Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/17 ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA AULA 1 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/17 Profª Jacqueline Colaço CONVERSA INICIAL Iniciaremos a partir de um questionamento considerado principal: O que é o ser humano? Para entendermos a resposta, precisaremos saber como essa questão vem sendo respondida. Para começar, iremos pensar então na existência do homem e sua natureza. O ser humano é diferente dos outros seres? O ser humano é privilegiado com algo que o diferencia dos outros seres? Por que ele é diferente? Além dessas, outras questões permeiam a antropologia filosófica e estão voltadas ao estudo da existência humana, como: Existe sentido para existirmos? Por que existimos? Tudo isso parece não ter resposta, mas sempre nos faz lembrar de coisas anteriores. Veremos então como a antropologia encara esses questionamentos e como se faz a diferenciação do homem dos outros seres, para que possamos entender de forma específica os demais. TEMA 1 – INSTINTO VERSUS INTELIGÊNCIA Para começar, vamos voltar aos anos de 1920, onde na Índia, duas meninas criadas entre lobos foram achadas. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/17 Elas não apresentavam características humanas além do corpo físico e começaram a aprender a humanização quando foram inseridas no meio de outras pessoas. Esse fato nos leva a pensar no instinto versus inteligência. Existem muitas semelhanças entre animais e seres humanos, em especial os que são considerados os mais altos na escala zoológica de desenvolvimento e o que nos diferencia? Somos todos guiados por instinto? E os animais, pensam? Nós possuímos instintos que nos deixam próximos de alguns animais, mas temos a temos a inteligência, o que nos faz capazes de se adaptar a situações do dia a sua que, pelo instinto, são vistas de forma diferente. Figura 1 – Instinto e inteligência Crédito: mehmet o/Shutterstock. TEMA 2 – LINGUAGEM E CULTURA Muitos animais têm alguma forma de linguagem, sejam elas pelos sons, pelas maneiras de mexer o corpo, pelo olhar etc., alguns até demonstram emoções de forma que os homens conseguem 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/17 reconhecê-las, porém, toda forma de linguagem dos animais é rudimentar, não tem a mesma demonstração dos humanos de fato. As pessoas têm a capacidade de abstração, o que as faz conseguir ordenar a realidade e, dependendo do contexto em que estão, dão novo sentido aos acontecimentos. Esses fatores permitem que o ser humano possa agir a diversas situações, transformando esse contexto. Em outras palavras, mudar as ações é agir mudando o mundo e promovendo cultura. Essa capacidade é vista de forma infinita, pois podemos criar e modificar a cultura de onde vivemos a qualquer momento. Agora, mais uma pergunta: O homem é um ser social, construído pela cultura, ou um ser individual? Figura 2 – Cultura Crédito: Lights Pring/Shutterstock. TEMA 3 – ELEMENTOS DA LINGUAGEM Os humanos são seres capazes de criar, interpretar a abstração. Segundo Peirce (filósofo), “o signo é uma ‘coisa’ que está no lugar de outra”. Porém, por um processo abstrato, denominado por ele de semiótica, é possível interpretá-lo. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/17 Só o homem é capaz de enxergar os signos de maneira arbitrária. Podemos dizer que o mundo é feito de símbolos, mas mesmo os animais mais evoluídos podem ter a capacidade de enxergar os símbolos de identidade, ou, explicando de outra forma, eles se conectam, o signo ao concreto. Deixa-se claro então que o homem é diferente dos animais porque pode agir usando a criação, e como pudemos entender, a linguagem é diferente em cada cultura e a forma de pensamento é o que declara o que é mais próprio para o momento. Figura 3 – Elementos de linguagem Créditos: Good Studio/Shutterstock. TEMA 4 – A BUSCA DE SER E A PERSPECTIVA PLATÔNICA O homem é inserido na cultura e sua principal característica é a linguagem. Além disso, ele tem como fundamento a vontade de achar uma definição para si mesmo. Buscando isso, o ser humano vai achando respostas para o porquê existe, baseado no que possibilita maior grau de realização. Esse conceito é difícil de ser compreendido, mas o que se pode entender é que a realização do homem não é a felicidade em si, e sim, em relação a um estado de elevação maior. Nesse âmbito, podemos tentar entender a visão platônica. Segundo Platão, filósofo do século IV a.C., não existe realização perfeita na vida na terra e as coisas materiais são supérfluas, é o conceito de conhecimento que deve ser buscado. Para tal, o ser humano deve diferenciar alma de corpo físico, esta é a principal característica desse filósofo. Esse fato é chamado Teoria das Ideias e explica, basicamente, como se dá o desenvolvimento do ser. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/17 Figura 4 – Platão Crédito: Naci Yavuz/Shutterstock. TEMA 5 – O DUALISMO PLATÔNICO E A DIALÉTICA Platão apresenta o dualismo, ou, falando de outra forma, dois modos de pensar que fazem a divisão da realidade. Segundo esse filósofo, o desenvolvimento do ser humano acontece da “passagem do mundo das sombras (aparências) para o ‘mundo das ideias (essências)’”. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/17 O ser humano deve se libertar de apenas opiniões, o que ele chama de doxa, para atingir o conhecimento real, o que chama de episteme. Somente dessa forma o ser humano se torna imortal, pois o mundo das ideias, ou a alma é a verdade e considerada o que é eterno. Para que isso aconteça, recorremos à dialética, termo que define o ato de perguntar, questionar, indagar. Platão se baseia em Sócrates, e na visão desse outro filósofo, o homem é representado como ser questionador, pois usa da sua capacidade de raciocínio e pode, então, encontrar respostas racionais, assim, o homem se torna a ser “absoluto, eterno e imutável”. Figura 5 – Filósofos Créditos: Sabelskaya/Shutterstock. 5.1 COMO SURGIU O ESTUDO DO HOMEM Neste item, veremos sobre meados e final do século 19, no momento de constituição e consolidação de um campo de ciências sociais modernas em que são envolvidos três campos das ciências sociais: a ciência política, a sociologia e a antropologia. Ainda que esses campos tenham as suas diferenças em processos de constituição, vamos estudar essa constituição de forma metodológica e o objeto das ciências sociais a partir de dois autores fundamentais, um deles é o Émile Durkheim e o outro é Max Weber. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/17 Vamos ver como as ciências sociais vão constituir o seu objeto próprio e como se consolidam no campo das ciências sociais. Quais os critérios metodológicos de pesquisa? Como é fazer pesquisa social? O que vamos articular nesta etapa é que estamos pensando em um objeto novo na sociedade como objeto de estudo científico e é preciso circular esse objeto novo com uma metodologia científica também, que sai um pouco do senso comum e das opiniões pessoais e que possa ter um certo tipo de rigor científico nas conclusões, nas consequências de uma pesquisa sobre a sociedade e com a sociedade. Sob a concepção do objeto das ciências sociais, vamos falar sobre quem foi Durkheim, que teve grande importância no estudo do homem desde o início. Ele foi um sociólogo francês que viveu entre 1858 e 1917 na França e foi um dos precursores, uma das pessoas fundamentais dessa ciência que a gente conhece hoje como sociologia. Ele tem entre as suas obras fundamentais As regras do método sociológico, O suicídio, as formas elementares da vida religiosa. No momento de constituição no final do século 19, o filósofo se preocupava justamente em criar uma certa autonomia da disciplinacom uma faixa de rigor científico, de criar uma disciplina sociológica que pudesse ser tida como uma disciplina científica. E o que isso quer dizer? Quer dizer que era preciso, então, que se saísse dos lugares comuns de uma pesquisa da sociedade para que se pudesse impor um método científico rigoroso. Com isso, então, a sociologia se torna uma ciência autônoma, bastante rigorosa e com critérios científicos também bastante rigorosos. 5.2 A SOCIOLOGIA É preciso lembrar também que falamos do final do século 19, em que existe as emergências da sociedade capitalista industrial, uma crise econômica bastante forte na Europa, uma disputa, uma guerra entre o proletariado e a burguesia, os camponeses perdendo seus espaços territoriais, a comuna de Paris e que todos esses elementos vão ter influência na obra do autor. Ele ainda estava pensando na própria constituição, no próprio objeto, no que eram as ciências sociais, no que era sociologia. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/17 Esse contexto, essa conjuntura política faz com que o filósofo pense a sua obra como tentando arrumar uma resposta para uma conduta moral que ele achava que estava um pouco desviante, mas vai ser um dos argumentos fundamentais da obra de Durkheim, pois essa conjuntura não tinha uma razão econômica, mas ela era um desvio moral , então o papel das ciências sociais era também, a partir da pesquisa empírica, procurar soluções ou novos critérios morais para prestar à sociedade, para essas patologias sociais, que é o nome que ele dá para esses comportamentos desviantes. Durkheim está nesse momento na consolidação das ciências sociais como disciplina e ele vem de uma tradição que a gente chama de tradição positivista. E o que é tradição positivista? Um nome importante e bastante lembrado é o nome de Augusto Conte. Sua obra tem influência no pensamento Durkheimiano. Na tradição positivista, a sociedade poderia ser compreendida da mesma forma que são compreendidos os fenômenos da natureza. Ele acreditava que esses fatos sociais poderiam ser estudados por meio dos mesmos métodos científicos que são empregados, por exemplo, nas ciências naturais. Ele defendia então o que a gente chama de equivalência metodológica entre a ciência da sociedade e as ciências da natureza. Uma das questões fundamentais é um conceito desenvolvido pelo autor, o conceito de fator social, que é toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior ou não, que é em geral envolvendo todos, que tem uma extensão, apresenta uma existência própria, independentemente das manifestações individuais da sociedade e do indivíduo. Vamos ver três fatores fundamentais disso que Durkheim chama de fato social: o primeiro deles é a generalidade, ela funciona para todo mundo, tem a coerção sobre todos os comportamentos; a segunda característica é uma força coercitiva sobre o indivíduo, maior do que o indivíduo e está colocada para fora dele, tipo de consciência social para fora do indivíduo que quer dizer que o indivíduo não tem sobre ela muito poder de manipulação, e então é constrangido por essas forças. Os fatos sociais estão fora das consciências individuais, eles estão numa consciência coletiva que não é uma consciência do grupo, que é uma consciência da sociedade, como cumprir as obrigações como irmão, como marido, como cidadão, quando o indivíduo executa seus contratos, é mais ou menos desse tipo de coerção e desse tipo de constrangimento que Durkheim fala. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/17 Outra coisa fundamental na obra do autor é a oposição, que vai ser uma posição fundamental em toda a ciência social e para a sociologia, como na antropologia e ciência política que é a oposição indivíduo-sociedade como uma questão central. Para Durkheim, a sociedade prevalece sobre o indivíduo, uma vez que ela se constitui como um conjunto de normas e regras de ação construídas de fora, ela externa nas próprias regras do fato social está fora das consciências individuais. A sociedade, então, tem uma definição de conjunto de normas de ação, de pensamento, de sentimento que está presente não apenas nas consciências individuais, mas também em uma construção social. Temos outra definição do que são os fatos sociais, o método que Durkheim defende que é o método de observação e a experimentação indireta, ou seja, começa no comparativo. Durkheim estava pensando em comportamentos desviantes, que chama de patologias sociais, uma crise moral que faz parte do objeto de investigação do sociólogo. É o fato social como coisa e não como ideia, então tem uma diferença também fundamental na obra do autor, porque é algo que não está na cabeça das pessoas e dos indivíduos, é uma coisa que paira sobre todos os indivíduos. Nesse sentido, a sociedade é sempre maior do que o grupo de indivíduos que a compõe, então tem uma de indivíduo-sociedade e de indivíduo e essa condição de vida em sociedade está tentando constituir a sociologia e o método científico. Durkheim vai mostrar o método comparativo, que falaremos mais para frente, mas como método por excelência das Ciências sociais. Vamos retomar a obra Durkheim, O Suicídio, uma obra publicada em 1897, que vai buscar sobre vários quadros estatísticos sobre o suicídio, em várias sociedades e culturas diferentes para pensar então como poderia encontrar uma causa do suicídio. Será possível encontrar vários casos nesse sentido. Figura 6 – Durkheim 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/17 Crédito: Natata/Shutterstock. O autor não dá muitas as explicações, pois elas são bastantes definidas e vão dizer que a causa maior do suicídio entre as sociedades é uma causa social, como também vai fazer a análise, por exemplo, da religião, das formas elementares da vida religiosa, o que é uma retomada justamente desse argumento que é a religião. Ele também apresenta uma consequência dessa consciência coletiva, nesse sentido, falamos dos constrangimentos e das forças de coração, dos fatos sociais, da igreja, por exemplo, das instituições, das escolas que compõem um pouco esse quadro normatizador. Esse quadro era a consciência coletiva, e esse fato social que constrange o tempo todo, sem dúvidas, e se movimenta diante desses constrangimentos. Vamos colocar para vocês todas as questões que são fundamentais, e voltaremos então falando um pouco agora da obra do Max Weber. No momento vamos falar um pouco mais da obra do sociólogo alemão Max Weber, que viveu entre 1864 e faleceu em 1920. Ele pensava quais as diferenças fundamentais como uma pirâmide, um produto; na teoria de Marx, você volta a pensar em uma ideia de ação social, em que estudamos o 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/17 objeto da ciência da sociedade que se compõe no momento de constituição, o que é essa ação social e como os indivíduos interagem um com os outros, como funcionam as ações e os comportamentos de cada indivíduo. Essa relação múltipla de um indivíduo com outro, quais as intenções e as vontades, motivações etc. O que a gente pode ver nesse primeiro momento é uma grande obra que aponta o espírito do capitalismo, é uma obra famosa até hoje muito usada que é A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, por ser uma relação de espírito que ele chama de espírito do capitalismo, como a ética se envolve no protestantismo. Vamos pensar então nessa teoria assim pela teoria da ação. Falaremos agora sobre a teoria da ação. Antes de tudo, vale ressaltar que é sobre a teoria da ação que Weber é conhecido. A teoria da ação coloca o fato social não sobre a sociedade, mas sim sobre os indivíduos que a compõem. Ele coloca isso de forma individual, então essa é a diferença entre o Weber e o Durkheim. Ele está pensando justamente nesses casos subjetivos em que seres humanos atribuem as suas próprias ações, suas ações históricas dentro de momentosespecíficos, para isso ele vai desenvolver também a Teoria da racionalidade, que é e uma teoria dos tipos ideais que falaremos um pouco mais para frente. A sociologia então é desenvolvida como a ciência da ação social, mudando o foco então dessa ação da sociedade defendida pelo Durkheim. Ela vai tratar justamente do significado dessas ações, dessas ações de modo individual. Então, ganha-se um significado diferente do que tinha nas obras Durkheim. O método Weberiano está focado no significado das ações individuais, a ação social se torna objeto próprio das ciências. As características sociais vão se voltar na ação e nas ações individuais de um indivíduo e de outro e as ações sociais só serão medidas no momento que elas se voltam para o comportamento do outro. Na obra de Weber, o comportamento se orienta pelas respostas como ações do comportamento do indivíduo no mesmo contexto sócio-histórico. O básico é de uma sociologia entendida como a sociologia compreensiva, em que o objetivo de compreender o significado de ação social se afasta das categorias macroestruturais como estava pensando Durkheim e volta-se para a consciência coletiva, em favor de uma ideia de realidade concreta, na qual existe uma racionalidade dos indivíduos. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/17 Figura 7 – Weber Crédito: Singleline/Shutterstock. Esse é o papel que ele vai desenvolver também como uma teoria fundamental que é a teoria dos tipos ideais. Vamos ver o que significa. Nós podemos imaginar essa teoria como uma categoria desse paradigma de tipos ideais, eles também são imaginados como reflexo dos comportamentos das ações, mas não ao contrário, eles tentam articular as ideias de tipo ideal como uma distração, ela é um monstro analítico do sociólogo. Ele escreve um pouco para comparar aqueles comportamentos e ações que são desviantes. Há a possibilidade do estudo do tipo puro, e a partir desse tipo puro, por contraste, se compara os comportamentos e ações reais das pessoas, dos indivíduos, quais são os significados que elas estão dando dentro dessa construção que se cria analiticamente. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/17 Para Weber, o que funciona não é reflexo de nada, e sim, uma ferramenta de análise metodológica que acompanha mais uma vez pensando o que está diferenciando-o de Durkheim, mas é ao mesmo tempo se juntando, retomando uma análise que foi feita de um social que se difere do outro. Ele não é nem externo e nem conhece tipo de indivíduos, esse social Weberiano reside no autor individual, mas vai ao mesmo tempo além dele mesmo e somente devido ao comportamento dos outros é que podemos pensar no tipo de análise sociológica. Por outro lado, os indivíduos precisam se atualizar com o tempo interagindo entre si, então, construir essa realidade social a partir justamente dos comportamentos e de suas ações, em vez de o tempo todo serem pressionados por outrem e constrangidos. O tipo dessa teoria funciona também justamente para pensar o que é a ideia de ação e significado, duas ideias fundamentais da obra de Max Weber. Os tipos ideais não se referem das ideias morais ou da média na estatística, eles não vão descrever cursos individuais da ação de um caso ideal, mas um caso típico, essas construções analíticas permitem ao pesquisador desenvolver algumas hipóteses que vão se ligar aos tipos e as condições que provocam determinados eventos, determinadas ações. Assim, são compostos esses tipos ideais e todas as características necessárias de um átomo, de uma ação e de todas as características juntas. Elas são raramente encontrados na vida real, por isso, não vão representar uma única possibilidade de determinação de uma ação, pelo contrário, como ferramentas analíticas esses tipos ideais não vão permitir uma possibilidade ao pesquisador ou investigador encontrar algumas características comuns a toda a variedade das realidades históricas, que é também fundamental que ela esteja pensando em construções históricas, em momentos históricos, encontros históricos, porque anda marcada por essas conjunturas nos movimentos históricos de cada sociedade. Podemos compreender, então, que se a gente pudesse pensar agora no fundamental da obra e da concepção metodológica de Weber, existem coisas que parecem fundamentais, como tipo de parâmetro, tipo puro, quais ações para tomar, hipóteses, como vemos aquilo e comparamos com aquele outro tipo, o que congrega os casos de uma ideia fundamental da obra da teoria da ação. Pela primeira vez se pensa em uma congregação, que vai ser mais tarde desenvolvida pelo sociólogo. Nesse caso, ele está pensando essa teoria em contraste um pouco com esse outro primeiro 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/17 tema, pensado aqui nos tipos ideais, a teoria da ação pensa em processos racionais e sim, tem uma contribuição importante sobre a ideia de racionalidade protestante e espiritualismo. Ele fala sobre a racionalidade, opera ações, nesse significado das ações individuais, assim essa racionalidade é o que se compreende como o significado da ação do indivíduo. Trata-se de uma comparação da realidade histórica e como se começa a realidade, para que a minha ação também seja motivada pela ação do outro. É a ideia de racionalidade começando a se construir. NA PRÁTICA Nesta etapa, vimos que o homem é diferente dos outros animais, seja pela sua linguagem ou pelo raciocínio, pela situação cultural, contexto em que vive e diversos aspectos que o colocam em outro estado. Mas também vimos que outros seres têm ações instintivas que parecem usar da inteligência. Estudamos como a sociologia surgiu como instrumento do estudo do homem e quem foram os principais filósofos responsáveis por isso. Conseguimos reconhecer essas ações? E, ao reconhecermos, de que forma conseguimos entender sobre a inteligência do homem? FINALIZANDO Vimos nesta etapa como se constitui o estudo da Antropologia Filosófica por meio da filosofia, do surgimento da sociologia e de alguns pensadores e seus questionamentos. REFERÊNCIAS ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2004. CASSIRER, E. Antropologia filosófica: ensaio sobre o homem. São Paulo: Mestre Jou, 1977. DESCARTES, R. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 2004 DURKHEIM, É. O Suicídio. São Paulo: Martins Fontes: 2011. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/17 FERRY, L.; VINCENT, D. O que é o Homem? Sobre os fundamentos da biologia e da filosofia. Porto: ASA, 2003. GALANTINO, N. Dizer o homem hoje: novos caminhos da antropologia filosófica. São Paulo: Paulus, 2003. GUARDINI, R. O mundo e a Pessoa. São Paulo: Duas Cidades, 1963. LIMA VAZ, H. Antropologia Filosófica I. São Paulo: Loyola, 1991. MONDIN, B. O homem quem é ele? Elementos da Antropologia Filosófica. São Paulo: Paulus, 1980. PLATÃO. Fédon. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999. PORTA, M. A filosofia a partir de seus problemas. São Paulo: Loyola, 2002. RABUSKE, A. Antropologia Filosófica. Petrópolis: Vozes, 1993. REALE, G.; ANTISERI, D. História da filosofia. Vol.4.SãoPaulo: Loyola, 2006. v. 4. VALVERDE, A. et al. Natureza humana em movimento. Ensaios de antropologia filosófica. São Paulo: Paulus, 2012. VAZ, H. C. de L. Antropologia filosófica I. São Paulo: Loyola, 1991. WEBER, M. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 01/03/2023 15:35 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/17
Compartilhar