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ROTEIRO DE EXAME FÍSICO Larissa e Bianca ATM 222 - Monitoria de Semiologia Médica 2019.1 Ectoscopia Estado Geral: exame basicamente de INSPEÇÃO 1. Faça um julgamento global do paciente com base nas observações feitas no primeiro contato e durante a anamnese → Bom Estado Geral, Regular Estado Geral, Mau Estado Geral. 2. Avalie o grau de hidratação do paciente observando sinais de desidratação: olhos fundos e sem brilho turgor cutâneo: faça uma “prega” de pele do paciente entre seu polegar e seu indicador, observe se a prega demora a se desfazer lábios secos e esbranquiçados Nível de Consciência 1. Lucidez: o paciente está dormindo, acordado (vigília), obnubilado (sonolento, desperta com estímulo sonoro), torporoso (desperta só com estímulo doloroso) ou comatoso (não desperta)? 2. Orientação temporal, espacial e de si mesmo: certifique-se de que o paciente sabe quem é, onde está, a data e o dia da semana. 3. Coerente: o paciente compreende o que você diz e fala coisa com coisa? Atitude 1. Note se o paciente apresenta maneirismos ou movimentos estereotipados (“tiques”) 2. Observe se há posição de decúbito preferida ou específica (ortopneica, opistótono, genupeitoral, prece maometana, etc.) Sinais de sofrimento 1. Verifique se há angústia respiratória (uso de musculatura torácica acessória, cianose central, tiragem intercostal, sibilância, gemência, padrões respiratórios exuberantes) ou cardíaca (mão cerrada sobre o peito, diaforese, palidez) 2. Note se o paciente expressa dor (expressão facial, palidez, diaforese) e quão intensa é essa dor. Pele 1. Observe a coloração: há icterícia (aparece primeiro na esclera ocular, mas se confirma no freio lingual), cianose (central ou periférica), palidez (generalizada ou em extremidades), rubor (facial, ou localizado como sinal flogístico de inflamação)? 2. Analise a aparência e a textura: pele seca, pele oleosa, pele pegajosa, pele atrófica (fina e brilhante), esclerodermia (espessada, distrófica) 3. Inspecione a pele em busca de lesões: nevos suspeitos; escoriações, arranhaduras e lacerações; equimoses, hematomas, petéquias e vibices; máculas e manchas; nódulos e pápulas; bolhas e vesículas; pústulas; placas. Vestuário e higiene pessoal 1. Observe discretamente o vestuário do paciente: roupas demais, roupa de menos, roupas rasgadas ou velhas, sapatos gastos, sapatos inadequados ou desconfortáveis, etc. 2. Note outros detalhes da aparência do paciente como a limpeza geral, das unhas, dos cabelos, odores diferentes (halitose, hálito cetônico, hálito etílico, bromidrose ou suor fétido, odor corporal anormal, etc.). Dados Antropométricos Altura: meça o paciente descalço Até uns 2 anos de idade: com régua 1. Em decúbito dorsal, fixe a cabeça em uma extremidade e estique o máximo as perninhas com os pés em 90° em relação à maca e apoiados na outra extremidade da régua. Anote. A partir dos 2 anos de idade 1. Ajude o paciente a subir de costas para a balança (a base da balança costuma ser instável), mantendo o corpo ereto e alinhado e o olhar no horizonte. 2. Ajuste o medidor exatamente no vértice do crânio do paciente e ajude ele a descer da balança. Anote. Peso: pese com a menor quantidade de roupa possível no contexto e sem os sapatos 1. Verifique se a balança está destravada e calibrada (cada uma é de um jeito) 2. Peça para que o paciente suba na balança e pergunte seu peso habitual aproximado 3. Ajuste primeiro os kg, depois as gramas e anote. 4. Ajude o paciente a descer da balança. IMC 1. Calcule o IMC 2. Verifique se o paciente está abaixo do peso normal, com peso normal, com sobrepeso ou com obesidade grau I, II ou III. Circunferência Abdominal: geralmente é medida quando o IMC é > 35, com o paciente em pé 1. Meça com a fita métrica a distância entre a última costela do paciente e a crista ilíaca homolateral, divida por 2 e esse será o local por onde a fita métrica deverá passar. 2. Meça a circunferência abdominal. Anote. Perímetro Cefálico 1. Meça com a fita métrica passando sobre a glabela e a protuberância occipital externa. Anote. Biótipo 1. Observe o Ângulo de Charpy (inserção dos rebordos costais no apêndice xifoide do esterno) 90°: normolíneo < 90°: longilíneo > 90°: brevilíneo Sinais Vitais Frequência Cardíaca: Pelo pulso radial: 1. Pressione os dedos indicador e médio na artéria radial do paciente até sentir a pulsação e conte durante 1 MINUTO. → não encoste seu polegar no braço do paciente para não confundir o seu pulso com o dele Pela Ausculta: 1. Com o diafragma do estetoscópio no ictus cordis do paciente (5º EIC LHC E), ausculte e conte os batimentos durante 1 MINUTO. Frequência Respiratória: Pela Inspeção: 1. Observe e conte quantas incursões respiratórias o paciente faz em 1 MINUTO. Pela Ausculta: 1. Com o diafragma na fúrcula esternal, ausculte e conte os sons traqueais durante 1 MINUTO. → Tente ser discreto porque se o paciente percebe que você está observando a respiração dele, ele geralmente toma consciência dos movimentos e passa a alterar a frequência e a amplitude da respiração. Temperatura Axilar: 1. Pergunte para o paciente se as axilas dele estão úmidas e ofereça um papel para que ele se seque. 2. Limpe o termômetro com álcool e solicite que o paciente coloque-o bem no cavo axilar do braço oposto ao que você pretende aferir a PA (dá pra fazer os dois ao mesmo tempo sem problemas) e permaneça com o braço cruzado sobre o peito. 3. Espere o termômetro apitar, receba de volta o termômetro e anote a medida. 4. Limpe mais uma vez o termômetro com álcool. Pressão Arterial: 1. Pergunte para o paciente se ele está de bexiga cheia, se tomou café/chá/chimarrão na última meia hora, se fumou na última meia hora ou se se exercitou/caminhou muito na última hora. 2. Verifique se o braço do paciente não tem nenhum acesso periférico, fístula arteriovenosa ou histórico de dissecção de artéria braquial ou linfedema por esvaziamento de linfonodos axilares ou radioterapia daquele lado 3. Com uma fita métrica meça a distância entre o tubérculo maior do úmero e o olécrano do paciente, divida por 2 e meça a circunferência do braço do paciente. Se for menor que 12 cm será necessária uma braçadeira pediátrica para não subestimar a aferição. Se for maior que 28 cm será necessária uma braçadeira para obesos para não superestimar a aferição. 4. Palpe a artéria braquial do paciente, medial ao tendão do bíceps braquial pouco acima do sulco cubital. 5. Apoie o braço desnudo do paciente, totalmente relaxado e de modo que a artéria braquial no sulco cubital fique mais ou menos no mesmo nível do coração (4º EIC paraesternal E) 6. Posicione a setinha da braçadeira onde você palpou a artéria braquial e feche, certificando-se de que a braçadeira está a aproximadamente 2,5 cm do sulco cubital e com 1 dedo de folga entre o manguito e a pele do paciente. 7. Observe se o paciente está sentado confortavelmente, mas sem cruzar as pernas (altera o retorno venoso) 8. Método Palpatório: palpe a artéria radial e insufle o manguito até o pulso desaparecer, verifique a medida da Estimativa da Pressão Sistólica (EPS) e some 30 mmHg. → esse método evita o erro de Hiato Auscultatório e também que você aperte demais o braço do paciente com o manguito. 9. Desinsufle o manguito rapidamente e aguarde 15-30 segundos. 10. Método Auscultatório: Insufle rapidamente o manguito até EPS+30 mmHg, posicione a CAMPÂNULA do estetoscópio na artéria braquial e, enquanto desinsufla o manguito (2 mmHg/s), ausculte os sons de Korotkoff: o 1º determina a Pressão Arterial Sistólica e o Último determina a Pressão Arterial Diastólica. 11. Após ouvir o último som, continue desinsuflando devagar por mais 10 ou 20 mmHg e então desinsufle rapidamente o manguito até o zero. 12. Caso precise aferir mais umavez a PA, aguarde 2 minutos, refaça o procedimento inteiro e calcule uma média entre os 2 valores. Se os dois valores divergirem em mais de 5 mmHg, desconsidere tudo e comece do início. Cabeça e Pescoço Cabelo e couro cabeludo: 1. Dividindo o cabelo em porções, analise se há rarefação de cabelo por calvície, alopecia areata ou tricotilomania; tinha do couro cabeludo ou outros sinais de infecção fúngica; dermatite seborreica; cistos sebáceos; nevos suspeitos e outras lesões. 2. Na nuca, observe se há lêndeas e outros sinais de pediculose; escurecimento na pele indicativa de Acantose Nigricans (pode ser normal em peles mais escuras mas geralmente é indicativo de Resistência Insulínica Periférica) 3. Observe o aspecto geral dos cabelos: hidratação, textura, brilho, distribuição. Crânio 1. Analise o tamanho e o formato do crânio; procure depressões, abaulamentos e protuberâncias. → Fontanelas: a posterior deve estar fechada até os 2 meses de idade e a anterior, até os 18 meses. Palpe as pulsações dos vasos meníngeos na fontanela anterior e observe seu turgor: abaulamento indica aumento da Pressão Intracraniana patológico ou fisiológico (quando a criança está chorando muito), depressão indica desidratação grave. Face 1. Note se há fáscie atípica ou típica (síndrome de down, hipocrática, basedowniana, mixedematosa, cushingoide ou em lua cheia, leonina, adenoideana, parkinsoniana, etc.) ou sinais de outras doenças sistêmicas, como o hirsutismo da Síndrome dos Ovários Policísticos. 2. Observe a simetria: há paralisia facial periférica (de Bell - em toda a hemiface) ou central (apenas o quadrante inferior da hemiface)? 3. Procure nevos suspeitos e lesões Olhos 1. Acuidade visual: usar a tabela de Snellen (nunca usei na semio, muito menos na vida) 2. Campos visuais: campimetria (exame neurológico) 3. Inspeção Posição e alinhamento: observe se há protrusão ou exoftalmia. Com a lanterna na linha média a uma distância de 30 cm, observe se os reflexos luminosos da luz (ponto branco) estão simétricos. Se não estiverem, há estrabismo. Sobrancelhas: observe se há madarose (perda do terço final da sobrancelha), dermatite seborreica e lesões. Pálpebras: observe se há ptose palpebral, hordéolos, entrópio ou ectrópio, blefarite. Aparelho lacrimal: observe se há tumefação ou oclusão das glândulas ou do sistema canalicular Conjuntiva e esclera: utilizando os polegares e os indicadores abaixe/levante as pálpebras do paciente e observe cor, hidratação ou presença de corpos estranhos na esclera e na conjuntiva. → palidez de conjuntiva pode ser indicativa de anemia ferropriva Córnea: observe se há cicatrizes, ulcerações ou outras lesões. Íris: inspecione a procura de halo senil ou outras alterações na cor e no formato. Posicione a lanterna incidindo sua luz lateralmente na íris e observe se ocorre formação de sombra em crescente no lado medial, indicativa de glaucoma de ângulo agudo. Cristalino: note se há alteração na transparência, opacidade é sinal de catarata. Pupilas: repare a normalidade do formato, do tamanho (se há midríase ou miose) e da simetria entre as duas pupilas (simétricas=isocóricas, assimétricas=anisocóricas). Reflexos fotomotores: apoie a face ulnar da sua mão na glabela/nariz do paciente para testar cada pupila isoladamente. Reflexo direto: incida a luz da lanterna diretamente no globo ocular do paciente e observe se a pupila daquele olho faz miose (se contrai em reação à luz). Faça o mesmo no outro olho. Reflexo consensual: incida a luz da lanterna diretamente no globo ocular do paciente e observe se a pupila do outro olho faz miose mesmo sem incidência direta da luz. Faça o mesmo no outro olho. Teste a acomodação: peça para o paciente acompanhar seu dedo indicador (ou um lápis) com o olhar e aproxime-o do nariz do paciente. Observe se a pupila se contrai ao focar o objeto mais próximo. → Pupilas de Argyll Robertson: pupilas mióticas bilateralmente, reflexos fotomotores abolidos, reflexo de acomodação presente. Achado típico de tabes dorsalis, na sífilis terciária (neurossífilis). 4. Músculos extraoculares: peça para o paciente acompanhar com o olhar seu dedo indicador se movendo no traçado da letra H (seis direções cardinais). Observe se os dois olhos executam todos os movimentos normalmente. 5. Oftalmoscopia: I. Apague as luzes e tire seus óculos. Ajuste as dioptrias do oftalmoscópio em 0. II. De frente para o paciente, peça para que ele mantenha o olhar em um ponto fixo acima do seu ombro. III. Com o oftalmoscópio na mão direita, seu olho direito examina o olho direito do paciente. Idem para a esquerda. IV. Posicione-se a 35 cm do rosto do paciente e a 15° lateral em relação à linha de visão dele. V. Aproxime-se devagar até enxergar o reflexo vermelho. VI. Vá ajustando as dioptrias conforme se aproxima, até focar adequadamente. VII. Continue se aproximando devagar até quase encostar o oftalmoscópio nos cílios do paciente, buscando o disco óptico mais medial no fundo de olho. Se avistar algum vaso, siga-o até encontrar o disco óptico. VIII. Repita o mesmo procedimento no outro olho. IX. Ligue as luzes e prossiga com o exame de cabeça e pescoço → ao ajustar a luz do oftalmoscópio, prefira a de maior diâmetro e menor intensidade (se a luz for muito intensa e concentrada, causará muita miose na pupila) Orelhas: 1. Orelha externa: pesquise deformidades e lesões no pavilhão; desloque-o para cima e para baixo, comprima o trago e o processo mastoide do osso temporal em busca de hipersensibilidade ou dor, indicativas de otites ou mastoidites. 2. Otoscopia I. Selecione o maior otocone possível para o diâmetro do conduto auditivo do seu paciente. II. A mão direita segura o otoscópio e examina a orelha direita. Idem para a esquerda. III. Apoie a face ulnar da mão na região pré-auricular do paciente para dar estabilidade ao otoscópio em empunhadura tipo lápis. IV. Com a outra mão, tracione o pavilhão auricular para cima e para frente, retificando o conduto auditivo. V. Insira delicadamente o otocone no conduto auditivo e observe. VI. Visualize a membrana timpânica e o cone luminoso. VII. Repita o procedimento na outra orelha, agora com a mão esquerda. → descrevendo a otoscopia: membrana timpânica deve ser perolada e íntegra, plana, com cone luminoso e às vezes podemos enxergar a inserção do cabo do martelo nela. Abaulamento, opacidade, hiperemia são achados otoscópicos sugestivos de otite média. 3. Audição: voz falada e sussurrada → no exame neurológico: testes de Rinne (condução óssea e área) e Weber (lateralização) com diapasão 512 Hz Nariz: eleve a cabeça do paciente para olhar dentro de suas narinas. Com ajuda da lanterna, inspecione a mucosa, septo (há desvios?) e conchas nasais observando a coloração, presença de vibrissas nasais, tumefações ou lesões. Seios paranasais: com os polegares, pressione os seios frontais e maxilares do paciente em busca de hipersensibilidade. Boca e Orofaringe: 1. Lábios: observe cor, lesões, hidratação. 2. Oroscopia: com ajuda da lanterna e de um abaixador de língua, observe mucosa, gengiva, assoalho e palato em busca de lesões e outras anormalidades. Note se há dentes sépticos ou cariados. 3. Língua: observe seu aspecto geral em cor e textura. Peça para que o paciente coloque-a para fora e movimente-a de um lado pro outro, para cima e para baixo (integridade do NC XII - hipoglosso). Observe o turgor das raninas (plexo sublingual), a coloração do freio e as aberturas dos ductos das glândulas salivares submandibulares. 4. Orofaringe: peça para que o paciente coloque a língua pra dentro e diga aaaaah. Observe o aspecto das tonsilas palatinas, do palato mole, da úvula e da orofaringe: há hiperemia, petéquias, caseum, placas brancas? Observe se há simetriana elevação dos dois lados do véu palatino (assimetria indica lesão dos NC IX glossofaríngeo e NC X vago). Observe a movimentação da úvula e se há simetria (assimetria indica lesão de NC IX e NC X). Pescoço 1. Inspeção: note se há lesões, protuberâncias, bócio, edemas, etc. 2. Palpação: 1. Traqueia Palpe a distância entre o músculo esternocleidomastóideo e a traqueia dos dois lados, no terço inferior do pescoço. Se forem muito discrepantes, há desvio de traqueia. 2. Linfonodos Palpe os linfonodos com as polpas digitais alternando a pressão aplicada pelos dedos, buscando identificar e movimentar gânglios linfáticos. Analise: tamanho (em cm), formato, textura, presença de dor e aderência a planos profundos. → linfonodos fisiológicos: tamanho variável, formato elíptico arredondado, textura elástica, indolor e não aderido. → linfonodos inflamatórios: tamanho aumentado, formato arredondado, textura elástica ou até amolecida, doloroso, não aderidos, a pele pode estar quente e hiperemiada. → linfonodos malignos ou metastáticos: tamanho aumentado, formatos variáveis, textura pétrea, indolor e aderido a planos profundos. Ordem de palpação: occipitais, retroauriculares, pré auriculares, tonsilares, submandibulares, submentoniano (pedir para o paciente colocar a língua no palato de boca fechada; segurar o topo da cabeça enquanto palpa), cervicais superficiais (sobre o músculo ECM), cervicais profundos (solicitar rotação lateral da cabeça para a direita e pinçar o ECM direito para palpar o que está abaixo dele. O mesmo do lado esquerdo), cervicais posteriores (na borda anterior do trapézio e trajeto no NC XI acessório), supraclaviculares e infraclaviculares. → Nódulo de Virchow: linfonodomegalia supraclavicular à esquerda indicativa de neoplasia toracoabdominal 3. Tireoide Com o paciente sentado, palpe a tireoide sempre por trás. Palpe os anéis traqueais, a cartilagem tireoide (pomo de Adão) e a cartilagem cricoide. O istmo da tireoide pode ser palpável entre essas duas cartilagens. Peça para o paciente engolir e sinta o istmo se movimentar para cima e para baixo (alguns professores, tipo a Sáskia, exigem que se ofereça um copo de água para o paciente deglutir) Os lobos da tireoide podem ser palpados no espaço entre os ECM e a traqueia, aproximadamente laterais às cartilagens anteriormente citadas. Sinta com as polpas digitais a textura glandular dos lóbulos e pesquise nodulações e endurecimentos. Tórax Posterior: deve ser feito com o tórax desnudo. 1. Inspeção: Inspeção Estática: observar o formato do tórax (pectus excavatum, pectus carinatum, tórax em barril) e se há cianose, palidez, equimoses. Inspeção Dinâmica: observar os movimentos respiratórios, uso de musculatura acessória, presença de tiragem intercostal, frequência respiratória e padrões respiratórios exuberantes. 2. Palpação Hipersensibilidade 1. Palpe toda a extensão do tórax em busca de pontos dolorosos Expansibilidade 1. Por trás do paciente, apoie os dedos de ambas as mãos nos espaços supraclaviculares e peça para o paciente respirar fundo. 2. Na inspiração, sinta os ápices pulmonares ascenderem e encostarem nos seus dedos. 3. Apoie uma mão em cada lado do paciente, envolvendo o tórax na altura do rebordo costal. 4. Peça para o paciente respirar fundo e perceba a expansão completa da caixa torácica durante a inspiração. Frêmito Toracovocal 1. Apoiando a face ulnar da mão, peça para o paciente dizer 33 e sinta a vibração. 2. Palpe todos os campos pulmonares em barra grega (não se esqueça dos ápices e do lobo médio). → O frêmito toracovocal é a sensação tátil vibratória da transmissão do som pelas vias aéreas. Pensando na física, o som é uma onda mecânica que se propaga por compressão e descompressão dos átomos. Isso quer dizer que o som se propaga melhor em materiais cujos átomos estão mais próximos. Ou seja, em ordem decrescente, o FTV é mais intenso em: sólidos, líquidos e gasosos. → FTV aumentado: nas consolidações, como pneumonias e massas tumorais. → FTV diminuído: hiperinsuflação, como no enfisema pulmonar. → FTV abolido: pneumotórax. 3. Percussão Percuta em barra grega todos os campos pulmonares (não se esqueça dos ápices e do lobo médio), nos espaços intercostais. O som escutado por você deve ser o SOM CLARO PULMONAR. → macicez: indicativo de condensações → hipertimpanismo: indicativo de grande hiperinsuflação, mas principalmente de pneumotórax. 4. Ausculta Sons pulmonares 1. Solicite que o paciente cruze os braços apoiando as mãos nos ombros enquanto respira normalmente, mas soltando o ar pela boca. 2. Com o diafragma do estetoscópio, ausculte o murmúrio vesicular nos ápices, nos campos pulmonares e o lobo médio em barra grega até próximo do rebordo costal. Cuide para auscultar pelo menos 1 ciclo respiratório completo (inspiração e expiração) em cada campo. Pesquise ruídos adventícios. → Sons Respiratórios: murmúrio vesicular, murmúrio broncovesicular, som brônquico, som traqueal. → Ruídos Adventícios: roncos, sibilos, estertores finos ou crepitantes, estertores grossos ou bolhosos, estridor e atrito pleural. Ressonância Vocal 1. Peça para que o paciente sussurre “trinta e três” enquanto você ausculta cada um dos campos em barra grega. 2. Peça para que o paciente fale “trinta e três” enquanto você ausculta cada um dos campos em barra grega. 3. Peça para que o paciente repita “iiiiiiii” enquanto você ausculta cada um dos campos em barra grega. O normal é auscultar as sílabas abafadas e sem distinção clara → Broncofonia: aumento da intensidade da ressonância vocal → Pectorilóquia afona: aumento na nitidez do 33 sussurrado → Pectorilóquia fônica: aumento na nitidez do 33 falado → Egofonia: o “iiiiii” é auscultado como “éééé”, metálico e semelhante ao balido de uma cabra. Audível na transição superior do derrame pleural.
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