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CV-522 - Técnica dos Transportes Aula 3 – TÉCNICA DO MODO AEROVIÁRIO (cont.)Aula 3 – TÉCNICA DO MODO AEROVIÁRIO (cont.) 4. Mecânica da Locomoção das Aeronaves4. Mecânica da Locomoção das Aeronaves ● Um corpocorpo imersoimerso em um fluidofluido em escoamentoescoamento sofresofre a açãoação de forçasforças que atuamatuam perpendicularmenteperpendicularmente à suasua superfíciesuperfície ((forças de pressãoforças de pressão)), ● Bem como de forçasforças que atuamatuam tangencialmentetangencialmente ((forças de atritoforças de atrito)). ● A forcaforca resultanteresultante dependedepende: ◦ Das característicascaracterísticas do escoamentoescoamento, ◦ da formaforma do corpocorpo e ◦ de sua posiçãoposição em relaçãorelação ao escoamentoescoamento. ● Esta forçaforça resultanteresultante éé normalmente divididadividida em duasduas componentescomponentes: ◦ ForçaForça de SUSTENTAÇÃO (L)SUSTENTAÇÃO (L) - ÉÉ uma forçaforça que atuaatua em uma direçãodireção ortogonalortogonal à direçãodireção da velocidadevelocidade dede deslocamentodeslocamento; ◦ ForçaForça de ARRASTO (D)ARRASTO (D) - ÉÉ uma forçaforça que atuaatua em uma direçãodireção paralelaparalela à direçãodireção da velocidadevelocidade dede deslocamentodeslocamento. ● A Figura 1 nos permitepermite visualizarvisualizar este esquemaesquema dede forçasforças. 11 CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 1 - Esquema de Forças 3.1. Aerofólios3.1. Aerofólios ● CorposCorpos que possuempossuem uma forma geométrica característicaforma geométrica característica, possuindopossuindo um perfilperfil de seçãoseção transversaltransversal → relaçãorelação entre a forçaforça de sustentaçãosustentação e a forçaforça de arrastoarrasto ((L/DL/D)) sejaseja altaalta. ● A Figura 2 nos permitepermite visualizarvisualizar os elementoselementos de um aerofólioaerofólio e de seu perfilperfil, que sãosão de importânciaimportância fundamentalfundamental para a compreensãocompreensão do fenômenofenômeno do voovoo. 22 CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 2 - Aerofólio 33 CV-522 - Técnica dos Transportes ● Em relaçãorelação ao aerofólioaerofólio podemospodemos definirdefinir algumas grandezasgrandezas associadasassociadas à sua formaforma e à dinâmicadinâmica do voovoo. ● São as seguintes: ◦ velocidadevelocidade aerodinâmicaaerodinâmica - ÉÉ a velocidadevelocidade de escoamentoescoamento dodo arar em relaçãorelação ao aerofólioaerofólio. ◦ cordacorda - ÉÉ a linhalinha de referênciareferência do perfilperfil. ÉÉ a medidamedida da larguralargura do aerofólioaerofólio. ◦ ânguloângulo dede ataque (ataque (αα)) -- É É o ânguloângulo entre a cordacorda e a direçãodireção da velocidadevelocidade aerodinâmicaaerodinâmica. 3.2. Quantificação das Forças que Atuam em um Aerofólio3.2. Quantificação das Forças que Atuam em um Aerofólio ● As forçasforças de sustentaçãosustentação ((LL)) e arrastoarrasto ((DD)) podempodem serser expressasexpressas em funçãofunção: ◦ Superfície alarSuperfície alar, ◦ da massamassa específicaespecífica do arar, ◦ da velocidadevelocidade aerodinâmicaaerodinâmica e ◦ de coeficientescoeficientes adimensionaisadimensionais característicoscaracterísticos do perfilperfil adotadoadotado. ● Assim, temos que: 44 CV-522 - Técnica dos Transportes L= 1 2 ×CL×ρ×S×V 2 D= 1 2 ×CD×ρ×S×V 2 onde: ρρ = massamassa específicaespecífica do arar (UTM/m3)(Kg/m3); VV = velocidadevelocidade aerodinâmicaaerodinâmica (m/s2); SS = superfíciesuperfície alaralar (m2); LL = forçaforça de sustentaçãosustentação (Kgf)(N); e DD = forçaforça de arrastoarrasto (Kgf)(N) ● CCLL e CCDD são coeficientescoeficientes adimensionaisadimensionais que variamvariam com o ânguloângulo dede ataqueataque e com valoresvalores característicoscaracterísticos para cada tipotipo de perfilperfil. ● Os tipostipos de perfilperfil foramforam padronizadospadronizados. ● BaseadosBaseados em resultadosresultados obtidosobtidos em laboratóriolaboratório, foramforam desenvolvidosdesenvolvidos diagramasdiagramas que relacionamrelacionam os valores de CCLL e CCDD e da relaçãorelação (L/D)(L/D), em funçãofunção do ânguloângulo dede ataqueataque ((αα)). ● Estes diagramasdiagramas sãosão da formaforma idênticaidêntica ao apresentadoapresentado na Figura 3. 55 CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 3 - Diagrama Característico de um Aerofólio 66 CV-522 - Técnica dos Transportes ● Após a quantificaçãoquantificação das forçasforças que atuamatuam em uma aeronaveaeronave, éé interessanteinteressante sabermossabermos como estas se distribuemdistribuem em uma aeronaveaeronave típicatípica. ● ÉÉ o que faremosfaremos a seguirseguir através da Figura 4. Figura 4 - Esquema de Forças onde: LL = sustentaçãosustentação, WW = pesopeso, TT = traçãotração, e DDtt = arrastoarrasto totaltotal. 77 CV-522 - Técnica dos Transportes Onde DDpp éé o arrastoarrasto parasitaparasita (devido à fuselagemfuselagem, empenagemempenagem e tremtrem dede pousopouso), dado por: Dp= 1 2 ×CDW ×ρ×AW×V 2 onde AAww = área molhadaárea molhada, e CCDWDW = coeficientecoeficiente dede atritoatrito parasitaparasita. ● Para esta situaçãosituação dede equilíbrioequilíbrio de forçasforças e para a condiçãocondição de voovoo retilíneoretilíneo em nívelnível, temos que os valoresvalores de WW, LL, SS e ρρ sãosão constantesconstantes e os valoresvalores de CCLL e VV sãosão variáveisvariáveis. ● NestasNestas condiçõescondições, para cada velocidadevelocidade háhá um valorvalor de CCLL e, portanto um valorvalor de αα compatívelcompatível. ● O esquemaesquema dede forçasforças apresentadoapresentado nesta figurafigura podepode serser simplificadosimplificado para o esquemaesquema mostradomostrado na Figura 5. ● SemSem que hajahaja alteraçõesalterações significativassignificativas no comportamentocomportamento dinâmicodinâmico da aeronaveaeronave durante o voovoo. 88 Dt=DDp CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 5 - Esquema Simplificado ● A atitudeatitude da aeronaveaeronave, isto é, o ânguloângulo que uma linhalinha dede referênciareferência da fuselagemfuselagem fazfaz com a horizontalhorizontal dependedepende do ângulo de ataque ângulo de ataque ((αα)). ● Este por sua vez éé funçãofunção das condiçõescondições dede voovoo (densidadedensidade dodo arar, pesopeso e velocidadevelocidade da aeronaveaeronave). 99 CV-522 - Técnica dos Transportes ● Portanto para as condiçõescondições de voovoo retilíneoretilíneo em nívelnível temostemos 22 condiçõescondições de voovoo, a saber: 1.1. Velocidade grandeVelocidade grande, ângulo de ataque pequenoângulo de ataque pequeno; 2.2. Velocidade baixaVelocidade baixa, ângulo de ataque grandeângulo de ataque grande. ● Estas 22 condiçõescondições podempodem serser melhor visualizadasvisualizadas na Figura 6. Figura 6 - Condições de Voo 3.4. Força de Tração e Potência necessária ao Vôo3.4. Força de Tração e Potência necessária ao Vôo ● SabemosSabemos da DinâmicaDinâmica que a potênciapotência éé igualigual ao produtoproduto da forçaforça pela velocidadevelocidade. ● Para as condiçõescondições dede voovoo retilíneoretilíneoem nívelnível e com velocidadevelocidade constanteconstante, a força de traçãoforça de tração deverá ser igual ao deverá ser igual ao arrasto total (Dtarrasto total (Dt)). ● A potênciapotência necessárianecessária podepode serser calculadacalculada através da seguinteseguinte expressãoexpressão: 1010 CV-522 - Técnica dos Transportes Pot=Dt×V onde: PotPot = potênciapotência (W); DDtt = arrastoarrasto totaltotal (N); e VV = velocidadevelocidade (m/s) ou Pot= Dt×V 76 onde: PotPot = potênciapotência (HP); DDtt = arrastoarrasto totaltotal (Kgf); e VV = velocidadevelocidade (m/s). 3.5. Dispositivos Hiper-sustentadores3.5. Dispositivos Hiper-sustentadores ● As asasasas de uma aeronaveaeronave modernamoderna de transportetransporte têmtêm a capacidadecapacidade de modificarmodificar seu perfilperfil e aumentaraumentar a áreaárea. ● DeslocandoDeslocando partespartes do bordobordo de fugafuga e ataqueataque, ● AlterandoAlterando as característicascaracterísticas de sustentaçãosustentação e arrastoarrasto para melhormelhor desempenhodesempenho nas operaçõesoperações de pousopouso e decolagemdecolagem. 1111 Object 10 Object 11 CV-522 - Técnica dos Transportes ● Os dispositivosdispositivos maismais utilizadosutilizados sãosão os flapsflaps, que modificammodificam as característicascaracterísticas do bordobordo dede fugafuga e os slatsslats nos bordosbordos dede ataqueataque. ● A Figura 7 nos mostramostra esquematicamenteesquematicamente estes 22 dispositivosdispositivos e seus efeitosefeitos na sustentaçãosustentação das aeronavesaeronaves. Figura 7 - Dispositivos Hiper-sustentadores 1212 CV-522 - Técnica dos Transportes 4. Componentes do Peso das Aeronaves4. Componentes do Peso das Aeronaves ● Para a operaçãooperação das aeronavesaeronaves e consequentementeconsequentemente para o projetoprojeto de infra-estruturasinfra-estruturas aeroportuáriasaeroportuárias, ● ÉÉ importanteimportante a compreensãocompreensão dos componentescomponentes básicosbásicos que formamformam o pesopeso de uma aeronaveaeronave durante as operaçõesoperações de pousopouso e decolagemdecolagem. ● O pesopeso da aeronaveaeronave éé fundamentalfundamental para a determinaçãodeterminação do comprimentocomprimento dede pistapista necessárionecessário. ● Estes componentescomponentes serãoserão apresentadosapresentados a seguirseguir. 4.1. Componentes do Peso Bruto4.1. Componentes do Peso Bruto Peso Básico Operacional (PBO)Peso Básico Operacional (PBO) ● Também chamadochamado de PesoPeso VazioVazio OperacionalOperacional. ● ÉÉ o pesopeso da aeronaveaeronave prontapronta para operaroperar, ● menosmenos a cargacarga pagapaga e o combustívelcombustível utilizávelutilizável. ● IncluiInclui assentosassentos, equipamentosequipamentos diversosdiversos e tripulaçãotripulação. ● Para as aeronavesaeronaves dede passageirospassageiros nãonão possuipossui um valorvalor constanteconstante ● variandovariando com a configuraçãoconfiguração dosdos assentosassentos. 1313 CV-522 - Técnica dos Transportes Carga Paga (CP)Carga Paga (CP) ● ÉÉ toda cargacarga transportadatransportada que produzproduz receitareceita. ● IncluiInclui passageirospassageiros, bagagensbagagens, correioscorreios e cargacarga. Combustível Total (CT)Combustível Total (CT) ● CompreendeCompreende o combustívelcombustível dede blocobloco mais as reservasreservas. ● O combustívelcombustível dede blocobloco éé o combustívelcombustível queimadoqueimado desde que a aeronaveaeronave deixadeixa a ramparampa do aeroportoaeroporto de origemorigem até o pontoponto de paradaparada no aeroportoaeroporto de destinodestino. ● As reservasreservas equivalemequivalem a 10%10% do combustívelcombustível a serser consumidoconsumido na viagemviagem e servemservem para: ● CobrirCobrir eventuais diferençasdiferenças de consumoconsumo; ● combustívelcombustível para chegarchegar até o aeroportoaeroporto alternativaalternativa e ● o combustívelcombustível dede esperaespera (33 minutosminutos de voovoo sobre o aeroportoaeroporto a 450450 metrosmetros de altitudealtitude, ou outro regulamentoregulamento aplicávelaplicável). 1414 CV-522 - Técnica dos Transportes 5.2. Pesos Limitantes Estruturais5.2. Pesos Limitantes Estruturais Peso Máximo Zero Combustível (PMZC)Peso Máximo Zero Combustível (PMZC) ● ÉÉ o pesopeso máximomáximo que podepode terter uma aeronaveaeronave carregadacarregada, porém semsem combustívelcombustível. ● AcimaAcima deste limitelimite só se poderápoderá colocarcolocar combustívelcombustível nos tanquestanques localizadoslocalizados nas asasasas. ● Desde que os momentosmomentos fletoresfletores nas raízesraízes das asasasas mantenham-semantenham-se dentro de limiteslimites admissíveisadmissíveis. Carga Paga Máxima EstruturalCarga Paga Máxima Estrutural ● ÉÉ o máximomáximo pesopeso que podepode terter a cargacarga pagapaga, seja ela passageirospassageiros, cargacarga, correiocorreio ou combinaçãocombinação destes. ● TeoricamenteTeoricamente, o valorvalor da carga paga máxima estruturalcarga paga máxima estrutural seriaseria igualigual à diferençadiferença entre o Peso Máximo Zero CombustívelPeso Máximo Zero Combustível e o PesoPeso BásicoBásico OperacionalOperacional. ● Na realidaderealidade, a cargacarga pagapaga máximamáxima que se levaleva éé menormenor que o máximomáximo estruturalestrutural por razõesrazões de espaçoespaço. Peso Máximo Estrutural de DecolagemPeso Máximo Estrutural de Decolagem ● ÉÉ o pesopeso máximomáximo com o qual a aeronaveaeronave podepode decolardecolar, sem que hajahaja limiteslimites operacionaisoperacionais. 1515 CV-522 - Técnica dos Transportes Peso Máximo Estrutural de PousoPeso Máximo Estrutural de Pouso ● ÉÉ o pesopeso máximomáximo com o qual a aeronaveaeronave podepode pousarpousar, sem que hajahaja limiteslimites operacionaisoperacionais. ● NormalmenteNormalmente, o tremtrem dede pousopouso das aeronavesaeronaves éé dimensionadodimensionado para um pesopeso menormenor que o peso máximo de decolagempeso máximo de decolagem. ● Uma vez que a aeronaveaeronave ao chegarchegar ao aeroportoaeroporto dede destinodestino estaráestará aliviadaaliviada do combustívelcombustível queimadoqueimado durante a viagemviagem. Peso Máximo Estrutural de RampaPeso Máximo Estrutural de Rampa ● ÉÉ o pesopeso máximomáximo com o qual a aeronaveaeronave poderápoderá iniciariniciar o taxiamentotaxiamento. ● ÉÉ sempre ligeiramenteligeiramente maiormaior que o máximomáximo estruturalestrutural dede decolagemdecolagem. ● A diferençadiferença correspondecorresponde ao combustível que éé queimadoqueimado até a aeronaveaeronave atingiratingir a cabeceiracabeceira dada pistapista. Capacidade Máxima dos TanquesCapacidade Máxima dos Tanques ● ÉÉ o máximomáximo volumevolume de combustívelcombustível que a aeronaveaeronave admiteadmite. ● O própriopróprio fabricantefabricante podepode ofereceroferecer a possibilidadepossibilidade de tanquestanques opcionaisopcionais seremserem instaladosinstalados. 1616 CV-522 - Técnica dos Transportes 5.3. Pesos Limitantes Operacionais5.3. Pesos Limitantes Operacionais Peso Máximo de decolagem (PMD)Peso Máximo de decolagem (PMD) ● ÉÉ um limitelimite operacionaloperacional impostoimposto pelas seguintes condiçõescondições: ● ComprimentoComprimento e declividadedeclividade da pistapista; ● TemperaturaTemperatura, pressãopressãoe condiçõescondições do ventovento na pistapista; e ● PneusPneus, condiçõescondições de subidasubida e de frenagemfrenagem. ● ÉÉ sempre menormenor ou igualigual ao Peso Máximo Estrutural de DecolagemPeso Máximo Estrutural de Decolagem. Peso Máximo de Pouso (PMP)Peso Máximo de Pouso (PMP) ● ÉÉ um limitelimite operacionaloperacional impostoimposto pelas seguintes condiçõescondições: ● ComprimentoComprimento e declividadedeclividade da pistapista; e ● CondiçõesCondições superficiaissuperficiais da mesma. ● ÉÉ sempre menormenor ou igualigual ao Peso Máximo Estrutural de PousoPeso Máximo Estrutural de Pouso. ● TodosTodos os pesospesos sãosão fixadosfixados pelos fabricantesfabricantes das aeronavesaeronaves dentro de determinadosdeterminados regulamentosregulamentos que fixamfixam padrõespadrões dede segurançasegurança impostosimpostos pelos órgãosórgãos regulamentadoresregulamentadores. ● Nos manuaismanuais das aeronavesaeronaves os pesospesos sãosão definidosdefinidos da seguinte forma, alguns vertidos para o português: 1717 CV-522 - Técnica dos Transportes 1.1. Maximum Ramp Weigth (MRW)Maximum Ramp Weigth (MRW) -- Peso Máximo de Rampa. 2.2. Maximum Landing Weight (MLW)Maximum Landing Weight (MLW) -- Peso Máximo de Pouso. 3.3. Maximum Take-Off Weight (MTOW)Maximum Take-Off Weight (MTOW) -- Peso Máximo de Decolagem. 4.4. Operational Empty Weight (OEW)Operational Empty Weight (OEW) -- Peso Básico Operacional. 5.5. Zero Fuel Weight (ZFW)Zero Fuel Weight (ZFW) -- Peso Máximo Zero Combustível. 6.6. Maximum Structural Payload (MSP)Maximum Structural Payload (MSP) -- Carga Paga Máxima Estrutural. 7.7. Capacidade máxima de assentosCapacidade máxima de assentos. Número máximo de passageiros especificados para a homologação da aeronave. 8.8. Volume máximo de Carga.Volume máximo de Carga. ÉÉ o volumevolume máximomáximo disponíveldisponível para cargacarga. 9.9. Capacidade de combustível utilizávelCapacidade de combustível utilizável. ÉÉ o volumevolume dede combustívelcombustível transportadotransportado para uma operaçãooperação particularparticular, menosmenos o combustívelcombustível drenáveldrenável, nãonão utilizávelutilizável depois do esgotamentoesgotamento dos tanquestanques. 1818 CV-522 - Técnica dos Transportes 4.4. Carga Paga e Etapa4.4. Carga Paga e Etapa ● A distânciadistância que uma aeronaveaeronave podepode voarvoar éé chamadachamada de etapaetapa. ● Entre os váriosvários fatoresfatores que influenciaminfluenciam o valorvalor que esta etapaetapa pode adquiriradquirir, um dos maismais importantesimportantes é a cargacarga pagapaga que a aeronaveaeronave podepode transportartransportar nesta etapaetapa. ● NormalmenteNormalmente, a medidamedida que a etapaetapa aumentaaumenta a cargacarga pagapaga diminuidiminui, ● HavendoHavendo uma trocatroca de combustívelcombustível que permitirápermitirá a aeronaveaeronave alcançaralcançar o seu destinodestino e a cargacarga que podepode serser transportadatransportada até este mesmomesmo destinodestino. ● A relaçãorelação entre o valorvalor da carga pagacarga paga e a etapaetapa que a aeronaveaeronave podepode cumprircumprir transportando-atransportando-a, é dadadada através de um diagramadiagrama conhecidoconhecido como curvacurva cargacarga pagapaga versusversus etapaetapa. ● A Figura 8 nos mostramostra a estruturaestrutura básicabásica deste diagramadiagrama. ● O pontoponto AA representarepresenta a máximamáxima distânciadistância que uma aeronaveaeronave consegueconsegue voarvoar transportandotransportando sua cargacarga pagapaga máximamáxima estruturalestrutural. ● Para voarvoar a uma distânciadistância RRaa e transportartransportar uma cargacarga pagapaga PPaa, a aeronaveaeronave deverádeverá decolardecolar com seu pesopeso máximomáximo estruturalestrutural dede decolagemdecolagem. 1919 CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 8 - Curva Carga Paga x Etapa 2020 CV-522 - Técnica dos Transportes ● Entretanto, seus tanquestanques dede combustívelcombustível nãonão estãoestão completamentecompletamente cheioscheios. ● O pontoponto BB representarepresenta a distânciadistância maismais longalonga (RRbb) que uma aeronaveaeronave podepode voarvoar com seus tanquestanques completamentecompletamente cheioscheios no inícioinício da viagemviagem. ● Para esta etapaetapa a correspondentecorrespondente cargacarga pagapaga que podepode serser transportadatransportada é PPbb. ● Para atingiratingir a distânciadistância RRbb a aeronaveaeronave deverádeverá decolardecolar com seu pesopeso máximomáximo estruturalestrutural dede decolagemdecolagem. ● Assim sendo, para aumentaraumentar sua etapaetapa de RRaa a RRbb, a cargacarga pagapaga devedeve serser reduzidareduzida em favor do aumentoaumento da capacidadecapacidade dede combustívelcombustível. ● O pontoponto CC representarepresenta a máximamáxima distânciadistância que a aeronaveaeronave podepode voarvoar sem levarlevar cargacarga pagapaga e algumas vezes éé utilizadautilizada quando da entregaentrega da aeronaveaeronave ao operadoroperador. ● Para viajarviajar a esta distânciadistância (RRcc) a máximamáxima quantidadequantidade dede combustívelcombustível éé necessárianecessária, mas desde que nãonão hajahaja nenhumanenhuma cargacarga pagapaga, e o pesopeso de decolagemdecolagem seráserá menormenor que o pesopeso máximomáximo dede decolagemdecolagem. ● Em algunsalguns casoscasos o pesopeso máximomáximo dede pousopouso podepode ditarditar a etapaetapa que a aeronaveaeronave podepode alcançaralcançar com sua cargacarga pagapaga máximamáxima estruturalestrutural. ● Neste caso, a linhalinha DEDE representarepresenta a trocatroca entre cargacarga pagapaga e combustívelcombustível, o que ocorreocorre quando a cargacarga pagapaga éé limitadalimitada pelo pesopeso máximomáximo estruturalestrutural dede pousopouso. 2121 CV-522 - Técnica dos Transportes ● A formaforma da curva carga paga versus etapacurva carga paga versus etapa a serser adotadaadotada é a representadarepresentada pela linhalinha DEBCDEBC em vez da linhalinha ABCABC. ● A curvacurva cargacarga pagapaga versusversus etapaetapa dependedepende de vários fatoresfatores, como: ● As condiçõescondições meteorológicasmeteorológicas durante o voo, ● da altitudealtitude, da velocidadevelocidade, ● do combustívelcombustível, do ventovento e ● da quantidadequantidade de combustívelcombustível dede reservareserva. ● Estas curvascurvas sãosão fornecidasfornecidas em funçãofunção do diadia padrãopadrão e semsem ventosventos, o que permitepermite comparaçõescomparações aproximadasaproximadas de desempenhodesempenho de aeronavesaeronaves diferentesdiferentes. ● A cargacarga pagapaga a ser transportadatransportada, particularmente, nas aeronavesaeronaves dede passageirospassageiros, ● ÉÉ normalmentenormalmente menormenor que a cargacarga pagapaga máximamáxima estruturalestrutural, mesmo quando a aeronaveaeronave estáestá completamentecompletamente lotadalotada. ● Isto se devedeve a limitaçõeslimitações no usouso dodo espaçoespaço quando se transportamtransportam passageirospassageiros. ● No cálculo da cargacarga pagapaga, os passageirospassageiros e suas bagagensbagagens sãosão normalmentenormalmente consideradosconsiderados como pesospesos unitáriosunitários iguaisiguais a 91 Kg (200 lb)91 Kg (200 lb). ● A Figura 9 nos mostramostra uma curvacurva cargacarga pagapaga versusversus etapaetapa de uma aeronaveaeronave dede passageirospassageiros utilizada em voosvoos internacionalinternacional (Boeing 747- 400). 2222CV-522 - Técnica dos Transportes Figura 9 – Curva Carga Paga versus Etapa (Boeing 747-400). 2323
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