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Citologia Esfoliativa Aula 3: Vaginoses e vaginites Profa. Me Leonilda Chiari Galle Objetivos de Aprendizagem Diferenciar vaginoses de vaginites. Identificar os sintomas da presença de agentes infecciosos no trato genital feminino. Explicar as alterações celulares promovidas pelos agentes infecciosos. sagah: 52112 Características gerais Vaginoses: São infecções endógenas sem indicativo de processo inflamatório Não são transmitidos pelo contato sexual (ITS). Agentes: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma sp., Prevotella sp. Ureaplasma sp. Vaginites: São infecções que causam inflamação. Dependendo do agente, pode ser transmitido pelo contato sexual (ITS). Agentes: Trichomonas vaginalis, Candida spp., Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus do grupo B. Lesões celulares relacionadas a processo inflamatório. Agentes: • biológicos (microrganismos patogênicos), • físicos (calor, irradiação e trauma), • químicos (hormônios e substâncias tóxicas). Alterações citológicas relacionadas à inflamação: Tipo e intensidade do exsudato. Alteração do padrão celular. Degeneração e necrose celular. Alterações reativas. Alterações degenerativas e necrose celular: Citoplasmáticas: anfofilia, halos perinucleares, má definição dos limites citoplasmáticos, pseudoeosinofilia, vacuolização, bordos indefinidos, etc) Nucleares: hipo ou hipercromasia discreta, cariomegalia discreta, contorno irregular, fragmentado (cariorrexe) dissolução nuclear (cariólise). Cromatina tumefeita. Alterações reativas: Multinucleações, Nucléolos proeminentes (principalmente em células endocervicais, Cromatina granulosa e espessa, Espessamento da borda nuclear, Hipercromasia. Vaginose bacteriana Atlas de citopatologia ginecológica/ Daisy Nunes de Oliveira Lima, p. 39. Sinais e sintomas: corrimento vaginal é de intensidade variável, acinzentado e de odor fétido, comumente relatado como “odor de peixe” e odor amoniacal. O metabolismo das bactérias anaeróbias, quando na alcalinidade do sêmen ou do sangue menstrual, promove a volatização da cadaverina, da dimetilamina e da putrescina (aminas aromáticas), resultando no odor mencionado. Durante a amenorreia e a prática de relação sexual sem preservativo, esse odor se torna mais acentuado. Candidíase vulvovaginal Atlas de citopatologia ginecológica/ Daisy Nunes de Oliveira Lima, p. 41. Sinais e sintomas: corrimento vaginal esbranquiçado ou amarelado, espesso, de aspecto grumoso, lembrando um “leite coalhado”, prurido, dispareunia e disúria. Exame clínico: pH vaginal menor que 4,5, hiperemia vulvar, edema, fissuras e escoriações, mucosa vaginal com hiperemia, conteúdo vaginal com aparência espessa, flocular ou fluida, que pode estar aderido às paredes vaginais e em quantidade variável. Tricomoníase Atlas de citopatologia ginecológica/ Daisy Nunes de Oliveira Lima, p. 43. Sinais e sintomas: corrimento amarelado ou amarelo-esverdeado, bolhoso, com um odor desagradável e comumente em abundância, dispareunia, disúria, dor pélvica, irritação vulvar, polaciúria e prurido. Exame especular: colpite difusa e/ou focal que se caracteriza pela hiperemia da mucosa. Efeito citopático compatível com infecção pelo Herpes-vírus Atlas de citopatologia ginecológica/ Daisy Nunes de Oliveira Lima, p. 44.