Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tratamento da doença metastática Metástases locorregionais ou a distância podem, não raramente, ser a manifestação inicial do CDT.7,8 Em determinadas situações, pacientes com doença metastática podem ser mantidos sob supressão do TSH e acompanhados com imagem e dosagens periódicas de Tg/TgAc, sem tratamento imediato.48,53 Neste grupo se incluem pacientes apenas com metástases em LN, pequenas (< 1 cm), não numerosas, sem localização de risco para complicações, e que não venham a exibir crescimento ou aparecimento de novas lesões em um intervalo de 6 meses.54 Havendo progressão, o tratamento estará, então, recomendado (Quadro 25.8). Nos demais pacientes, uma vez detectada doença estrutural, recomenda-se instituir o tratamento, que consiste em remoção cirúrgica da metástase, seguida, quando possível, de radioiodoterapia (ver Quadro 25.8).7,8,53,54 Quadro 25.7 Concentrações sugeridas de TSH em pacientes com CDT em diferentes situações. Pacientes Meta do TSH (mUI/ℓ) Não submetidos à ablação com 131I 0,5 a 2 Tratados com 131I até avaliação da resposta à terapia inicial Risco baixo ou intermediário sem achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade ≤ 0,1b Tratados com 131I após avaliação da resposta à terapia inicial Tg e TgAc negativos, sem doença estrutural Risco baixo ou intermediário sem achados de maior agressividade 0,5 a 2 Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a por 5 anos Tg discretamente elevada ou TgAc estáveis, sem doença estrutural Risco baixo 0,5 a 2 Risco intermediário sem achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a por 5 anos Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade ≤ 0,1b por 3 anos; depois, 0,1 a 0,5 Tg muito elevada ou TgAc com incremento, sem doença estrutural Risco baixo 0,1 a 0,5 a Risco alto ou intermediário ≤ 0,1b por 5 anos; depois, 0,1 a 0,5 Com doença estrutural ≤ 0,1b A situação do paciente deve ser reavaliada a cada consulta e consequentemente o alvo do TSH pode mudar. aExceto em pacientes com taquiarritmias e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Este alvo pode ser menos rigoroso em pacientes > 65 anos ou muito debilitados. bExceto em pacientes com taquiarritmias e ICC. Este alvo pode ser menos rigoroso em pacientes > 65 anos, debilitados, com osteopenia não tratada, bem como em mulheres pós-menopausa sem reposição estrogênica. Em caso de doença metastática persistente, um novo ciclo de 131I pode ser instituído e, posteriormente, repetido, se necessário, sempre a intervalos de 6 meses.1,7,8 Tem sido recomendado que essa terapia seja interrompida se a PCI pós-dose não mais revelar captação, a atividade acumulada de 600 mCi for alcançada, ou ocorrer progressão das metástases.1,7,55 O limite sugerido de 600 mCi não é adotado por todos os centros especializados. Ele se baseia em evidências de um maior risco de câncer e leucemia com o uso de doses cumulativas maiores.56 Ademais, em uma série de 444 pacientes, 95% dos casos em que a remissão foi conseguida receberam atividades cumulativas < 600 mCi.55 O tratamento inicial das raras metástases cerebrais deve ser cirúrgico, visando à ressecção completa da metástase, que se acompanha de maior sobrevida do paciente.57 As lesões em geral não captam 131I e a radioterapia externa pode ser necessária.8,57 Metástases ósseas muitas vezes captam o 131I, mas a radioiodoterapia raramente é curativa.7 Quando a lesão é isolada, sua ressecção cirúrgica completa melhora significativamente o prognóstico e a sobrevida.58 A dose terapêutica empírica de 131I recomendada varia entre 150 e 300 mCi. Em lesões ósseas localizadas em regiões mais críticas, perto de estruturas nervosas, o edema decorrente da captação do 131I pode produzir compressão nervosa com dor, incapacidade funcional importante ou, mesmo, síndrome de compressão medular.58 Nesses casos, o uso concomitante de glicocorticoides (GC) é recomendado. Diante de lesões não iodocaptantes, file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib7 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib48 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib53 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib54 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter25.html#ch25tab8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter25.html#ch25tab8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib7 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib53 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib54 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib7 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib1 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib7 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib55 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib56 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib55 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib57 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib8 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib57 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib7 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib58 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(165).html#bib58 Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição
Compartilhar