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Universidade Veiga de Almeida AVA2 Rio de Janeiro 2021 "Ler é mais do que decifrar o código linguístico; ler é questionar, é querer saber além. Quando lemos, dialogamos com os outros por meio de autores e personagens, mas também dialogamos com nossas próprias ideias e convicções." A leitura e a escrita são práticas sociais de enorme importância para o desenvolvimento da cognição humana. Elas proporcionam o desenvolvimento do intelecto e da imaginação, além de possibilitar a aquisição de conhecimentos. Quando lemos ocorrem diversas ligações no cérebro que nos permitem desenvolver o raciocínio. Além disso, estimula nosso senso crítico por meio da capacidade de interpretação. Ler é um ato de grande importância para a aprendizagem do ser humano, além de favorecer o aprendizado de conteúdos específicos, aprimora também a escrita. O contato com os livros ajuda ainda a formular e organizar uma linha de pensamento. Não importa em qual ferramenta, livro, leitor digital, gibis, jornais, revistas ou artigos, o simples ato da leitura é uma das oportunidades mais democráticas e acessíveis de desenvolvimento pessoal e profissional. A leitura também nos ajuda a conhecer novas palavras e termos, tornando nosso vocabulário ainda mais rico. Desenvolvemos e somos melhor compreendidos em nossas formas de nos expressarmos, tanto na oratória como também na escrita. Quanto mais oportunidades o indivíduo tiver de ouvir, ver e sentir leituras de outros, maior será o seu repertório e a sua sensibilidade para compreender o que lê e ouve. “A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhuma tela e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional.” (Umberto Eco) É através da leitura que temos acesso a informação das histórias, das culturas, hábitos de vida das mais diferentes épocas e sociedades. A leitura contribui para o desenvolvimento da cognição humana (Para Piaget, a cognição humana é uma forma de adaptação biológica na qual o conhecimento é construído aos poucos a partir do desenvolvimento das estruturas cognitivas que se organizam de acordo com os estágios de desenvolvimento da inteligência). Inúmeras pesquisas comprovam que ler aumenta as conexões neurais, fazendo com que o cérebro funcione melhor. Outro estudo dos EUA também descobriu que a redução do funcionamento do cérebro, na velhice, pode ser reduzida em cerca de 30% se a pessoa mantiver hábitos de leitura, além de proteger contra doenças como o mal de Alzheimer. Ler também faz com que a receptividade à linguagem aumente no cérebro – o que facilita na hora de aprender um idioma novo, por exemplo. O Brasil perdeu 4,6 milhões de leitores entre 2015 e 2019, segundo apontou a pesquisa “Retratos da leitura no Brasil”. O levantamento, feito pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, foi realizado em 208 municípios de 26 estados entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Apenas pouco mais da metade dos brasileiros tem hábito de leitura: 52% (ou 100,1 milhões de pessoas). Pelas pesquisas podemos perceber que cada vez mais os brasileiros estão perdendo a vontade, o prazer de ler, seja pelo fator econômico ou pelo desinteresse. O ato de leitura corresponde ao desejo do leitor, ao que o impulsiona a ler. Seja qual for o texto, ele proporcionará prazer apenas se o leitor se sentir motivado à leitura e interagir com a mensagem escrita. Para encontrar o prazer de ler, o leitor deve analisar a estrutura do texto e se apropriar dos signos linguísticos, encontrar o significado proposto e atribuir novos significados aos signos expressos na mensagem. Só assim o texto lido se expande e revela saberes até então desconhecidos pelo leitor e emoções não experimentadas em sua própria vida. Ao ler a tirinha, entendi que Armandinho ao dizer que para encontrar aventuras em lugares diferentes, descobrir novos países, culturas diferentes, e para conhecer um pouco das outras pessoas, ele está se referindo aos livros. Pois quem gosta de ler, quem tem o prazer de ler, sabe que a leitura faz exatamente isso, ela nos leva para outro universo, nós conhecemos personagens, nos apegamos a eles, conhecemos lugares diferentes, culturas completamente diferentes da nossa. Seja nos livros de fantasia ou um artigo sobre um país distante. A leitura tem o efeito de aumentar nossa capacidade de sentir empatia. Estimula a nossa criatividade, já que quando lemos um livro, de fantasia por exemplo, nos teletransportamos para aquele universo, imaginamos o lugar, os personagens. Referências: Unidade 1 e Unidade 3 (Diana, s.d.) (Lourenço, 2018) (G1, 2020)
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