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Relatório_DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CAFEÍNA (mg100mL) EM BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS (REFRIGERANTES E BEBIDAS ENERGÉTICAS) PELO MÉTODO ESPECTROFOTOMETRIA

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DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CAFEÍNA (mg/100mL) EM BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS (REFRIGERANTES E BEBIDAS ENERGÉTICAS) PELO MÉTODO ESPECTROFOTOMETRIA
1. INTRODUÇÃO
A toxicologia é definida como uma ciência que visa estudar os efeitos nocivos decorrentes de substâncias químicas no organismo de seres vivos. Esta ciência abrange múltiplas áreas do conhecimento tais como: toxicologia clínica, ocupacional, ambiental, experimental, social e de alimentos. Por ser a ciência que estuda os efeitos nocivos à saúde por substâncias químicas ou drogas, o segmento das análises toxicológicas tem como função estabelecer condições seguras de exposição (prevenção) ou quantificar e qualificar intoxicações. 
Desde as mais remotas eras o homem, utilizando-se de produtos vegetais, minerais e animais, como medicamento ou alimento, começou a dar importância a seus efeitos e a utilizar os que possuíam ação fulminante para eliminar seus inimigos.
A taxa de intoxicação nas populações do mundo, segundo a OMS por ano, aponta o índice de 1,5% para países desenvolvidos e somente 3,0% para países em desenvolvimento como o Brasil, os quais não possuem um serviço de notificação e estatística instalado, pouco eficaz ou confiável. Além disso, nosso país não tem o controle adequado sobre o registro e a aprovação da comercialização de produtos de interesse sanitário (FILHO, 1988).
Modernamente, face aos múltiplos produtos diariamente lançados no mercado consumidor, ao desenvolvimento tecnológico e a produção em série, a toxicologia está evoluindo dia-a-dia, acompanhando o rápido progresso mundial.
Dá-se o nome de cafeína a um alcaloide presente no café, no chocolate, no chá e no mate, que faz parte do conjunto das xantinas. Trata-se de uma substância diurética, cardiotónica e que estimula o metabolismo e o sistema nervoso central. Foi descoberta pelo Alemão Friedrich Ferdinand Runge (1795-1867), cujo sabor é amargo. Este alcaloide funciona como uma droga psicoativa pelos seus efeitos sobre o sistema nervoso central. No final do século XIX, surgiram no mercado consumidor os refrigerantes com cafeína e posteriormente vieram as bebidas energéticas, dando injeções rápidas de elevadas doses de cafeína.
Após ser absorvida e metabolizada no fígado, a cafeína percorre todo o corpo e atua sobre todos os sistemas do organismo por um período de tempo que varia entre 4 e 6 horas. Ligando-se às células nervosas, ela age sobre o sistema nervoso central, estimulando a concentração, melhorando o humor e diminuindo a sensação de fadiga após a atividade física e mental.
Ao estimular o sistema nervoso, faz algumas funções do organismo, como o metabolismo basal, por exemplo, ficarem aceleradas. Essa aceleração aumenta a produção de suco gástrico e facilita a digestão. Também faz as glândulas suprarrenais produzirem mais adrenalina que, quando despejada na corrente sanguínea, deixa o corpo todo em estado de alerta. Com essa ação sobre o sistema nervoso central, a cafeína inibe e bloqueia os efeitos da adenosina. É uma substância de alto potencial ergogênico, que aumenta consideravelmente o potencial para a prática esportiva ou física (BAUMANN, 1988).
Em excesso, a cafeína pode causar agitação, irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, insônia e problemas gastrointestinais. Também causa a contração das veias e artérias o que dificulta a circulação sanguínea e acelera os batimentos cardíacos, com riscos de consequências graves.
As pesquisas e estudos publicados demonstram que ainda há muitas divergências em relação às concentrações adequadas para o uso destes componentes na formulação destas bebidas e que se faz necessário maiores estudos sobre a interação destes componentes com outras substâncias como o álcool, uma vez que as bebidas energéticas são frequentemente consumidas misturadas às bebidas alcoólicas com a finalidade de potencializar o efeito do álcool.
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo determinar o teor de cafeína (mg/100 ml) em bebida energética da marca Flying horse, também comercializada no território nacional, através do método espectrofotométrico no comprimento de onda 276 nm, buscando identificar se a composição da bebida energética e as informações fornecidas no rótulo estão de acordo com o que é preconizado pela legislação brasileira vigente.
2. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 MATERIAL
Amostra: 
· Bebida energética
Vidrarias:
· Balões volumétricos de 50 e 100 mL
· Funil de separação 250 mL
· Pipetas volumétricas de 1, 2, 3, 4, 5, 10 e 20 mL
· Proveta de 50 mL
Soluções:
· Cafeína, grau espectrofotométrico
· Solução redutora
· Solução de hidróxido de sódio a 25% m/v
· Solução de permanganato de potássio a 1,5% m/v
· Solução de ácido fosfórico 
· Solução de sódio anidro
· Solução padrão de cafeína (0,1 mg de cafeína po mL de clorofórmio)
Equipamentos:
· Balança analítica
· Espectrofotômetro UV/VIS
· Cubeta de Quartzo 10 nm
Outros materiais: 
· Algodão hidrófilo 
2.2 MÉTODOS
Pipetou-se 30 mL da amostra descarbonatada para um funil de separação. Juntou-se 10 mL de solução de permanganato de potássio a 1,5% e agitou-se manualmente. Após 3 minutos, juntou-se 5 mL da solução redutora com agitação contínua e adicionou-se 2 mL da solução de ácido fosfórico e agitou. Adicionou-se 2 mL da solução de hidróxido de sódio e agitou. Após a separação, retirou-se a camada inferior e filtrou-a em sulfato de sódio e algodão e recolheu-se os filtrados em um mesmo balão volumétrico de 100 mL. Lavou-se a haste do funil de separação e o filtro com porções de 2 mL de clorofórmio, após cada extração. Após a filtração, adicionou-se 2 mL do filtrado em um balão volumétrico de 10 mL para a bebida energética. Determinou-se a absorbância a 276 nm, usando clorofórmio como branco.
2.2.1 Preparo das soluções 
Para a solução redutora, pesou-se 5 g de sulfito de sódio e 5 g de tiocianato de potássio, dissolvendo em água e diluindo a 100mL em balão volumétrico. No caso do ácido fosfórico, diluiu-se 15 mL desse ácido (d=1,69g/cm³) em 85 mL de água. Já para o padrão de cafeína, pesou-se 10 mg de cafeína e diluído em clorofórmio em um balão volumétrico de 100 mL. Ainda, pipetou-se 10 mL da solução estoque de cafeína e diluído para 100mL com clorofórmio. Esta solução conteve 0,1 mg de cafeína por mL de clorofórmio. 
2.2.2 Preparo da curva padrão
Pipetou-se 1, 2, 3, 4, 5 e 6 Ml DA SOLUCAO PADRAO DE CAFEINA OARA BALOES VOLUMETRICOS DE 50 Ml e completou-se o volume com clorofórmio. Essas soluções contem, respectivamente, 0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0 e 1,2 mg de cafeína por 100 Ml. Determinou-se a absorbância dessas soluções a 276 nm, usando clorofórmio como branco. Traçou-se a curva padrão, registrando os valores de absorbância nas ordenadas as concentrações de cafeína em mg/100 mL de clorofórmio nas abcissas. 
3. RESULTADOS
 Cálculo da curva padrão:
y = 0,4747x - 0,0005, onde a medida da absorbância (y) encontrada para a solução foi de 0,156 nm e x será a concentração da amostra. Logo: 
0,156 = 0,4747x - 0,0005
x = 0,3296 ou aproximadamente 0,33 mg cafeína em 30 mL da amostra.
O cálculo da concentração de cafeína em 100 mL de bebida energética e realizado através da seguinte fórmula: Cafeína (mg/100 mL) = C x 100/A.
Onde:
C: concentração de cafeína na amostra correspondente à leitura da curva padrão.
A: volume da amostra, em mL.
A concentração de cafeína em 30 mL de amostra de bebida energética foi de 0,33mg:
Cafeína (mg/100mL) = C x 100/A
Cafeína (mg/100mL) = 0,3 x 100/30
Cafeína (mg/100mL) = 1,09 mg/100 mL
Em 100 mL de bebida energética é possível encontrar 1,09 mg de cafeína.
Cálculo da concentração de cafeína em uma lata de bebida energética (270 mL)
x – 270 mL 
Portanto, em 270 mL de bebida energética encontramos 2,94 mg de cafeína.
*De acordo com a informação do rótulo, 270 mL de energético contém 86 mg de cafeína.
4. DISCUSSÃO
Tendo em vista os dados levantados através do método espectrofotométrico no comprimento de onda 276 nm, e os aspectos observados a respeito da bebida energética da marca Flying horse, concluímos que abebidas contém apenas 3,42% da quantidade de cafeína que é informada no rótulo do produto. O valor encontrado, embora esteja de acordo coma quantidade mínima permitida pela legislação brasileira, é gravemente enganosa, tornando muito difícil que o consumidor consiga o resultado esperado, fazendo com que ele tenha que consumir mais produto. 
5. CONSLUSÃO
É essencial que o consumidor saiba o quanto que irá consumir de cada ingrediente presente no produto, levando em consideração que, muitas pessoas consomem energéticos visando estimular a concentração, melhorar o humor e diminuir a sensação de fadiga após a atividade física e mental por meio do consumo de cafeína. Desta forma, o consumidor poderá ter noção da quantidade que precisará consumir daquele energético para obter os resultados esperados, levando em consideração as informações dadas pelo fabricante sobre o produto comercializado.
Neste sentido, vae salientar os efeitos propostos para quem ingere determinado produto a fim de adquirir aptidão física com efeitos cognitivos causados pela cafeína, entretanto, não ultrapassar o limite indicado é de suma importância, pois a probabilidade de acarretar agravantes é menor, devido a ingestão em grande quantidade. Visar e respeitar esses parâmetros coincide com as normas dos rótulos de produtos alimentícios, para que o seu conteúdo seja eficiente ao consumidor, pois gera o questionamento referente ao excesso, se ultrapassassem o valor estimado, estariam de acordo com os preceitos determinados. Mediante isto, a preocupação é recorrente e a fiscalização faz-se necessária por órgãos responsáveis, o que dignifica o direito do consumidor.
REFERÊNCIAS
FILHO, Dilermano Brito. Toxicologia Humana e Geral. 2ª.ed., Livraria Atheneu: Rio de Janeiro e São Paulo, 1988.
BAUMANN, T. W. (1984). Metabolism and excretion of caffeine during germination of Coffea arabica L. Plant and Cell Physiology. 25(8): 1431–6.

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