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ATIVIDADES DE DANÇA3

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ATIVIDADES DE DANÇA
UNIDADE 3 – DANÇAS DE SALÃO
Debora Rios Garcia
ATIVIDADES DE DANÇA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
1 of 18 19/11/2023, 19:23
Introdução
Você sabia que a dança de salão fazia parte das festas de confraternização tendo relação
com os eventos da nobreza e encontros com propósitos políticos? No Brasil, ela surgiu
com a corte portuguesa e se tornou uma das atividades da nobreza brasileira, fazendo
com que algumas regras antigas do estilo permanecessem até hoje.
Aliás, você sabia que a dança de salão, como modalidade esportiva, já existe há quase
100 anos e conta com uma federação internacional? Sabia, ainda, que existe outra
modalidade de dança à dois, também esportiva, conhecida como a dança em cadeira de
rodas? Esta se popularizou a partir dos anos de 1970 e, atualmente, é dançada como
competição. Desde 1997, começou a fazer parte dos Jogos Paraolímpicos.
Temos, ainda, a dança de salão acadêmica, que é ensinada nas escolas; a dança de salão
social, dançada nos bailes; a dança de salão competitiva, que participa de competições;
e a dança inclusiva. Você conhecia tais dimensões da dança de salão?
Nesta unidade, vamos nos aprofundar a respeito desse assunto, aprendendo sobre a
dança de salão e algumas das suas modalidades, particularidades e forma como é
dançada, a depender do estilo escolhido.
Vamos aos estudos!
3.1 Introdução à dança de salão
Tendo seu princípio nas danças de corte ou no balé de corte, como era conhecida, a
dança de par tinha, no início, uma característica medieval e era praticada nos eventos
da nobreza, apesar de sua popularização ter sido entre os bailes do povo.
Nos séculos XV e XVI, tendo em vista a introdução de ritmos mais rápidos, surge o
galliard, uma dança caracterizada por saltos, pulos e rodopios. Além do galliard,
também aparece o sarabande, dança em que os casais se posicionavam em uma linha
dupla e dançavam ao som de castanholas e melodias animadas (RIED, 2003).
Disso, passamos à dança de salão. De acordo com Ried (2003), a dança de salão,
também conhecida como dança social, ganhou tal nomenclatura por ser aquela
realizada por casais em festas e eventos sociais. O termo “social” é substituído por
“salão” com a necessidade de os dançarinos precisarem de grandes salões para praticar
essa dança. Além disso, foi com os salões da corte que o estilo ganhou valorização.
Essa dança surgiu na Europa, durante o  Renascimento (http://generos-literarios.info
/movimentos-literarios/renascimento.html), mais especificamente na França, dada como
uma forma de diversão apreciada pela alta sociedade e pelo povo. Ela tem caráter social
e, diferentemente do balé clássico, pode ser executada por qualquer tipo de pessoa.
Tanto como atividade social quanto como prática e dança popular, a dança de salão tem
seu auge no período do Renascimento, representando culturalmente as classes sociais
(RIED, 2003).
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http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
http://generos-literarios.info/movimentos-literarios/renascimento.html
Ried (2003) aponta como fator que sempre caracterizou a dança de salão a condução: o
homem deve conduzir a mulher e esta deve se deixar conduzir, sempre esperando o
comando do cavalheiro. O autor menciona que a postura também é uma das
características determinantes dessa dança, tendo em vista que é sempre dançada com o
par frente a frente ou lado a lado.
A dança de salão incorporou algumas regras de etiqueta, regras ditas como de “boas
maneiras”, que eram tradicionais desde a Idade Média e no Renascimento. Conforme
Ried (2003), elas são ensinadas pelo professor de dança de salão com o principal motivo
de dar uma conotação de formalidade exigida nos bailes de gala e nas festas elegantes.
Algumas regras que o autor menciona são:
Quem convida alguém para dançar deve pedir licença, tanto para a pessoa
com quem pretende dançar como para quem está ao lado desta pessoa. Caso
desconheça esta pessoa deve se apresentar para a pessoa com quem quer
dançar e para as outras pessoas que estiverem ao seu lado. […]. O cavalheiro
deve oferecer sua mão a dama bem como puxar a cadeira caso ela esteja
sentada, e levá-la para a pista de dança. Deve ficar à direita da dama ou um
pouco a frente. […]. Ao terminar a dança, o cavalheiro deve agradecer e
acompanhar a dama de volta ao seu lugar (RIED, 2003, p. 17).
Nesse sentido, como sabemos, a dança é uma das práticas físicas de componente
curricular no curso de Educação Física, porém, para trabalharmos com ela na escola, é
fundamental pesquisa e estudo aprofundado de história, caráter e base. Este estudo
exige interesse e dedicação do instrutor. Tendo em vista a dança de salão, não pode o
professor apenas se apropriar de seus conceitos quando solicitado. Isso porque a dança
de salão exige um conhecimento de muitos ritmos, em que cada um tem sua cultura e
história.
Da mesma forma que é um ponto positivo a proposta de múltiplos conhecimentos que a
dança de salão exige; para o professor, o desenvolvimento de diferentes métodos de
ensino e propostas didáticas são necessários para a realização com êxito do ensino da
VOCÊ SABIA?
Para Ried (2003), a dança de salão é separada da dança social, pois,
na social, temos a dança folclórica e as danças de roda; enquanto a
dança de salão é uma subcategoria das danças populares, a qual
teve como local de desenvolvimento os salões da nobreza.
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dança de salão.
A popularização da prática acadêmica de dança de salão tem por motivo o fato de que a
modalidade pode ser praticada por todos (http://www.danceadois.com.br/blog/danca-
e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost),
sem limites de idade ou gênero. Assim, é uma excelente proposta física por não
trabalhar com alto impacto, nem elevar muito os batimentos cardíacos durante a
prática.
Hoje, a dança de salão, inclusive, é um esporte, dançada competitivamente. Nesta
modalidade, ficou conhecida como balroom dance, fazendo parte de grandes
competições de dança no mundo. No Brasil, temos algumas competições importantes do
gênero, como o evento Gafieira Brasil, realizado na cidade do Rio de Janeiro com os
maiores profissionais de samba do país. Ele conta com a participação de júri de grandes
nomes da dança de salão, como Carlinhos de Jesus e Carlos Bolacha.
Figura 1 - A dança de salão exige múltiplos conhecimentos.
Fonte: goodluz, Shutterstock, 2019.
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http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogposthttp://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
http://www.danceadois.com.br/blog/danca-e-saude-qualquer-um-pode-dancar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
Portanto, além do viés artístico, a dança de salão também se adapta para se transformar
em uma prática esportiva. Recebe, assim, um conjunto de regras e movimentos
acrobáticos para se inserir no formato de competições. Mesmo tendo a modalidade
competitiva, o lado artístico cultural é muito valorizado mesmo nesses eventos.
Ela foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional como dança esportiva em 1997.
Desde então, as instituições e órgãos ligados à dança de salão têm trabalhado para que
a modalidade seja inserida nos Jogos Olímpicos.
Na visão comercial, as escolas de dança de salão estão por toda parte e são em grande
número, principalmente no Brasil, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo em
vista o viés turístico que envolve o samba de gafieira. Normalmente, as escolas de dança
têm turmas formadas por homens e mulheres e não é exigido que se tenha par, pois ele
é formado na hora da aula, havendo trocas para que todos dancem com todos.
Nas apresentações, os dançarinos utilizam roupas mais formais e têm um modelo de
roupa e sapato de acordo com cada ritmo. A escolha do sapato é de extrema importância
para os praticantes da modalidade, pois, dependendo do estilo, um modelo de sapato
pode ser adequado ou não. Por exemplo, os dançarinos de forró costumam dançar com
sapatos mais baixos, já os dançarinos de tango tendem a utilizar saltos altíssimos e de
extrema elegância.
3.1.1 Dança de salão e estados emocionais
Ried (2003) apresenta que a dança de salão, com a música, induz ao jogo, ao
entretenimento por regras. Sua prática distancia a mente de preocupações ou
obrigações do dia a dia conforme exige concentração para a execução dos passos e
VOCÊ O CONHECE?
Carlinhos de Jesus é bailarino, coreógrafo e diretor da Casa de Dança
Carlinhos de Jesus. Escreveu o livro “Vem dançar comigo”, que narra sua
trajetória de vida. Formado em Pedagogia, atuou como técnico de dança
nas Paraolimpíadas de Sidney, na Austrália. Também é diretor acadêmico
do primeiro curso de graduação de Dança de Salão, realizado na
Universidade Estácio, no Rio de Janeiro. Participou de eventos nacionais
e internacionais como coreógrafo e bailarino, além de coreografar
escolas de samba e ser, diversas vezes, estandarte de ouro por suas
comissões de frente.
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integração entre os movimentos. Neste caso, o autor apresenta a dança como um
aprendizado que não causa tensão ou pressão, pois não há pressa de se terminar. 
Assim, Ried (2003) nos apresenta o estado de   flow. Clique no botão a seguir para
conhecer este conceito.
O incentivo educacional da dança de salão é uma proposta excelente para diversos
fatores atuantes no processo educativo, visto que promove melhorias física e cognitiva,
bem como ganho psicológico com a melhora da autoestima e do humor. Tratando-se da
dança de salão, o fator social deve ser destacado, que influência nas relações e no
aprendizado do como devemos nos postar e relacionar com os outros.
Agora que já entendemos um pouco mais sobre a dança de salão como um todo e seus
benefícios para o ser humano, vamos conhecer as primeiras danças de pares que fazem
parte da história da dança de salão. Acompanhe!
3.1.2 Histórias das principais danças de pares
Hass e Garcia (2003) apresentam a valsa como uma das primeiras danças de pares
Flow
O flow é um dos principais fatores do estado de felicidade. A dança
é um fator de qualidade de vida, pois propicia o estado
de flow durante sua realização. Além disso, a prática age sobre o
sistema cardiovascular e muscular de maneira corretiva e
terapêutica.
VOCÊ QUER LER?
Desenvolvido a partir de uma pesquisa, o livro “Dança de salão: uma
alternativa para o desenvolvimento motor no Ensino Fundamental”, de
Maria Aparecida Coimbra Maia e Vanildo Rodrigues Pereira, apresenta a
dança de salão e sua potencialidade. Diversos testes físicos são
apresentados pelos autores após a aplicação da dança na educação
básica. Vale a pena ler a obra e se estender a respeito do assunto!
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abraçados. Nela, os casais rodam o salão mostrando sua elegância e nobreza. No início,
a valsa era dançada individualmente com algum contato de par, sendo que somente no
final do século XVIII, em Paris, ela passa a ser dançada em pares abraçados. Se
pesquisarmos historicamente, vamos entender que o dançar abraçado não era
considerado correto de acordo com as leis de costumes e maneiras da época, por isso a
evolução veio com o tempo.
Ried (2003) nos explica que a valsa vienense é considerada o estilo de dança de salão
mais antigo praticado desde a Idade Média. Ela influenciou vários outros ritmos, como o
boston, que surgiu na América do Norte na segunda metade do século XIX e que, por
sua vez, deu origem a diferentes formas da dança, como o foxtrote, muito famosa nos
filmes de Hollywood.
Entre os séculos XIX e XX, a dança de salão se tornou mais popular e passou a lotar os
salões de dança (RIED, 2003). Inicia-se, então, uma nova fase, que recebe a influência
africana devido à escravidão dos países da América, surgindo novos estilos que nasciam
da fusão das danças afros com as danças de salão europeias. Com isso, também
surgiram estilos com instrumentos de percussão e batuque, o que trazia para a dança
mais movimentos de reboladas e umbigadas, além de maior contato físico entre os
dançarinos.
No Brasil, um dos exemplos dessa mescla foi o maxixe. Já na América do Sul,
especificamente na Argentina, surge o tango, que acaba se popularizando por toda a
Europa, porém, sua origem tem fundamento popular, entre os carregadores de Puerto
Madero, que praticavam o estilo com as prostitutas do bairro do Boca, em Buenos Aires.
O estilo elegante do tango refletiu na moda e nos costumes da época.
De acordo com Ried (2003), as apresentações de tango eram feitas nos grandes hotéis,
em chás de tango, em que se dançava em plena tarde, fato que era extremamente
revolucionário e inaceitável para os padrões da época.
Em 1909, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Dança em Paris, na França,
fazendo com que a dança onestep invadisse as pistas. Mais tarde, ela ganhou as graças
do mundo quando se desenvolveu para o foxtrote.
Já em 1924, o samba surge nas pistas europeias como o primeiro ritmo genuinamente
latino. Ele foi o primeiro a passar pela Europa antes de passar pela América do Norte,
diferentemente do tango e da rumba (RIED, 2003).
Após a guerra, surge o charleston, dança cheia de movimentos distorcidos e
acrobáticos com grande cadência sincopada, o que não facilitava muito a dança, além de
uma rítmica veloz.
Em 1929, é realizada na Inglaterra a Great Conference, considerada o marco inicial da
dança de salão como esporte organizado. No evento, professores e dançarinos ingleses,
atuando até então de forma individual e isolada um do outro, reuniram-se apresentando
os estilos slowfox (foxtrote lento), onestep, valsa inglesa, tango e blues. Estes estilos
eram apresentados em uma categoria chamada Standard Dance ou, em livre tradução,
como danças padrão (RIED, 2003). Assim, após a conferência, sentiu-se a necessidade
de padronizar passos, figuras e de se estabelecer critérios de avaliação, tendo em vista
que, na época, a falta de critérios fazia com que qualquer pessoaparticipasse dos
concursos.
No ano de 1931, a rumba aparece pela primeira vez nos salões de bailes europeus.
Tendo como origem Cuba, após tomar conta dos bailes no Caribe, ganhou aceitação
pelos salões de Nova Iorque e caminhando para a Europa. No entanto, na Alemanha, os
nazistas a proibiram. É uma dança com movimentos sensuais, conduzida por compasso
quatro por quatro.
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Ainda em 1931, segundo Ried (2003), a valsa vienense foi oficializada, entrando para o
rol das danças clássicas nas competições oficiais alemãs. Ela era tida como tipicamente
alemã, o que agradava aos dirigentes nazistas. No entanto, mundialmente, a valsa se
propagou somente na sua variedade mais lenta como influência do boston.
A valsa havia sofrido uma adaptação pelos conselhos ingleses e consagrada no formato
como a valsa lenta. Ried (2003) destaca que a valsa vienense original rápida voltou a ser
adotada na década de 1950, também padronizada e adaptada ao estilo inglês, a fim de
integrar o programa das competições oficiais internacionais.
Um pouco antes, durante a Segunda Guerra Mundial, surgiram os estilos boogie, jive e
jitterbug, tendo como origem o blues, o swing e o lindy hop, respectivamente. Com o
final da guerra, o som das orquestras de swing e jazz tomaram conta do mundo,
estendendo seu sucesso para a Europa (RIED, 2003).
Ainda nos anos de 1950, o boogie, jive e jitterbug deram origem ao estilo que
conhecemos como rock’n roll, uma manifestação da geração pós-guerra para provocar
os políticos e militares em oposição aos padrões determinados pelas pessoas que
participaram da Segunda Guerra Mundial. Nesse estilo, a dança incluía acrobacias e
movimentos pélvicos, que, no período, eram considerados ofensivos, um atentado ao
pudor. Isso porque remetiam ao ato sexual de forma mais explícita.
O nome rock’n roll, por si só, já era uma manifestação que se propagava em seus
movimentos. O ritmo era embalado pelos músicos famosos da época, como Bill Haley,
Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e outros (RIED, 2003).
Apesar de grande apreciação pelo público e por contagiar as pistas, somente em 1961 o
jive (dança utilizada para o rock’n roll) foi oficialmente introduzido como estilo entre os
ritmos latino-americanos nas competições. Apesar de suas raízes serem da América do
Norte, segundo Ried (2003), como o estilo se relacionava melhor aos outros estilos
latinos, assim foi enquadrado, permanecendo até hoje nesse formato nas competições.
No ano de 1988, a dança de par passa a ter um caráter cada vez mais esportivo e adota,
em suas competições, a expressão dance sport ou, em tradução livre, dança esportiva.
Para o Brasil, de acordo com Ried (2003), a dança de salão veio no século XVI, trazida
pelos colonizadores portugueses e pelos imigrantes europeus, posteriormente. Os
estilos de danças europeus se incorporaram às danças de origem africanas, dando
origem às danças típicas populares brasileiras.
No século XIX, as danças populares no Brasil eram a polca, a contradança, o xote, a
valsa, a mazurca e a quadrilha. Esta última, de modo mais refinado e elegante, era
dançada nos salões da burguesia e, mais tarde, transformou-se nas quadrilhas caipiras.
A modalidade era ensinada pelos professores da corte portuguesa como parte das lições
de etiqueta e prática social.
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No Brasil, as danças de salão mais populares são bolero, soltinho, samba, forró, zouk
(mais conhecido por lambada), salsa e tango. Além destes, podemos citar, também, o
lindy hope, o west coast swing, o jive, a bachata, o sertanejo universitário e o merengue.
Podemos mencionar, de forma regional, as danças gaúchas, que, apesar de regionais,
também integram o quadro das danças de salão, sendo elas: vanera, xote e chamamé.
3.1.3 Principais ritmos e suas particularidades
A dança de salão oferece diferentes tipos de estilos e ritmos. Assim, normalmente, o
praticante acaba se interessando em conhecer os mais variados ritmos e, quando se dá
por conta, já está envolvido com a prática.
Entre os ritmos mais fáceis e descontraídos, temos o forró e o merengue; já entre os
mais elegantes, temos o tango,   o   bolero   e a valsa, normalmente utilizados em
coreografias de casamentos, festas de 15 anos e formaturas; e, entre os mais intensos,
que ajudam a queimar gordura e fortalecer os músculos, temos a gafieira, a salsa e o
zouk, sendo que este último trabalha a entrega e o se deixar levar.
Conforme Hass e Garcia (2003), há divisões das danças de salão em bailes latinos com
origem dos países da América Latina, pois, após a colonização e a mistura das danças
africanas com a de outros países, surgiram outros ritmos, como o bolero, o chá-chá-
chá, a lambada, o mambo, o merengue, a rumba, o samba e o tango.
Nos bailes europeus, as danças são a mazurca, o paso doble, a polca e a valsa. Dos
salões norte-americanos, tendo por origem os Estados Unidos, destacam-se o foxtrote, o
rock’n roll e o swing. Este último se dividiu em east coast swing e, o mais popular, west
VOCÊ QUER VER?
No vídeo “200 anos da dança de salão no Brasil”, do programa De Lá Pra
Cá, além de conhecermos a história da dança de salão no Brasil,
podemos conhecer o coreógrafo e professor Jaime Arôxa, a historiadora
Mary Del Priore, o pesquisador e escritor Marco Antônio Perna e a
coreógrafa e professora  Dalal Achcar. São importantes nomes para
entendermos ainda mais a respeito da história da dança de salão. Você
pode acessar o vídeo por meio do link:
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-
salao-no-brasil (http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-
da-danca-de-salao-no-brasil).
ATIVIDADES DE DANÇA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-salao-no-brasil
coast swing.
Vamos compreender um pouco mais sobre alguns desses estilos?
O maxixe, criado no Rio de Janeiro, mais precisamente na periferia, por volta de 1870,
ficou conhecido como “tango brasileiro”. Na época, era muito comum dançar tango nos
salões brasileiros, além de grandes artistas da época escutarem esse estilo musical. Ele
foi influenciado pela estrutura de dança de entrelaçar de pernas e pelo lundum — dança
africana com característica de umbigada —, sendo que, mais à frente, deu origem ao
samba de gafieira.
De forma sensual, o maxixe era dançado com os pés sendo arrastados, sem se
levantarem do chão, com pernas entrecruzadas e muito rebolado. Devido aos
movimentos explícitos, chegou a ser proibida. Seu abraço remete ao forró, porém, no
maxixe, os passos são mais curtos e com mais movimento de cintura. Apesar de ser um
estilo rápido de dança, ela persistiu até hoje e é ensinada nas escolas de dança do país
inteiro, muito popular no Nordeste e no Rio de Janeiro (RIED, 2003).
O lindy hop, porsua vez, de origem norte-americana, tem influência africana e é
dançado ao som do swing jazz, carregando características que lembram o soltinho
brasileiro. Uma das danças mais antigas, sua origem remota a década de 1920, feita
para dançar nos salões durante as apresentações das big bands (RIED, 2003).
A base do sapateado e o charleston foram utilizados para incorporar o lindy hop e,
apesar da segregação racial da época, negros e brancos lotavam os salões para dançar o
estilo. Um tempo depois, a pedido de cineastas de Hollywood, a dança ganhou um
caráter mais aberto e passou a aparecer na maioria dos filmes norte-americanos.
Já a rumba, de origem cubana, recebeu influências dos ritmos africanos e do jazz.
Criada na década de 1930 por influências das danças trazidas pelos espanhóis à Cuba e
pelas danças africanas trazidas pelos escravos, a rumba era dançada de forma rápida e
enérgica. Para dançá-la, o casal deveria afastar a pélvis e evitar contato físico, somente
mantendo as mãos entrelaçadas — não se sabe se isso era para facilitar a execução dos
passos ou por uma questão social, pois a dança contém extrema sensualidade. Em 1925,
inclusive, foi banida do país por ser considerada inapropriada (RIED, 2003).
A rumba é a dança mais dançada no mundo todo, principalmente quando há encontro
entre latinos nos países europeus. É, portanto, a música de ligação entre os países da
América Latina.
Figura 2 - O swing se dividiu em east coast swing e west coast swing.
Fonte: Mirko Macari, Shutterstock, 2019.
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A bachata tem por origem na República Dominicana na década de 1960, considerada o
bolero da dança latina. De acordo com Ried (2003), ela é dançada em ritmo mais lento
que a rumba, nos mesmos bailes de encontros de latinos. Sua grande característica é o
movimento de quadril no quarto tempo musical. Normalmente com tema romântico,
tinha por intuito, nas festas, aproximar os casais, pois a rumba distanciava e não
permitia “sentir” melhor o parceiro.
Ela tem como grande nome na música o cantor Juan Luiz Guerra. Atualmente, temos
Prince Royce, com a dança cantada em uma “levada” mais rápida que sua velocidade
original.
Temos, ainda, o paso doble, que, apesar de se configurar como uma das danças
competitivas de salão, ela não é tão popular e não tem por prática ser dançada nos
bailes de danças de salão. Sua origem é do século XVI, na Espanha. Sua postura é tensa,
bem marcada, possui movimentos de braços e sapateado, sendo muito semelhante ao
flamenco (RIED, 2003).
O paso doble é uma dança dançada frente a frente, porém de modo um pouco mais
afastado que a maioria das danças de salão.
Já o quickstep é um estilo marcado por passos rápidos e pequenos saltos. Assim como
o paso doble, o quickstep, apesar de se configurar nas danças competitivas, não é
ensinada nas nas academias de dança social.
É considerado um tipo de dança de salão clássica. Tendo a mesma posição corporal que
a valsa no que diz respeito aos braços, o quickstep se diferente por combinar
movimentos circulares e lineares, em que o casal permanece muito tempo com as
pernas abertas e, normalmente, em velocidade dinâmica.
O chá-chá-chá, por outro lado, de origem cubana, é derivado do mambo e da rumba,
tendo por origem os anos de 1950 (RIED, 2003). Ele tem por característica a marcação
de pés na “pausa” entre o deslocamento para frente e para trás. Da mesma maneira que
a rumba, os casais não dançam tão próximos, apesar de suas letras terem conotação
romântica. Além disso, muitos dos movimentos da rumba são executados nesse estilo,
com a inserção do chassê, realizado na pausa da troca de pés.
Diferentemente da maioria das danças, o chá-chá-chá foi criado para acompanhar o som
que era emitido quando os dançarinos dançavam um tipo de rumba mais lento. Podemos
citar como grandes nomes que cantam, hoje, o estilo, Carlos Santana e Rick Martin.
O jive, originário dos Estados Unidos, foi criado na década de 1930 e tem como local de
origem e prática as comunidades afro-americanas da época. Foi um dos estilos de dança
de salão mais conhecidos e populares, sendo considerado um dos favoritos entre os
dançarinos profissionais em todo o mundo. No entanto, com o nascimento de outras
danças, como o lindy hop e o west coast swing, a prática do jive perdeu força e é mais
utilizado como uma das danças norte-americanas ensinadas em escolas de dança,
apesar de não ser tão popular nos salões.
Por sua vez, o forró tem uma ampla discussão quanto à sua origem, visto que alguns
historiadores contam que seu nome deriva da palavra “forrobodó”, pois as festas eram
animadas e davam a entender que, segundo a expressão nordestina, o “agito” era um
forrobodó. Contudo, outros pesquisadores tratam seu nome como uma expressão norte-
americana de “for-all”, que havia sido dada pelos “gingos” quando visitavam o Nordeste
e iam nas festas do povo.
De acordo com Ried (2003), o forró é uma dança típica (http://dancas-
tipicas.info/) realizada entre casais, com movimentos de giro e quadril. Na década de
1980, surge um estilo de forró que, utilizando instrumentos musicais eletrônicos, passou
a se chamar “forró eletrônico”. Por ser mais rápido, atraiu o público jovem e ganhou
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http://dancas-tipicas.info/
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popularidade nos bailes de forró, principalmente em São Paulo.
Entre seus passos mais básicos, temos o dois e dois, a frente e trás e a insistência ou
pilão. Dança-se bem próximo e, normalmente, sua velocidade é rápida.
O samba de gafieira tem por origem o maxixe e começou a ser praticada a partir do
século XX. O nome vem da palavra francesa “gaffe” (gafe) e foi dado por um jornalista
da época que, ao visitar os salões de dança, considerou que eram cometidas muitas
“gafes” nos locais, tendo em vista a cultura e os bons costumes da época (RIED, 2003).
É a dança mais divulgada do Brasil, acompanhada por instrumentos como o violão, o
cavaquinho, a percussão, o choro e a clarineta.
Temos, também, o merengue, que é uma dança da República Dominicana e é muito
dançada em Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia. É tocada com instrumentos como
saxofones, acordeão, trompete e teclado. Sua base é diferente da maioria das danças
latinas, binária, sendo que seus movimentos são simples e de enlace de braços. Os
movimentos do quadril é que ganham destaque no merengue, já que os de pé se
assemelham a de uma marcha militar. Aliás, o estilo tem como seus grandes
representantes na música dois nomes: Elvis Crespo e Juan Luiz Guerra.
A salsa, apesar de ser considerada uma dança, denomina todas as danças da América
Central, como o chá-chá-chá, a rumba, o dano e o mambo. Conforme nos explica Ried
(2003), a denominação foi dada pela gravadora norte-americana de discos latinos Fania
Records, a fim de vender melhor as músicas dessa área da América.
Dentro dos estilos musicais, podemos mencionar a salsa Los Angeles, dançada no tempo
1 da frase musical; a salsa Nova York, dançada no tempo 2 da frase musical; e a salsa
Cubana, dançada no tempo 3 da frase musical. Outro estilo é a salsa Bogaloo, que é o
formato de dança dançado na Colômbia e mundialmente conhecido por ter os maiores
campeões de salsa nas competições internacionais. Como dito, tais estilos carregam os
locais em que se desenvolveram e receberam características específicas de acordo com
as danças locais.
Figura 3 - A salsa é uma das danças de salão mais comuns.
Fonte: Igor Borodin, Shutterstock, 2019.
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O bolero, dança de origem europeia, chegou em Cuba pelos espanhóis em torno de
século XIX. Seus movimentos básicos são o dois e dois e a frente e trás. Em suas
evoluções, temos os giros, as caminhadas e os cruzados. De acordo com Ried (2003), o
nome da dança foi dado para homenagear os vestidos usados por algumas dançarinas,
os quais possuíam bolas que eram chamadas de “boleiras”.
Ainda temos o tango, que surgiu nos bairros mais humildes da Argentina e acabou se
tornando uma das danças mais dançadas e assistidas no mundo. Ele tem por
característica o abraço bem fechado e muitos movimentos de pernas e deslizes. Sua
base é a caminhada ou uma caminhada de gato, calma, lenta e bem articulada. Em seus
passos mais conhecidos, há o “oito”.
Apesar da origem argentina, o tango argentino sofreu influências da Itália, França e
Espanha. Sua criação tem os homens argentinos carregadores de navios de Puerto
Madero que faziam filas nos bordéis e, durante a espera, escutavam tango (RIED, 2003).
Hoje em dia, a dança é dividida em três estilos. Clique nos itens e saiba quais são eles.
Argentino
Americano
Internacional
No tango, o corpo dos bailarinos é inclinado para a frente e tem na sua perspectiva o
drama e a intensidade. É dançado de rosto fechado e com expressão de “força”.
O  zouk  tem por origem musical as ilhas do Caribe. A palavra, porém, é de origem
africana e significa “festa”. Se nome e música já não procedem do mesmo lugar, a dança
também não. Com características do carimbo e das danças típicas do norte brasileiro,
o zouk tem por origem o Brasil (RIED, 2003).
Devido sua fusão com a salsa, o estilo foi chamado de “lambada” no final da década de
1980 e ganhou o mundo no período. No entanto, ela ficou conhecida como uma dança
proibida nos filmes norte-americanos e, academicamente, teve dificuldade para se
manter no Brasil. Com isso, os profissionais da dança que trabalhavam na Europa se
uniram e passaram a chamar a dança novamente de zouk, a fim de tentar fortalecer o
estilo. É realizado, portanto, o Berg’s Congresso em 2004. Com ele, a dança toma força
e passa a ser dançada no Brasil com mais popularidade, sendo um dos ritmos mais
comuns hoje.
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Por fim, temos o soltinho, que é de origem brasileira. Com características das danças
norte-americanas, o ritmo foi criado em 1980 e não possui uma música específica,
podendo ser dançado em qualquer estilo de ritmo binário. Popularmente, é dançado com
músicas pops ou rocks brasileiros.
No tópico a seguir, veremos um pouco mais sobre o ritmo do soltinho. Vejamos!
Figura 4 - No Brasil, o zouk tem mais giros e movimentos com os membros superiores.
Fonte: Tatiana Chekryzhova, Shutterstock, 2019.
3.2 Soltinho
Uma das danças mais democráticas da dança de salão brasileira, o soltinho pode ser
dançado por qualquer idade e, normalmente, “cai nas graças” dos mais velhos, na
melhor idade. De acordo com Ried (2003), como não possui uma música própria, o estilo
pode ser dançado com músicas da jovem guarda, o que acaba agradando os mais velhos;
e com músicas atuais de rock brasileiro ou, até mesmo, com músicas pops
internacionais.
Os movimentos do soltinho lembram o jive e o lindy hop, inclusive porque tais danças
influenciaram sua criação. Seu nome deriva da palavra “swing”, como uma tradução.
Ele começou a ser dançado na década de 1980 e é, até hoje, uma das danças
“obrigatórias” de um baile de dança de salão. Normalmente, compõe a trilogia das
danças de salão básicas no Brasil: samba, bolero e soltinho. Apesar da chegada do west
coast swing às pistas de dança brasileira, o soltinho não perdeu seu espaço e segue até
hoje nos bailes.
Como não possui uma música própria, muitas canções podem ser utilizadas para se
dançar o soltinho. Clique nos itens a seguir e conheça alguns exemplos de músicas
nacionais e internacionais que podemos usar para dançar este ritmo.
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Internacionais
“Sugar”, do Maroon 5; “Shake It Off”,
da Taylor Swif; “Twist & Shout”, do The
Beatles; e “La Bamba”, de Jon Secada.
Nacionais
“É Proibido Fumar”, do Skank; “Pintura
Íntima”, do Kid Abelha; “Música
Urbana”, do Capital Inicial; e “Vale
Tudo”, do Tim Maia.
A base do soltinho é a marcação atrás de um dos pés, chassê lateral com a mesma perna
que foi atrás e, então, a perna oposta vai atrás do outro lado e repete chassê com a
outra perna, assim sucessivamente. Além do básico, há sequências com giros e
deslocamentos, sempre realizados com o chassê para intercalar uma perna e outra.
Como não é rápido, o soltinho permite muitas movimentações, ganhando uma
característica meio “pulada” e alegre.
Outro dos ritmos que vimos foi o bolero, que conheceremos mais a fundo com o tópico
na sequência. Acompanhe!
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3.3 Bolero
Conforme nos explica Ried (2003), o bolero tem sua origem na Europa, mais
precisamente entre os espanhóis. Ele chegou em Cuba ainda no século XIX pelos
colonizadores espanhóis. Como vimos, tem seu nome dado como uma homenagem aos
vestidos usados por algumas bailarinas, os quais continham bolas chamadas
de “boleiras”.
No início, tinha uma música própria, mas, com o passar do tempo, perdeu a
característica das músicas mais lentas, ganhando movimentos mais enérgicos e
dinâmicos. Inicialmente, a dança se relacionava com a música de bolero. Hoje em dia,
considera-se que qualquer música romântica quaternária pode ser dançada com os
passos do estilo.
Clique no botão a seguir e veja alguns exemplos de boleros clássicos.
Boleros
clássico
s
  “Usted”, de Luis Miguel; “Sábanas Frias”, de Maná & Rubén
Blades; “Corazón Partío”, de Alejandro Sanz; e “Samba Pa Ti
(Acoustic)”, de Santana & Ottmar Liebert. Já entre as músicas
modernas para se dançar o bolero, temos “Sway”, de The Pussycat
Dolls; “Perfect Love”, de Simply Red; “She Will Be Loved”, do
Maroon 5; e “Caso Sério”, da Rita Lee.
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Os movimentos básicos do bolero são o dois e dois e o frente e atrás. Além do básico,
temos movimentos de pernas como os cruzados e os “s”, bem como as sequências de
giro e os deslocamentos. Os movimentos de “cambre” e “escorregadas” são utilizados
para dar efeito na dança do bolero.
Na sequência, veremos mais sobre o samba e o pagode, ritmos igualmente importantes
para nossos estudos aqui. Observe!
3.4 Samba e pagode
O samba é uma dança típica brasileira dançada ao som de pagode, bossa nova, samba
rock e demais variações, tendo sua origem no maxixe. Recebeu influências do rock e,
desta fusão, nasceu a vertente de dança chamada samba-rock, muito comum na cidade
de São Paulo. Além disso, como sua origem data do período em que o tango tinha forte
presença nos salões brasileiros, muitos dos movimentos deste foram incorporados ao
samba.
Assim, a união de movimentos de quadril do maxixe e de pernas do tango deram as
principais características para o samba.
Chamado de samba de gafieira, a denominação evoluiu e, hoje, a gafieira é o local onde
as regras das danças de salão são respeitadas e seguidas. A mais tradicional gafieira era
a Estudantina, situada no centro do Rio de Janeiro. Devido a inúmeras dificuldades
financeiras em 2017, o local fechou suas portas.
Já o pagode, enquanto música, tem por característica o mesmo significado de seu nome,
ou seja, a reunião de diversos sambistas. No entanto, enquanto dança, os movimentos
do pagode se diferem do samba, com giros e caídas mais característicasdo forró, da
rumba e do bolero.
Há diversos tipos de pagode, mas os mais famosos são o pagode paulista, com muitos
movimentos de pernas de velocidade rápida; e o pagode gaúcho, que tem giros e pernas
para o ar, como é feito no tango.
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Assim, o samba traz movimentos do maxixe, tendo como passo básico o quadrado
fechado, que deriva do quadrado aberto. Suas principais figuras são o gancho, o
cruzado, as tiradas de perna, o puladinho, o Romário e o assalto. Movimentos de
deslocamento e trocas de pernas também são comuns no estilo. Como figuras
performáticas, temos a cadeirinha e a baratinha, bastante utilizadas em shows.
O pagode, por outro lado, tem como passo básico o cruzado em quatro tempos,
movimento parecido com o dois e dois, mas com trocas de direção. Entre suas figuras,
há a caidinha, a lança de pernas e os giros. Contudo, regionalmente, os movimentos
desse estilo de dança se diferem.
Portanto, conseguimos observar que cada estilo de dança tem suas particularidades,
sendo que todas fazem parte do grupo de danças de salão, com características deste.
Conhecer a respeito delas é muito importante para nossos estudos, uma vez que são
muito usuais em atividades expressivas.
CASO
Se quiséssemos elaborar uma aula de dança com os dois ritmos,
poderíamos criar uma tabela com algumas músicas e separar
aquelas que melhor se encaixam nos estilos. Para se dançar o samba
de gafieira, quanto mais melódicas e tranquilas as músicas forem,
melhor. Alguns exemplos seriam “Meu Ébano”, de Alcione;
“Devagar, Devagarinho”, do Martinho da Vila; “Num Corpo Só”, de
Maria Rita; e “O Meu Lugar”, de Arlindo Cruz. Já para o pagode, as
músicas mais rápidas e alegres são mais adequadas. Poderíamos
citar como exemplos as músicas “O Pai da Alegria”, de Martinho da
Vila; “Mordomia”, de Dudu Nobre; “Amor de Verdade”, de Beth
Carvalho; e “Camisa 10”, da Turma do Pagode.
Síntese
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Aqui, pudemos conhecer a modalidade de dança
de salão, sua história, suas características e as principais danças do estilo. Assim,
traçamos uma linha do tempo, distinguindo os estilos de dança e a dança de salão social
em relação à dança social esportiva, que é aquela que faz parte de competições.
Também vimos um pouco mais sobre cada estilo e ritmo envolvido no grupo das danças
de salão.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
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• aprender sobre a história da dança de salão;
• conhecer os principais ritmos que envolvem a dança social e a
dança esportiva de salão;
• entender como se dança, as músicas utilizadas e a história de
algumas danças de salão brasileiras, como o bolero, o soltinho,
o samba e o pagode.
•
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Bibliografia
RIED, B. Fundamentos da dança de salão. São Paulo: Midiograf, 2003.
GARCIA, A.; HAAS, A.N. Expressão corporal. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
HASS, A. L.; GARCIA, A. Ritmo e dança. 1. ed. Canoas: Editora Ulbra, 2003.
MAIA, M. A. C.; PEREIRA, V. R. Dança de salão: uma alternativa para o
desenvolvimento motor no Ensino Fundamental. São Paulo: Phorte, 2010.
TV BRASIL. 200 anos de dança de salão no Brasil. De Lá Pra Cá, 4 dez. 2011.
Disponível em: http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-
salao-no-brasil (http://tvbrasil.ebc.com.br/delapraca/episodio/200-anos-da-danca-de-
salao-no-brasil). Acesso em: 6 ago. 2019.
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