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Espirometria pré-broncodilatador: CVF: 108% do previsto (4,14L); VEF₁: 62% (1,91L); VEF1/CVF: 0,44; FEF₂₅₋₇₅%: 53% (1,68L/s). Espirometria pós-broncodilatador: Depois de 15 minutos da inalação de salbutamol, 2 jatos, houve incremento de 0,17L do VEF₁, equivalente a 9% do valor basal. O valor de CVF aumentou 2%. CVF: capacidade vital forçada VEF₁: volume expiratório forçado no primeiro segundo FEF₂₅₋₇₅%: fluxo expiratório forçado dos 25 aos 75% da CVF Qual é o diagnóstico mais provável? b) doença pulmonar obstrutiva crônica Correto. A DPOC é uma doença comum, passível de prevenção e tratamento, que apresenta três sintomas cardinais: dispneia, tosse e/ou expectoração. O tabagismo, incluindo a exposição passiva, é o principal fator de risco. A paciente tem uma carga tabágica de 60 anos/maço. O diagnóstico de DPOC é funcional, sendo o índice de Tiffenaud, VEF1/CVF pós-broncodilatador, < 0,7 o padrão-ouro para o diagnóstico segundo o GOLD. 43 - Um homem de 65 anos refere dispneia crônica com piora progressiva há 5 dias, associada a sibilos. Nega febre ou piora da tosse e refere ser ex-tabagista (fumou 2 maços por dia por 30 anos). Apresenta hipertensão arterial sistêmica em uso de propranolol há 7 dias e, ao exame, está em regular estado geral, corado, anictérico, acianótico e afebril. O aparelho cardiovascular revelou 2 bulhas normofonéticas sem sopros, com FC = 60bpm e PA = 130x90mmHg. O aparelho respiratório, por sua vez, revelou murmúrio vesicular presente, com sibilos difusos, FR = 28irpm e SatO2 = 89%. O exame de abdome não revelou outras alterações, assim como o de sistema nervoso, com escala de Glasgow = 15. À chegada, prescreveram-se salbutamol, brometo de ipratrópio e corticoide sistêmico. Gasometria: pH = 7,25, paO2 = 55mmHg, paCO2 = 55mmHg, HCO3 = 28mEq/L e SatO2 = 89%. Radiografia (Figura). Qual é a conduta imediata mais adequada? c) ventilação mecânica não invasiva Correta. Trata-se provavelmente de paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica que iniciou betabloqueador recentemente e descompensou o quadro respiratório. Não há indício de infecção, e a gasometria demonstra hipoxemia a despeito das primeiras medidas iniciais. Neste momento, devemos instituir ventilação não invasiva por pelo menos uma hora e reavaliar o quadro e a necessidade de intubação orotraqueal. 44 - Um paciente de 65 anos, ex-fumante de 60 anos/maço, é portador de DPOC em tratamento estável há 2 anos, com associação de corticoide inalatório e broncodilatador inalatório de longa duração (LABA). Tem história de 2 exacerbações da DPOC no último ano e dispneia aos pequenos esforços. Assinale a alternativa correta: a) estratégias terapêuticas e preventivas devem ser propostas para tentar reduzir as exacerbações, pois estas têm impacto na evolução da doença