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Semiologia Cardiaca

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A G O S T O D E 2 0 2 1
P R O F. PA U L O D A LT O
SEMIOLOGIA CARDÍACA
Estratégia
MED
Prof. Paulo Dalto | Semiologia CardíacaCARDIOLOGIA 2
PROF. PAULO
DALTO
APRESENTAÇÃO:
@estrategiamed
/estrategiamedEstratégia MED
t.me/estrategiamed
@profpaulodalto
Salve, salve, Estrategista! Este é o RESUMO 
ESTRATÉGICO do seu livro "Semiologia Cardiovascular”. Ele 
foi elaborado de maneira bem didática e direta, focado no 
assunto mais cobrado: a ausculta cardíaca.
Aqui vai uma orientação: sugiro que você use este livro 
como um guia de consulta rápida e não deixe de ler o livro 
completo, pois lá você encontrará informações e questões que 
ajudarão a sedimentar seu conhecimento.
Vamos começar o resumo? ;)
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Estratégia
MED
CARDIOLOGIA Semiologia Cardíaca
Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Agosto 2021 3
SUMÁRIO
1.0 EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR 4
1.1 AVALIAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS 4
1.2 AVALIAÇÃO DO PULSO VENOSO 6
1.3 RUÍDOS CARDÍACOS BÁSICOS 7
1.3.1 PRIMEIRA BULHA CARDÍACA (B1) 7
1.3.2 SEGUNDA BULHA CARDÍACA (B2) 7
1.4 VARIAÇÕES DA AUSCULTA DA PRIMEIRA E SEGUNDA BULHAS CARDÍACAS 8
1.4.1 DESDOBRAMENTOS 8
1.5 BULHAS ACESSÓRIAS 9
1.5.1 TERCEIRA BULHA (B3) 9
1.5.2 QUARTA BULHA (B4) 9
1.6 SOPROS CARDÍACOS 9
1.6.1 SOPROS SISTÓLICOS 9
1.6.2 SOPROS DIASTÓLICOS 11
1.6.3 MANOBRAS SEMIOLÓGICAS PARA OS SOPROS CARDÍACOS 13
2.0 LISTA DE QUESTÕES 18
3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 19
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
Estratégia
MED
CARDIOLOGIA Semiologia Cardíaca
Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Agosto 2021 4
CAPÍTULO
1.0 EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR
1.1 AVALIAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS
A palpação dos pulsos arteriais permite avaliar o ritmo cardíaco, a frequência cardíaca e até mesmo sugerir a presença de cardiopatias 
estruturais que alterem sua morfologia. As principais características que devem ser obtidas ao palpar os pulsos arteriais são a frequência e o 
ritmo cardíacos, o estado da parede arterial, sua amplitude (ou magnitude) e os tipos de onda.
A amplitude é a sensação captada a cada pulsação e está diretamente relacionada ao enchimento da artéria durante a sístole e seu 
esvaziamento na diástole. 
Veja os exemplos dos principais tipos de pulsos arteriais e suas representações gráficas.
• Pulso normal: sua curva é suave e arredondada. Na porção descendente, observa-se uma incisura dicrótica, que marca o início da 
diástole.
• Pulso filiforme: é um pulso de baixa amplitude e “fino”. Quase sempre associado ao colapso circulatório (choque hemodinâmico).
• Pulso parvus et tardus: possui uma ascensão lenta (parvus) e duração prolongada (tardus). Está classicamente associado à 
estenose aórtica importante. 
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CARDIOLOGIA Semiologia Cardíaca
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• Pulso célere (martelo d’água): também chamado de pulso de Corrigan. Possui amplitude aumentada, com subida e queda rápidas. 
É clássico da insuficiência aórtica importante. 
• Pulso dicrótico: esse pulso possui dois picos, um na sístole e outro na diástole. Pode ser observado em pacientes com choque 
hipovolêmico, insuficiência cardíaca grave, tamponamento cardíaco e condições com baixo volume sistólico ejetado.
• Pulso bisferiens: assim como o pulso dicrótico, também possui dois picos, porém ambos ocorrem na sístole. Está relacionado 
com a insuficiência aórtica crônica moderada ou importante, mas também pode ser visto na dupla lesão valvar aórtica (estenose e 
insuficiência), com predomínio da insuficiência. Menos frequentemente é observado na cardiomiopatia hipertrófica.
• Pulso paradoxal: é uma queda inspiratória da pressão arterial sistólica maior do que 10 mmHg. É classicamente descrito no 
tamponamento cardíaco, mas pode estar presente na pericardite constritiva, embolia pulmonar, asma grave, obesidade extrema e 
gravidez (as duas últimas pelo fato de obstruírem o fluxo da veia cava inferior).
Figura 1. Representação do pulso paradoxal.
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• Pulso alternante: ocorre uma alternância na palpação de um pulso amplo seguido por outro com menor amplitude. Essa variação 
é observada, batimento a batimento, em pacientes com ritmo cardíaco regular e independe do ciclo respiratório. Geralmente é vista na 
insuficiência cardíaca esquerda grave.
1.2 AVALIAÇÃO DO PULSO VENOSO 
O pulso venoso jugular é formado pelas pulsações observadas na base do pescoço e reflete a dinâmica do 
retorno venoso ao coração direito. Suas ondas representam as mudanças de volume, que ocorrem no átrio direito 
a cada momento do ciclo cardíaco.
Antes de identificar se o pulso venoso jugular está alterado, é preciso saber seu estado normal e o significado de cada onda. Então, 
vamos às definições.
Pulso venoso jugular
Onda A
Representa o aumento da pressão do AD na sístole atrial. Ocorre imediatamente
antes da B1 e da sístole ventricular (pulso carotídeo). 
Onda C
Interrompe a queda da onda A e corresponde ao aumento da pressão devido
à protrusão retrógada da valva tricúspide resultante do aumento da pressão ventricular
no início da sístole. Ocorre logo após a B1.
Descenso X
Ocorre devido à queda da pressão atrial causada pela movimentação da valva tricúspide 
para baixo na sístole do VD.
Onda V
É a segunda ascensão. Representa o aumento da pressão do AD durante seu enchimento 
com a valva tricúspide fechada. Ocorre antes da B2.
Descenso Y
Corresponde à queda da pressão dentro do AD devido à abertura da valva tricúspide
e saída de sangue do átrio para o ventrículo.
Tabela 1. Definição das ondas do pulso venoso jugular.
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Para facilitar a compreensão, veja a representação abaixo, que mostra a diferença entre os pulsos venosos e arteriais, além de suas 
relações com as bulhas cardíacas e o eletrocardiograma.
Agora, você verá como se comportam as ondas do pulso 
venoso diante das doenças do coração.
• Descenso Y proeminente (sinal da raiz quadrada): também chamado de pulso venoso em W, ocorre na pericardite constritiva, nas 
miocardiopatias restritivas com acometimento do VD e no infarto de VD. O descenso Y termina de forma repentina devido ao súbito 
aumento das pressões de enchimento do VD, típico de ventrículos com pouca complacência.
1.3 RUÍDOS CARDÍACOS BÁSICOS
1.3.1 PRIMEIRA BULHA CARDÍACA (B1)
O principal componente da B1 é o fechamento das valvas mitral e tricúspide, sendo identificado com um som “TUM”. 
1.3.2 SEGUNDA BULHA CARDÍACA (B2)
• Onda A proeminente: presente em condições que 
aumentam a resistência à contração do átrio direito. Exemplos: 
estenose tricúspide, mixoma do AD, trombo no AD, atresia da 
valva tricúspide, hipertrofia do VD.
• Onda A “em canhão”: são ondas A que surgem de forma 
repentina e proeminente, esporadicamente, como se fosse 
um “tiro de canhão”. Esse fenômeno pode ser observado em 
casos de dissociação atrioventricular (bloqueio atrioventricular 
total, taquicardia ventricular, taquicardia juncional) ou em uma 
extrassístole atrial ou ventricular.
• Ausência da onda A: ocorre na fibrilação atrial, onde não há 
contração atrial.
• Onda V gigante: presente na insuficiência tricúspide 
importante, em que o refluxo através da valva incompetente 
causa uma grande onda junto à sístole ventricular.
• Descenso Y ausente ou atenuado: pode ser observado no tamponamento cardíaco. A elevada pressão intrapericárdica restringe o 
enchimento ventricular na diástole, atenuando odescenso Y.
A origem da B2 deve-se ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Como o ventrículo esquerdo se esvazia mais rápido que o direito, 
o componente aórtico ocorre antes do pulmonar. Normalmente, o timbre da B2 é mais agudo e soa de maneira mais seca, sendo designado 
como um “TÁ”.
O esquema a seguir mostra a relação entre o ciclo cardíaco (sístole/diástole) e as principais bulhas cardíacas:
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B1
CICLO CARDÍACO E SUA RELAÇÃO COM AS BULHAS CARDÍACAS
Sístole
Fechamento 
das valvas mitral 
e tricúspide
Fechamento 
das valvas 
aórtica e 
pulmonar
Fechamento 
das valvas mitral 
e tricúspide
Fechamento 
das valvas 
aórtica e 
pulmonar
Diástole Sístole Diástole
B2 B1 B2
1.4 VARIAÇÕES DA AUSCULTA DA PRIMEIRA E SEGUNDA BULHAS CARDÍACAS
Figura 2. Relação do ciclo cardíaco com o fechamento das valvas cardíacas.
1.4.1 DESDOBRAMENTOS
Os desdobramentos são divididos didaticamente em três 
tipos: (1) fisiológico, (2) amplo e (3) paradoxal. Vamos estudar cada 
um deles:
• Desdobramento fisiológico da B2: em cerca de 65 a 75% 
dos indivíduos normais, especialmente os mais jovens, pode 
ser observado o desdobramento da segunda bulha. Durante a 
inspiração, o retorno venoso para o ventrículo direito aumenta. 
Com isso, o ventrículo direito fica mais cheio e seu esvaziamento 
demora mais para acontecer, o que resulta no afastamento 
do componente pulmonar (fechamento mais tardio da valva 
pulmonar). Quando a segunda bulha está desdobrada, seu ruído 
corresponde à expressão “TRÁ”. 
• Desdobramento amplo da B2: ocorre em situações que 
sobrecarregam o ventrículo direito. Qualquer doença que atrase 
o fechamento da valva pulmonar ou adiante o fechamento da 
valva aórtica pode causar desdobramento amplo. As principais 
causas são bloqueio de ramo direito (que irá atrasar a contração 
do ventrículo direito, atrasando o fechamento da valva 
pulmonar), estenose pulmonar, embolia pulmonar e insuficiência 
do ventrículo direito. 
• Desdobramento paradoxal da B2: ocorre em situações que 
sobrecarregam o ventrículo esquerdo, como estenose aórtica, 
hipertensão arterial e bloqueio de ramo esquerdo. Em outras 
palavras, qualquer situação que antecipa o fechamento da valva 
pulmonar ou atrase o fechamento da valva aórtica pode causar 
desdobramento paradoxal. 
Figura 3. Tipos de desdobramento de B2.
A2
EXPIRAÇÃO INSPIRAÇÃO
P2
A2
P2
A2
P2
A2
P2
A2
P2
A2
P2
Desdobramento 
fisiológico
Desdobramento 
amplo
Desdobramento 
paradoxal
B1 B2
B1 B2
B1 B2
B1 B2
B1 B2
B1 B2
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1.5 BULHAS ACESSÓRIAS
1.5.1 TERCEIRA BULHA (B3)
Som originado das vibrações da parede ventricular que foi subitamente distendida pelo sangue durante a fase de enchimento rápido 
do ventrículo. Pode ser normal em crianças e adolescentes. Quando patológica, é denominada galope (ritmo de galope).
São três as principais situações em que a B3 patológica está presente: sobrecarga de volume crônica (ex.: insuficiência mitral ou aórtica 
crônicas, comunicação interatrial e interventricular), diminuição da complacência ventricular (ex.: cardiomiopatias dilatadas, restritivas e 
hipertrófica) e na insuficiência cardíaca descompensada com fração de ejeção reduzida (< 40%).
DICA DE PROVA
Quando a banca fala que o paciente possui B3, ela quer dizer que há uma combinação de aumento de 
volume do ventrículo esquerdo com complacência reduzida e aumento das pressões no átrio esquerdo. 
Frequentemente há disfunção sistólica associada.
Quais são as causas? Infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca descompensada, insuficiência 
mitral crônica descompensada.
1.5.2 QUARTA BULHA (B4)
É uma bulha pré-sistólica (ocorre um pouco antes da B1). Sua origem está na vibração da parede do ventrículo (pouco complacente) 
devido ao sangue que chega após uma contração vigorosa do átrio. Situações em que a B4 está presente: hipertrofia do ventrículo esquerdo 
concêntrica, isquemia do miocárdio e cardiomiopatias dilatadas e restritivas. 
PARA NÃO SE ESQUECER
Como a B4 origina-se devido à contração atrial, ela desaparece nos pacientes com fibrilação atrial.
Qual é a origem da B4? 
A contração do átrio, ou seja, B4átrio.
1.6 SOPROS CARDÍACOS 
Os sopros cardíacos são produzidos por vibrações decorrentes do fluxo sanguíneo (turbulência). 
1.6.1 SOPROS SISTÓLICOS
Os sopros sistólicos localizam-se entre B1 e B2 e podem ser de dois tipos: ejeção ou regurgitação (figura 4).
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Figura 4: Tipos de sopros sistólico e suas principais características. *HAS: hipertensão arterial sistêmica; VD: ventrículo direito; BED: borda esternal direita *CMPH: 
cardiomiopatia hipertrófica; CIA: comunicação interatrial; CIV: comunicação interventricular.
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 SÍSTOLE B2
Estenose aórtica
Características do sopro de ejeção: origina-se logo após a primeira bulha. É do tipo crescendo-decrescendo e termina antes da segunda 
bulha. É descrito como sopro em diamante. Aparece na estenose aórtica, estenose pulmonar, na cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, 
coarctação de aorta e nas situações de hiperfluxo na via de saída (comunicação interatrial, insuficiência aórtica importante). 
Entre os sopros sistólicos ejetivos, o mais importante é o da estenose aórtica. Vamos vê-lo?
 O sopro da estenose aórtica é descrito da seguinte forma: sistólico, ejetivo, rude, começa crescendo e depois decresce 
(formato de diamante - mesotelessistólico), com irradiação para as carótidas e para a fúrcula. É panprecordial, porém 
mais audível em foco aórtico ou aórtico acessório. Quanto mais tardio for o pico do sopro, pior o prognóstico.
Figura 5 (Fonte: Shutterstock):Representação do 
sopro “em diamante” da estenose aórtica.
Foco aórtico, irradia para carótidas, B4, parvus
et tardus, reduz com handgrip, desdobramento
paradoxal de B2.
Foco pulmonar, aumenta com Rivero-Carvallo,
desdobramento amplo de B2.
Valsalva e ortostase: ↑ o sopro
Cócoras e handgrip: ↓ o sopro
Região interescapular, B2 hiperfonética, HAS
resistente.
Desdobramento fixo de B2.
Foco mitral, irradia para dorso, aumenta 
com handgrip.
Foco tricúspide, aumenta com Rivero-Carvallo,
sobrecarga de VD.
Irradia para BED
↑ Orifício ↓ Sopro
ESTENOSE AÓRTICA
SOPRO EJETIVO
SOPRO REGURGITANTE
SOPRO 
SISTÓLICO
ESTENOSE PULMONAR
CMPH
COARCTAÇÃO DA AORTA
CIA
INSUFICIÊNCIA MITRAL
INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE
CIV
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B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
B1 B1B2
Você sabe a diferença entre o sopro da estenose aórtica (EAo) discreta/moderada para a estenose 
importante?
Quando a EAo é discreta ou moderada, o sopro geralmente é suave e seu pico localiza-se no meio da sístole 
(veja o esquema anterior).
Na EAo importante, a saída do fluxo de sangue está mais limitada, fazendo com que o pico do sopro se 
desloque para o final da sístole, como na representação gráfica abaixo: 
• Características do sopro de regurgitação: é audível desde o início da sístole, aparecendo junto com a primeira bulha, podendo 
recobri-la e mascará-la. Ocupa toda a sístole (holossistólico), com intensidade parecida do começo ao fim, e termina imediatamente antes 
da segunda bulha, podendo recobri-la. As principais causas são as insuficiências mitral e tricúspide e a comunicação interventricular. 
Figura 6. Representação da estenose importante, com pico do sopro no final da sístole.
Entre os sopros sistólicos regurgitativos, o da insuficiência mitral é o principal: holossistólico ou em barra, melhor audível no foco mitral, 
com irradiação para a axila (abaixo).
1.6.2 SOPROS DIASTÓLICOS
Localizam-se entre B2 e B1 e são classificados conforme o momentoda diástole em que se situam.
Estão associados a anormalidades cardíacas e ocorrem em duas situações principais: estenose das valvas atrioventriculares e 
regurgitação das valvas aórtica e pulmonar. 
Figura 7: Representação do sopro de insuficiência mitral.
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B1 B1
EA
B2 B1 B1
EA
B2
B1 B1B2 B1 B1B2
B1 B1
EA
B2 B1 B1
EA
B2
B1 B1B2 B1 B1B2
Figura 8: Tipos de sopros diastólicos e suas principais características. *Ao: aórtico; EMi: estenose mitral.
O sopro diastólico mais importante é o da estenose mitral: em ruflar, com pico na parte média da diástole, podendo ter um segundo 
pico imediatamente antes da B1, no final da diástole. No início do sopro, há um estalido de abertura quando a valva é móvel. 
O outro grupo de sopros diastólicos é dos aspirativos, representados pela insuficiência aórtica e pulmonar. Suas principais características 
são: início imediatamente após B2, podendo ficar restritos à primeira parte da diástole (protodiastólicos) ou também ocupar a meso ou a 
telediástole. 
Figura 10: Representação do sopro da insuficiência aórtica e pulmonar.
Figura 9: Representação do sopro da estenose mitral.
• Suave
• Irradia para foco Ao acessório
• Aumenta com handgrip
• Suave
• Aumenta com inspiração
• Mais audível em foco pulmonar
• Hiperfonese de B1
• Estalido de abertura
• Reforço pré-sistólico
• P2 hiperfonética
• Semelhante à EMi
• Aumento com inspiração
• Sem estalido de abertura e
hiperfonese de B2
Diafragma
Campânula
SOPRO ASPIRATIVO
SOPRO EM RUFLAR
SOPRO 
DIASTÓLICO
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
INSUFICIÊNCIA PULMONAR
ESTENOSE MITRAL
ESTENOSE TRICÚSPIDE
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Quanto mais longo o sopro diastólico, mais grave é a valvopatia.
Na estenose mitral, quanto maiores forem as pressões no interior do átrio esquerdo, mais rápido essa 
câmara vencerá as pressões do ventrículo esquerdo. Isso faz com que o estalido de abertura (EA) se aproxime 
da segunda bulha, deixando o sopro mais longo.
A EMi da segunda representação é mais grave que a da primeira.
1.6.3 MANOBRAS SEMIOLÓGICAS PARA OS SOPROS CARDÍACOS
Na avaliação dos sopros cardíacos, podemos utilizar diversas manobras que interferem na resistência 
vascular sistêmica ou no retorno venoso para auxiliar na ausculta. Veja na tabela abaixo as alterações dos 
sopros provocadas por essas manobras.
Manobras que aumentam o retorno venoso
Agachamento (cócoras)
Decúbito dorsal (deitado)
os volumes dos lados direito e esquerdo do coração.
Inspiração profunda (Rivero-Carvallo) os volumes apenas para o lado direito do coração.
Manobras que reduzem o retorno venoso
Valsalva
Ficar em pé (posição ortostática)
os volumes dos lado direito e esquerdo do coração.
↑
↓
↑
Estenose mitral importante.Estenose mitral discreta/ moderada.
B1 B1
EA
B2 B1 B1
EA
B2
B1 B1B2 B1 B1B2
B1 B1
EA
B2 B1 B1
EA
B2
B1 B1B2 B1 B1B2
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De maneira geral, os sopros das câmaras direitas aumentam com a inspiração (devido ao aumento do retorno venoso para o coração), 
e os das câmaras esquerdas ficam mais intensos na expiração. 
Manobras que aumentam a resistência vascular sistêmica
Handgrip
Manobras que reduzem a resistência vascular sistêmica
Vasodilatador
Tabela 2. Manobras semiológicas para os sopros cardíacos.
Vamos ver o que acontece com os sopros após as principais manobras? 
• Agachamento (posição de cócoras)
Figura 11. (Fonte: Shutterstock): Agachamento e sua relação com os sopros cardíacos.
• Manobra de Valsalva: é realizada quando o paciente tampa o nariz e a boca com a mão e faz um esforço expiratório. 
Figura 12. Manobra de Valsalva e sua relação com os sopros cardíacos.
Reduzem o sopro de...
Os outros sopros esquerdos
prolapso da valva mitral
(fica mais curto)
cardiomiopatia
hipertrófica
↑
Reduz a intensidade da
maioria dos sopros
Apenas 2 sopros ficam
mais audíveis
Cardiomiopatia hipertrófica 
- fica mais intenso
Prolapso da valva
mitral - fica mais longo
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Entenda como diferenciar o sopro da estenose aórtica da cardiomiopatia hipertrófica!
Primeiramente, grave o seguinte: tudo que diminui o volume do ventrículo esquerdo aumenta o sopro da 
cardiomiopatia hipertrófica (CMH).
Agora, veja o porquê: o sopro da CMH ocorre quando o aparato subvalvar mitral “gruda” no septo interventricular 
durante a sístole. Quanto menos sangue estiver dentro do ventrículo esquerdo, mais exacerbado ficará esse 
fenômeno. Isso acontece, por exemplo, na manobra de Valsalva, quando o retorno venoso diminui e o ventrículo 
fica mais “seco”. Na estenose aórtica, o mecanismo é o oposto: quanto mais “cheio” estiver o ventrículo esquerdo, mais sangue será 
ejetado durante a sístole. Se mais sangue passar através de uma valva estenosada, mais intenso será o sopro.
Ventrículo esquerdo normal Hipertrofia do septo do ventrículo esquerdo
Estenose aórtica
Cardiomiopatia
Hipertrófica
Handgrip Reduz ambos
Aumento ambos
• Reduz CMH
• Aumenta EAo
• Aumentam CMH
• Reduzem EAo
Nitrito de amila
Agachamento
Valsalva 
e ortostatismo
x
Figura 13. Respostas dos sopros da estenose aórtica e cardiomiopatia hipertrófica às principais manobras semiológicas *CMH: cardiomiopatia hipertrófica; EAo: estenose 
aórtica
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Estenose aórtica Cardiomiopatia hipertrófica
Valsalva Diminui Aumenta
Ortostase Diminui Aumenta
Agachamento (cócoras) Aumenta Diminui
• Handgrip: também chamado de esforço isométrico. Acontece quando o paciente aperta alguma coisa com a mão ou fecha-a com 
força. 
Figura 14. Manobra de handgrip e sua relação com sopros cardíacos.*CMH: cardiomiopatia hipertrófica; EAo: estenose aórtica; CIV: comunicação interventricular; CIA: 
comunicação interatrial; IAo: insuficiência aórtica; VE: ventrículo esquerdo; EMi: estenose mitral; IMi: insuficiência mitral.
Tabela 3. Diferenças entre estenose aórtica e cardiomiopatia hipertrófica.
Reduz a intensidade 
Aumenta a intensidade do...
sopro da CIV a IMi - pois o 
sangue terá maior dificuldade 
de sair pelo VE e irá 
deslocar-se pela CIV ou
para o átrio esquerdo.
sopro da IAo - pois, devido
à maior resistência vascular 
periférica, mais sangue voltará 
para o VE na diástole.
sopro da EMi - pois
o esforço causa
aumento do débito cardíaco, 
aumentando o fluxo
através da EMi.
sopro da EAo e da CMH.
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CARDIOLOGIA Semiologia Cardíaca
Prof. Paulo Dalto | Resumo Estratégico | Agosto 2021 17
• Vasodilatador: o fármaco mais utilizado é o nitrato de amila.
Figura 15 (Fonte: Shutterstock): Nitrato de amila e outros vasodilatadores e sua relação com sopros cardíacos. * EAo: estenose aórtica; CIV: comunicação interventricular; 
IAo: insuficiência aórtica; VE: ventrículo esquerdo; IMi: insuficiência mitral, CMH: cardiomiopatia hipertrófica.
Reduz a intensidade 
Aumenta a intensidade do...
sopro da CIV a IMi - pois, como 
o sangue tem mais facilidade 
de sair do VE, menos sangue 
irá passar através da CIV
ou da valva mitral.
sopro da IAo - pois a menor 
resistência vascular periférica 
diminui o retorno de sangue 
para o ventrículo esquerdo na 
diástole
sopro da EMi - pois causa 
taquicardia reflexa, 
aumentando o volume de 
sangue que passa pela valva 
estenosada.
sopro da da EAo e CMH - 
pois, como facilita a ejeção 
de sangue do ventrículo 
esquerdo, maior será o fluxo 
através da valva aórtica e 
pela via de saída.
Nitrato de amila
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3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO
1. PAOLA, Angelo Amato V.; MOREIRA, Maria da Consolação Vieira; MONTENEGRO, Sérgio Tavares (ed.). Livro-texto da Sociedade Brasileira 
de Cardiologia. 2. ed. São Paulo: Ed. Manole, 2015.
2. MANN, Douglas et al. Braunwald Tratado de doenças cardiovasculares. 10. ed. Philadelphia: WB Saunders, 2018.
3. JAMESON, Larry et al. Harrison’s Manual of Medicine. 20. ed. McGraw-Hill Education, 2020.
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CAPÍTULO
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fim! Este resumo contém o que é mais cobrado de semiologia cardíaca em prova, mas o conteúdo completo você encontra no livro 
digital. Espero que as dicas o ajudem a acertar as questões durante as provas. Não deixe de estudar todos esses assuntos. 
Pode contar comigo quando tiver dúvidas! Um grande abraço.
Professor Paulo Dalto
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	1.0 EXAME FÍSICO CARDIOVASCULAR
	1.1 AVALIAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS
	1.2 AVALIAÇÃO DO PULSO VENOSO 
	1.3 RUÍDOS CARDÍACOS BÁSICOS
	1.3.1 PRIMEIRA BULHA CARDÍACA (B1)
	1.3.2 SEGUNDA BULHA CARDÍACA (B2)
	1.4 VARIAÇÕES DA AUSCULTA DA PRIMEIRA E SEGUNDA BULHAS CARDÍACAS
	1.4.1 DESDOBRAMENTOS
	1.5 BULHAS ACESSÓRIAS
	1.5.1 TERCEIRA BULHA (B3)
	1.5.2 QUARTA BULHA (B4)
	1.6 SOPROS CARDÍACOS 
	1.6.1 SOPROS SISTÓLICOS
	1.6.2 SOPROS DIASTÓLICOS
	1.6.3 MANOBRAS SEMIOLÓGICAS PARA OS SOPROS CARDÍACOS
	2.0 LISTA DE QUESTÕES
	3.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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