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522 - Aula 5 - Navegação Fluvial - tr

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CV-522 - Técnica dos Transportes 1
NAVEGAÇÃO FLUVIALNAVEGAÇÃO FLUVIAL 
1. A Navegação Fluvial no Brasil1. A Navegação Fluvial no Brasil
● O BrasilBrasil possuipossui uma extensaextensa rederede hidroviáriahidroviária → regiãoregião amazônicaamazônica. 
● 40.000 km40.000 km de rederede hidroviáriahidroviária potencialmentepotencialmente navegávelnavegável → poucopouco
exploradasexploradas suas potencialidadespotencialidades.
● Bacia AmazônicaBacia Amazônica - HidroviasHidrovias do MadeiraMadeira, SolimõesSolimões, TapajósTapajós e TelesTeles PiresPires → 
◦ MovimentaçãoMovimentação de petróleopetróleo e derivadosderivados; passageirospassageiros; transportetransporte de granéisgranéis
sólidossólidos (grãosgrãos e minériosminérios); e cargacarga geralgeral. 
● Bacia do NordesteBacia do Nordeste - HidroviasHidrovias do ParnaíbaParnaíba, ItapecuruItapecuru, MearimMearim e PindaréPindaré. 
◦ De pequenopequeno porteporte, mas com potencialpotencial para movimentaçãomovimentação de volumevolume
considerávelconsiderável de mercadoriasmercadorias destinadasdestinadas à economiaeconomia de subsistênciasubsistência.
● Bacia do Tocantins e AraguaiaBacia do Tocantins e Araguaia - a movimentaçãomovimentação de cargascargas nas HidroviasHidrovias do
TocantinsTocantins e AraguaiaAraguaia éé aindaainda incipienteincipiente uma vez que as condiçõescondições de
navegabilidadenavegabilidade se estendemestendem apenasapenas por um períodoperíodo do anoano, 
◦ e as obrasobras necessáriasnecessárias para viabilizarviabilizar a implantaçãoimplantação definitivadefinitiva da hidroviahidrovia
estãoestão hoje na dependênciadependência do licenciamentolicenciamento ambientalambiental.
● Bacia do São FranciscoBacia do São Francisco - através da HidroviaHidrovia do SãoSão FranciscoFrancisco se
transportamtransportam cargascargas de sojasoja em grãosgrãos, milhomilho, gipsitagipsita, farelofarelo de sojasoja, algodãoalgodão,
polpapolpa de tomatetomate e manganêsmanganês destinadosdestinados principalmenteprincipalmente à regiãoregião NordesteNordeste.
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BaciaBacia EstadosEstados
Extensão aproximada (km)Extensão aproximada (km)
RiosRios
NavegáveisNavegáveis PotenciaisPotenciais TotalTotal
AmazônicaAmazônica
AM, PA, AC, RO, RR eAM, PA, AC, RO, RR e
APAP
18.30018.300 723723 19.02319.023
Amazonas, Solimões,Amazonas, Solimões,
Negro, Madeira, Purus,Negro, Madeira, Purus,
Juruá, Tapajós,Juruá, Tapajós,
Mamoré, Guaporé,Mamoré, Guaporé,
Branco, JuruenaBranco, Juruena
NordesteNordeste MA e PIMA e PI 1.7401.740 2.7952.795 4.7154.715
Mearim, Pindaré,Mearim, Pindaré,
Itapecuru, Parnaíba eItapecuru, Parnaíba e
BalsasBalsas
Tocantins/Tocantins/
AraguaiaAraguaia
TO, MA e GOTO, MA e GO
2.2002.200 1.3001.300 3.5003.500
Tocantins, Araguaia eTocantins, Araguaia e
MortesMortes
São FranciscoSão Francisco MG, BA, PE e SEMG, BA, PE e SE 1.4001.400 2.7002.700 4.1004.100
São Francisco, GrandeSão Francisco, Grande
e Correntee Corrente
LesteLeste ES, MG e RJES, MG e RJ -- 1.0941.094 1.0941.094
Doce, Paraíba do Sul eDoce, Paraíba do Sul e
JequitinhonhaJequitinhonha
Tietê/Tietê/
ParanáParaná
SP, PR e SCSP, PR e SC 1.9001.900 2.9002.900 4.8004.800
Paraná, Tietê, Ivaí,Paraná, Tietê, Ivaí,
Paranaíba, Grande eParanaíba, Grande e
IvinhemaIvinhema
ParaguaiParaguai MT, MS e PRMT, MS e PR 1.2801.280 1.8151.815 3.0953.095
Paraguai, Cuiabá,Paraguai, Cuiabá,
Miranda, TaquariMiranda, Taquari
São Lourenço e IaurúSão Lourenço e Iaurú
SulSul RSRS 600600 700700 1.3001.300
Jacuí, Taquarí, LagoaJacuí, Taquarí, Lagoa
dos Patos e Lagoados Patos e Lagoa
MirimMirim
UruguaiUruguai RS e SCRS e SC -- 1.2001.200 1.2001.200 Uruguai e IbicuíUruguai e Ibicuí
TOTALTOTAL 27.42027.420 15.40715.407 42.82742.827
 Fonte: Ministério dos Transportes 
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● Bacia do ParanáBacia do Paraná - as principaisprincipais cargascargas transportadastransportadas na HidroviaHidrovia TietêTietê -
ParanáParaná sãosão: 
◦ granelgranel sólidosólido (70%70%,, sojasoja e outros); cargacarga geralgeral (20%20%, canacana e outros); e
granelgranel líquidolíquido (10%10%, principalmente álcoolálcool). 
● Bacia do ParaguaiBacia do Paraguai - cargascargas de sojasoja granuladagranulada, resesreses, cimentocimento, minériominério de
ferroferro granuladogranulado, minériominério de manganêsmanganês, fumofumo e farelofarelo de sojasoja, sãosão cargascargas
transportadastransportadas pela HidroviaHidrovia do ParaguaiParaguai, 
◦ que temtem um programaprograma de dragagensdragagens periódicoperiódico para que ofereçaofereça
navegabilidadenavegabilidade e segurançasegurança. 
● As hidroviashidrovias no BrasilBrasil sãosão geridasgeridas Agência Nacional de TransportesAgência Nacional de Transportes
AquaviáriosAquaviários (ANTAQ)(ANTAQ) , vinculada ao , vinculada ao Ministério da InfraestruturaMinistério da Infraestrutura. 
● Apesar de possuirpossuir esta extensaextensa rederede, 
◦ a participaçãoparticipação do modomodo hidroviáriohidroviário na matrizmatriz de transportestransportes do BrasilBrasil
ainda éé pequenapequena, na ordemordem de 13,6%13,6%, 
◦ mas o transportetransporte fluvialfluvial representarepresenta apenas 2%2%. 
● Uma maiormaior participaçãoparticipação da modalidademodalidade, que possuipossui custoscustos operacionaisoperacionais
de transportetransporte maismais baixosbaixos em relaçãorelação aos seus modaismodais competidorescompetidores
(rodorodo-ferroviárioferroviário) → maiormaior competitividadecompetitividade aos nossosnossos produtosprodutos. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Minist%C3%A9rio_dos_Transportes,_Portos_e_Avia%C3%A7%C3%A3o_Civil
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● AnáliseAnálise comparativacomparativa dos custoscustos de transportetransporte de sojasoja entre o BrasilBrasil e os
EstadosEstados UnidosUnidos. 
◦ Nos EstadosEstados UnidosUnidos 61%61% da sojasoja sãosão transportadastransportadas através de hidroviashidrovias e
◦ no BrasilBrasil somente 6%6%.
US$ / BushelUS$ / Bushel BrasilBrasil Estados UnidosEstados Unidos
Custo de produçãoCusto de produção 3,893,89 5,115,11
Transporte até o PortoTransporte até o Porto 1,341,34 0,430,43
Frete para RotterdamFrete para Rotterdam 0,570,57 0,380,38
Custo Final em RotterdamCusto Final em Rotterdam 5,805,80 5,925,92
Fonte: Economic research Services –USDA – 2004
2. A Navegabilidade dos Rios 2. A Navegabilidade dos Rios 
2.1. Classificação dos Rios2.1. Classificação dos Rios 
● Rios de Alto CursoRios de Alto Curso - SãoSão riosrios que percorrempercorrem regiõesregiões altasaltas e/ou
acidentadasacidentadas. 
◦ Nestes riosrios sãosão comunscomuns a ocorrênciaocorrência de quedasquedas rápidasrápidas e corredeirascorredeiras; 
◦ O gradientegradiente de nívelnível éé geralmente geralmente elevadoelevado e, consequentemente, 
▪ éé grandegrande a velocidadevelocidade de escoamentoescoamento. 
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◦ As margensmargens altasaltas predominampredominam e os riosrios raramenteraramente sãosão largoslargos e
profundosprofundos. 
◦ As condiçõescondições de navegabilidadenavegabilidade sãosão precáriasprecárias para embarcaçõesembarcações de
porteporte. 
● Rios de Médio Curso (rios de planalto)Rios de Médio Curso (rios de planalto) - Estes riosrios tambémtambém apresentamapresentam
obstáculosobstáculos para a navegaçãonavegação:
◦ Como rápidosrápidos, corredeirascorredeiras etrechostrechos com pedraspedras e/ou poucapouca
profundidadeprofundidade; 
◦ mas os obstáculosobstáculos nãonão sãosão muitomuito frequentesfrequentes e, 
◦ entre eles, a navegaçãonavegação éé possívelpossível, se bem que nemnem sempresempre fácilfácil, para
embarcaçõesembarcações maioresmaiores. 
◦ Assim, os riosrios de planaltoplanalto apresentamapresentam, normalmentenormalmente, uma sucessãosucessão de
estirõesestirões maismais ou menosmenos extensosextensos, 
▪ com poucapouca declividadedeclividade e boasboas condiçõescondições naturaisnaturais de navegaçãonavegação, 
▪ interrompidosinterrompidos por desníveisdesníveis que formamformam rápidosrápidos, corredeirascorredeiras ou
quedasquedas, por vezes de elevadaelevada alturaaltura, 
▪ que tornamtornam difícildifícil, se nãonão impossívelimpossível, a transposiçãotransposição por
embarcaçõesembarcações. 
◦ No BrasilBrasil, sãosão riosrios de planaltoplanalto:
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▪ o ParanáParaná e seus afluentesafluentes; 
▪ o SãoSão FranciscoFrancisco; 
▪ o TocantinsTocantins, a montantemontante de TucuruíTucuruí; 
▪ o NegroNegro, acimaacima de Santa Isabel do Rio NegroSanta Isabel do Rio Negro; e 
▪ o BrancoBranco, acimaacima de CaracaraíCaracaraí. 
● Rios de Baixo Curso ou de PlanícieRios de Baixo Curso ou de Planície - SãoSão os maismais favoráveisfavoráveis à
navegaçãonavegação, 
◦ caracterizadoscaracterizados por uma declividadedeclividade suavesuave e regularregular. 
● Os riosrios de planícieplanície sãosão largoslargos e apresentamapresentam pequenopequeno gradientegradiente de nívelnível. 
◦ A navegaçãonavegação éé relativamenterelativamente fácilfácil → possampossam existirexistir obstáculosobstáculos, como
os bancosbancos dede areiaareia que 
▪ costumamcostumam formar-seformar-se nas bocasbocas dos tributáriostributários e nas partespartes convexasconvexas
das curvascurvas. 
◦ ÉÉ comumcomum haverhaver bifurcaçõesbifurcações, que formamformam ilhasilhas fluviaisfluviais e criamcriam
alternativasalternativas para a navegaçãonavegação. 
◦ As margensmargens baixasbaixas, facilmentefacilmente alagáveisalagáveis sãosão a regraregra geralgeral. 
◦ Os baixosbaixos cursoscursos abrangemabrangem os deltasdeltas e os estuáriosestuários. 
◦ A maiormaior parteparte dos riosrios da AmazôniaAmazônia → riosrios de baixobaixo cursocurso (riosrios dede
planícieplanície). 
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◦ O riorio ParaguaiParaguai tambémtambém se enquadraenquadra nesta classificaçãoclassificação. 
● As condiçõescondições de navegabilidadenavegabilidade dos riosrios de médiomédio cursocurso e, principalmenteprincipalmente,
dos riosrios de baixobaixo cursocurso (riosrios de planícieplanície) → dependemdependem do tipotipo de fundofundo do
seu leitoleito. 
● RiosRios de leitoleito pedregosopedregoso normalmentenormalmente têmtêm um canalcanal estreitoestreito, embora
estávelestável. 
● Por outro lado, riosrios de fundofundo de lamalama, barrobarro ou argilaargila sãosão, em geralgeral, de
formaçãoformação maismais recenterecente, 
◦ sendosendo caracterizadoscaracterizados por instabilidadeinstabilidade do leitoleito e por apresentaremapresentarem um
canalcanal sinuososinuoso, apesar de razoavelmenterazoavelmente profundoprofundo. 
● RiosRios de fundofundo de areiaareia apresentamapresentam, quasequase sempresempre, um canalcanal altamentealtamente
variávelvariável entre o invernoinverno (estaçãoestação chuvosachuvosa) e o verãoverão (estioestio); 
◦ à medidamedida que as águaságuas baixambaixam, com o consequenteconsequente aumentoaumento da correntecorrente,
◦ o riorio vaivai cavandocavando no leitoleito arenosoarenoso um canalcanal, conhecidoconhecido na AmazôniaAmazônia como
canalcanal de verãoverão. 
◦ No começocomeço do invernoinverno, este canalcanal continuacontinua sendosendo o canalcanal principalprincipal, pois
seráserá o de maiormaior profundidadeprofundidade do leitoleito. 
◦ ConformeConforme a cheiacheia avançaavança, o riorio tendetende a nivelarnivelar-sese, ficandoficando profundoprofundo
quase que de margemmargem a margemmargem, 
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▪ até que um novonovo ciclociclo recomecerecomece e surjasurja um outrooutro canalcanal, de
configuraçãoconfiguração diferentediferente do anterioranterior. 
● A morfologiamorfologia fluvialfluvial também distinguedistingue os chamadoschamados riosrios costeiroscosteiros.
● No BrasilBrasil, descemdescem diretamentediretamente do planaltoplanalto centralcentral brasileirobrasileiro para o OceanoOceano
AtlânticoAtlântico e 
◦ estãoestão distribuídosdistribuídos ao longolongo da costacosta orientaloriental do paíspaís, desde o NordesteNordeste
até o Rio Grande do SulRio Grande do Sul. 
● A principalprincipal característicacaracterística desses riosrios éé possuírempossuírem bacias vertentes bacias vertentes
reduzidasreduzidas e 
◦ leitosleitos escavadosescavados em terrenosterrenos geralmente cristalinosgeralmente cristalinos. 
◦ Os seus perfisperfis longitudinaislongitudinais nãonão sãosão regularesregulares e apresentamapresentam uma
sucessãosucessão de estirõesestirões e travessõestravessões. 
◦ Portanto, nãonão ofereceoferece em sua maioriamaioria, qualquerqualquer condiçãocondição naturalnatural que
favoreçafavoreça a navegaçãonavegação. 
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2.2. Classificação das Vias Navegáveis2.2. Classificação das Vias Navegáveis 
● RiosRios de correntecorrente livrelivre; 
● RiosRios canalizadoscanalizados; e
● CanaisCanais. 
2.2.1. Rios de Corrente Livre2.2.1. Rios de Corrente Livre 
● Os riosrios de correntecorrente livrelivre sãosão naturalmentenaturalmente navegáveisnavegáveis. 
● CondiçõesCondições de navegabilidadenavegabilidade sensivelmentesensivelmente melhoradasmelhoradas, 
◦ por meiomeio de 3 principais processos3 principais processos, que podempodem serser usadosusados isoladaisolada ou
conjuntamenteconjuntamente. 
● SãoSão os seguintesseguintes: 
◦ Regularização do leitoRegularização do leito; 
◦ Regularização da descargaRegularização da descarga; e 
◦ DragagemDragagem. 
● A regularização do leitoregularização do leito consisteconsiste em modificarmodificar, obedecendoobedecendo a
determinadasdeterminadas regrasregras, as formasformas naturaisnaturais do riorio, 
◦ atuandoatuando principalmenteprincipalmente sobre o traçadotraçado em plantaplanta, 
◦ obtendo-seobtendo-se uma melhoriamelhoria nas característicascaracterísticas da hidroviahidrovia, 
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▪ inclusiveinclusive sobre a profundidadeprofundidade mínimamínima. 
● MuitoMuito utilizadoutilizado nos séculosséculos passadospassados..
● DevidoDevido ao custocusto e aos resultadosresultados limitadoslimitados que, 
◦ em geralgeral, proporcionaproporciona (principalmenteprincipalmente se a vazãovazão éé pequenapequena), que
associadoassociado à necessidadenecessidade de barrarbarrar os riosrios para outrosoutros finsfins, 
◦ sósó éé empregadoempregado para resolverresolver certascertas passagenspassagens difíceisdifíceis ou defeituosasdefeituosas. 
● A regularização da descargaregularização da descarga consisteconsiste na implantaçãoimplantação de reservatóriosreservatórios a
montantemontante do trechotrecho navegávelnavegável ou nos seus afluentesafluentes. 
◦ VantagemVantagem adicionaladicional a possibilidadepossibilidade de geraçãogeração de energiaenergia elétricaelétrica.◦ No BrasilBrasil, a barragembarragem de TrêsTrês MariasMarias temtem efeitoefeito regularizadorregularizador sobre o
MédioMédio SãoSão FranciscoFrancisco. 
◦ As barragensbarragens dos riosrios GrandeGrande, ParanaíbaParanaíba, ParanáParaná e TietêTietê atuamatuam sobre a
hidrovia Tietê–Paranáhidrovia Tietê–Paraná e 
▪ a barragembarragem de BoaBoa EsperançaEsperança atuaatua sobre 600 km600 km do riorio ParnaíbaParnaíba. 
● O processoprocesso de dragagemdragagem consisteconsiste em aprofundaraprofundar periodicamenteperiodicamente os
pontospontos altosaltos do canalcanal navegávelnavegável. 
◦ Quando observamosobservamos o perfilperfil batimétricobatimétrico do canalcanal navegávelnavegável em um riorio
de fundofundo móvelmóvel, 
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◦ notamosnotamos uma sucessãosucessão de longoslongos trechostrechos com boasboas profundidadesprofundidades, 
▪ separadosseparados por curtoscurtos trechostrechos de baixabaixa profundidadeprofundidade (“passos”“passos”), 
◦ que dificultamdificultam a navegaçãonavegação e limitamlimitam os caladoscalados das embarcaçõesembarcações. 
● ExistemExistem processosprocessos para aprofundamentoaprofundamento dos baixiosbaixios que dispensamdispensam
dragagensdragagens. 
● ColocaçãoColocação de dispositivosdispositivos fixosfixos ou flutuantesflutuantes, no fundofundo, a montantemontante do
baixiobaixio a desbastardesbastar, em uma posiçãoposição estudadaestudada, 
◦ de modomodo a reproduzirreproduzir artificialmenteartificialmente o movimentomovimento helicoidalhelicoidal das águaságuas,
que se verificaverifica naturalmentenaturalmente nas curvascurvas dos riosrios. 
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● Das váriasvárias característicascaracterísticas para que um riorio sejaseja naturalmentenaturalmente navegávelnavegável,
vamosvamos nos aterater ás 22 principaisprincipais: 
◦ VazãoVazão mínimamínima; e 
◦ DeclividadeDeclividade. 
● NãoNão se podepode determinardeterminar, de um modomodo geralgeral, a vazãovazão mínimamínima abaixoabaixo da qual
nãonão sejaseja possívelpossível a navegabilidadenavegabilidade nos riosrios de correntecorrente livrelivre. 
● Cada riorio exigiriaexigiria um estudoestudo especialespecial → númeronúmero médiomédio → 50 m³/s50 m³/s e, 
◦ assim mesmo, proporcionandoproporcionando condiçõescondições precáriasprecárias. 
● Nesses casos, desdedesde que se estudemestudem e se construamconstruam embarcaçõesembarcações
apropriadasapropriadas, e 
◦ se dêdê organizaçãoorganização adequadaadequada ao tráfegotráfego, 
◦ as hidroviashidrovias poderãopoderão prestarprestar excelentesexcelentes benefíciosbenefícios às regiõesregiões servidasservidas. 
● Em relaçãorelação à declividadedeclividade, háhá que serser baixabaixa, para que o riorio sejaseja
naturalmentenaturalmente navegávelnavegável. 
● NãoNão éé possível possível fixarfixar um númeronúmero absolutoabsoluto que delimitedelimite o riorio navegávelnavegável do
nãonão navegávelnavegável → até 2525 cm/kmcm/km, 
◦ satisfazendosatisfazendo outras condiçõescondições, o riorio éé navegávelnavegável. 
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● Para valoresvalores maioresmaiores, começamcomeçam a aumentaraumentar as dificuldadesdificuldades e os perigosperigos
à navegaçãonavegação, 
◦ pois a velocidadevelocidade das águaságuas crescecresce e as obrasobras corretivascorretivas se avolumamavolumam. 
● AmazonasAmazonas → 22 a 33 cm/kmcm/km → rio ParaguaiParaguai, no trechotrecho brasileirobrasileiro, éé da mesmamesma
ordemordem; 
● SãoSão FranciscoFrancisco, entre PiraporaPirapora e JuazeiroJuazeiro, temtem ótimaótima declividadedeclividade para
navegaçãonavegação, cercacerca de 9 cm/km9 cm/km; 
● O rio JacuíJacuí, no Rio Grande do SulRio Grande do Sul, da fozfoz até CachoeiraCachoeira possuipossui uma
declividadedeclividade naturalnatural de 6 cm/km6 cm/km, 
◦ mas com algumasalgumas descontinuidadesdescontinuidades. 
2.2.2. Rios Canalizados2.2.2. Rios Canalizados
● Construindo-seConstruindo-se uma sériesérie de barragensbarragens com obrasobras dede transposiçãotransposição dede
desníveldesnível ao longolongo de um cursocurso d’águad’água, 
◦ teremosteremos um riorio canalizadocanalizado (Figura). 
● Se as barragensbarragens sãosão móveismóveis, o riorio voltavolta a serser de correntecorrente livrelivre durantedurante as
cheiascheias. 
● Com a canalizaçãocanalização, desaparecemdesaparecem as limitaçõeslimitações de vazãovazão mínimamínima e
declividadedeclividade. 
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● Pode-se Pode-se transformartransformar um riorio de pequenopequeno porteporte ou encachoeiradoencachoeirado em uma
excelenteexcelente hidroviahidrovia, 
◦ abrindoabrindo, assim, novasnovas áreasáreas à navegaçãonavegação. 
● Nos riosrios já naturalmentenaturalmente navegáveisnavegáveis, consegue-seconsegue-se um saltosalto nas condiçõescondições
de navegabilidadenavegabilidade. 
● A velocidadevelocidade das águaságuas ficafica reduzidareduzida a valoresvalores pequenospequenos nos sucessivossucessivos
lagoslagos que se formamformam, 
◦ interligadosinterligados por eclusaseclusas ou elevadoreselevadores. 
● No BrasilBrasil, , o melhormelhor exemploexemplo de riorio canalizadocanalizado é é a hidrovia Tietê–Paranáhidrovia Tietê–Paraná..
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2.2.3. Obras de Transposição de Desnível2.2.3. Obras de Transposição de Desnível
● Em um riorio canalizadocanalizado, háhá váriosvários processosprocessos de transposiçãotransposição dede desníveisdesníveis: 
◦ EclusasEclusas;
◦ ElevadoresElevadores de embarcaçõesde embarcações;
◦ Planos InclinadosPlanos Inclinados; e
◦◦ Rampas Hidráulicas.Rampas Hidráulicas.
2.2.3.1. 2.2.3.1. EclusasEclusas
● ÉÉ um dispositivodispositivo que permitepermite a transposiçãotransposição de embarcaçõesembarcações entre
desníveisdesníveis em uma hidroviahidrovia, 
◦ ascendendoascendendo ou descendodescendo as embarcaçõesembarcações. 
● A principalprincipal característicacaracterística de uma eclusaeclusa éé uma CâmaraCâmara fixafixa onde o nívelnível
da águaágua podepode variarvariar (Figura).
● TodasTodas as eclusaseclusas possuempossuem 3 elementos3 elementos:
◦ Uma câmaracâmara estanqueestanque conectandoconectando os canaiscanais inferiorinferior e superiorsuperior. 
◦ A posiçãoposição da câmaracâmara éé fixafixa, 
▪ mas o nívelnível da águaágua podepode variarvariar. 
● Um portãoportão em cadacada pontaponta da câmaracâmara. 
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● Quando estáestá fechadofechado éé estanqueestanque. 
● ConjuntoConjunto dede válvulasválvulas e dutosdutos que permitempermitem encherencher ou esvaziaresvaziar a câmaracâmara.
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● O princípioprincípio de operaçãooperação de umauma eclusa éé simplessimples. 
◦ Uma embarcaçãoembarcação viajandoviajando riorio abaixoabaixo encontraencontra uma eclusaeclusa já cheiacheia de
águaágua:
● O portão de entrada portão de entrada éé abertoaberto e a embarcaçãoembarcação entraentra na câmaracâmara. 
● O portãoportão de entrada de entrada éé fechadofechado. 
◦ VálvulaVálvula éé abertaaberta → embarcaçãoembarcação baixabaixa, drenandodrenando a águaágua da câmaracâmara. 
● O portão de saída portão de saída ééabertoaberto e a embarcaçãoembarcação saisai da câmaracâmara. 
● Se a eclusa eclusa estiverestiver vaziavazia (Figura), 
◦ esperaespera de 55 a 1010 minutosminutos enquantoenquanto a eclusaeclusa éé cheiacheia. 
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● Para as embarcaçõesembarcações navegandonavegando rio rio acimaacima, o processo processo éé o reversoreverso. 
● A câmara câmara éé cheiacheia através da aberturaabertura de uma válvulaválvula diferentediferente que permitepermite
a águaágua entrarentrar na câmaracâmara a partirpartir do nívelnível superiorsuperior. 
● OperaçãoOperação levaleva normalmentenormalmente entre 1010 e 2020 minutosminutos, 
● dependendodependendo do tamanhotamanho da câmaracâmara e da adequaçãoadequação da embarcaçãoembarcação à
mesmamesma.
● A situaçãosituação idealideal éé quandoquando uma embarcaçãoembarcação se aproximaraproximar de uma eclusaeclusa jájá
tenhatenha uma outraoutra a utilizandoutilizando, 
◦ pois esta embarcaçãoembarcação sairásairá da eclusaeclusa em seuseu nívelnível, e 
◦ a eclusaeclusa jájá estaráestará prontapronta para seu usouso, 
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◦ permitindopermitindo uma economiaeconomia de trabalhotrabalho e de tempotempo (55 a 1010 minutosminutos). 
● O custocusto de uma eclusaeclusa torna-setorna-se proibitivoproibitivo quando ela ultrapassaultrapassa a alturaaltura
idealideal para a transposiçãotransposição, 
◦ que éé de 25 metros25 metros. 
● AcimaAcima deste valorvalor éé preferívelpreferível preverprever eclusas de câmaras múltiplaseclusas de câmaras múltiplas ou
eclusas em sérieeclusas em série (embora os barcosbarcos venhamvenham a perderperder muitomuito tempotempo), 
◦ ou outrooutro processoprocesso de transposiçãotransposição. 
Eclusas em SérieEclusas em Série
● ÉÉ simplesmentesimplesmente um grupogrupo de eclusaseclusas bembem próximaspróximas umasumas das outrasoutras. 
● Por váriasvárias razõesrazões éé melhomelhor do que o mesmomesmo númeronúmero de eclusaseclusas maismais
espaçadasespaçadas. 
● As equipesequipes sãosão deslocadasdeslocadas uma vezvez sósó, as transposiçõestransposições envolvemenvolvem uma
concentraçãoconcentração de esforçosesforços 
◦ em vezvez de uma jornadajornada continuamentecontinuamente interrompidainterrompida. 
● NesteNeste casocaso cada eclusaeclusa possuipossui portõesportões superioressuperiores e inferioresinferiores, existindoexistindo um
lagolago intermediáriointermediário (pequenopequeno) entre cadacada parpar de eclusaseclusas, 
◦ e estasestas sãosão operadasoperadas de formaforma convencionalconvencional (Figura). 
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Eclusas de Três Irmãos
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Eclusas de Câmaras MúltiplasEclusas de Câmaras Múltiplas
● Uma eclusa eclusa de câmaras múltiplas câmaras múltiplas podepode serser entendidaentendida como sendosendo uma
sériesérie de eclusaseclusas compactascompactas, 
◦ onde os lagoslagos intermediáriosintermediários desapareceramdesapareceram, e 
◦ o portãoportão superiorsuperior de uma eclusaeclusa éé tambémtambém o portãoportão inferiorinferior da eclusaeclusa
acimaacima deladela. 
● ResumidamenteResumidamente, éé uma eclusaeclusa com câmarascâmaras intermediáriasintermediárias. 
● Como nãonão possuempossuem o lagolago intermediáriointermediário, a operaçãooperação de uma eclusaeclusa de
câmarascâmaras múltiplas múltiplas éé muitomuito diferentediferente das eclusaseclusas em sériesérie,
◦ sósó permitepermite a operaçãooperação em um únicoúnico sentidosentido por vezvez. 
● Um exemploexemplo deste tipotipo de eclusaeclusa éé de BingleyBingley, na InglaterraInglaterra, com 55
câmarascâmaras (Figura)
CV-522 - Técnica dos Transportes 22
CV-522 - Técnica dos Transportes 23
2.2.3.2. Elevadores de embarcações2.2.3.2. Elevadores de embarcações 
● O elevador elevador éé constituídoconstituído por uma cubacuba, em formaforma de paralelepípedoparalelepípedo, munidamunida
de partespartes móveismóveis nas 22 extremidadesextremidades, 
◦ para possibilitarpossibilitar o acessoacesso das embarcaçõesembarcações. 
● A cuba cuba éé mantidamantida cheiacheia de águaágua, para garantirgarantir a flutuaçãoflutuação das
embarcaçõesembarcações e, uma vezvez a embarcaçãoembarcação no seu interiorinterior, 
◦ a mesmamesma éé elevadaelevada ou abaixadaabaixada, 
◦ permitindopermitindo a transposiçãotransposição dos barcosbarcos de um nívelnível a outrooutro. 
● O movimentomovimento verticalvertical da cubacuba éé asseguradoassegurado por caboscabos e contrapesoscontrapesos, 
◦ ou por flutuadoresflutuadores cilíndricoscilíndricos com eixoeixo verticalvertical. 
● Um exemploexemplo atualatual éé o elevadorelevador Strépy-BraquegniesStrépy-Braquegnies, na Bélgica, 
◦ mostradomostrado na Figura 7. 
● Uma variaçãovariação interessanteinteressante éé o elevadorelevador rotativorotativo de FalkirkFalkirk (Figura 8).
CV-522 - Técnica dos Transportes 24
 
Figura 7 – Elevador de Embarcações
Figura 8 – Elevador Rotativo
CV-522 - Técnica dos Transportes 25
2.2.3.3. Plano Inclinado 2.2.3.3. Plano Inclinado 
● Quando o elevadorelevador efetuaefetua a sua trajetóriatrajetória em declivedeclive, 
◦ chama-sechama-se planoplano inclinadoinclinado. 
● O planoplano inclinadoinclinado tambémtambém éé constituídoconstituído por uma cubacuba, 
◦ que se movemove percorrendopercorrendo uma trajetóriatrajetória inclinadainclinada. 
● O movimento movimento podepode serser longitudinallongitudinal, segundo o eixoeixo da embarcaçãoembarcação, ou
perpendicularmenteperpendicularmente. 
◦ No primeiroprimeiro casocaso → denominadodenominado longitudinallongitudinal; 
◦ no segundosegundo → transversaltransversal (Figura). 
● A vantagemvantagem do planoplano inclinadoinclinado transversaltransversal éé que as oscilaçõesoscilações no planoplano
d’água d’água sãosão menoresmenores e 
◦ a posiçãoposição de paradaparada, nas extremidadesextremidades, éé maismais fácilfácil. 
CV-522 - Técnica dos Transportes 26
● Como exemploexemplo de planoplano inclinadoinclinado longitudinallongitudinal, temostemos o planoplano de
RonquièresRonquières, na FrançaFrança (Figura).
CV-522 - Técnica dos Transportes 27
 
2.2.3.4. Rampa Hidráulica (2.2.3.4. Rampa Hidráulica (Pente d’eauPente d’eau)) 
● ÉÉ um processoprocesso recenterecente. 
● A cubacuba móvelmóvel e os equipamentosequipamentos mecânicos mecânicos sãosão substituídossubstituídos por um canalcanal
inclinadoinclinado, 
◦ ondeonde a embarcaçãoembarcação circulacircula em um prismaprisma de águaágua, 
◦ empurradaempurrada por um veículoveículo sobre pneumáticospneumáticos. 
● A ramparampa hidráulicahidráulica asseguraassegura a continuidadecontinuidade da hidroviahidrovia, 
CV-522 - Técnica dos Transportes 28
◦ nãonão sendosendo maismais necessárionecessário a embarcaçãoembarcaçãodeixardeixar o canalcanal para entrarentrar
numa cubacuba. 
● A ramparampa hidráulicahidráulica de MontechMontech, na FrançaFrança, éé mostradamostrada na Figura.
 
● AssimAssim, a rampa hidráulica rampa hidráulica consisteconsiste em um canalcanal de seçãoseção uniformeuniforme, 
◦ com declividadedeclividade que podepode alcançaralcançar até 5%5%, 
◦ no qualqual uma comportacomporta móvelmóvel deslocadesloca um prismaprisma de águaágua onde flutuaflutua a
embarcaçãoembarcação. 
● QuantoQuanto ao custocusto, especialistasespecialistas consideramconsideram que, acimaacima de 2020 mm de desníveldesnível,
◦ a ramparampa hidráulicahidráulica éé maismais vantajosavantajosa que a eclusaeclusa, 
CV-522 - Técnica dos Transportes 29
● AbrindoAbrindo novasnovas perspectivasperspectivas para canalizaçãocanalização de riosrios e interligaçãointerligação de
baciasbacias. 
2.2.4. Canais2.2.4. Canais
● Os canaiscanais podempodem serser definidosdefinidos como viasvias navegáveisnavegáveis interioresinteriores
completamentecompletamente artificiaisartificiais, 
◦ em oposiçãooposição às viasvias navegáveisnavegáveis naturaisnaturais (Figura). 
CV-522 - Técnica dos Transportes 30
● HáHá 22 classesclasses principaisprincipais de canaiscanais: 
◦ os canaiscanais lateraislaterais e 
◦ os canaiscanais de partilhapartilha. 
● Os canaiscanais lateraislaterais sãosão usadosusados quando o melhoramentomelhoramento de um trechotrecho do riorio éé
de taltal modomodo difícildifícil ou onerosooneroso que 
◦ se tornatorna preferívelpreferível construirconstruir lateralmentelateralmente um canalcanal inteiramenteinteiramente
artificialartificial, 
◦ que podepode serser divididodividido em váriosvários planosplanos d’águad’água, 
◦ ligadosligados por eclusaseclusas ou elevadoreselevadores.
● Os canais de partilhacanais de partilha (ou canais de ponto de partilhacanais de ponto de partilha) sãosão os de
interligaçãointerligação de hidroviashidrovias (ou de baciasbacias hidrográficashidrográficas).
● O canalcanal PereiraPereira BarretoBarreto (Figura), interligandointerligando o rio TietêTietê com o rio ParanáParaná a
montantemontante da barragembarragem de IlhaIlha SolteiraSolteira, 
◦ constituiconstitui um exemploexemplo deste tipotipo de canalcanal.
CV-522 - Técnica dos Transportes 31
 
2.3. APROVEITAMENTO MÚLTIPLO DAS ÁGUAS2.3. APROVEITAMENTO MÚLTIPLO DAS ÁGUAS 
● Em toda infra-estruturainfra-estrutura de transportetransporte, 
◦ a viavia navegávelnavegável apresentaapresenta característicascaracterísticas verdadeiramenteverdadeiramente
polivalentespolivalentes. 
● Além de serser um instrumentoinstrumento de transportetransporte econômicoeconômico, ela éé, por suassuas
característicascaracterísticas específicasespecíficas, 
◦ um ganhoganho suplementarsuplementar na adoçãoadoção de uma políticapolítica de aproveitamentoaproveitamento
múltiplomúltiplo dos cursoscursos d’águad’água e 
◦ um fatorfator determinantedeterminante para o desenvolvimentodesenvolvimento de atividadesatividades
industriaisindustriais, agrícolasagrícolas, turísticasturísticas e de urbanizaçãourbanização e saneamentosaneamento. 
CV-522 - Técnica dos Transportes 32
● Nas últimasúltimas décadasdécadas a necessidadenecessidade de captarcaptar todas as fontesfontes de energiaenergia
hidráulicahidráulica disponíveisdisponíveis, 
◦ para atenderatender à demandademanda sempre crescentecrescente de energiaenergia elétricaelétrica; 
◦ a necessidadenecessidade de acumularacumular e economizareconomizar águaágua, para finsfins domésticosdomésticos,
industriaisindustriais e de irrigaçãoirrigação, e 
▪ a de diminuirdiminuir as possibilidadespossibilidades e os efeitosefeitos de inundaçõesinundações, 
◦ constituemconstituem o grandegrande trunfotrunfo para melhorarmelhorar as condiçõescondições de
navegabilidadenavegabilidade das hidroviashidrovias e 
▪ para a sua extensãoextensão para novasnovas áreasáreas. 
● O aproveitamentoaproveitamento múltiplomúltiplo dos riosrios éé hojehoje, assim, executadoexecutado em largalarga
escalaescala e, 
◦ quasequase sempresempre, a navegaçãonavegação nãonão éé esquecidaesquecida ou desprezadadesprezada, 
◦ nos paísespaíses mais adiantadosadiantados. 
● Como exemploexemplo, podemospodemos citarcitar a HidroviaHidrovia TietêTietê-ParanáParaná, 
◦ onde todastodas barragensbarragens além de canalizarcanalizar os riosrios, 
◦ geramgeram eletricidadeeletricidade. 
● SãoSão denominadosdenominados aproveitamentosaproveitamentos múltiplosmúltiplos (geraçãogeração de energiaenergia e
transportetransporte).

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