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Livro Didático Digital Modelagem Matemática Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autoria GLAUCO ANTÔNIO DO NASCIMENTO RAFAELA RODRIGUES OLIVEIRA AMARO AUTORIA Glauco Antônio do Nascimento Olá. Meu nome é Glauco Antônio do Nascimento. Sou formado em Gestão de Negócios e em Licenciatura em Matemática. Possuo MBA em Gestão Empresarial e experiência técnico-profissional na área de Tecnologia da Informação (TI) há mais de 29 anos. Na área da educação, atuei por seis anos como professor no ensino fundamental, médio, técnico e superior (graduação e pós-graduação) de grandes universidades. Como sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões e estudos, fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em ajudá-lo nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro Olá. Meu nome é Rafaela Rodrigues Oliveira Amaro. Sou formada em Matemática, especialista em Metodologia do Ensino de Matemática e pós-graduada em Design Educacional. Possuo uma ampla experiência no âmbito da educação, em sala de aula e na elaboração de material didático para diferentes níveis de ensino da Matemática. Apaixonada por esta disciplina e pelo processo de sua transmissão, busco a elaboração de um material de fácil compreensão. Por isso, fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder auxiliá-lo nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: OBJETIVO: para o início do desenvolvimento de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de apresentar um novo conceito; NOTA: quando necessárias observações ou complementações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a necessidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido; ACESSE: se for preciso acessar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de autoaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando uma competência for concluída e questões forem explicadas; SUMÁRIO Conhecendo os Sistemas de Numeração ......................................... 12 Sistema de Numeração Decimal ......................................................................................... 14 Sistema de Numeração Binário ............................................................................................ 14 Conversão de Decimal para Binário ............................................................... 15 Conversão de Binário para Decimal ............................................................... 17 Conhecendo a Álgebra Booleana ........................................................ 19 Circuitos Lógicos ............................................................................................................................ 20 Portas Lógicas com o Operador OU ............................................................. 20 Portas Lógicas com o Operador E ................................................................... 21 Conectivos Lógicos ......................................................................................................................23 Conjunção ........................................................................................................................24 Disjunção ..........................................................................................................................25 Condicional .......................................................................................................................25 Bicondicional ..................................................................................................................26 Negação ............................................................................................................................27 Reconhecendo a Teoria de Conjuntos................................................29 Operações entre Conjuntos ................................................................................................... 31 União .................................................................................................................................... 31 Intersecção ......................................................................................................................32 Diferença ...........................................................................................................................33 Complementação .......................................................................................................34 Aprendendo Análise Combinatória ....................................................38 Princípio Fundamental da Contagem.............................................................................. 38 Permutação ......................................................................................................................................... 41 Arranjo ....................................................................................................................................................43 Combinação .......................................................................................................................................45 9 UNIDADE 04 Modelagem Matemática 10 INTRODUÇÃO Você sabia que a álgebra booleana está intimamente relacionada à programação de computadores e de circuitos lógicos, compreendendo um ramo de alto crescimento? Ainda nesse contexto tecnológico, encontramos a teoria de conjuntos e a análise combinatória, que estuda as possibilidades de ocorrência de determinado acontecimento, a fim de propiciar uma visão mais ampla acerca do evento. Ao longo desta unidade letiva, você continuará mergulhando no universo desafiador e instigante da matemática! Modelagem Matemática 11 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4 Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1.Apontar as bases de formação dos diversos sistemas de numeração e suas operações básicas. 2.Interpretar os operadores e operandos lógicos, aplicando-os nas operações simples e compostas segundo a tabela verdade, valendo-se de diversas situações da vida real. 3.Resolver problemas envolvendo a teoria dos conjuntos e as relações entre eles. 4.Reconhecer as técnicas de análise combinatória e solução de problemas envolvendo permutas, arranjos e combinações entre números. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Modelagem Matemática 12 Conhecendo os Sistemas de Numeração OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você terá entendido o que são e como funcionam os sistemas de numerações. Além disso, terá compreendido o sistema decimal e o binário, e a dinâmica de conversão entre eles. Motivado para desenvolver essas competências? Vamos lá. Avante! A história dos números se atrela ao argumento de que a ciência é produto de toda humanidade, ou seja, não é de uma só civilização, mas de vários povos. No contexto da história da matemática, as civilizações antigas – suméria, egípcias, grega, chinesa, romana e maia –conseguiram chegar à abstração e elaborar os seus sistemas de numeração. É importante observar que civilizações muito diferentes se direcionaram para os mesmos caminhos e chegaram a resultados semelhantes. No início, grande parte dessas civilizações usava um sistema de numeração não posicional. Dessa forma, para a representação dos números, era necessária a repetição de símbolos idênticos, o que, consequentemente, gerava erros. Por isso, a evolução fez nascer o sistema posicional, uma vez que, por meio dele, foi possível realizar a representação de qualquer número utilizando uma pequena quantidade de símbolos. Um dos sistemas mais antigos, o dos sumérios, consistia em representar uma unidade simples por um pequeno cone; uma dezena por uma bolinha; sessenta unidades por um cone grande; o número 6000 (= 60 x 100) por um cone perfurado; 3.600 (60x60=60²) por uma esfera; e o número 36.000 (60²x10) por uma esfera perfurada. Depois, os sábios babilônicos, sucessores dos sumérios, inventaram um sistema de numeração em que existia uma correspondência entre a ordem do grupo e a ordem de sua representação. Ele foi um dos mais admiráveis da antiguidade, fundamentado na base sexagesimal e utilizava somente dois algarismos em sua composição. Modelagem Matemática 13 Por fim, os egípcios elaboraram uma escrita e um sistema de numeração chamado de numeração hieroglífica. Todos os hieróglifos egípcios que compunham esse sistema foram tirados da fauna e da flora do Nilo, e correspondiam a uma representação da civilização egípcia. Os sistemas de numeração citados fazem parte da origem dos sistemas de numeração mais famosos e, consequentemente, dos que foram e ainda são mais utilizados atualmente. Eles estão indicados na figura a seguir: Figura 1 – Sistemas de numeração Fonte: Elaborado pelos autores. É importante ressaltar que os sistemas de numeração mais utilizados são o decimal e o binário, por isso, receberão uma seção cada. Quanto aos outros, faremos uma breve descrição. Veja a seguir: • Octal – é um sistema de base oito, o qual contêm os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7. Foi muito utilizado no mundo da computação como uma alternativa mais resumida do sistema binário na programação em linguagem de máquina. • Hexadecimal – é um sistema de base dezesseis e contém uma combinação de números e letras dada por: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F. Esse sistema é de extrema importância em sistemas digitais, tendo ampla aplicabilidade em projetos de hardwares e softwares digitais. Modelagem Matemática 14 Sistema de Numeração Decimal O sistema de numeração decimal é um sistema de numeração de posição que utiliza a base dez, ou seja, utiliza os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,8, e 9 para constituir seus números. Assim, a combinação de seus dez algarismos contabiliza unidades, dezenas, centenas, unidade de milhar, entre outros, sempre da direita para a esquerda. Nesse sistema, conforme a posição do número, é atribuído, a ele, um valor distinto. Em outras palavras, suponha o número 23: nele, o algarismo 3 indica três unidades; já no número 32, ele representa três dezenas e, no número 320, ele aponta para três centenas, ou seja, 300. Assim, é possível decompor um número de acordo com a posição de seus algarismos e a sua relação com as potencias de dez. Por exemplo: É importante enfatizar que, no sistema de numeração decimal, o algarismo zero possui diferentes significados de acordo com a sua posição. Quando posicionado à esquerda do número, não altera o seu valor representativo. Assim: 5; 05; ou 005 indicam a mesma unidade. Por outro lado, quando colocado à direita, indica multiplicações por potências de dez e os mesmos valores anteriores, quando inserida a mesma quantidade de zero, geram os números 50, 500 e 5000. Sistema de Numeração Binário Diferentemente do sistema de numeração decimal, o binário trabalha com apenas dois algarismos em sua composição: zero e um. O sistema binário, ou base 2, é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se representam com base em dois números. Isso se deve, pelo fato de que os computadores digitais utilizam internamente apenas dois níveis de tensão, o aceso ou o apagado. Modelagem Matemática 15 Esse sistema é a base para a álgebra booleana (de George Boole, um matemático inglês), que possibilita a realização de operações lógicas e aritméticas usando apenas o verdadeiro ou falso. Desse modo, toda a eletrônica digital e a computação estão calcadas nesse sistema binário e na lógica de Boole, que permite representar, por portas lógicas, os números, caracteres, além de realizar operações lógicas e aritméticas. Figura 2 – Sistema de numeração binário Fonte: @pixabay. Conversão de Decimal para Binário Para transformar um número decimal em binário, realizamos sucessivas divisões desse valor por dois. Assim, o número binário é formado pelo quociente da última divisão seguido dos restos de todas as divisões, na sequência em que foram realizadas. A leitura para a composição desse número é feita de trás para frente. Modelagem Matemática 16 Para facilitar o seu entendimento, vamos resolver, juntos, alguns exemplos. Exemplo: a. (dez na base decimal equivale a quanto na base binária?) Ao realizar a leitura dos restos da última divisão, que sempre devem resultar em um, para a primeira, chegamos à seguinte representação: Ficou mais fácil, não é mesmo? Vamos praticar mais um pouco! b. (vinte e três na base decimal equivale a quanto na base binária?) Ao realizar a leitura dos restos da última divisão, que sempre devem resultar em um, para o resto da primeira, chegamos à seguinte representação: Modelagem Matemática 17 Conversão de Binário para Decimal Para a conversão de binário para decimal, é preciso escrever cada número que o compõe multiplicado pela base do sistema, nesse caso, a base dois, elevada à posição que ocupa. A soma de cada multiplicação pelo valor da potência resulta no número representado. Para você compreender melhor, observe exemplos: Exemplo: Converta os números binários para base decimal: a. Logo, b. Logo, c. Logo, Agora que conhecemos os mais populares sistemas de numeração, observe, na tabela a seguir, uma comparação entre alguns números e a sua representação no sistema de numeração.: Modelagem Matemática 18 Tabela 1 – Tabela de conversão de bases Fonte: High Tech, 2013. RESUMINDO: Gostou do que lhe apresentamos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos a certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, resumiremos tudo o que estudamos. Você deve ter aprendido. Modelagem Matemática 19 Conhecendo a Álgebra Booleana OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você será terá entendido como funciona a dinâmica da álgebra booleana e as concepções que permeiam esse conteúdo importantíssimo para a matemática e outras áreas do conhecimento. Vamos lá. Avante! Em 1854, George Boole, um importante estudioso, iniciou o formalismo matemático que até hoje é utilizado para o tratamento sistemático da lógica: a chamada álgebra booleana. Ela pode ser definida por: DEFINIÇÃO: Álgebra booleana pode ser definida como um conjunto de operadores e um conjunto de axiomas que são assumidos verdadeiros, sem necessidade de prova. A álgebra booleana pode ter duas classificações: verdadeiro ou falso. Uma tabela que descreva uma função booleana recebe o nome “tabela verdade” e, nela, são listadas todas as combinações de valores que as variáveis de entrada podem assumir e os valores correspondentes da função. VOCÊ SABIA? George Boole (1815 - 1864) foi um matemático e professor britânico de Matemática e de línguas, fundando sua própria escola privada. Em 1847, publicou o seu primeiro trabalho científico, o livro intitulado “The Mathematical Analysis of Logic”. Modelagem Matemática 20 Circuitos LógicosOs sistemas digitais são formados por circuitos lógicos denominados “portas lógicas”. Quando utilizados de forma correta, podem implementar todas as expressões geradas pela álgebra de Boole. As portas lógicas são circuitos digitais com uma ou mais tensões de entrada. Eles podem ser construídos com diodos, transistores e resistores conectados de tal forma que o sinal de saída do circuito equivale ao resultado de uma função lógica básica (AND, OR, NOT). Os valores possíveis das tensões de entrada e de saída são somente dois e, por convenção, considera-se a tensão de alimentação como sinal lógico “1” e a tensão nula como sinal lógico “0”. Figura 3 – Porta lógica Fonte: Elaborado pelos autores. Observe que, para cada porta lógica básica, serão apresentados um circuito elétrico equivalente e um circuito eletrônico capazes de implementar a função lógica. Além disso, apresentaremos a sua respectiva tabela verdade, a expressão lógica que define a função e a simbologia adequada para a sua representação. Os sinais de entrada das portas serão representados pelas letras A e B e o sinal de saída pela letra S. Lembre-se de que os sinais de entrada e de saída são tensões elétricas. Portas Lógicas com o Operador OU O símbolo da porta lógica nos possibilita um entendimento mais claro do operador (OU). Em outras palavras, em uma condição envolvida em determinado algoritmo ou em um fluxograma definido, teremos situações nas quais é necessário tomar decisões que nos proporão um Modelagem Matemática 21 resultado efetivo em função dos passos, sendo necessária uma disjunção. Visualizamos uma lógica que nos indica que a soma dos termos produz um resultado. Assim, podemos ter entradas aleatórias, mas com objetivo lógico, que nos produza termos com valores iguais a 0 ou 1 (de posse de qualquer um deles, chegaremos ao resultado). • Expressão lógica: S=A+B (lê-se A ou B) • Simbologia da porta OR: Fonte: Elaborado pelos autores. • Tabela verdade da porta OR: A B 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 Fonte: Elaborado pelos autores. Assim, a porta lógica OR consiste em ser um circuito eletrônico que executa a função OR da álgebra de Boole. Portas Lógicas com o Operador E O símbolo de porta logica nos possibilita um entendimento bem claro do operador (E). Em outras palavras, em uma condição envolvida em um determinado algoritmo ou fluxograma definido, teremos situações nas quais é necessário tomar decisões que nos propiciarão um resultado efetivo em função dos passos, sendo necessária uma conjunção. Modelagem Matemática 22 Visualizamos uma lógica que nos indica que a soma dos termos produz um resultado: • Expressão lógica: S=A∙B (lê-se A e B) • Simbologia da porta END: Fonte: Elaborado pelos autores. • Tabela verdade da porta END: A B 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 1 1 Fonte: Elaborado pelos autores. Dessa forma, é possível afirmar que a porta lógica AND é um circuito eletrônico que executa a função AND da álgebra de Boole. Uma porta lógica pode demonstrar uma operação de complementação conhecida como “inversor” ou “negador”. Desse modo, a operação de complementação só pode ser realizada por uma variável sobre o resultado de uma subexpressão, produzindo, por sua vez, somente uma entrada e uma saída. Modelagem Matemática 23 Conectivos Lógicos Nos itens anteriores, entendemos como a forma lógica digital funciona. Agora, saberemos, intermediados por tabelas verdade, o que são e como funcionam os conectivos lógicos. DEFINIÇÃO: Conectivos lógicos são palavras utilizadas para conectar as proposições, formando novas sentenças objetivas.. Observe, na tabela a seguir, os principais conectivos lógicos. Tabela 2 – Conectivos lógicos Fonte: Elaborado pelos autores. VOCÊ SABIA? Cálculo proposicional é uma parte da lógica matemática a qual estuda a validade de argumentos por meio de uma linguagem própria: a linguagem proposicional. Modelagem Matemática 24 Nesse contexto, trabalharemos com proposições e as relações existentes entre elas por intermédio de conectivos. Mas, afinal, o que são proposições? Proposição é toda sentença declarativa que pode ser definida, unicamente, como verdadeira (V) ou falsa (F). Chama-se “valor lógico de uma proposição”, a verdade, se a proposição for verdadeira, e a falsidade, se proposição for falsa. Outro fato importante a ser ressaltado é o de que, quando uma proposição for simples, ela é indicada por letra minúscula. Já se for composta, sua indicação ocorre por letras maiúsculas. São exemplos de proposições: • P: Paulo é cozinheiro e Maria é costureira. • Q: Paulo é cozinheiro ou Maria é costureira • R: Se Paulo é cozinheiro então Maria é costureira • S: Paulo é cozinheiro se, e somente se Maria é costureira. Conjunção A conjunção é a responsável por realizar a ligação entre duas ou mais preposições simples por meio do uso do conectivo “e”, o qual, assim como já sabemos, em sua forma digital, é chamado de AND. A tabela verdade da conjunção é dada por: Tabela 3 – Conjunção entre duas proposições P Q P ^ Q V V V V F F F V F F F F Fonte: Elaborado pelos autores. Modelagem Matemática 25 Pela interpretação da tabela, concluímos que uma conjunção será verdadeira, somente quando suas proposições também forem verdadeiras. Por outro lado, será falsa diante da incorrência dessa condição. Disjunção A disjunção realiza a conexão entre duas ou mais preposições simples por intermédio do conectivo “ou”, que, assim como já sabemos, em sua forma digital, é chamado de OR. A tabela verdade da disjunção é dada por: Tabela 4 – Disjunção entre duas proposições P Q V V F V F V F V V F F V Fonte: Elaborado pelos autores. É possível concluir que uma conjunção será falsa somente quando suas proposições forem verdadeiras e falsa na incorrência dessa condição. Condicional Uma condicional se atrela a uma decisão a ser tomada em função de parâmetros, ou seja, ela somente ocorrerá se tivermos a entrada pertinente. Basicamente, a ocorrência de uma proposição ocorre a partir da existência de outra. Em fluxograma, conseguimos observar essa situação a partir do símbolo de decisão, no qual temos uma resposta de sim ou não. Modelagem Matemática 26 A tabela verdade da condicional é dada por: Tabela 5 – Condicional entre duas proposições P Q V V V V F F F V V F F V Fonte: Elaborado pelos autores. Assim, na condicional, a proposição será falsa quando a proposição antecedente for verdadeira e a consequente falsa. Bicondicional A bicondicional representa a associação de duas condicionais simultaneamente, de uma proposição para outra e vice versa. Assim, ela só ocorrerá se existir uma entrada em que se atenda uma condição com mais de um parâmetro. A tabela verdade da disjunção é dada por: Tabela 6 – Bicondicional entre duas proposições P Q V V F V F V F V V F F V Fonte: Elaborado pelos autores. Assim, a bicondicional só é verdadeira quando ambas as proposições são verdadeiras ou falsas e é falsa na ausência dessas condições. Modelagem Matemática 27 Negação A negação consiste em alterar o valor lógico da proposição. Dessa forma, quando a proposição for verdadeira e negada, torna-se falsa ou vice-versa. A tabela verdade da negação é dada por: Tabela 7 – Negação entre duas proposições P V F F V Fonte: Elaborado pelos autores. Agora, para entender melhor as definições apresentadas, analise a resolução de alguns exemplos. Exemplo: Sejam as proposições p: O céu é azul e q: Mariana é atriz; traduza, para a linguagem simbólica, as proposições: a. Mariana é feliz ou o céu é azul. b. O céu é azul e Mariana é atriz. c. Se o céu é azul então Mariana é atriz. d. Não é verdade que o céu é azul. e. Mariana é atriz se e somente se o céu é azul. Para realizarmos essa reescrita, é necessário ter conhecimento sobre o significado de cada conectivo. Logo, a resposta será dada por: Modelagem Matemática 28 RESUMINDO:Gostou do que lhe apresentamos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos a certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, resumiremos tudo o que estudamos. Você deve ter aprendido que portas lógicas são calcadas na álgebra booleana. Desse modo, compreendemos que AND corresponde ao conectivo “e” e OR ao conectivo “ou”. Além disso, conhecemos um dispositivo prático chamado de “tabela verdade” e como ele se constitui perante as propriedades de cada conectivo. Modelagem Matemática 29 Reconhecendo a Teoria de Conjuntos OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você terá entendido a dinâmica dos conjuntos numéricos, as características dos mais conhecidos, bem como terá compreendido as operações válidas para eles. Motivado para desenvolver essas competências? Vamos lá. Avante! A necessidade da contagem, associada à ideia de coleção, ocasionou a descoberta e o consequente aprimoramento dos conjuntos numéricos. Os mais utilizados, assim como seus principais atributos estão descritos na figura a seguir: Figura 4 – Conjuntos numéricos Fonte: Elaborado pelos autores. A definição de conjunto é dada por: Modelagem Matemática 30 DEFINIÇÃO: Coleção de objetos apresentados ou caracterizados pela enumeração ou por alguma outra propriedade. Cada um dos objetos ou itens que compõem um conjunto é chamado de elemento e é diferente dos outros, além de satisfazer as condições desse conjunto. Por exemplo, podemos enumerar o conjunto dos números ímpares menores que cem ou das cidades que compõem o estado de Minas Gerais. Para isso, representaremos sempre um conjunto por uma letra maiúscula qualquer, que será o seu nome, e seus elementos com letras minúsculas, separados por vírgulas e colocados entre chaves. Já para representar que um elemento x pertence a um conjunto Z, escrevemos: x ∈ Z e lemos x pertence a Z. Já se x não for elemento de Z, escrevemos: x ∉ Z e lemos x não pertence a Z. Outro método possível de representar um conjunto é por meio de uma figura geométrica na qual seus elementos são pontos no interior da figura. Essa representação é conhecida como diagrama de Venn. O Diagrama de Venn são círculos que possuem a propriedade de representar relações entre conjuntos numéricos com seus elementos Um conjunto pode ser determinado de três maneiras distintas: por enumeração, por extensão ou por compreensão. • Enumeração – ocorre quando anunciamos todos os elementos de um conjunto, como o conjunto das vogais V = {a, e, i, o, u}. • Extensão – ocorre quando não são evidenciados todos os elementos de um conjunto, mas apenas são citados alguns, recorrendo às reticências para indicar os outros. Pode-se citar, ou não, o último elemento. Por exemplo: o conjunto dos números naturais menores que quinze: N = {0, 1, 2, 3, 4, ....., 14}. Modelagem Matemática 31 • Compreensão – conjunto formado quando citamos uma propriedade característica comum a todos os elementos, tendo uma notação própria. Se o conjunto B dos elementos x tem uma propriedade Q, indicamos pela notação: A = {x / x é Q}, em que se lê: conjunto B constituído dos elementos x, tal que x satisfaz à propriedade Q. Assim, se quisermos denotar o conjunto dos números quadrados perfeitos, o indicaremos por P = {x / x é um quadrado perfeito}. Operações entre Conjuntos Agora, aprenderemos que os conjuntos também podem operar entre si. As operações básicas entre os conjuntos são: união, interseção, diferença e complementação. União Dados dois conjuntos, A e B, chamamos “conjunto união” ou “reunião entre A e B”, o conjunto C dos elementos que pertencem ao conjunto A ou ao conjunto B. É simbolizada a união de A com B por: . Outra propriedade interessante afirma que . Vamos entender, na prática, a fundamentação desse conceito? Exemplo: Considere dois conjuntos definidos por A = {1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8}. Qual é o conjunto ? Note que, para determinarmos o conjunto, é necessário agrupar os elementos do conjunto A e do conjunto B. Portanto, ele será dado por: Modelagem Matemática 32 Já a sua representação no diagrama de Venn é: Fonte: Elaborado pelos autores. Intersecção Dados dois conjuntos, A e B, quaisquer, o conjunto interseção é o conjunto formado pelos elementos comuns de A e B. Em outras palavras, é o conjunto C, cujos elementos pertencem tanto ao conjunto A quanto ao conjunto B. Simbolizamos a interseção de A com B assim: C = A ∩ B; Exemplo: Considere dois conjuntos definidos por A = {1, 2, 3, 4} e B = {5, 6, 7, 8}. Qual é o conjunto Note que, para determinarmos o conjunto, é necessário agrupar os elementos comuns ao conjunto A e ao conjunto B. Portanto, ele será dado por: Modelagem Matemática 33 Já a sua representação no diagrama de Venn é: Fonte: Elaborado pelos autores. IMPORTANTE: Dois conjuntos que têm interseção vazia, ou seja, nula, são chamados de conjuntos disjuntos. A sua representação matemática é dada por . Diferença Dados dois conjuntos A e B, chamamos de conjunto diferença A – B, o conjunto C dos elementos de A que não pertencem a B. Da mesma forma, é chamado de conjunto diferença de B – A, o conjunto D dos elementos de B que não pertencem a A. Analogamente, podemos entender a diferença entre dois conjuntos da mesma maneira que a diferença entre dois números. Por exemplo, 7 – 3 = 4 pode ser compreendido da seguinte forma: de sete unidades, retiram-se três e restam quatro unidades. Modelagem Matemática 34 Em conjuntos, no exemplo A - B, de um conjunto A, retiram-se os elementos que também são de B, restando os elementos que pertencem apenas a A. Exemplo: Seja A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {2, 4, 6, 8}, qual é o conjunto? a. A – B. b. B – A. Observe que a solução é dada por: a. A – B = {1, 3, 5} (de A, foram retirados os elementos que também pertenciam a B). b. B – A = {6, 8} (de B, foram retirados os elementos que também pertenciam a A). Complementação Dados dois conjuntos A e B, com A diferente de B, chamamos conjunto complementar de A em relação a B, a diferença B – A. Em outras palavras, essa definição pode ser dada por: se um conjunto A está contido em um conjunto B, sabemos que todo elemento de A também é elemento de B. Entretanto, podem existir elementos em B que não estão em A. O conjunto formado por esses elementos é chamado “complementar de A em relação a B” e a sua representação é C B A. Exemplo: Seja A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}, qual é o conjunto? a. A c B (A complementar B). b. B c A (B complementar A). Observe que a solução é dada por: Modelagem Matemática 35 É importante ressaltar que o conteúdo “conjuntos” é uma temática muito cobrada em provas, especialmente em concursos públicos. Por isso, solucionaremos mais alguns exemplos. Vamos lá? Exemplo: Considere os conjuntos M = {1, 4, 6, 8, 10}, N = {4, 8, 16} e P = {6, 12, 18, 24, 30}. Determine: a. M∪ N b. M∪ N∪ P c. N – M d. M – P e. M ∩ P Para solucionar esse exercício, basta aplicarmos as concepções de cada simbologia. Observe: a. M∪ N = {1, 4, 6, 8, 10, 16} b. M∪ N∪ P = {1, 4, 6, 8, 10, 16, 18, 24, 30} c. N – M = {16} d. M – P = {1, 4, 8, 10} e. M ∩ P = {6} Exemplo: Considere que o conjunto R tem 14 elementos; já o conjunto S, 5 elementos. Sabe-se que a intersecção entre esses dois conjuntos, ou seja, R ∩ S, tem três elementos. Logo, quantos elementos compõem o conjunto A∪ B? Querido(a) aluno(a), para solucionar essa questão, é necessário ter conhecimento acerca da relação entre a união de dois conjuntos, que é dada por: Logo, identificando as informações fornecidas, sabemos que: • R = 14 • S = 5 Modelagem Matemática 36 • R∩ S = 3 • R U S = ? Exemplo: Em um bairro, foram instaladas 84 lâmpadas para iluminar as ruas América e Brasil, que se cruzam. Sabe-se que, na rua América, foram colocadas 41 lâmpadas e, na rua Brasil, 50 lâmpadas. Nesse contexto, quantas lâmpadas foraminstaladas no cruzamento entre as ruas América e Brasil? Inicialmente, vamos reconhecer as informações disponíveis no enunciado. Portanto, chamaremos de A, a quantidade de lâmpadas instaladas na Rua América, e de B, o conjunto das lâmpadas instaladas na rua Brasil. Logo: • A U B = 84 • A = 41 • B = 50 • A∩ B = ? Sabemos que a definição é: Logo, substituindo os valores: Modelagem Matemática 37 RESUMINDO: Gostou do que lhe apresentamos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos a certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, resumiremos tudo o que estudamos. Você deve ter aprendido que um conjunto corresponde a uma coleção que obedece a condição pré-estabelecida. Também compreendeu as operações com conjuntos, a união, a intersecção, a diferença e a complementação, sendo apresentadas as suas peculiaridades. Modelagem Matemática 38 Aprendendo Análise Combinatória OBJETIVO: Ao término deste capítulo, você terá entendido como funciona a dinâmica da análise combinatória. Assim, compreenderá os três tipos de agrupamentos: permutação, arranjo e combinação, acompanhados de sua definição e fórmula específica. Motivado(a) para desenvolver essas novas competências? Vamos lá. Avante! A análise combinatória é um subtema pertencente à matemática e é um conjunto de procedimentos que possibilita a construção, perante algumas condições, de grupos distintos formados por um número finito de elementos de um conjunto. VOCÊ SABIA? Famosos matemáticos, tais como o italiano Niccollo Fontana (1500-1557), conhecido como Tartaglia, e os franceses Pierre de Fermat (1601-1665) e Blaise Pascal (1623-1662), dedicaram seus estudos para compreender e difundir conceitos relacionados à análise combinatória. Princípio Fundamental da Contagem O princípio fundamental da contagem constitui um dos fundamentos essenciais para a compreensão da análise combinatória. Sua definição é descrita por: DEFINIÇÃO: Conjunto de procedimentos que possibilita a construção, sob certas circunstâncias, de grupos diferentes formados por um número finito de elementos de um conjunto. Assim se determinado acontecimento acontece em etapas independentes: a primeira etapa pode ocorrer de n1 maneiras diferentes; já a segunda, de n2 maneiras diferentes, e assim sucessivamente. Portanto, Modelagem Matemática 39 o número total de M maneiras de ocorrer o acontecimento, composto por k etapas, é dado por: Para compreender melhor essa definição, suponha que você queira comprar um sorvete e poderá escolher três sabores perante uma cartela que agrupa dois sabores diferentes. Assim, quantas são as possibilidades de montagem desse sorvete? Ora, observe que, para a primeira bola, temos 21 sabores; para a segunda também e, para a terceira bola, também 21 sabores. Lembre-se de que pode ser escolhido um sorvete com três sabores iguais, portanto: Possibilidade de sabores = 21 x 21 x 21 = 9271 maneiras. Agora, se for especificado que os sabores deverão ser distintos, isto é, diferentes, o valor anterior se altera, pois, para a primeira bola, há 21 sabores; já para a segunda, existem 21 – 1 = 20 sabores (um já foi escolhido inicialmente). Por sua vez, para a terceira bola, há: 20 – 1 = 19 sabores. Logo, pelo princípio fundamental da contagem, sabemos que: Possibilidade de sabores = 21 x 20 x 19 = 7980 maneiras. Atente-se a essas informações nos exercícios, ou seja, se há, ou não, distinção para a situação proposta, uma vez que esse contexto altera toda a resolução do exercício. Modelagem Matemática 40 Outro ponto de destaque na dinâmica da análise combinatória consiste na utilização das conjunções E e OU. Sua diferenciação é fundamental para resolver os problemas propostos. Figura 5 – Princípio fundamental da contagem e as conjunções E e OU Fonte: Elaborado pelos autores. Exemplo: Para montar um computador, uma fábrica tem disponíveis cinco diferentes tipos de monitores, sete opções de teclados e dois tipos de unidades de processamento. Quantos modelos de computadores podem ser montados a partir dessas opções? Note que os dados do problema são: • Monitores = 5 opções. • Teclados = 7 opções. • Unidades de processamento = 2 opções. Logo, a quantidade de modelos construídos é dada por: 5∙7∙2=70 Assim, concluímos que há 70 maneiras diferentes de montar um computador perante as condições estabelecidas. Exemplo: Quantos números de três algarismos é possível formar utilizando os caracteres 1, 3, 5, 6, 8, 7 e 9? Modelagem Matemática 41 Observe que existem sete algarismos disponíveis para agruparmos três e formarmos o número desejado. Assim: 7∙7∙7=343 Logo, 343 números podem ser escritos a partir dos algarismos disponibilizados. Permutação A concepção de permutação se associa ao princípio fundamental da contagem e, formalmente, é definido por: DEFINIÇÃO: É um tipo de agrupamento ordenado em que se participam todos os elementos do conjunto. Matematicamente, representamos uma permutação de n elementos por: Exemplo: Calcule o número de formas distintas de oito pessoas ocuparem os lugares de um banco retangular de oito lugares. O número de possibilidades é dado por fatorial de oito, logo: No contexto da permutação, utilizamos muito a concepção de anagrama, que consiste no agrupamento formado pelas letras de uma palavra que pode ter, ou não, significado na linguagem comum. Exemplo: Calcule a quantidade de anagramas das palavras: a. LUNAR. b. CABELO. Modelagem Matemática 42 Atente-se ao fato de que a quantidade de anagramas de uma palavra equivale à permutação da quantidade de letras que a compõem. Portanto, a quantidade de anagramas será dada por, respectivamente: Outro ponto a ser destacado é o de que poderão ocorrer repetições de letras em uma mesma palavra, assim como em outras situações pertinentes a temática de permutação. Para esses casos, utilizamos a seguinte formula: Em que a, b e c representam a quantidade de vezes que cada uma das letras se repete. Agora, vamos exercitar? Exemplo: Calcule a quantidade de anagramas das palavras: a. MARMELO. b. CACHORRO. Para determinar a quantidade de anagramas para cada um dos casos, é preciso identificar a quantidade de letras que compõem a palavra, quais letras se repetem e quantas vezes isso ocorre. Assim: a. anagramas (note que a letra M se repete duas vezes). b. (note que as letras R, S e O se repetem duas vezes). Exemplo: Quantos anagramas podemos criar com a palavra CAMINHO, que: a. Começam com vogal? b. Começam e terminam com consoante? c. Começam com CAM? Para determinarmos a solução, é necessário se atentar a cada uma das condições estabelecidas. Logo: Modelagem Matemática 43 a. Se uma vogal é fixada, haverá seis letras a serem permutadas. Logo, a quantidade de anagramas será de . b. Começar e terminar com uma consoante permitirá a permutação de cinco letras. Logo, . c. Fixar a silaba CAM permite permutar o restante das letras, isto é, Arranjo Um arranjo ocorre quando os agrupamentos constituídos ficam diferentes ao se inverter a posição dos seus elementos. Assim a ordem que os elementos ocupam dentro do grupo tem importância e a sua definição formal é dada por: DEFINIÇÃO: Dado n elementos tomados k a k, sendo k<n, o número de arranjos é calculado por: Vamos praticar esse novo conceito importantíssimo na análise combinatória? Exemplo: Solucione os arranjos a seguir: Modelagem Matemática 44 Note que, para determinar a solução dos arranjos propostos, é necessário conhecer a fórmula de arranjos e relembrar a simplificação entre fatoriais. Logo: Exemplo: Quantos números de quatro algarismos podemos constituir com os algarismos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9? Observe que a posição dos algarismos altera a formação dos números. Desse modo, será necessário realizar o cálculo: Logo: Assim, é possível constituir 3024 números a partir dos algarismosdisponibilizados. Exemplo: Uma avaliação é composta por trinta questões das quais o aluno pode escolher vinte e cinco para serem resolvidas. A primeira questão vale x pontos, a segunda x-1 pontos e assim sucessivamente. De quantas maneiras ele poderá escolher essas questões? Note que a situação retrata um arranjo, uma vez que a ordem interfere no peso, ou seja, no valor associado a cada uma. Logo: Modelagem Matemática 45 Combinação Temos a ocorrência de uma combinação quando os agrupamentos encontrados permanecem iguais ao se inverter a posição dos seus elementos (a ordem em que os elementos ocupam no grupo não tem importância). Matematicamente, sua definição é: DEFINIÇÃO: Dado n elementos tomados k a k, sendo k<n, o número de combinações é calculado por:. Vamos praticar esse novo conhecimento pertencente à análise combinatória? Exemplo: Determine os valores referentes aos resultados das combinações seguir: Note que, para determinar a solução dos arranjos propostos, é necessário conhecer a fórmula de arranjos e relembrar a simplificação entre fatoriais. Logo: Exemplo: Uma vitamina é preparada com três frutas distintas. Se existem nove frutas disponíveis, quantas vitaminas diferentes podem ser preparadas? Modelagem Matemática 46 Ora, se temos que escolher, entre sete frutas, três, para se fazer uma vitamina, teremos: Que é resolvido por: Assim, concluímos que existem 84 opções para montar a vitamina de frutas. Exemplo: Uma grande organização dispõe, em seu quadro de funcionários, cinco economistas e 10 administradores. De quantos modos podemos formar uma comissão formada por seis membros, sendo dois economistas e cinco administradores? Para resolver esse problema e identificar o número de comissões, haveremos de calcular duas combinações: uma para determinar as possibilidades para os economistas e outra para os administradores. Logo, a resposta será dada por: Agora, calculando-as: Logo, existem 10 + 252 = 262 maneiras de se formar comissões com base no quadro de funcionários disponíveis na empresa. RESUMINDO: Gostou do que lhe apresentamos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos a certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, resumiremos tudo o que você estudou. Você deve ter aprendido. Modelagem Matemática 47 REFERÊNCIAS ASCENCIO, A. F. G.; CAMPOS, E. A. V. C. Fundamentos da programação de computadores: algoritmos, pascal e C/C++. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. FIGUEIREDO, L. M. Matemática discreta. 3. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj/Consórcio Cederj, 2005. v. 1. FIGUEIREDO, L. M. Matemática discreta. 3. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj/Consórcio Cederj, 2005. v. 2. FORBELLONE, A. L. V.; EBERSPACHER, H. F. Lógica de programação: a construção de algoritmos e estruturas de dados. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005 HIGH TECH. Sistemas de numeração: decimal, binário, octal e hexadecimal. Pplware, 3 jan. 2013. Disponível em: https://pplware.sapo.pt/high-tech/ sistemas-de-numerao-decimal-binrio-octal-e-hexadecimal/. Acesso em: 21 ago. 2020. MORGADO, A. C. de O. et al. Análise combinatória e probabilidade. Rio de Janeiro: SBM, 2001. Modelagem Matemática Conhecendo os Sistemas de Numeração Sistema de Numeração Decimal Sistema de Numeração Binário Conversão de Decimal para Binário Conversão de Binário para Decimal Conhecendo a Álgebra Booleana Circuitos Lógicos Portas Lógicas com o Operador OU Portas Lógicas com o Operador E Conectivos Lógicos Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional Negação Reconhecendo a Teoria de Conjuntos Operações entre Conjuntos União Intersecção Diferença Complementação Aprendendo Análise Combinatória Princípio Fundamental da Contagem Permutação Arranjo Combinação
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