casinha aquecida;
· Secagem do animal;
· Pesagem e identificação;
· COLOSTRAGEM.
MANEJO DE SEPARAÇÃO PRECOCE VACA-BEZERRO
Qual o problema de deixar a vaca com seu bezerro?
R: Em uma produção de leite, é inviável deixar o bezerro com a vaca. Bezerro do lado da vaca é sinal de falta de higiene > ordenhadores geralmente não fazem a limpeza.
Imprinting mãe e filho > vínculo materno-filiar.
· No ser humano, o processo de “imprinting” (também conhecido como cunhagem ou estampagem) é um fenômeno em que os filhos reconhecem suas mães assim que nascem. Ele é fundamental para fortalecer o vínculo e o apego entre mãe e filho e é feito quando o recém-nascido olha fixamente nos olhos de sua mãe. É a primeira impressão do mundo externo que fica “carimbada” na mente dos bebês.
· Após o parto, até um período de, em média, 3horas: vaca irá investigar, cheirar, lamber e tocar nesse bezerro = reconhecimento materno = ligação materno-filial (Silva, 2015);
· O mínimo contato entre progenitora e cria, cerca de 5 minutos ao mínimo, já é o suficiente para criar algum tipo de vínculo entre eles (FlowereWeary,2003).
	
DESOBSTRUIR VIAS RESPIRATÓRIAS	COLOSTRAGEM
· Ao nascer, vaca lambe nariz, boca, orelha > desobstrui vias respiratórias e retira líquido que o animal aspirou durante o parto;
· Ao separar o bezerro da mãe, deve-se utilizar um “aspirador/sugador”, que irá puxar o líquido que foi aspirado para que o animal possa respirar;
· Massagem no peito no sentido cranial, até o bezerro começar a respirar;
· Se não resolve > medicamentos. CURA DE UMBIGO
· Importância da cura de umbigo para que não seja uma
porta de entrada de microrganismos pelos vasos até os órgãos.
· Veia umbilical > fígado;
· Artéria umbilical > artéria hipogástrica;
· Úraco > bexiga.
· Iodo 10% de 2 a 3 vezes por dia, por 3 a 5 dias ou até secar
> não pode pegar sol.
MONITORAMENTO DO UMBIGO:
· Visualização e palpação.
· Onfalite = inflamação das partes externas do umbigo > ocorre o aumento de volume, torna-se doloroso à palpação e pode estar obstruído ou drenar material purulento;
· Onfaloflebite = processo inflamatório que acomete o cordão umbilical. Causa grandes abscessos ao longo do trajeto da veia umbilical que se disseminam para o fígado;
· Uraquite = cistite;
· Poliartrite = septicemia. CASINHAS AQUECIDAS
· Ao nascer, bezerro ainda não é capaz de fazer
termorregulação;
· Casas de plástico com aquecedor portátil ou lâmpada;
· Roupas;
· Palha de feno;
· Permanece no máximo um dia e depois vai para maternidade.
SECAGEM DO ANIMAL
· Pó secante para secar bezerros. IDENTIFICAÇÃO E PESAGEM
· Importante pesar o animal ao nascer > valor zootécnico do
animal, necessário quanto o bezerro engordou para desmamar;
· Identificação com brincos > bom colocar um colar de identificação quando o bezerro nasce para evitar estresse, depois faz a brincagem;
· Fita de pesagem na linha do tórax > associação ao peso;
· Balança digital com o bezerro pendurado.
· 
Administração do colostro para o animal > primeiro leite.
PLACENTA:
· Sindesmocorial > não permite passagem e trocar da vaca com o bezerro > bom pois evita infecções;
· Sem transferência de IgG.
BEZERROS:
· Nascem sem anticorpos por conta do tipo de placenta;
· TIP (Transferência de Imunidade Passiva).
COLOSTRO:
· Primeiro leite produzido;
· Rico em IgG;
· Nutritivo (teor de gorduras, minerais e vitaminas);
· Participa ativamente na nutrição e maturação do TGI dos recém-nascidos.
FATORES QUE DETERMINAM O SUCESSO DA COLOSTRAGEM:
· Tempo para o fornecimento;
· Volume administrado;
· Qualidade.
· 2 horas após o nascimento > 10% do peso vivo;
· Próximas 4 horas de vida > 5% do peso vivo;
· Células intestinais = máxima absorção;
· 18 a 20 horas após o nascimento > sem absorção;
· Uso de sonda esofágica > se o bezerro não quiser mamar o colostro;
· [ ] de Ig = maior que 50mg de lg/ml de soro.
Colostrômetro:
· Frágil;
· Temperatura do colostro de 20 a 25°C;
· Relação da densidade x [] de imunoglobulinas.
Retratômetro:
· Leitura em graus Brix;
· [ ] de imunoglobulinas;
· Valor menor que 22° Brix = baixa qualidade.
· Em machos, pode se utilizar colostro de menor qualidade (caso não seja um futuro reprodutor);
· Contaminação bacteriana deve ser infecior a 100.000 UFC/mL.
BANCO DE COLOSTRO:
· Armazenar colostro excedente que seja bom, brix maior que 24;
· Utilizar sacos de plásticos para armazenagem;
· Congelar os sacos na horizontal;
· Descongelar em banho-maria;
· Colostro em pó é uma opção, porém é caro.
AVALIAÇÃO DA TIP (TRÂNSFERÊNCIA DE IMUNIDADE PASSIVA):
· Confiança de que a colostragem foi eficaz ou não.
Dicas para adequada avaliação:
· Fazer a coleta do sangue entre 24-48h de vida, antes de 24h absorção de Ig ainda pode ocorrer, após 48h a correlação entre as medidas e a concentração de g é baixa;
· Calibre o equipamento (outro tipo de refratômetro) para correta avaliação;
· Valores de proteína sérica > 8,0 g/dL ou de % brix > 14% devem ser avaliados com cautela: o animal pode estar desidratado ou que o equipamento pode estar descalibrado;
· Avalie sempre a amostra em temperatura ambiente.
> 5,5 g/dL: Sucesso na transferência de imunidade passiva; 5,0 – 5,4 g/dL: Transferência de imunidade passiva moderada;
< 5,0 g/dL: Falha na transferência de imunidade passiva.
· Refratômetro de Brix: adequada transferência de imunidade passiva = 8,4% de brix.
ALOJAMENTO DE BEZERRAS (INDIVIDUAL)
· Necessárioisolar bezerras uma das outras para evitar que uma bezerra doente passe para outra;
· Necessita ser ventilado > evita surtos de doenças;
· Gaiolas podem ser suspensas ou não.
PROBLEMAS:
· Higiene > acúmulo de sujeita;
· Excesso de higiene > limpeza com água > espalha diarreia.
· Geralmente, passam em torno de 90 dias e depois vão para piquetes coletivos.
ALOJAMENTO DE BEZERRAS (COLETIVO)
· Geralmente o sistema Compost é utilizado;
· Uma vez que bezerras saem das gaiolas individuais, vão para piquetes, com 10 bezerros por espaço em média.
PROBLEMAS:
· Ao ar livre, estão expostas ao frio, chuva etc.
· Dependendo da propriedade, bezerras podem ir direto para o piquete coletivo.
MANEJOS DE MOCHAÇÃO E REMOÇÃO DE TETOS SUPRAMAMÁRIOS
· Ambos devem ser feitos entre 30 a 60 dias de vida.
BOTÕES TERATOGÊNICOS:
· Botões teratogênios se fundem com o crânio > há muita inervação > descorna é muito cruenta, compensa mochar o bezerro novo para evitar que o chifre cresça.
· O uso da anestesia local se tornou obrigatória pela Resolução n°877, de 15 de fevereiro de 2008, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) em ambos os procedimentos.
· Lidocaína 2 ou 5% > quantia depende.
· Analgesia pós-mochação.
· Pasta química > deve ser colocada bem em cima > irá corroer;
· Ferro quente.
TETOS SUPRAMAMÁRIOS:
· Anomalia congênita > nasce com um teto a mais;
· Preventivo para mastite;
· Remoção com tesoura;
· Anestésico local.
 MANEJO ALIMENTAR	 DIETA LÍQUIDA E SÓLIDA
· Preconizar ganho de peso > leite em quantidade e qualidade necessária;
FONTES DA DIETA LÍQUIDA:
· Leite do tanque (destinado para a venda)
· Leite não comercializado (leite de descarte – vaca tomando antibiótico) > pasteurização > oferece ao bezerro;
· Sucedâneo:
→ 20 a 22% de proteína
→ 10 a 15% de gordura;
→ Baixa fibra;
→ Aditivos: anticoccidianos, probióticos e prebióticos.
ALEITAMENTO NATURAL:
· Manter o bezerro com a mãe durante toda a lactação ou em parte dela;
· Poderá mamar em apenas uma das tetas, em cada ordenha, ou mamae o resíduo de leite de todas elas após a ordenha;
· Difícil acompanhamento da qualidade do leite ofertado, desempenho animal é variado.
ALEITAMENTO ARTIFICIAL:
· Baldes;
· Mamadeiras;
· Aleitadores automáticos.
Higienização:
· Água potável, sabão e água sanitária > reduz a ocorrência de diarreias.
GOTEIRA ESOFÁGICA:
· Reflexo nervoso;
· Contração da musculatua ao redor da parede esofágica;
· Desvio do leite para o abomaso (estômago principal).
· Leite no rúmen > fermentação > ácido lático > acidose metabólica;
· Anorexia, dor, timpanismo (acúmulo de gases no rúmen), diarreia e desidratação, podendo levar o animal a óbito.
FORNECIMENTO DO LEITE:
· 2 vezes ao dia;
· Temperatura de 39°C;
· 6 a 8 litros por dia;
· 60 a 90 dias de aleitamento > desaleitamento gradual.
FORNECIMENTO DE ÁGUA:
· À vontade;
· Água limpa fresca, bebedouros sempre limpos.
FORNECIMENTO DO CONCENTRADO:
· Concentrado desde o primeiro dia de vida;
· Quantidades crescentes;
· Desenvolvimento das papilas (ácido butírico e propiônico como estimulador das papilas);
· 80% de NDT, 20 a 22% de PB, 15ª 25% de FDN e 6 a 20% de FDA;
· Ingredientes palatáveis > farelo de soja, fubá de milho, melaço, casquinha de soja, farelo de trigo.
DESENVOLVIMENTO DO RÚMEN:
· Estabelecimento de microrganismos no rúmen;
· Presença de água no meio;
· Habilidade de regurgitar material para fora do rúmen;
· Capacidade de absorção dos tecidos;
· Presença de substratos.
FORNECIMENTO DE VOLUMOSO:
· Ofertado com 21 a 30 dias de vida;
· Auxilia na manutenção do pH;
· Se for oferecer silagem e milho > apenas após 60 dias.
DESALEITAMENTO
· Não deve ser feito antes dos 60 dias e nem depois dos 90;
· Tentar dobrar o peso do nascimento, atingir os 100kg no mínimo;
· Animal comendo 1,5kg de concentrado/dia, por 3 dias consecutivos;
· Desaleitamento gradual: 45 dias = diminuição do leite;
· Acompanhamento do ganho de peso, altura.

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