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Nome completo: Bárbara Gonçalves Mohr Curso: Pós-graduação em Logística e Supply Chain e Management Área: Logística e Supply Chain e Management Nº do estudo de caso: 01 Lembretes importantes: • Leia o manual para elaboração de estudo de caso; • Não é necessário reproduzir o enunciado do estudo de caso; • Não se preocupe com a ABNT! Seu trabalho pode seguir este template (fonte Arial, tamanho 12 com espaçamento simples); • O estudo de caso deve ter no mínimo 400 e máximo de 800 palavras contando a partir do título. Caso Kroton e Estácio No ano de 2017, o CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, barrou a compra a compra da Estácio pela Kroton Educacional por cinco votos a um, uma transação de 5,5 bilhões de reais, criaria uma das maiores empresas de educação do mundo. O CADE tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade responsável, no âmbito do Poder Executivo, por investigar e decidir, em última instância, sobre a matéria concorrencial. Apesar da negativa, e mesmo com quedas sofridas nas suas ações, representantes de ambas as empresas emitiram comunicados oficiais respeitando a decisão e informando que seguirão mantendo suas atuações de maneira independentes, tendo a Kroton, inclusive, sinalizado a intenção de adquirir pequenas e médias instituições de ensino. Em nota divulgada, a Kroton informou que "respeita a decisão final do órgão regulador" e que, com isso, ela e a Estácio vão continuar a atuar "de maneira independente". Já a Estácio informou, em fato relevante também assinado pela Kroton, que "não foi implementada uma condição da operação de incorporação, pela Kroton das ações da Estácio". Mesmo com as empresas respeitando a decisão do CADE, é importante analisar o motivo de tal decisão. A negativa teve como base três pontos importantes: Primeiro, as empresas somariam 1,5 milhão de alunos, 1.080 polos de ensino à distância e 213 campi. Elas teriam uma fatia de 23% do mercado brasileiro de educação. Em segundo, a concentração de mercado na modalidade de ensino à distância (EAD). A Kroton já possui 37% do mercado, e passaria a deter 46% após a operação, aumentando mais ainda a sua capilaridade nacional. A terceira razão levantada pelo Cade, foi a força das marcas da Kroton. Entre outras marcas, a líder é dona da Pitágoras, que a tua no ensino básico, e da Anhanguera, comprada em 2014 e que opera no ensino superior, duas instituições conhecidas e bem estabelecidas. Podemos considerar um contraponto em relação a primeira negativa, a exigência da relatora do caso, Cristiane Alkmin J. Schmidt, que seriam a venda de ativos e a proibição de novas fusões nos próximos cinco anos. Desta forma, a empresa teria cota menor, distanciando o ensino da formação de um monopólio. Além disso, pode ser feita à alienação da instituição de ensino Estácio dentro do grupo Kroton, reduzindo assim seu controle sobre o mercado chamada transferência de mantença. Como segunda razão, A Ordem alegou que a operação trará concentração econômica ilegal ao mercado, a Kroton passaria a ter quase metade do mercado de ensino à distância, aumentando de forma significativa sua abrangência no país. Como solução, além da venda de ativos, o CADE poderia exigir um teto de valor das mensalidades da instituição, a fim de que a empresa não comprometa a competitividade do mercado de ensino. Por fim, o terceiro ponto para a negativa, seria a força isolada da Kroton, contando com marcas amplamente conhecidas e já estabelecidas. Como contraponto, uma proposta de reinvestimento mínimo com base no faturamento gerado pela fusão por um período de 5 anos, a fim de manter a inovação e a qualidade do ensino. Pode-se perceber que o CADE pode apresentar soluções para que a compra seja feito de maneira que não prejudique o livre mercado, mantendo a concorrência e a qualidade no ensino.
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