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Tarefa de TIC Nome: Giovanna Rosa de Azevedo Tema da Semana: Abdome agudo Data: 15/09/2023 RESPOSTA: Defina, citando exemplos, os cinco tipos de abdome agudo. Abdome agudo se refere a síndromes clínicas marcadas por dor na região abdominal súbita e intensa, sem que haja uma causa traumática relacionada, podendo estar também associada a outros sintomas. As síndromes de abdome agudo são classificadas em cinco categorias: Abdome agudo inflamatório É o tipo mais comum, que ocorre nos casos em que um processo inflamatório ou infeccioso acontece em algum órgão ou tecido da cavidade abdominal. Costuma iniciar quando há uma obstrução das vísceras ocas, o que estimula o desenvolvimento de processos inflamatórios na sua parede. Suas etiologias mais comuns incluem apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite e diverticulite. Uma forma de diferenciar essas condições por meio de uma análise clínica é a sua localização nos diferentes quadrantes abdominais. Abdome agudo obstrutivo Caracterizado por uma obstrução do trânsito intestinal, tanto de forma mecânica como funcional, interrompendo o seu funcionamento e a progressão do conteúdo. É a segunda síndrome mais comum. O principal sintoma que leva a sua suspeita é a parada de eliminação de fezes e flatulência junto com intensa distensão abdominal. Suas causas podem ser divididas em altas, afetando o intestino delgado, ou baixas, quando atingem o cólon. Em relação ao intestino delgado, as aderências são as principais causas, e ocorrem quando há uma faixa de tecido fibroso que conecta duas partes do intestino. Outras causas podem ser hérnias, íleo paralítico e neoplasias. Quando atinge o intestino grosso, as causas masi comuns são as neoplasias, como o câncer colorretal, vólvulos, doenças inflamatórias, fecaloma, dentre outros. Abdome agudo perfurativo Síndrome que ocorre quando há uma perfuração de alguma parede de vísceras ocas abdominais, o que resulta em extravasamento de seus conteúdos para a cavidade peritoneal, levando a um quadro de peritonite. Além da dor característica, o paciente costuma ter associado um quadro de choque e sepse. As principais causas de abdome agudo perfurativo são as úlceras gástricas, que conforme evoluem perfuram a parede do estômago e liberam seu conteúdo ácido. As doenças inflamatórias também podem levar a esse rompimento, principalmente a doença de Crohn devido o seu processo ser transmural. Outras causas menos comuns são neoplasias, corpos estranhos deglutidos, megacólon tóxico e complicações de procedimentos endoscópicos. Abdome agudo vascular É um tipo mais grave de abdome agudo, também chamado de isquêmico, que tem alta taxa de mortalidade. Pacientes com esse quadro tendem a ter mudanças rápidas na estabilidade e por isso precisam de acompanhamento. A dor referida pelo paciente é desproporcional as alterações encontradas. Está muito relacionada a fatores de risco vasculares, como fibrilação arterial, doenças valvares, hipercoagulação e cardiopatias. Suas etiologias podem ser oclusivas ou não e as mais comuns incluem embolia ou trombose da artéria mesentérica superior, trombose da veia mesentérica superior ou isquemia não oclusiva (por baixo débito cardíaco ou vasoconstrição). Em todos os casos, ocorre uma lesão isquêmica inicial, pela redução do fluxo arterial ou venoso, formando lesões de necrose na mucosa da parede e que podem se tornar transmurais. Abdome agudo hemorrágico Também é uma condição mais rara, porém com grande chance de gerar mortalidade. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas entre 50 e 60 anos. A dor aumenta progressivamente e pode ser acompanhada de sinais de choque hipovolêmico. Costuma estar muito relacionada a ruptura vascular, como ruptura de aneurisma de aorta abdominal (suspeitar em pacientes com aterosclerose), ruptura de artérias viscerais e veias varicosas. Em mulheres, é sempre importante pensar na possibilidade de ruptura de uma gravidez ectópica, devendo ser feito um teste do -HCG, ou ruptura de um cisto ovariano. REFERÊNCIAS: 1º CARDOSO, Fernanda Vieira et al. Manejo e conduta do abdome agudo: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 5, p. e10226-e10226, 2022. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/10226/6139. Acesso em: 15/09/2023. 2º DE SOUZA, Nicolli Bellotti; DO CARMO AMORIM, Gelbert Luiz Chamon. ABDOME AGUDO NO DEPARTAMENTO DE EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO. Brasília Med, v. 59, p. 00-00, 2022. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/rbm.org.br/pdf/v59a60.pdf. Acesso em: 15/09/2023. 3º DO CARMO CARVALHO, Lanna et al. A importância da radiografia no abdome agudo: uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Médico, v. 3, p. e9641-e9641, 2022. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/medico/article/download/9641/5819. Acesso em: 15/09/2023. https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/10226/6139 https://cdn.publisher.gn1.link/rbm.org.br/pdf/v59a60.pdf https://acervomais.com.br/index.php/medico/article/download/9641/5819