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Doença ulcerosa péptica (DUP)

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Resumo: Cirurgia das Úlceras Pépticas Gástricas e Duodenais
A úlcera péptica, que pode ocorrer no estômago (gástrica) ou no duodeno, é caracterizada por uma
lesão que ultrapassa a camada muscular da mucosa, sendo de natureza benigna. Sua
fisiopatologia envolve fatores lesivos, como acidez gástrica, infecção por Helicobacter pylori, uso de
AINES, álcool, isquemia e atraso no esvaziamento gástrico.
Além disso, existem fatores protetores, como secreção de muco, produção de bicarbonato, fluxo
sanguíneo, regeneração celular e produção de prostaglandinas.
O quadro clínico das úlceras pépticas geralmente inclui dor epigástrica, com características de
queimação ou "dor de fome". Essa dor pode ser rítmica, periódica, variável em intensidade e irradiar
para o dorso ou retroesternal. Fatores que atenuam a dor incluem dieta, enquanto fatores agravantes
podem desencadear episódios de dor.
O diagnóstico é confirmado principalmente por meio da endoscopia digestiva alta, permitindo a
visualização direta da úlcera. Além disso, outros exames, como ultrassonografia e teste da urease,
podem ser realizados. A classificação de Sakita ajuda a estratificar o risco de sangramento das
úlceras.
O tratamento clínico envolve o uso de inibidores de bomba de prótons, como omeprazol, e a
erradicação do Helicobacter pylori com esquemas tríplices que incluem amoxicilina, claritromicina e
inibidores de bomba. Mudanças comportamentais e dietéticas também são importantes.
Indicações para cirurgia incluem úlcera perfurada, hemorragia sem controle endoscópico e obstrução.
As complicações da úlcera péptica, como hemorragia, podem levar a hematêmese, melena e anemia.
A classificação de Forrest auxilia na decisão terapêutica, sendo que a terapia endoscópica, como
esclerose e clipagem, é uma opção.
Em casos de úlcera perfurada, pode ocorrer pneumoperitônio, e o tratamento cirúrgico envolve a rafia
da úlcera e omentoplastia. Já a obstrução pilórica requer sondagem naso gástrica, vagotomia e
possivelmente gastroenteroanastomose.
As cirurgias para úlceras pépticas incluem gastrectomia parcial e reconstruções de Billroth I e II. Elas
visam resolver complicações e restaurar a função gástrica.
Este resumo aborda os principais aspectos relacionados à cirurgia das úlceras pépticas gástricas e
duodenais, incluindo sua fisiopatologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento clínico e indicações
cirúrgicas, bem como as complicações associadas.

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