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Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6 Edição_Parte446

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Tratamento da doença metastática
Metástases locorregionais ou a distância podem, não raramente, ser a manifestação inicial do CDT.7,8 Em determinadas situações,
pacientes com doença metastática podem ser mantidos sob supressão do TSH e acompanhados com imagem e dosagens periódicas de
Tg/TgAc, sem tratamento imediato.48,53 Neste grupo se incluem pacientes apenas com metástases em LN, pequenas (< 1 cm), não
numerosas, sem localização de risco para complicações, e que não venham a exibir crescimento ou aparecimento de novas lesões em
um intervalo de 6 meses.54 Havendo progressão, o tratamento estará, então, recomendado (Quadro 25.8). Nos demais pacientes, uma
vez detectada doença estrutural, recomenda-se instituir o tratamento, que consiste em remoção cirúrgica da metástase, seguida, quando
possível, de radioiodoterapia (ver Quadro 25.8).7,8,53,54
Quadro 25.7 Concentrações sugeridas de TSH em pacientes com CDT em diferentes situações.
Pacientes Meta do TSH (mUI/ℓ)
Não submetidos à ablação com 131I 0,5 a 2
Tratados com 131I até avaliação da resposta à terapia inicial
Risco baixo ou intermediário sem achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a
Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade ≤ 0,1b
Tratados com 131I após avaliação da resposta à terapia inicial
Tg e TgAc negativos, sem doença estrutural
Risco baixo ou intermediário sem achados de maior agressividade 0,5 a 2
Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a por 5 anos
Tg discretamente elevada ou TgAc estáveis, sem doença estrutural
Risco baixo 0,5 a 2
Risco intermediário sem achados de maior agressividade 0,1 a 0,5 a por 5 anos
Risco alto ou intermediário com achados de maior agressividade ≤ 0,1b por 3 anos; depois, 0,1 a 0,5
Tg muito elevada ou TgAc com incremento, sem doença estrutural
Risco baixo 0,1 a 0,5 a
Risco alto ou intermediário ≤ 0,1b por 5 anos; depois, 0,1 a 0,5
Com doença estrutural ≤ 0,1b
A situação do paciente deve ser reavaliada a cada consulta e consequentemente o alvo do TSH pode mudar. aExceto em pacientes com
taquiarritmias e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Este alvo pode ser menos rigoroso em pacientes > 65 anos ou muito debilitados.
bExceto em pacientes com taquiarritmias e ICC. Este alvo pode ser menos rigoroso em pacientes > 65 anos, debilitados, com osteopenia não
tratada, bem como em mulheres pós-menopausa sem reposição estrogênica.
Em caso de doença metastática persistente, um novo ciclo de 131I pode ser instituído e, posteriormente, repetido, se necessário,
sempre a intervalos de 6 meses.1,7,8 Tem sido recomendado que essa terapia seja interrompida se a PCI pós-dose não mais revelar
captação, a atividade acumulada de 600 mCi for alcançada, ou ocorrer progressão das metástases.1,7,55 O limite sugerido de 600 mCi
não é adotado por todos os centros especializados. Ele se baseia em evidências de um maior risco de câncer e leucemia com o uso de
doses cumulativas maiores.56 Ademais, em uma série de 444 pacientes, 95% dos casos em que a remissão foi conseguida receberam
atividades cumulativas < 600 mCi.55
O tratamento inicial das raras metástases cerebrais deve ser cirúrgico, visando à ressecção completa da metástase, que se acompanha
de maior sobrevida do paciente.57 As lesões em geral não captam 131I e a radioterapia externa pode ser necessária.8,57
Metástases ósseas muitas vezes captam o 131I, mas a radioiodoterapia raramente é curativa.7 Quando a lesão é isolada, sua ressecção
cirúrgica completa melhora significativamente o prognóstico e a sobrevida.58 A dose terapêutica empírica de 131I recomendada varia
entre 150 e 300 mCi. Em lesões ósseas localizadas em regiões mais críticas, perto de estruturas nervosas, o edema decorrente da
captação do 131I pode produzir compressão nervosa com dor, incapacidade funcional importante ou, mesmo, síndrome de compressão
medular.58 Nesses casos, o uso concomitante de glicocorticoides (GC) é recomendado. Diante de lesões não iodocaptantes,
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	Endocrinologia Clínica (Lúcio Vilar) - 6ª Edição

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