ATIVIDADES DE DANÇA4

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ATIVIDADES DE DANÇA
UNIDADE 4 – DANÇAS LATINAS,
BRASILEIRAS E REGIONAIS
Débora Rios Garcia
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Introdução
Seriam as danças brasileiras um tipo de dança latina? Se não, enquanto temos um bloco
de danças latinas e um de danças brasileiras, como podemos entender as danças
regionais? Você saberia responder como cada bloco se diferencia e quais suas principais
particularidades?
Para os estudos em torno das danças de salão, temos que as danças latinas criam um
bloco composto pela salsa, pela bachata, pelo chá-chá-chá, pelo merengue e pelo bolero.
Já as danças brasileiras são formadas pelo samba de gafieira, pelo forró e pelo zouk. O
tango, inclusive, não se encaixa nesses grupos, pois, apesar de ser uma dança da
Argentina, suas características europeias de postura e estilo a diferenciam das outras.
Além disso, o Brasil é composto por diversas regiões, não é mesmo? Portanto, temos
muitas danças regionais que se diferenciam entre si. Assim, como vivemos em um país
geograficamente extenso, é natural que as danças do Sul recebam uma herança das
danças dos pampas. Temos, assim, mais um grupo, agora com as danças tidas como
regionais.
Sendo assim, ao longo desta última unidade, iremos conhecer esses três blocos de
danças, cada uma com suas características de estilos, vestimentas e músicas.
Começaremos pela gafieira, entenderemos melhor sobre o forró e estudaremos os
ritmos latinos.
Também veremos outro aspecto das danças, o qual diz respeito à inclusão social. Assim,
para finalizar nossa unidade, conheceremos a dança como um fator de inclusão,
entendendo as vantagens disso em meio à sociedade.
Vamos aos estudos!
4.1 Samba de gafieira
Para Ried (2003), o samba de gafieira é uma das danças mais comuns no Brasil. Sua
origem tem relação com as danças de matiz africana, como o lundum e o semba. Além
disso, como já vimos, tem estruturas de dança que relembram o maxixe e recebeu forte
influência do tango argentino em seus movimentos, ganhando tiradas de pernas,
sacadas e voleios.
A mescla das músicas dos tambores africanos, unida aos instrumentos de cordas das
músicas jazzistas, deu origem ao samba, sendo que, para este, passou a ser
desenvolvida uma dança. Em seus instrumentos principais, temos o cavaquinho, o
pandeiro, o agogô, o repenique, o violão e, muitas vezes, elementos de sopro, a exemplo
de trompete e saxofone. Estes últimos instrumentos devido à forte influência do rock
norte-americano recebido pelos músicos brasileiros (PERNA, 2001).
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No início, sua estrutura musical tinha característica binária com o surdo sendo sempre a
batida rítmica principal. Contudo, ao receber as características musicais do rock, o
samba se transformou em uma estrutura quaternária, com sua base marcada com piano
e cavaquinho.
Sendo assim, ao longo deste tópico, nos aprofundaremos ainda mais nesse estilo de
dança. Acompanhe com atenção!
4.1.1 Samba de gafieira enquanto dança
Conforme nos explica Perna (2001), o samba pode ser dançado sem par, somente no
famoso “samba no pé”, como é conhecido. Na modalidade em par, ele ganha a
denominação de “samba de gafieira”.
Com o passar do tempo, o samba de gafieira fica cada vez mais popular e crescem as
aulas, tornando a dança um mercado forte no Rio de Janeiro (PERNA, 2001). Assim,
desenvolvem-se vários estilos derivados do samba de gafieira e os bailes ganham
bailarinos e professores com suas características próprias.
VOCÊ SABIA?
No site “Enciclopédia Itaú Cultural”, temos um repositório de
informações sobre a cultura brasileira, incluindo dados sobre
cinema, teatro, literatura e até música. Ao pesquisarmos sobre o
samba, podemos encontrar alguns dos principais nomes do estilo,
bem como outras informações importantes a respeito da temática.
Para saber mais sobre a página, acesse por meio do link:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&
q=Samba (https://enciclopedia.itaucultural.org.br
/busca?categoria=musica&q=Samba)
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https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
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https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
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https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
 Tanto a criação quanto o desenvolvimento do samba de gafieira não foram intencionais,
porém os próprios locais de dança favoreceram sua divulgação. Logo, passa-se a
exportar a dança para outros países que passam a integrar como um artigo cultural
artístico brasileiro.
Perna (2001), em seu livro, cita que, na década de 1940, existiam três maneiras de se
dançar o samba: samba liso, samba batucada e samba canção.   Tais estilos se
diferenciavam pela quantidade de pisadas no chão a cada compasso da música e pelas
suas características fundamentais. Com o desenvolver da música e da dança,
atualmente, tanto nos salões cariocas de dança como nas escolas de dança, temos o
samba de gafieira clássico, o tradicional e “funkeado”. Iremos conhecê-los na sequência.
Clique nas abas.
VOCÊ QUER LER?
Na obra “Samba de gafieira: a história da dança de salão brasileira”, de
Marco Antônio Perna, podemos conhecer alguns nomes e personalidades
dessa dança tão popular e recheada de particularidades e locais da
boemia carioca. Vale a pena tirar um tempo para a leitura do livro, a fim
de compreender o assunto!
Em suas características principais, o samba clássico possui muitos elementos
de tango, com pernas sacadas e deslizes. Ele tem uma caminhada elegante e
leve, sendo a postura um corpo bem ereto, tanto do cavalheiro quanto da dama.
Nas roupas, as mulheres usam, normalmente, vestidos na altura dos joelhos ou
saias rodadas; enquanto os homens usam roupas sociais. A ginga característica
do samba em si não se perde, mas é conduzida de maneira mais sutil (PERNA,
2001). Entre os dançarinos desse estilo, podemos citar Valdeci de Souza,
Solange Dantas e Marquinhos Niterói. Na música, temos estruturas mais
elegantes de samba canção.
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Samba de gafieira clássico
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Apesar de ser uma das danças mais populares do Brasil, Perna (2002) apresenta o
samba de gafieira como em constante evolução. Dessa forma, assim como os gêneros
musicais brasileiros que vão surgindo, o samba de gafieira também continua recebendo
em seu desenvolvimento forte influência das danças mundiais, tendo em vista que tem
se propagado em escolas, com dançarinos e professores brasileiros pelo mundo todo.
Aqui, os movimentos de picadinho e puladinho são mais utilizados, sendo que
as estruturas de dança mais ligadas ao maxixe aparecem em evidência. Os
bailarinos dançam com o corpo mais solto e a postura não é tão ereta quanto
no samba clássico. Normalmente, nas apresentações, as bailarinas utilizam
vestidos curtos com franjas ou saias, enquanto os dançarinos se vestem de no
estilo “boêmio”, com camisetas listradase sapatos bicolor (PERNA, 2001).
Entre os dançarinos do samba tradicional, podemos mencionar Carlos Bolacha,
Chocolate e Sheila Aquino. Na música, temos sambas estilo big bands norte-
americanas, tocados por grandes orquestras para harmonização. 
Recebeu influência do funk americano e tem por movimentos principais o
gancho redondo, contratempos e facão, além de movimentos acelerados,
possibilitando “pausas” para evidenciar as poses durante a dança (PERNA,
2001). Os pares dançam mais afastados e o enlace é muito menor, podendo
desenvolver passos mais bruscos e firmes. A dama e o cavalheiro utilizam uma
roupa mais jovial, como calça jeans e saia justa. É um dos estilos mais jovens e
diferentes de samba de gafieira.
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Samba de gafieira tradicional
Samba “funkeado”
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Na sequência, conheceremos outro estilo de relevância para nossos estudos: o forró.
Figura 1 - O samba está em constante evolução.
Fonte: Anna Jurkovska, Shutterstock, 2019.
4.2 Forró
Uma das danças que se relaciona tanto com as de salão quanto com as regionais é o
forró. Segundo Zamoner (2013), a origem do forró é nordestina, sendo que dança e
música se relacionam com a mesma designação. Elas se conectam diretamente aos
aspectos regionais nordestinos. Para Ried (2003), seu surgimento se dá no século XIX.
Como a característica dessa dança é popular, normalmente, era dançada em chão
batido, por isso o uso de sandálias baixas. Roupas simples também são a marca dos
dançarinos de forró. Na música, os instrumentos comuns são o triangulo, a zabumba e a
sanfona. No entanto, nos dias de hoje, temos muitos estilos de forró, como o forró
eletrônico, em que a guitarra e o teclado eletrônico são incorporados aos instrumentos
tradicionais.
Perna (2002) relata que duas histórias tratam a respeito do nome forró: uma quanto ao
local onde se dançava, que, por ser uma grande festa, era um forrobodó; já outra que a
palavra “forró” teria vindo da expressão “for all”, dada pelos “gringos” ao virem para o
nordeste e chamarem as festas com tal nome.
4.2.1 Características do forró
Zamoner (2013) relata como características do forró o corpo bem próximo durante a
dança e o arrastar de pés, que, inclusive, denominou um estilo musical de forró
chamado “rastapé”. Neste, a música é mais tranquila e permite que os pés sejam
conduzidos rente ao solo durante toda a condução da dança. Além disso, o autor relata
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os movimentos de insistência e pilão que seriam bem característicos do forró.
Assim como as outras danças de salão, o forró tem dois tempos básicos principais: o dois
e dois e o frente e trás, que são movimentos encontrados no bolero e na salsa. Giros e
deslocamentos também fazem parte da dança, mas a intenção principal do forró é
permanecer com os corpos em contato, sendo, portanto, os elementos de giro um
enfeite não usado.
Alguns autores tratam o forró como sensual, inclusive por sua característica latina e sua
origem nordestina, porém, Perna (2012) sugere que ele tem uma particularidade
semelhante às festas com temática junina, em formato de brincadeira, desafio etc.
A disseminação do estilo no país se deu pelos imigrantes nordestinos. Uma das cidades
mais dançadas, conforme Zamoner (2013), é São Paulo, a “capital” do forró, tendo
muitas escolas de dança de salão em que se ensina o estilo, além de locais para se
dançar. Podemos citar como exemplo o Canto da Ema, onde se apresentam as principais
bandas de forró do país, como Falamansa, Rastapé, Forróçana, entre outras. No Canto
da Ema, pessoas de todos os locais do país se reúnem para dançar o forró. O local ainda
é famoso por ter uma das mais tradicionais festas juninas do país.
Entre os cantores famosos do forró, podemos citar Elba Ramalho e Wesley Safadão.
Além disso, há a banda Aviões do Forró, que tem por característica cantar somente o
estilo e levar para seus shows um grupo de dançarinos. Ainda temos Alceu Valença,
Calcinha Preta, Frank Aguiar, Genival Lacerda, Jackson do Pandeiro, Mastruz com Leite
e Zé Ramalho.
Figura 2 - O forró, hoje, pode ser visto em diversos estilos.
Fonte: HenriqueWestin, Shutterstock, 2019.
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Conforme Perna (2012), atualmente, a música se divide em alguns estilos, designando
diferenças no formato de dançar. Entre os atuais estilos de forró, temos os apresentados
a seguir. Clique nos itens para ler.
VOCÊ O CONHECE?
Genival Lacerda nasceu em Campina Grande, em 1931. Ele é um dos
mais famosos cantores e compositores de forró. Teve como principais
sucessos as músicas “Severina Chique-Chique”, “Rock do Jegue” e
“Radinho de Pilha”. Durante sua carreira, gravou 70 discos e participou
de diversos programas de televisão e filmes brasileiros. Ficou famoso
por balançar a barriga durante suas apresentações e sempre utilizar em
sua vestimenta roupas tradicionais nordestinas, enaltecendo a cultura
(MARCELO; RODRIGUES, 2012).
Eletrônico
Tradicional
Com instrumentação eletrônica e uma dança bem mais
rápida e com movimentos enérgicos.
Com movimentos tranquilos e o contato corporal
durante o maior tempo da dança.
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Aliás, muitos eventos são planejados para que o estilo seja lembrado e enaltecido. O I
Fórum de Forró de Raiz do Espírito Santo, por exemplo, contou com a reunião de
pesquisadores, produtores e gestores públicos com pessoas praticantes de forró e
artistas do gênero. No fórum, foram realizados debates sobre como proteger e preservar
as raízes do forró. Além disso, políticas públicas para preservar a dança também foram
discutidas.
Outros eventos importantes espalhados pelo país também apresentam aulas, bailes,
shows e ciclos de debate na temática do forró. Entre eles, há o:
• Forró in Rio, realizado todo ano na cidade do Rio de Janeiro,
reunindo os forrozeiros da região Sudeste;
• Encontro de Forró de Itaúna, que, como o nome sugere, é
realizado anualmente na cidade de Itaúna;
• Encontro de Forró do Brasil, realizado em Porto Alegre de dois
em dois anos. Este está em sua sexta edição e realiza mais de 24
horas de forró ininterruptas, com duas grandes festas e a Mostra
Brasileira de Forró;
• Forrózea, encontro realizado na baixada santista, reunindo
diversos forrozeiros de São Paulo e do Nordeste brasileiro.
Agora já sabemos melhor sobre o forró e o samba de gafieira. Na sequência, então,
Rastapé
Universitário
Com uma música tranquila e a dança sendo conduzida
com os pés mais rentes ao solo, sem saltito ou muitos
giros.
Que ganhou tal denominação devido aos universitários
paulistas que realizavam festas com o estilo musical e
colocavam movimentos de giro aprendidos de outras
danças, como a salsa.
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estudaremos a respeito dos ritmos latinos e regionais. Vejamos!
4.3 Ritmos latinos e regionais
Como sabemos, os ritmos latinos se entrecruzam com os regionais conforme muitas das
danças latinas são características pelas suas regiões de origem. No entanto, em que
pontos eles se diferem? Quais são suas principais particularidades?
Conforme nos explica Ried (2003), a dança latina acabou ficando com o bloco de danças
desenvolvidas na América Central. As danças regionais, por outro lado, acabaram por
ficar em outro bloco, normalmente sem integrar as danças de salão.
As danças latinas, dentro das danças de salão competitivas, são o chá-chá-chá, a rumba,
o tango e o samba. Contudo, nas aulas de dança de salão, outrassão incorporadas ao
grupo. Entre elas, segundo Zamonen (2013), temos a bachata, o merengue e a cúmbia.
Vamos ver, a seguir, um pouco mais sobre cada uma delas e suas origens!
4.3.1 Origem e história das danças latinas
A origem das danças latinas, de acordo com Ried (2003), vem da fusão entre as danças
dos colonizadores espanhóis e de negros escravizados na América Central. Portanto, a
contradança espanhola utilizada na corte teve forte influência nas danças latinas. Os
movimentos de braços e pés do flamenco também acabaram entrando nesse grupo.
Cores fortes e contrastantes, junto com a energia da dança espanhola, são vistas nas
apresentações e festas de danças latinas até hoje.
Zamonen (2013) nos explica que os escravos trazidos pelos colonizadores espanhóis
descendiam de duas tribos principais da África, que se localizavam no oeste africano:
tribos Iorubá e Bantu. Nessas tribos, a dança e o batuque de tambores feitos com peles
de animais — com elas estendidas sobre uma caixa acústica feita de madeira ou cascas
de frutos, como o coco — são caraterísticas incorporadas à música espanhola, dando
origem a maioria das músicas encontradas na América Central e América do Sul.
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Como um dos principais países de dança latina, de acordo com Ried (2003), temos Cuba.
Foi o lugar de origem do chá-chá-chá, do danzón, do bolero, da rumba e do mambo. Este
último é um dos mais famosos estilos emigrados de Cuba e teve a soma do son cubano,
as músicas de jazz e blues norte-americano. Tal fusão criou um estilo único que ficou
conhecido como uma dança originalmente cubana, desenvolvida por cubanos que
conseguiram sair do lugar e se fixar em Miami, nos Estados Unidos. Ainda hoje Miami é
conhecida por suas casas noturnas e de danças com show e música cubana. 
4.3.2 Estilos de música e dança latinas
Segundo Ried (2003), as danças latinas são o mambo, a rumba, o chá-chá-chá e o
merengue. Além disso, também temos a salsa. O nome “salsa”, de acordo com Zamonen
(2013), foi dado para designar os estilos de música da América Central, como a cúmbia,
o danzón, o son cubano, o mambo, a guaracha. Ele vem da tradução livre da palavra
“molho”, que significa “união de temperos”. Portanto, todos esses “temperos” musicais
seriam a salsa.
Dessa forma, entre os estilos latinos e suas danças, podemos citar os apresentados a
seguir. Clique nas abas e veja.
VOCÊ QUER VER?
Um vídeo interessante para você conhecer um pouco mais dos passos
das danças latinas é “Danças Latinas na MUNDOS DE VIDA | Profs. Rita
e Nuno | Campeões de Salsa de Portugal”, em que temos dois
professores que foram campeões da dança salsa em um campeonato em
Portugal. Veja o vídeo completo em:
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
(https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8)
Vale a pena prestar atenção nos passos realizados durante a execução!
Merengue
Originário da República Dominicana, teve início na década de 1930 e é muito parecido
com o minueto francês. Recebeu o nome de “merengue” como alusão aos combates da
guerra de libertação dominicana (RIED, 2003). É tocado, também, no Haiti, na
Venezuela e na Colômbia. Sua música tem andamento binário e é tocada por
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https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
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Sendo assim, salsa, rumba, mambo, merengue, cúmbia, bachata e muitos outros ritmos
são designados como latinos.
instrumentos de corda e percussão. Tem forte movimento dos quadris e muitos giros e
deslocamentos incorporados. Os dançarinos dançam mais afastados, permitindo a
movimentação de joelhos, sendo muito comum para brincadeiras nos bailes latinos,
dançado em roda e com formação semelhante à quadrilha junina brasileira.
Cúmbia
Dança criada na Colômbia e desenvolvida em toda a América Latina. Ficou famosa pelo
povo e pelos jogadores de futebol argentinos, que dançavam ao comemorar seus gols. É
uma música simples e de andamento rápido, sendo os movimentos principais de dois e
dois e os deslocamentos não amplos. É considerada, ainda, uma dança democrática, pois
pode ser praticada por todas as pessoas, em todas as idades.
Rumba
É uma mistura de gêneros das danças espanholas e africanas. De origem cubana,
popularizou-se nos Estados Unidos com a emigração dos cubanos (RIED, 2003). Tem por
instrumentos bases o trompete, o saxofone, as congas, os timbales, a campana e as
maracas. Em sua dança, o movimento de quadril é o foco central, unido a giros e
movimentos sincopados de pés e cintura escapular. É uma das danças competitivas de
salão e a mais divulgada das danças latinas.
Chá-chá-chá
Ficou famoso na Europa e entrou para as danças competitivas latinas. Sua música é de
andamento lento quaternário e ganhou esse nome devido ao som dos pés dos
dançarinos, que marcavam um contratempo na “pausa” da música entre as trocas de
pés. Possui movimentos semelhantes à salsa, sendo sua principal característica o chassê
realizado pelos pés dos dançarinos.
Mambo
De origem cubana e descende da rumba, o mambo ficou famoso na música de “Lou Bega
Mambo n. 5”. É mais rápido que a rumba e tem uma característica de sons de sopro por
influência dos músicos de jazz de Nova Iorque, cidade em que se desenvolveu (RIED,
2003). Em apresentações, o uso de cores fortes nas roupas é muito comum. O estilo é
dançado sem par, com os dançarinos carregando maracas cubanas.
Bachata
Sua origem é de Porto Rico e tem por característica um som de reco-reco marcado pela
campana no quarto tempo musical. Em sua dança, giros e movimentos sensuais são
utilizados. Com ondulações corporais e movimentos dinâmicos dos pés, os dançarinos
bailam o ritmo com mais distância devido ao uso de joelhos para marcar o passo (RIED,
2003). Antigamente, era utilizada de maneira mais lenta e romântica, como o bolero,
mas, hoje, traz particularidade mais parecidas com a rumba.
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Agora, para conhecermos um pouco mais sobre as danças latinas, no item na sequência,
veremos algumas personalidades marcantes do estilo.
4.3.3 Principais personalidades das danças latinas e regionais
Entre as principais personalidades da música latina, temos Tito Puente, Marc Anthony,
Gilberto Santa Rosa, Tito Nieves, Buena Vista Social Club (um dos grupos mais famosos
de salsa do mundo), Hector Lavoe, além de inúmeros outros. Celia Cruz, por exemplo,
nascida em 1925 na cidade de Havana, em Cuba, saiu do local aos 34 anos e fez fama
em Miami e Nova Iorque. Ficou famosa pelo grito “azucar” em suas músicas. Foi
chamada como “La Reina” por colegas e músicos no mundo todo. De timbre forte, suas
músicas são famosas e tocadas em bailes de danças latinas até hoje (FREITAS, 2005).
Nas personalidades relacionadas à dança, podemos citar Melissa Rosado, Juan Matos,
Tito Ojos, Orville, Silvio e Sandra da Argentina, organizadores do “Salsa Open”, a maior
competição de salsa do mundo. Eddie Torres, por exemplo, nasceu em 1950, é dançarino
e professor de salsa. Ele ficou famoso dançando nos Estados Unidos como bailarino das
principais orquestras de salsa (FREITAS, 2005). Além disso, tem uma característica
especial de dança com o início da marcação no segundo tempo do compasso, conhecido
como “salsa on 2” ou “salsa Nova York”, cidade onde tem uma escola.
CASO
Você já ouviu falar da bachata? Jáescutou alguma música deste
estilo? Uma das músicas mais famosas do Brasil, cantada pelo
cantor Fagner, é “Borbulhas de Amor”, que estourou nas rádios de
todo o país e ainda é tocada nos bailes de danças. A canção, na sua
versão original, é do cantor de bachata e merengue Juan Luiz
Guerra. A música fez tanto sucesso em sua versão em português
que, muitas vezes, as pessoas confundem e acreditam que a autoria
é do próprio Fagner, bem como acreditam que ela é um bolero, pois,
na versão em português, foi cantada em andamento mais lento que a
original.
Existem diversas músicas latinas que receberam uma nova
roupagem quando trazidas para o português. Um exemplo mais
atual é a bachata “Darte um Beso”, de Prince Royce. Em 2014, ela
foi lançada pelo cantor Michel Teló em português e ganhou uma
roupagem sertaneja.
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Como já conhecemos melhor sobre as danças latinas, brasileiras e regionais, bem como
suas principais características e personalidades, vamos entender outro aspecto
importante da dança: o fato de inclusão social. Acompanhe o próximo tópico!
4.4 Dança como fator de inclusão social
As principais características da dança são a socialização e a integração das pessoas que
a praticam. Como prática física, ela permite que qualquer pessoa, de qualquer idade,
cor ou gênero participe do seu desenvolvimento.
Conforme nos explica Cone e Cone (2015), o professor é o responsável por incluir todos
os alunos, independentemente de suas características individuais, nas aulas de dança.
Para isso, é preciso fazer um bom planejamento e, ainda, deve-se realizar uma avaliação
do indivíduo. Além disso, caso seja necessário, deve-se solicitar um laudo para o início
dessa jornada do aluno com a dança. Neste ponto, inclusive, Cone e Cone (2015)
ressaltam que um programa bem analisado e planejado permite que o indivíduo com
deficiência possa participar das aulas de dança e se desenvolver, sempre levando em
consideração suas características.
Como forma de comunicação, a dança é essencial para o sujeito desenvolver suas
dificuldades ou deficiências, tendo em vista que as aulas têm abertura maior que as
outras disciplinas para as expressões corporal e emocional.
Cone e Cone (2015) também sugerem que sejam feitas, em um primeiro momento,
perguntas sobre a personalidade e as preferências pessoais do indivíduo em questão.
Clique nos itens e veja alguns questionamentos que podemos fazer.
Figura 3 - A dança é muito benéfica para o corpo e não tem distinção.
Fonte: Zoja Hussainova, Shutterstock, 2019.
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O que você deseja aprender?
Quais as três coisas que deveríamos
saber a seu respeito?
Quais são seus principais objetivos na
escola?
O que você gosta de fazer em suas
horas livres?
O que os outros professores fazem para
ajudá-lo a ter êxito?
Você deseja fazer alguma pergunta?
Os autores ainda mencionam que a dança é um agente de transformação e inclusão
social, visto a multiplicidade de atividades que podem ser utilizadas, além das temáticas
que o professor de dança pode fazer uso. É válido lembrar que o professor precisa se
permitir entrar e entender o mundo do indivíduo com deficiência, bem como suas
características, sua cultura e sua história, justamente para que a inclusão seja, de fato,
realizada. Afinal, toda pessoa tem direito à participação social e ao acesso à educação e
à escola (CONE; CONE, 2015).
É por meio da dança que o sujeito pode adquirir habilidades coordenativas, bem como
compartilhar experiências. A aula de dança é, dessa forma, um instrumento de ensino
da linguagem não verbal e pode desenvolver a comunicação.
Para o desenvolvimento da criança especial nas aulas de dança, Cone e Cone (2015)
sugerem um cartão de tarefas, que deve ser utilizado pelo educador assistente. No
cartão, há dicas de como o aluno pode realizar os movimentos a partir de comandos,
como “levante e abaixe as mãos”, “rode para trás”, “faça um alongamento longo”, entre
outros. Essa necessidade de apresentar o roteiro da aula e repensar os métodos
avaliativos é muito eficaz para que a criança perceba seu desenvolvimento nas aulas de
dança.
No quadro a seguir, temos um modelo de lista de verificação.
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Ainda de acordo com Cone e Cone (2015), os autores sugerem algumas reflexões quanto
à dança inclusiva, as quais podemos observar a seguir. Clique na interação e veja.
Quadro 1 - Cartão de tarefas ou lista de verificação.
Fonte: CONE; CONE, 2015, p. 103.
Quais benefícios as crianças com deficiência obtêm ao participar de uma
dança?
Considere uma acomodação para uma dança social: ela é segura para todos,
além de proporcionar a inclusão de crianças com algum tipo de deficiência?
Pense a respeito de um tema para uma aula de dança criativa, como o ciclo da
água ou ações animais: de que maneira você utilizaria uma programação
visual como suporte para uma sequência de atividades de aula?
Quais estratégias você pode empregar para ajudar um educador assistente ou
um auxiliar a desempenhar efetivamente sua função, prestando assistência ao
aluno com deficiência?
Em que local você pode encontrar informações sobre uma criança com algum
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Vamos, então, conhecer algumas contribuições da dança inclusiva?
4.4.1 Contribuições da dança inclusiva
A dança, além de ser uma excelente prática física, é uma forma de desenvolver a
comunicação e a expressão corporal. Temos, também, que, além da sua característica
lúdica, no contexto escolar, a dança é interdisciplinar e pode ser um instrumento de
integração entre as disciplinas, apoiando a inclusão do aluno em disciplinas nas quais
tenha mais dificuldades. Nas aulas de dança, pode-se desenvolver coordenação,
equilíbrio, socialização, flexibilidade, força e ritmo do indivíduo incluso.
tipo de deficiência?
Quais recursos estão disponíveis?
De que modo você pode incluir em sua aula de dança os objetivos do
Programa de Educação Individualizada da Criança ou IEP?
VOCÊ QUER LER?
Na reportagem de Cesar Baima, intitulada “Dançar é melhor para
cérebro de idosos que exercícios”, a dança é apresentada como um
benefício para a saúde do idoso. No artigo, há a menção a dois
programas de atividades físicas, com uma pequena amostra de pessoas
saudáveis de 68 anos de idade realizando a prática. A pesquisa atesta os
benefícios da dança na saúde do cérebro dos idosos participantes. Você
pode ler a reportagem completa por meio do link:
https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-
de-idosos-que-exercicios-21750357 (https://oglobo.globo.com/sociedade
/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357)
ATIVIDADES DE DANÇA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357
https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357
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https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357
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Se, para a população idosa, a dança é um instrumento excepcional em seus benefícios,
quando se trata de crianças, ela é, sem dúvida, uma prática com muitas contribuições
para o desenvolvimento integral do indivíduo. 
Síntese
Chegamos ao fim da quarta e última unidade da disciplina de Atividades Expressivas e
Dança. Aqui, pudemos aprender sobre as danças brasileiras (forró e samba de gafieira),
as danças latinas e as regionais em seus contextos históricos e suas estruturas
características. Além disso, conseguimos entender a respeito da dança enquanto
instrumento de inclusão social.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• compreender as linhas coreográficas, as técnicas de
transmissão para a aplicação da dança de salão e seus
diferentes estilos; 
• diferenciar os estilos de samba de gafieira;
• entender como funciona em sua estrutura o forró e seus estilos;
• aprender sobre as danças latinas e regionais, bem como seus
estilos e suas músicas;
• conhecer e entender o uso da dança como fator de inclusão
social.
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•
•
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Bibliografia
BAIMA, C. Dançar é melhor para cérebro de idosos que exercícios. O Globo, Rio de
Janeiro, 27 ago. 2017. Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/saude/dancar-
melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357 (https://oglobo.globo.com
/sociedade/saude/dancar-melhor-para-cerebro-de-idosos-que-exercicios-21750357).
Acesso em: 6 ago. 2019.
CONE, T. P.; CONE; S. L. Ensinando dança para crianças. 3. ed. São Paulo: Manole,
2015.
ENCICLOPÉDIA. Itaú Cultural. Samba. São Paulo, 2019. Disponível em:
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
(https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba). Acesso
em: 6 ago. 2019.
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https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
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https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/busca?categoria=musica&q=Samba
FREITAS, H. Dança: pressupostos históricos da dança salsa. Porto Alegre: Ulbra, 2005.
MAIA, M. A. C.; PEREIRA, V. R. Dança de salão: uma alternativa para o
desenvolvimento motor no ensino fundamental. São Paulo: Phorte, 2010.
MARCELO, C.; RODRIGUES, R. O fole roncou: uma história do forró. Rio de Janeiro:
Zahar, 2012.
MUNDOS DE VIDA. Danças Latinas na MUNDOS DE VIDA | Profs. Rita e Nuno |
Campeões de Salsa de Portugal. 9 fev. 2012. Disponível em: https://www.youtube.com
/watch?v=FUaQy6X-BS8 (https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8). Acesso
em: 8 ago. 2019.
PERNA, M. A. 200 anos de dança de salão no Brasil. Rio de Janeiro: Amaragão
Edições de Periódicos, 2012. Vol. 2.
ATIVIDADES DE DANÇA https://codely-fmu-content.s3.amazonaws.com/Moodl...
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https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8
https://www.youtube.com/watch?v=FUaQy6X-BS8