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4 SIMULADO EsPCEx - 1 DIA

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TEOREMA MILITAR 
4º SIMULADO EsPCEx – 1º DIA – PORTUGUÊS, FÍSICA, QUÍMICA e REDAÇÃO 
 
 
 
PORTUGUÊS 
 
1. (Epcar (Afa)) Poesia 
 
Gastei a manhã inteira pensando um verso 
que a pena não quer escrever. 
No entanto ele está cá dentro 
inquieto, vivo. 
Ele está cá dentro 
e não quer sair. 
Mas a poesia deste momento 
inunda minha vida inteira. 
 
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 8. 
ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 45.) 
 
Assinale a alternativa INCORRETA referente ao texto 
“Poesia”. 
a) “No entanto”, no terceiro verso, e “Mas”, no 
penúltimo verso, têm sentido adversativo; reforçam 
a luta do poeta com as palavras. 
b) No segundo verso, “que a pena não quer escrever”, 
a forma verbal apropriada, para o racionalismo que 
o poema defende, seria “quis escrever”. 
c) O poema fala da própria busca da poesia. Trata-se 
de um texto metalinguístico. 
d) Em “inunda minha vida inteira” há um exagero 
verbal, que recebe o nome de hipérbole; o exagero 
nasce do contentamento do eu-lírico. 
 
2. (Eear) Assinale a alternativa que apresenta, correta 
e respectivamente, os sentidos expressos pelas 
palavras ou expressões em destaque no fragmento de 
texto a seguir: 
 
“Ao passo que os aparatos tecnológicos se tornam 
mais presentes na nossa vida, mais se aprende a viver 
em rede. Embora saibamos o quanto é importante 
firmar nossos valores individuais, acabamos sendo 
arrastados, como gados ao matadouro, rumo à 
neutralização das diferenças culturais dos povos.” 
a) causa, comparação e temporalidade. 
b) consequência, concessão e comparação. 
c) proporcionalidade, concessão e comparação. 
d) condição, conformidade e proporcionalidade. 
 
3. (Eear) Marque a alternativa incorreta quanto à 
classificação das orações coordenadas sindéticas 
destacadas. 
a) Fabiano não só foi o melhor, mas também foi o 
mais votado. (aditiva) 
b) Apresente seus argumentos ou ficará sem chance 
de defesa. (conclusiva) 
c) Estude muito, pois a prova de conhecimentos 
específicos estará bem difícil. (explicativa) 
d) Ela era a mais bem preparada candidata, mas a 
vaga de emprego foi destinada a sua amiga. 
(adversativa) 
 
4. (Eear) Em relação à concordância nominal, assinale 
a alternativa que completa, correta e respectivamente, 
as lacunas. 
 
I. – __________, diziam as moças, em uníssono, para 
o professor de português, após a aprovação no 
certame. 
II. São __________ a fome e o desprezo. 
III. É __________ paciência com candidatos 
recursivos. 
a) obrigadas – vergonhosos – necessário 
b) obrigado – vergonhosos – necessária 
c) obrigado – vergonhoso – necessário 
d) obrigada – vergonhosa – necessária 
 
5. (Eear) Assinale a frase com erro de concordância 
verbal: 
a) Que me importavam as questões complexas e 
extensas? 
b) Nem a mentira nem o dinheiro o aproximaram de 
seu pai. 
c) Não faltará, para a festa de Ana, pessoas que 
gostem dela. 
d) Proibiu-se a venda direta e lojas de produtos 
importados na movimentada avenida. 
 
6. (Eear) Assinale a alternativa em que a oração em 
destaque é subordinada substantiva objetiva indireta. 
a) Aqui ninguém se opõe a que se conheça o 
sistema. 
b) Seu medo era que morresse na data da festa. 
c) Nunca se sabe quem está contra nós. 
d) Perguntei-lhe quando voltaria. 
 
7. (Eear) Marque a alternativa que apresenta correta 
classificação da oração apresentada. 
a) O professor verificou se as alternativas estavam em 
ordem. (Oração Subordinada Substantiva 
Predicativa) 
b) Lembre-se de que tudo não passou de um engano. 
(Oração Subordinada Substantiva Completiva 
Nominal) 
c) O sargento indagou de quem era aquela identidade. 
(Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta) 
d) Seu medo era que ele fosse reprovado no concurso. 
(Oração Subordinada Substantiva Predicativa) 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Política pública de saneamento básico: as bases 
do saneamento como direito de cidadania e os 
debates sobre novos modelos de gestão 
 
Ana Lucia Britto 
Professora Associada do PROURB-FAU-UFRJ 
Pesquisadora do INCT Observatório das Metrópoles 
 
 
TEOREMA MILITAR 
4º SIMULADO EsPCEx – 1º DIA – PORTUGUÊS, FÍSICA, QUÍMICA e REDAÇÃO 
 
 
 
A Assembleia Geral da ONU reconheceu em 
2010 que o acesso à água potável e ao esgotamento 
sanitário é indispensável para o pleno gozo do direito à 
vida. É preciso, para tanto, fazê-lo de modo 
financeiramente acessível e com qualidade para todos, 
sem discriminação. Também obriga os Estados a 
eliminarem progressivamente as desigualdades na 
distribuição de água e esgoto entre populações das 
zonas rurais ou urbanas, ricas ou pobres. 
No Brasil, dados do Ministério das Cidades 
indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros não são 
atendidos com abastecimento de água potável, mais 
da metade da população não tem acesso à coleta de 
esgoto, e apenas 39% de todo o esgoto gerado são 
tratados. Aproximadamente 70% da população que 
compõe o déficit de acesso ao abastecimento de água 
possuem renda domiciliar mensal de até 
1
2
 salário 
mínimo por morador, ou seja, apresentam baixa 
capacidade de pagamento, o que coloca em pauta o 
tema do saneamento financeiramente acessível. 
Desde 2007, quando foi criado o Ministério das 
Cidades, identificam-se avanços importantes na busca 
de diminuir o déficit já crônico em saneamento e pode-
se caminhar alguns passos em direção à garantia do 
acesso a esses serviços como direito social. Nesse 
sentido destacamos as Conferências das Cidades e a 
criação da Secretaria de Saneamento e do Conselho 
Nacional das Cidades, que deram à política urbana 
uma base de participação e controle social. 
Houve também, até 2014, uma progressiva 
ampliação de recursos para o setor, sobretudo a partir 
do PAC 1 e PAC 2; a instituição de um marco 
regulatório (Lei 11.445/2007 e seu decreto de 
regulamentação) e de um Plano Nacional para o setor, 
o PLANSAB, construído com amplo debate popular, 
legitimado pelos Conselhos Nacionais das Cidades, de 
Saúde e de Meio Ambiente, e aprovado por decreto 
presidencial em novembro de 2013. 
Esse marco legal e institucional traz aspectos 
essenciais para que a gestão dos serviços seja pautada 
por uma visão de saneamento como direito de 
cidadania: a) articulação da política de saneamento 
com as políticas de desenvolvimento urbano e 
regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua 
erradicação, de proteção ambiental, de promoção da 
saúde; e b) a transparência das ações, baseada em 
sistemas de informações e processos decisórios 
participativos institucionalizados. 
A Lei 11.445/2007 reforça a necessidade de 
planejamento para o saneamento, por meio da 
obrigatoriedade de planos municipais de 
abastecimento de água, coleta e tratamento de 
esgotos, drenagem e manejo de águas pluviais, 
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Esses 
planos são obrigatórios para que possam ser 
estabelecidos contratos de delegação da prestação de 
serviços e para que possam ser acessados recursos do 
governo federal (OGU, FGTS e FAT), com prazo final 
para sua elaboração terminando em 2017. A Lei 
reforça também a participação e o controle social, 
através de diferentes mecanismos como: audiências 
públicas, definição de conselho municipal responsável 
pelo acompanhamento e fiscalização da política de 
saneamento, sendo que a definição desse conselho 
também é condição para que possam ser acessados 
recursos do governo federal. 
O marco legal introduz também a 
obrigatoriedade da regulação da prestação dos 
serviços de saneamento, visando à garantia do 
cumprimento das condições e metas estabelecidas nos 
contratos, à prevenção e à repressão ao abuso do 
poder econômico, reconhecendo que os serviços de 
saneamento são prestados em caráter de monopólio, o 
que significa que os usuários estão submetidos às 
atividades de um único prestador. 
 
FONTE: adaptado de 
http://www.assemae.org.br/artigos/item/1762-saneamento-basico-como-direito-de-cidadania 
 
8. (Espcex (Aman)) Em “Esse marco legal e 
institucional traz aspectos essenciais para que a gestão 
dos serviços seja pautada por uma visão de 
saneamento como direito de cidadania”, a oração 
sublinhada exerce a mesma função sintática em qual 
das alternativas abaixo? 
a) O problema do saneamento básico é mundial, desde 
2010 reconhecido pela ONU, ou seja, é muito 
grande para que seja resolvido com apenas uma lei. 
b) Foi muito importante a criação da Secretaria de 
Saneamento e do Conselho Nacional das Cidades, 
que deram à política urbana uma base de 
participação e controle social. 
c) A Lei 11.445/2007 reforça a necessidade de 
planejamento para o saneamento, porque obriga a 
criação de planos municipais para tratamento de 
esgoto. 
d) A definição de um conselho municipal de 
fiscalização é condição para que possam ser 
acessados recursos do governo federal. 
e) As desigualdades sociais eram tantas, com falta de 
acesso por parte da população à moradia, 
transporte e saneamento, que foi criado, em 1º de 
janeiro de 2003, o Ministério das Cidades. 
 
9. (Espcex (Aman)) No enunciado: “No Brasil, dados 
do Ministério das Cidades indicam que cerca de 35 
milhões de brasileiros não são atendidos com 
abastecimento de água potável (...)”, a oração 
sublinhada tem a função sintática de 
a) objeto direto da oração principal. 
b) complemento nominal da oração principal. 
c) sujeito da oração principal. 
d) objeto indireto da oração principal. 
e) predicativo da oração principal. 
 
TEOREMA MILITAR 
4º SIMULADO EsPCEx – 1º DIA – PORTUGUÊS, FÍSICA, QUÍMICA e REDAÇÃO 
 
 
 
10. (Ita) Texto 
 
O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com 
maior número de idosos do mundo, e precisa correr 
para poder atendê-los no que eles têm de melhor e 
mais saudável: o desejo de viver com independência e 
autonomia. [...] O mantra da velhice no século XXI é 
“envelhecer no lugar”, o que os americanos chamam 
de aging in place. O conceito que guia novas políticas 
e negócios voltados para os longevos tem como 
principal objetivo fazer com que as pessoas consigam 
permanecer em casa o maior tempo possível, sem que, 
para isso, precisem de um familiar por perto. Não se 
trata de apologia da solidão, mas de encarar um dado 
da realidade contemporânea: as residências não 
abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e boa 
parte dos idosos de hoje prefere, de fato, morar 
sozinha, mantendo-se dona do próprio nariz. 
 
Disponível em: 
<http://veja.abril.com.br/brasillenvelhecer-no-seculo-
xxi/>, 18 mar. 2016. 
Adaptado. Acesso em: 10 ago. 17. 
 
A conjunção em destaque na frase “Não se trata de 
apologia da solidão, mas de encarar um dado da 
realidade contemporânea: ...” possui a função 
semântica de 
a) retificação. 
b) compensação. 
c) complementação. 
d) separação. 
e) acréscimo. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO 
TEMPO 
Hélio Gurovitz 
 
Publicado em 1948, o livro 1984, de George 
Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos 
(...) 1A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, 
tinha um endereço certo em seu tempo: o stalinismo. 
(...) 2O mundo da “pós-verdade”, dos “fatos 
alternativos” e da anestesia intelectual nas redes 
sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: 
Admirável mundo novo, de Aldous Huxley. 
3Não se trata de uma tese nova. Ela foi 
levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do 
teórico da comunicação americano Neil Postman: 
Amusing ourselves to death (4Nos divertindo até 
morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo 
recente no The Guardian. “Na visão de Huxley, não é 
necessário nenhum Grande Irmão para despojar a 
população de autonomia, maturidade ou história”, 
escreveu Postman. “Ela acabaria amando sua 
opressão, adorando as tecnologias que destroem sua 
capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que 
proibiriam os livros. Huxley temia que não haveria 
motivo para proibir um livro, pois não haveria ninguém 
que quisesse lê-los. Orwell temia aqueles que nos 
privariam de informação. Huxley, aqueles que nos 
dariam tanta que seríamos reduzidos à passividade e 
ao egoísmo. 5Orwell temia que a verdade fosse 
escondida de nós. Huxley, que fosse afogada num mar 
de irrelevância.” 
6No futuro pintado por Huxley, (...) não há 
mães, pais ou casamentos. O sexo é livre. A diversão 
está disponível na forma de jogos esportivos, cinema 
multissensorial e de uma droga que garante o bem-
estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra 
dez áreas civilizadas e uns poucos territórios 
selvagens, onde 7grupos nativos ainda preservam 
costumes e tradições primitivos, como família ou 
religião. “O mundo agora é estável”, diz um líder 
civilizado. “As pessoas são felizes, têm o que desejam 
e nunca desejam o que não podem ter. Sentem-se 
bem, estão em segurança; nunca adoecem; 8não têm 
medo da morte; vivem na ditosa ignorância da paixão 
e da velhice; não se acham sobrecarregadas de pais e 
mães; 9não têm esposas, nem filhos, nem amantes por 
quem possam sofrer emoções violentas; são 
condicionadas de tal modo que praticamente não 
podem deixar de se portar como devem. E se, por 
acaso, alguma coisa andar mal, há o soma.” 
10Para chegar à estabilidade absoluta, foi 
necessário abrir mão da arte e da ciência. “A felicidade 
universal mantém as engrenagens em funcionamento 
regular; a verdade e a beleza são incapazes de fazê-
lo”, diz o líder. “Cada vez que as massas tomavam o 
poder público, era a felicidade, mais que a verdade e a 
beleza, o que importava.” A verdade é considerada 
uma ameaça; a ciência e a arte, perigos públicos. Mas 
não é necessário esforço totalitário para controlá-las. 
Todos aceitam de bom grado, fazem “qualquer 
sacrifício em troca de uma vida sossegada” e de sua 
dose diária de soma. “Não foi muito bom para a 
verdade, sem dúvida. Mas foi excelente para a 
felicidade.” 
No universo de Orwell, a população é 
controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. “Orwell 
temia que nossa ruína seria causada pelo que 
odiamos. Huxley, pelo que amamos”, escreve 
Postman. Só precisa haver censura, diz ele, se os 
tiranos acreditam que o público sabe a diferença entre 
discurso sério e entretenimento. (...) O alvo de 
Postman, em seu tempo, era a televisão, que ele 
julgava ter imposto uma cultura fragmentada e 
superficial, incapaz de manter com a verdade a relação 
reflexiva e racional da palavra impressa. 11O 
computador só engatinhava, e Postman mal poderia 
prever como celulares, tablets e redes sociais se 
tornariam – bem mais que a TV – o soma 
contemporâneo. Mas suas palavras foram prescientes: 
“O que afligia a população em Admirável mundo novo 
não é que estivessem rindo em vez de pensar, mas 
TEOREMA MILITAR 
4º SIMULADO EsPCEx – 1º DIA – PORTUGUÊS, FÍSICA, QUÍMICA e REDAÇÃO 
 
 
 
que não sabiam do que estavam rindo, nem tinham 
parado de pensar”. 
 
Adaptado, Revista Época nº 973 – 13 de fevereiro de 
2017, p. 67. 
 
Distopia = Pensamento, filosofia ou processo 
discursivo caracterizado pelo totalitarismo, 
autoritarismo e opressivo controle da sociedade, 
representando a antítese de utopia. (BECHARA, E. 
Dicionário da língua portuguesa. 1ª ed. Rio de Janeiro: 
Editora Nova Fronteira, 2011, p. 533). 
 
11. (Epcar (Afa)) Assinale a alternativa em que a 
análise dos termos presentes no excerto abaixo está 
de acordo com o que prescreve a Gramática Normativa 
da Língua Portuguesa. 
 
“A distopia de Orwell, mesmo situada no futuro, tinha 
um endereço certo em seu tempo: o stalinismo.” (ref. 
1) 
a) O período é composto por três orações, sendo duas 
subordinadas e uma coordenada. 
b) “... mesmo situada no futuro...” é classificada como 
oração subordinada adverbial temporal reduzida de 
particípio. 
c) “... o stalinismo” é um aposto que se refere ao 
termo imediato que o antecede– “seu tempo”. 
d) As vírgulas servem para isolar a oração subordinada 
adverbial que está inserida em sua oração principal. 
 
12. (Epcar (Afa)) Tendo como base o que prescreve a 
norma culta padrão da Língua Portuguesa, assinale a 
alternativa cuja análise está correta. 
a) “Nos divertindo até morrer” (ref. 4) apresenta uma 
colocação pronominal adequada, pois, além de ser a 
tradução de um nome próprio, o gerúndio não 
admite ênclise. 
b) Em “...grupos nativos ainda preservam costumes e 
tradições primitivos...” (ref. 7), o adjetivo poderia 
estar no feminino para concordar com o último 
elemento, já que está posposto a ele. 
c) O termo sublinhado em “... não têm esposas, nem 
filhos, nem amantes por quem possam sofrer...” 
(ref. 9) poderá ser substituído por os quais e não 
acarretará alteração sintática nem semântica na 
sentença. 
d) Em “... não têm medo da morte; vivem na ditosa 
ignorância da paixão e da velhice...” (ref. 8) os 
termos sublinhados exercem a mesma função 
sintática: adjuntos adnominais dos substantivos a 
que se referem. 
 
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 6 QUESTÕES: 
Noruega como Modelo de Reabilitação de 
Criminosos 
 
O Brasil é responsável por uma das mais altas 
taxas de reincidência criminal em todo o mundo. No 
país, a taxa média de reincidência (amplamente 
admitida, mas nunca comprovada empiricamente) é de 
mais ou menos 70%, ou seja, 7 em cada 10 criminosos 
voltam a cometer algum tipo de crime após saírem da 
cadeia. 
Alguns perguntariam "Por quê?". E eu 
pergunto: "Por que não?" O que esperar de um 
sistema que propõe reabilitar e reinserir aqueles que 
cometerem algum tipo de crime, mas nada oferece, 
para que essa situação realmente aconteça? Presídios 
em estado de depredação total, pouquíssimos 
programas educacionais e laborais para os detentos, 
praticamente nenhum incentivo cultural, e, ainda, uma 
sinistra cultura (mas que diverte muitas pessoas) de 
que bandido bom é bandido morto (a vingança é uma 
festa, dizia Nietzsche). 
Situação contrária é encontrada na Noruega. 
Considerada pela ONU, em 2012, o melhor país para 
se viver (1º no ranking do IDH) e, de acordo com 
levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, o 8º 
país com a menor taxa de homicídios no mundo, lá o 
sistema carcerário chega a reabilitar 80% dos 
criminosos, ou seja, apenas 2 em cada 10 presos 
voltam a cometer crimes; é uma das menores taxas de 
reincidência do mundo. Em uma prisão em Bastoy, 
chamada de ilha paradisíaca, essa reincidência é de 
cerca de 16% entre os homicidas, estupradores e 
traficantes que por ali passaram. Os EUA chegam a 
registrar 60% de reincidência e o Reino Unido, 50%. A 
média europeia é 50%. 
A Noruega associa as baixas taxas de 
reincidência ao fato de ter seu sistema penal pautado 
na reabilitação e não na punição por vingança ou 
retaliação do criminoso. A reabilitação, nesse caso, não 
é uma opção, ela é obrigatória. Dessa forma, qualquer 
criminoso poderá ser condenado à pena máxima 
prevista pela legislação do país (21 anos), e, se o 
indivíduo não comprovar estar totalmente reabilitado 
para o convívio social, a pena será prorrogada, em 
mais 5 anos, até que sua reintegração seja 
comprovada. 
O presídio é um prédio, em meio a uma 
floresta, decorado com grafites e quadros nos 
corredores, e no qual as celas não possuem grades, 
mas sim uma boa cama, banheiro com vaso sanitário, 
chuveiro, toalhas brancas e porta, televisão de tela 
plana, mesa, cadeira e armário, quadro para afixar 
papéis e fotos, além de geladeiras. Encontra-se lá uma 
ampla biblioteca, ginásio de esportes, campo de 
futebol, chalés para os presos receberem os familiares, 
estúdio de gravação de música e oficinas de trabalho. 
Nessas oficinas são oferecidos cursos de formação 
profissional, cursos educacionais, e o trabalhador 
recebe uma pequena remuneração. Para controlar o 
ócio, oferecer muitas atividades, de educação, de 
trabalho e de lazer, é a estratégia. 
TEOREMA MILITAR 
4º SIMULADO EsPCEx – 1º DIA – PORTUGUÊS, FÍSICA, QUÍMICA e REDAÇÃO 
 
 
 
A prisão é construída em blocos de oito celas 
cada (alguns dos presos, como estupradores e 
pedófilos, ficam em blocos separados). Cada bloco tem 
sua cozinha. A comida é fornecida pela prisão, mas é 
preparada pelos próprios detentos, que podem 
comprar alimentos no mercado interno para abastecer 
seus refrigeradores. 
Todos os responsáveis pelo cuidado dos 
detentos devem passar por no mínimo dois anos de 
preparação para o cargo, em um curso superior, tendo 
como obrigação fundamental mostrar respeito a todos 
que ali estão. Partem do pressuposto que, ao 
mostrarem respeito, os outros também aprenderão a 
respeitar. 
A diferença do sistema de execução penal 
norueguês em relação ao sistema da maioria dos 
países, como o brasileiro, americano, inglês, é que ele 
é fundamentado na ideia de que a prisão é a privação 
da liberdade, e pautado na reabilitação e não no 
tratamento cruel e na vingança. 
O detento, nesse modelo, é obrigado a 
mostrar progressos educacionais, laborais e 
comportamentais, e, dessa forma, provar que pode ter 
o direito de exercer sua liberdade novamente junto à 
sociedade. 
A diferença entre os dois países (Noruega e 
Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos saem e 
praticamente não cometem crimes, respeitando a 
população, aqui os presos saem roubando e matando 
pessoas. Mas essas são consequências aparentemente 
colaterais, porque a população manifesta muito mais 
prazer no massacre contra o preso produzido dentro 
dos presídios (a vingança é uma festa, dizia 
Nietzsche). 
LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do 
Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal 
atualidadesdodireito.com.br. Estou no 
blogdolfg.com.br. 
** Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e 
pesquisadora do Instituto Avante Brasil. 
FONTE: Adaptado de 
http://institutoavantebrasil.com.br/noruega-como-
modelo-de-reabilitacao-de-criminosos/. 
Acessado em 17 de março de 2017. 
 
13. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa que pode 
substituir corretamente o trecho sublinhado sem 
alterar-lhe o sentido: 
 
"... O que esperar de um sistema que propõe reabilitar 
e reinserir aqueles que cometerem algum tipo de 
crime, mas nada oferece, para que essa situação 
realmente aconteça." 
a) "..., onde nada oferece..." 
b) "..., conforme o que oferece..." 
c) "..., porque nada oferece..." 
d) "..., a fim de oferecer algo..." 
e) "..., embora nada ofereça..." 
 14. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa em que o 
emprego do verbo "haver" está correto. 
a) Haverá nove dias que ela visitou os pais. 
b) Brigavam à toa, sem que houvessem motivos. 
c) Criaturas infalíveis nunca houve nem haverão. 
d) Não ligue, caso hajam desavenças entre vocês. 
e) Morávamos ali há quase cinco anos. 
 
 
15. (Espcex (Aman)) No período, "Para controlar o 
ócio, oferecer muitas atividades, de educação, de 
trabalho e de lazer, é a estratégia", as duas orações 
destacadas são subordinadas reduzidas de infinitivo e 
classificam-se, respectivamente, como 
a) substantiva apositiva e substantiva subjetiva. 
b) adverbial final e substantiva subjetiva. 
c) adverbial final e substantiva completiva nominal. 
d) substantiva objetiva indireta e adverbial 
consecutiva. 
e) adverbial consecutiva e substantiva apositiva. 
 
 
16. (Espcex (Aman)) A ideia de explicação está 
presente em apenas uma das orações sublinhadas, nas 
alternativas abaixo. 
a) "... detentos, que podem comprar alimentos no 
mercado interno para abastecer seus 
refrigeradores." 
b) "Partem do pressuposto que, ao mostrarem 
respeito, os outros também aprenderão a 
respeitar." 
c) "... é de cerca de 16% entre os homicidas, 
estupradores e traficantes que por ali passaram." 
d) "..., tendo como obrigação fundamental mostrar 
respeito a todos que ali estão." 
e) "..., reinserir aqueles que cometerem algumtipo 
de crime..." 
 
 
17. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa em que a 
oração sublinhada é subordinada substantiva 
predicativa: 
a) A comida é preparada pelos próprios detentos, que 
podem comprar alimentos no mercado 
interno. 
b) Ele é fundamentado na ideia de que a prisão é a 
privação da liberdade. 
c) Se o indivíduo não comprovar que está 
totalmente reabilitado, a pena será prorrogada. 
d) A diferença do sistema de execução penal 
norueguês em relação ao brasileiro é que ele é 
pautado na reabilitação. 
e) Uma sinistra cultura de que bandido bom é 
bandido morto. 
 
 
 
 
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18. (Espcex (Aman)) Assinale a alternativa em que o 
emprego da vírgula é opcional. 
a) "Partem do pressuposto que, ao mostrarem 
respeito, os outros também aprenderão a respeitar." 
b) "O detento é obrigado a mostrar progressos, para 
provar que pode ser reincluído na sociedade." 
c) "Os EUA chegam a registrar 60% de reincidência, o 
Reino Unido, 50%." 
d) "Para controlar o ócio, oferecer muitas atividades de 
educação é a estratégia." 
e) "Cada bloco contém uma cozinha, comida fornecida 
pela prisão e preparada pelos presos." 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
A CONDIÇÃO HUMANA 
A Vita Activa e a Condição Humana 
 
Com a expressão vita activa, pretendo 
designar três atividades humanas fundamentais: labor, 
trabalho e ação. Trata-se de atividades fundamentais 
porque a cada uma delas corresponde uma das 
condições básicas mediante as quais a vida foi dada ao 
homem na Terra. 
1O labor é a atividade que corresponde ao 
processo biológico do corpo humano, cujos 
crescimento espontâneo, metabolismo e eventual 
declínio têm a ver com as necessidades vitais 
produzidas e introduzidas pelo labor no processo da 
vida. A condição humana do labor é a própria vida. 
O trabalho é a atividade correspondente ao 
artificialismo da existência humana, existência esta não 
necessariamente contida no eterno ciclo vital da 
espécie, e cuja mortalidade não é compensada por 
este último. O trabalho produz um mundo “artificial” 
de coisas, nitidamente diferente de qualquer ambiente 
natural. 2Dentro de suas fronteiras habita cada vida 
individual, embora esse mundo se destine a sobreviver 
e a transcender todas as vidas individuais. A condição 
humana do trabalho é a mundanidade. 
3A ação, única atividade que se exerce 
diretamente entre os homens sem a mediação das 
coisas ou da matéria, corresponde à condição humana 
da pluralidade, ao fato de que homens, e não o 
Homem, vivem na Terra e habitam o mundo. Todos os 
aspectos da condição humana têm alguma relação 
com a política; mas esta pluralidade é especificamente 
a condição – não apenas a conditio sine qua non, mas 
a conditio per quam – de toda a vida política. Assim, o 
idioma dos romanos – talvez o povo mais político que 
conhecemos – empregava como sinônimas as 
expressões “viver” e “estar entre os homens” (inter 
homines esse), ou “morrer” e “deixar de estar entre os 
homens” (inter homines esse desinere). 4Mas, em sua 
forma mais elementar, a condição humana da ação 
está implícita até mesmo em Gênesis (macho e fêmea 
Ele os criou), se entendermos que esta versão da 
criação do homem diverge, em princípio, da outra 
segundo a qual Deus originalmente criou o Homem 
(adam) – a ele, e não a eles, de sorte que a 
pluralidade dos seres humanos vem a ser o resultado 
da multiplicação5. 6A ação seria um luxo desnecessário, 
uma caprichosa interferência com as leis gerais do 
comportamento, se os homens não passassem de 
repetições interminavelmente reproduzíveis do mesmo 
modelo, todas dotadas da mesma natureza e essência, 
tão previsíveis quanto a natureza e a essência de 
qualquer outra coisa. 7A pluralidade é a condição da 
ação humana pelo fato de sermos todos os mesmos, 
isto é, humanos, sem que ninguém seja exatamente 
igual a qualquer pessoa que tenha existido, exista ou 
venha a existir. 
As três atividades e suas respectivas condições 
têm íntima relação com as condições mais gerais da 
existência humana: o nascimento e a morte, a 
natalidade e a mortalidade. O labor assegura não 
apenas a sobrevivência do indivíduo, mas a vida da 
espécie. 8O trabalho e seu produto, o artefato 
humano, 9emprestam certa permanência e 
durabilidade à futilidade da vida mortal e ao caráter 
efêmero do corpo humano. A ação, na medida em que 
se empenha em fundar e preservar corpos políticos, 
cria a condição para a lembrança, ou seja, para a 
história. 10O labor e o trabalho, bem como a ação, têm 
também raízes na natalidade, na medida em que sua 
tarefa é produzir e preservar o mundo para 11o 
constante influxo de recém-chegados que vêm a este 
mundo na qualidade de estranhos, além de prevê-los e 
levá-los em conta. 12Não obstante, das três atividades, 
a ação é a mais intimamente relacionada com a 
condição humana da natalidade; o novo começo 
inerente a cada nascimento pode fazer-se sentir no 
mundo somente porque o recém-chegado possui a 
capacidade de iniciar algo novo, isto é, de agir. Neste 
sentido de iniciativa, todas as atividades humanas 
possuem um elemento de ação e, portanto, de 
natalidade. 13Além disto, como a ação é a atividade 
política por excelência, a natalidade, e não a 
mortalidade, pode constituir a categoria central do 
pensamento político, em contraposição ao pensamento 
metafísico. 
A condição humana compreende algo mais 
que as condições nas quais a vida foi dada ao homem. 
Os homens são seres condicionados: tudo aquilo com 
o qual eles entram em contato torna-se imediatamente 
uma condição de sua existência. O mundo no qual 
transcorre a vita activa consiste em coisas produzidas 
pelas atividades humanas; mas, constantemente, as 
coisas que devem sua existência exclusivamente aos 
homens também condicionam os seus autores 
humanos. Além das condições nas quais a vida é dada 
ao homem na Terra e, até certo ponto, a partir delas, 
os homens constantemente criam as suas próprias 
condições que, a despeito de sua variabilidade e sua 
origem humana, possuem a mesma força 
condicionante das coisas naturais. O que quer que 
toque a vida humana ou entre em duradoura relação 
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com ela, assume imediatamente o caráter de condição 
da existência humana. É por isso que os homens, 
independentemente do que façam, são sempre seres 
condicionados. Tudo o que espontaneamente adentra 
o mundo humano, ou para ele é trazido pelo esforço 
humano, torna-se parte da condição humana. O 
impacto da realidade do mundo sobre a existência 
humana é sentido e recebido como força 
condicionante. A objetividade do mundo – o seu 
caráter de coisa ou objeto – e a condição humana 
complementam-se uma à outra; por ser uma 
existência condicionada, a existência humana seria 
impossível sem as coisas, e estas seriam um 
amontoado de artigos incoerentes, um não mundo, se 
esses artigos não fossem condicionantes da existência 
humana. 
 
 
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. Tradução de 
Roberto Raposo: Editora da Universidade de São 
Paulo, 1981. pp. 15-17 (texto adaptado). 
 
 
5Quando se analisa o pensamento político pós-clássico, 
muito se pode aprender verificando-se qual das duas 
versões bíblicas da criação é citada. Assim, é típico da 
diferença entre os ensinamentos de Jesus de Nazareth 
e de Paulo o fato de que Jesus, discutindo a relação 
entre marido e mulher, refere-se a Gênesis 1:27 “Não 
tendes lido que quem criou o homem desde o princípio 
fê-los macho e fêmea” (Mateus 19:4), enquanto Paulo, 
em ocasião semelhante, insiste em que a mulher foi 
criada “do homem” e, portanto, “para o homem”, 
embora em seguida atenue um pouco a dependência: 
“nem o varão é sem mulher, nem a mulher sem o 
varão” (1 Cor.11:8-12). A diferença indica muito mais 
que uma atitudediferente em relação ao papel da 
mulher. Para Jesus, a fé era intimamente relacionada 
com a ação; para Paulo, a fé relacionava-se, antes de 
mais nada, com a salvação. Especialmente 
interessante a este respeito é Agostinho (De civitate 
Dei xii.21), que não só desconsidera inteiramente o 
que é dito em Gênesis 1:27, mas vê a diferença entre 
o homem e o animal no fato de ter sido o homem 
criado unum ac singulum, enquanto se ordenou aos 
animais que “passassem a existir vários de uma só 
vez” (plura simul iussit existere). Para Agostinho, a 
história da criação constitui boa oportunidade para 
salientar-se o caráter de espécie da vida animal, em 
oposição à singularidade da existência humana. 
 
 
19. (Ime) Marque a opção, dentre os trechos a seguir 
retirados do texto, em que o conectivo destacado em 
negrito é um recurso coesivo sequencial, ou seja, 
promove progressão argumentativa. 
 
 
a) O labor é a atividade que corresponde ao processo 
biológico do corpo humano, cujos crescimento 
espontâneo, metabolismo e eventual declínio têm a 
ver com as necessidades vitais produzidas e 
introduzidas pelo labor no processo da vida 
(referência 1). 
b) (…) Dentro de suas fronteiras habita cada vida 
individual (referência 2), 
c) (…) O labor e o trabalho, bem como a ação, têm 
também raízes na natalidade, na medida em que 
sua tarefa é produzir e preservar o mundo 
(referência 10). 
d) para o constante influxo de recém-chegados que 
vêm a este mundo na qualidade de estranhos, além 
de prevê-los e levá-los em conta (referência 11). 
e) Não obstante, das três atividades, a ação é a mais 
intimamente relacionada com a condição humana da 
natalidade (referência 12). 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Das vantagens de ser bobo 
 
O bobo, por não se ocupar com ambições, tem 
tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é 
capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas 
horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, 
responde: "Estou fazendo. Estou pensando.". 
1Ser bobo às vezes oferece um mundo de 
saída porque os espertos só se lembram de sair por 
meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, 
espontaneamente lhe vem a ideia. 
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os 
espertos não veem. Os espertos estão sempre tão 
atentos _____i_____ espertezas alheias que se 
descontraem diante dos bobos, e estes os veem como 
simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e 
sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido 
vez. No entanto, muitas vezes, 2o bobo é um 
Dostoievski. 
_____ii_____ desvantagem, obviamente. Uma 
boba, por exemplo, confiou na palavra de um 
desconhecido para _____iii_____ compra de um ar 
refrigerado de segunda mão: 3ele disse que o aparelho 
era novo, praticamente sem uso porque se mudara 
para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o 
aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. 
Chamado um técnico, a opinião deste era de que o 
aparelho estava tão estragado que o conserto seria 
caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em 
contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, 
não desconfiar, e portanto estar tranquilo, enquanto o 
esperto não dorme à noite com medo de ser 
ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. 
O bobo não percebe que venceu. 
Aviso: não confundir bobos com burros. 
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem 
menos espera. É uma das tristezas que o bobo não 
prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, 
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Brutus?". 
Bobo não reclama. Em compensação, como 
exclama! 
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, 
devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido 
esperto não teria morrido na cruz. 
O bobo é sempre tão simpático que há 
espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é 
uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por 
isso é que os espertos não conseguem passar por 
bobos. 4Os espertos ganham dos outros. Em 
compensação os bobos ganham a vida. 5Bem-
aventurados os bobos porque sabem sem que 
ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam 
que eles sabem. 
Há lugares que facilitam mais _____iv_____ 
pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, 
com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita 
ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em 
Minas! 
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, 
voando por cima das casas. É quase impossível evitar 
o excesso de amor que o bobo provoca. É que só 6o 
bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o 
bobo. 
 
LISPECTOR, Clarice. Das vantagens de ser bobo. 
Disponível em: http://www.revistapazes.com/das-
vantagens-de-ser-bobo/. Acesso em 10 de maio de 
2017. 
Originalmente publicado no Jornal do Brasil em 12 de 
setembro de 1970. 
 
 
20. (Ime) Observe os conectivos destacados no trecho 
abaixo, retirado do texto. Assinale a opção em que a 
análise semântica está de acordo com a que foi 
estabelecida no texto. 
 
(…) ele disse que o aparelho era novo, praticamente 
sem uso porque se mudara para a Gávea onde é 
fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo 
sequer. Resultado: não funciona. Chamado um 
técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava 
tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais 
valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a 
vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e 
portanto estar tranquilo, enquanto o esperto não 
dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto 
vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe 
que venceu (referência 3). 
a) O conectivo porque estabelece uma relação de 
consequência. 
b) O advérbio sequer introduz uma ideia de exceção. 
c) A expressão tão... que estabelece uma relação de 
causa. 
d) O conectivo portanto estabelece uma ideia de 
finalidade. 
e) O conectivo enquanto estabelece ideia de 
comparação 
 
FIM DA PROVA DE PORTUGUÊS 
 
 
FÍSICA 
 
21. (Unesp 2021) Três esferas, x, y e z, feitas com 
materiais diferentes e de massas iguais estavam, 
inicialmente, à mesma temperatura ambiente (𝜃𝑎𝑚𝑏) e 
foram mergulhadas, simultaneamente, em água pura 
em ebulição, até entrarem em equilíbrio térmico com a 
água. Em seguida, foram retiradas da água e deixadas 
sobre uma superfície isolante, até voltarem à mesma 
temperatura ambiente. Os calores específicos dos 
materiais das esferas são 𝑐𝑥 ,  𝑐𝑦 e 𝑐𝑧 , de modo que 
𝑐𝑥 < 𝑐𝑦 < 𝑐𝑧 . Com os resultados desse experimento, 
foram construídos o gráfico 1, relativo ao aquecimento 
das esferas até a temperatura de ebulição da água, e 
o gráfico 2, relativo ao resfriamento das esferas, até 
retornarem à temperatura ambiente. 
 
Considerando que as trocas de calor tenham ocorrido a 
uma taxa constante, a representação dos gráficos 1 e 
2 é: 
 
a) 
 
 
b
) 
 
 
c) 
 
 
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d
) 
 
 
e) 
 
 
 
22. (Acafe 2021) Travando o calor 
 
A Física moderna está possibilitando cada vez mais 
descobertas e desenvolvimento tecnológico. Um 
exemplo dessas possibilidades está sendo investigada 
na Universidade Nacional de Cingapura, onde 
pesquisadores estão utilizando o princípio da "simetria 
anti-paridade-tempo (APT)” para “travar”, em certa 
posição, o movimento da energia térmica de materiais 
mais quentes. 
 
Fonte: Disponível em: 
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/notic
ia.php?artigo=calor-travado-lugar-sem-se-
espalhar&id=01017019 0812#.XXlDli5KjIU. Acesso em: 
10 de set. de 2019 [Adaptada]. 
 
 
Analise, com base na física clássica, as afirmações a 
seguir: 
 
I. A energia interna de um corpo depende da sua 
temperatura. 
II. A energia térmica é propagada de uma extremidade 
para a outra de uma colher por meio da convecção 
térmica. 
III. Só pode ser chamado de calor a energia térmica 
em trânsito. 
IV. O fluxo de energia térmica de um sistema para 
outro dependeda diferença de temperatura entre 
esses sistemas. 
V. A agitação das moléculas de um corpo influencia no 
valor de sua energia interna total. 
 
A opção contendo apenas afirmações corretas é: 
a) I - II - IV 
b) III - IV - V 
c) II - V - IV 
d) I - II - III 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23. (Unesp 2021) Em uma barbearia existem dois 
espelhos planos verticais, paralelos e distantes 3 m um 
do outro, com a face refletora de um voltada para a 
face refletora do outro. Um cliente está sentado de 
frente para um deles, a 1 𝑚 de distância dele. Na 
figura, fora de escala, pode-se notar a infinitude de 
imagens geradas devido a reflexões sucessivas nesses 
espelhos. 
 
 
 
Nessa situação, considerando as distâncias informadas 
e as características das imagens formadas por 
espelhos planos, a distância entre a cabeça do cliente, 
indicada pela seta azul na figura, e a imagem da sua 
cabeça, indicada pela seta vermelha, é de 
a) 3 𝑚. 
b) 4 𝑚. 
c) 7 𝑚. 
d) 5 𝑚. 
e) 6 𝑚. 
 
24. (Fmp 2021) O circuito elétrico de um equipamento 
é mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
Para que a lâmpada funcione em sua potência e 
voltagem nominais de 2,00 𝑊 e 6,00 𝑉, o valor de 𝑅1, 
em Ohm, deve ser, aproximadamente, 
a) 9,90 
b) 44,0 
c) 19,8 
d) 18,0 
e) 22,0 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25. (Acafe 2021) Existem vários modelos de motor 
elétrico didático para se apresentar em feiras de 
ciência. Um estudante montou um deles, o qual 
funciona com um solenoide, que é ligado e desligado, 
um eixo de ferro, um pedaço de papel alumínio e uma 
bateria. O papel alumínio realiza a função de 
interruptor, ligando e desligando o circuito. Desta 
forma, quando o circuito é ligado, o solenoide atrai o 
eixo de ferro. O esquema visto de cima está sendo 
mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
Com base no exposto, marque com V as afirmações 
verdadeiras e com F as falsas. 
 
( ) O campo magnético gerado no interior do 
solenoide é diretamente proporcional ao seu 
número de espiras. 
( ) Se invertermos os polos da bateria, a força 
magnética aplicada sobre o eixo de ferro, quando 
o circuito estiver ligado, será de repulsão. 
( ) O papel alumínio, funcionando como interruptor, 
faz com que, no interior do solenoide, o fluxo 
magnético seja variável. 
( ) O campo magnético gerado no interior do 
solenoide é diretamente proporcional ao 
comprimento do solenoide. 
( ) Se trocarmos a bateria por outra de maior ddp, o 
eixo de ferro será atraído com uma força 
magnética mais intensa. 
 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) F - F - V - V - F 
b) V - F - V - F - V 
c) V - F - V - V - F 
d) V - F - F - V - V 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
26. (Famerp 2020) Em um local em que a aceleração 
gravitacional vale 10 
𝑚
𝑠2
, uma pessoa eleva um objeto 
de peso 400 𝑁 por meio de uma roldana fixa, 
conforme mostra a figura, utilizando uma corda que 
suporta, no máximo, uma tração igual a 520 𝑁. 
 
 
 
A máxima aceleração que a pessoa pode imprimir ao 
objeto durante a subida, sem que a corda se rompa, é 
a) 6,0 
𝑚
𝑠2
. 
b) 13 
𝑚
𝑠2
. 
c) 8,0 
𝑚
𝑠2
. 
d) 2,0 
𝑚
𝑠2
. 
e) 3,0 
𝑚
𝑠2
. 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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27. (Fgv 2020) A figura mostra o mesmo bloco 
deslizando sobre duas rampas. A primeira está 
inclinada de um ângulo 𝜃1 em relação à horizontal e a 
segunda está inclinada de um ângulo 𝜃2, também em 
relação à horizontal, sendo 𝜃1 menor que 𝜃2. 
 
Em ambos os casos, o bloco parte da altura ℎ e desliza 
até o final das rampas. O coeficiente de atrito entre a 
superfície do bloco e as superfícies das duas rampas é 
o mesmo. Considerando os módulos dos trabalhos 
realizados pela força peso do bloco quando ele desce 
as rampas 1 e 2, 𝜏𝑃1 e 𝜏𝑃2, respectivamente, e os 
módulos dos trabalhos realizados pela força de atrito 
entre o bloco e a superfície das rampas quando o 
bloco desce as rampas 1 e 2, 𝜏𝐴1 e 𝜏𝐴2, 
respectivamente, pode-se afirmar que 
a) 𝜏𝑃1 = 𝜏𝑃2 e 𝜏𝐴1 > 𝜏𝐴2 
b) 𝜏𝑃1 = 𝜏𝑃2 e 𝜏𝐴1 = 𝜏𝐴2 
c) 𝜏𝑃1 = 𝜏𝑃2 e 𝜏𝐴1 < 𝜏𝐴2 
d) 𝜏𝑃1 > 𝜏𝑃2 e 𝜏𝐴1 = 𝜏𝐴2 
e) 𝜏𝑃1 > 𝜏𝑃2 e 𝜏𝐴1 < 𝜏𝐴2 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. (S1 - ifsul 2020) Com o objetivo de estudar as 
características de uma mola ideal e o comportamento 
de um sistema oscilatório, um pesquisador montou o 
aparato experimental, ilustrado na figura ao lado. O 
aparato é constituído por uma mola ideal, presa em 
uma parede fixa horizontal, um bloco de massa 100 𝑔 
e uma régua graduada em centímetros. Inicialmente a 
mola está no seu comprimento normal, ou seja, com 
uma extremidade livre e sem estar deformada. Após, o 
pesquisador coloca na extremidade livre da mola o 
bloco e abaixa o sistema vagarosamente até ficar em 
equilíbrio. A figura mostra a mola antes e depois do 
corpo ser pendurado na extremidade livre e a régua 
como o referencial. Com isso, o pesquisador 
determinou a constante elástica da mola e a 
frequência angular de oscilação que o sistema terá 
quando for colocado a oscilar em movimento 
harmônico simples. 
 
 
Considerando que a gravidade no local é igual a 10 
𝑚
𝑠2
, 
os valores determinados são, aproximadamente, iguais 
a 
a) 1,00 
𝑁
𝑚
 e 3,16 
𝑟𝑎𝑑
𝑠
. 
b) 2,90 
𝑁
𝑚
 e 5,38 
𝑟𝑎𝑑
𝑠
. 
c) 4,00 
𝑁
𝑚
 e 6,32 
𝑟𝑎𝑑
𝑠
. 
d) 40,0 
𝑁
𝑚
 e 0,63 
𝑟𝑎𝑑
𝑠
. 
 
 RASCUNHO 
 
 
 
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29. (Uerj 2020) Um portão fixado a uma coluna está 
articulado nos pontos 𝑃1 e 𝑃2, conforme ilustra a 
imagem a seguir, que indica também três outros 
pontos: 𝑂,  𝐴 e 𝐵. Sabe-se que 𝑂𝐵 = 2,4 𝑚 e 𝑂𝐴 =
0,8 𝑚. 
 
Para abrir o portão, uma pessoa exerce uma força 
perpendicular de 20 𝑁 no ponto 𝐵, produzindo um 
momento resultante 𝑀𝐵 . 
 
O menor valor da força que deve ser aplicada no ponto 
𝐴 para que o momento resultante seja igual a 𝑀𝐵, em 
newtons, corresponde a: 
a) 15 
b) 30 
c) 45 
d) 60 
 
30. (Fmp 2020) A centrifugação é o principal método 
para separação do plasma do sangue. O esquema 
simplificado de uma centrífuga de laboratório é 
mostrado na Figura abaixo, onde duas ampolas de 
massas iguais giram com velocidade angular constante 
𝜔 em torno de um ponto 𝑂, presas pelos vínculos 𝑉. 
 
Na fábrica desse equipamento, é feito um teste de 
funcionamento, no qual os vínculos 𝑉 são submetidos 
a uma força radial de 300 𝑁. 
 
Se a massa das ampolas é de 12,0 𝑔, a velocidade 
angular, em 
𝑟𝑎𝑑
𝑠
, da centrífuga neste teste é, 
aproximadamente, 
a) 200 
b) 360 
c) 500 
d) 250 
e) 400 
 RASCUNHO 
 
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31. (Ufpr 2020) Um objeto de massa 𝑚 constante 
está situado no topo de um plano inclinado sem atrito, 
de ângulo de inclinação 𝜃, conforme mostra a figura a 
seguir. O objeto está inicialmente em repouso, a uma 
altura 𝐻 da base do plano inclinado, e pode ser 
considerado uma partícula, tendo em conta as 
dimensões envolvidas. Num dado instante, ele é solto 
e desce o plano inclinado, chegando à sua base num 
instante posterior. Durante o movimento, o objeto não 
fica sujeito a nenhum tipo de atrito e as observações 
são feitas por um referencialinercial. No local, a 
aceleração gravitacional vale, em módulo, 𝑔. 
 
Levando em consideração os dados apresentados, 
assinale a alternativa que corresponde ao valor do 
módulo da quantidade de movimento (momento 
linear) 𝑄 que o objeto de massa 𝑚 adquire ao chegar 
à base do plano inclinado. 
a) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻. 
b) 𝑄 = √2𝑚𝑔𝐻. 
c) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻 𝑡𝑔 𝜃. 
d) 𝑄 = 𝑚√2𝑔𝐻 𝑠𝑒𝑛 𝜃. 
e) 𝑄 = √2𝑚𝑔𝐻 𝑐𝑜𝑠 𝜃. 
 
32. (Unicamp 2020) As escadas flutuantes em cascata 
feitas em concreto armado são um elemento 
arquitetônico arrojado, que confere leveza a uma 
estrutura intrinsecamente massiva. Essas escadas são 
apoiadas somente na extremidade superior 
(normalmente em uma parede) e no chão. O esquema 
abaixo mostra as forças aplicadas na escada pela 
parede (�⃗�𝑃) e pelo chão (�⃗�𝐶), além da força peso (𝑚�⃗�) 
aplicada pela Terra, todas pertencentes a um plano 
vertical. 
 
 
 
Com base nesse esquema, é correto afirmar que 
a) 𝐹𝑃 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑃 = 𝐹𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝐶 e 𝐹𝑃 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝑃 + 𝐹𝐶 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝐶 = 𝑚𝑔. 
b) 𝐹𝑃 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝑃 = 𝐹𝐶 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝐶 e 𝐹𝑃 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑃 + 𝐹𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝐶 = 𝑚𝑔. 
c) 𝐹𝑃 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝑃 = 𝐹𝐶 𝑐𝑜𝑠 𝜃𝐶 e 𝐹𝑃 + 𝐹𝐶 = 𝑚𝑔. 
d) 𝐹𝑃 = 𝐹𝐶 e 𝐹𝑃 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝑃 + 𝐹𝐶 𝑠 𝑒𝑛𝜃𝐶 = 𝑚𝑔 
 
FIM DA PROVA DE FÍSICA 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUÍMICA 
 
33. (UNIVALI-SC) O bromato de potássio, produto de 
aplicação controvertida na fabricação de pãe. Os 
elementos que o constituem, na ordem indicada na 
fórmula, são das famílias dos: 
 
a) alcalinos, halogênios e calcogênios. 
b) halogênios, calcogênios, alcalinos. 
c) calcogênios, halogênios, alcalinos. 
d) alcalino terrosos, calcogênios, halogênios. 
e) alcalino terrosos, halogênios, calcogênios. 
 
34. (vunesp) As substâncias X, Y e Z, sólidas a 
temperatura ambiente, apresentam as propriedades 
físicas resumidas na tabela adiante. Com base nestes 
dados, conclui-se que:
 
a) X é uma substância iônica; Y e Z são substâncias 
covalentes. 
b) X é uma substância iônica; Y é um metal e Z é uma 
substância covalente. 
c) X é uma substância covalente; Y e Z são substâncias 
iônicas. 
d) X e Y São substância covalente e Z é uma substância 
iônica. 
e) X, Y e Z são substâncias iônicas. 
 
35. (Espcex - 2013) A água oxigenada ou solução 
aquosa de peróxido de hidrogênio (H2O2 ) é uma espécie 
bastante utilizada no dia a dia na desinfecção de lentes 
de contato e ferimentos. A sua decomposição produz 
oxigênio gasoso e pode ser acelerada por alguns fatores 
como o incremento da temperatura e a adição de 
catalisadores. Um estudo experimental da cinética da 
reação de decomposição da água oxigenada foi 
realizado alterando-se fatores como a temperatura e o 
emprego de catalisadores, seguindo as condições 
experimentais listadas na tabela a seguir: 
 
 
 
Analisando os dados fornecidos, assinale a alternativa 
correta que indica a ordem crescente dos tempos de 
duração dos experimentos. 
 
a) t1 < t2 < t3 
b) t3 < t4 < t2 < t1 
c) t3 < t2 < t1 
d) t4 < t2 < t3 < t1 
e) t1 < t3 < t4 < t2 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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36. (ITA-SP) Em relação ao tamanho de átomos e íons, 
são feitas as afirmações seguintes: 
I. O Cℓ 1- (g) é menor do que o Cℓ(g) 
II. O Na+ (g) é menor do que o Na(g) 
III. O Ca2+(g) é maior do que o Mg2+(g) 
IV. O Cℓ(g) é maior do que o Br(g) 
Das afirmações anteriores, estão corretas apenas: 
 
a) II. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
 
37. (UFSM-RS) Associe a 2ª coluna à 1ª, considerando 
os ácidos. 
 
Coluna 1ª 
 
1 – H4P2O7 
2 – H3PO3 
3 – H3PO4 
4 – HCℓO2 
5 – HCℓO3 
6 – HCℓO4 
7 – H2SO3 
8 – HNO2 
Coluna 2ª 
 
a- fosfórico 
b- fosforoso 
c- nitroso 
d- nítrico 
e- hipofosforoso 
f- pirofosfórico 
g- sulfuroso 
h- cloroso 
i- perclórico 
j- clórico 
l- sulfúrico 
 
A sequência das combinações corretas é: 
a) 1e - 2f - 3a - 4h - 5b - 6j - 7g - 8d. 
b) 1f - 2e - 3b - 4j - 5h - 6i - 7l - 8c. 
c) 1b - 2e - 3f - 4i - 5j - 6h - 7g - 8d. 
d) 1e - 2b - 3f - 4j - 5i - 6h - 7l - 8d. 
e) 1f - 2b - 3a - 4h - 5j - 6i - 7g - 8c. 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38. (UFPa-PA) Na madeira serrada, aparecem, às vezes, 
manchas ocasionadas por cloreto férrico e sulfato 
férrico. A certeza de que essas manchas são devidas à 
presença de sais de ferro (III) e não a algum outro fator, 
como, por exemplo, a decomposição provocada por 
fungos, reside no teste com o ferrocianeto de 
potássio, em que se forma um precipitado, 
denominado azul-da-Prússia, o ferrocianeto férrico. 
Utilizando-se os ânions Cl-1 , SO4 2- e [Fe(CN)6] 4- , os 
sais mencionados apresentam, respectivamente, as 
fórmulas: 
 
a) FeCl2; FeSO4; K4[Fe(CN)6]; Fe2[Fe(CN)6] 
b) FeCl2; FeSO4; K3[Fe(CN)6]; Fe3[Fe(CN)6] 
c)FeCl3; Fe2(SO4)3; K4[Fe(CN)6]; Fe4[Fe(CN)6]3 
d)FeCl3; Fe2(SO4)3; K3[Fe(CN)6]; Fe4[Fe(CN)6]3 
e) FeCl3; FeSO4; K4[Fe(CN)6]; Fe[Fe(CN)6] 
 
39. (UNIRIO-RJ) As reações entre os ácidos e as bases 
produzem sal e água. Tendo em vista que estas reações 
são de neutralização parcial, indique a única opção que 
representa a equação da reação onde não é obtido um 
sal ácido ou sal básico, pois não se trata de reação de 
neutralização parcial. 
 
 
a) H2SO4 + NaOH → NaHSO4 + H2O 
b) HNO3 + Ca(OH) 2 → Ca(OH)NO3 + H2O 
c) H3PO4 + 2LiOH → Li2HPO4 + 2H2O 
d) HCℓ+ Mg(OH)2 → Mg(OH)Cℓ + H2O 
e) H3PO3 + 2KOH → K2HPO3 + 2H2O 
 
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40. (PUCCAMP-SP) O NH4CℓO4 propelente sólido de 
foguetes e NaHCO3, de comercialização controlada para 
restringir a produção do "crack", são, respectivamente, 
os compostos 
 
a) clorato de amônia e carbonato de sódio. 
b) perclorato de amônio e carbonato ácido de sódio. 
c) hipoclorito de amônio e oxalato ácido de sódio. 
d) clorito de amônia e carbeto de sódio. 
e) cloreto de amônio e bicarbonato de sódio. 
 
 
41. (ENEM) Numa rodovia pavimentada, ocorreu o 
tombamento de um caminhão que transportava ácido 
sulfúrico concentrado. Parte da sua carga fluiu para um 
curso d'água não poluído que deve ter sofrido, como 
consequência, 
I. mortalidade de peixes acima da normal no local do 
derrame de ácido e em suas proximidades. 
II. variação do pH em função da distância e da direção 
da corrente de água. 
III. danos permanentes na qualidade de suas águas. 
IV. aumento momentâneo da temperatura da água no 
local do derrame. 
É correto afirmar que, dessas consequências, apenas 
podem ocorrer 
 
a) I e II. 
b) II e III. 
c) II e IV 
d) I, II e IV 
e) II, III e IV 
 
42. (FEI-SP) Considerando as reações químicas 
representadas pelas equações da coluna I, faça 
associação com os dados da coluna II, de acordo com 
a classificação correta. 
 
Coluna I 
 
(1) CaCO3 → CaO + CO2 
(2) CO2 +H2O + NH3 →NH4HCO3 
(3) NaCl + NH4HCO3 → NaHCO3 + NH4Cl 
(4) Fe + 2HCl → FeCl2 +H2 
 
Coluna II 
 
(I) reação de síntese ou adição 
(II) reação de decomposição ou análise 
(III) reação de deslocamento 
(IV) reação de dupla troca 
 
a) 1 - II; 2 - III; 3 - I; 4 - III 
b) 1 - II; 2 - I; 3 - IV; 4 - III 
c) 1 - I; 2 - II; 3 - III; 4 - IV 
d) 1 - I; 2 - III; 3 - II; 4 - IV 
e) 1 - III; 2 - IV; 3 - I; 4 – II 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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43. (UFRN-RN) No texto abaixo, adaptado do romance 
"Grande Sertão: Veredas", de Guimarães Rosa, o 
jagunço Riobaldo Tatarana descreve, em linguagem 
literária, a ocorrência de um curioso fenômeno que 
observou. Apois, um dia, num curtume, a faquinha 
minha, que eu tinha, caiu dentro de um tanque; era só 
caldo de casca-de-curtir, barbatimão, angico, lá sei que 
taninos. - Amanhã eu tiro... - falei comigo. Porque era 
de noite, luz nenhuma eu não tinha. Ah, então saiba: no 
outro dia, cedo, a faca, o ferro dela, estava roído, quase 
por metade, carcomido por aquela aguinha escura e 
azeda, toda quieta, pouco borbulhando. Deixei, mais pra 
ver... Sabe o que foi? Pois, nessa mesma tarde, da 
faquinha, só se achava o cabo... O cabo - por não ser 
de frio metal, mas de chifre de veado galheiro. 
Considerando que o líquido citado (caldo de casca-de-
curtir) continha bastante tanino (ácido tânico) dissolvido, 
a reação química (corrosão do ferro pelo ácido) descrita 
acima, foi do tipo: 
 
a) síntese. 
b) dupla troca. 
c) deslocamento. 
d) decomposição. 
e) enferrugamento 
 
 
44. (UFMG) Considere os seguintes compostos 
inorgânicos: óxido ferroso, óxido férrico, dióxido de 
enxofre, trióxido de enxofre, óxido de bário, peróxido de 
bário. As fórmulas correspondentes às referidas 
substâncias, na ordem apresentada, são: 
 
a) Fe2O3, FeO, SO2, SO3, BaO2 e BaO; 
b) Fe2O3, FeO, SO3, SO2, BaO2 e BaO; 
c) FeO, Fe2O3, SO3, SO2, BaO e BaO2; 
d) FeO, Fe2O3, SO2, SO3, BaO e BaO2. 
e) FeO, Fe2O3, SO2, SO3, BaO2 e Ba2O2; 
 
 
FIM DA PROVA DE QUÍMICA 
 
RASCUNHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REDAÇÃO 
 
TEXTO I 
 
 O homem é um mutante psicológico ou foi 
sempre assim? Piora, deteriora-se? No começo 
do século passado, o físico Albert Einstein 
escreveu a outro sábio, Sigmund Freud, 
buscando uma explicação para as massas em 
guerra: "O homem encerra dentro de si um 
desejo de ódio e destruição". Freud exprimiu 
seu "inteiro acordo" e trocou a palavra 
"desejo" por "instinto". O poeta-filósofo Paul 
Valéry já detectava "uma modificação tão 
grande e tão detestável naquilo que chamaria 
de 'sensibilidade ética' dos indivíduos, na ideia 
que fazem de si mesmos e de seus 
semelhantes, no valor que eles dão à conduta 
a às consequências dos atos, que se deve 
admitir que a era do bem e do mal é uma era 
superada". 
 
Ivan Angelo, Veja São Paulo 
 
TEXO II 
 
 Há uma grande neurose no ar. E isso nos 
alarma como a profecia de Lévi-Strauss de 
“que chegaríamos à barbárie sem conhecer a 
civilização.” Cenas como os 30 cadáveres ao 
sol no pátio do necrotério de Natal, onde os 
corpos são cortados com peixeiras, fazem 
nossa pele mais dura e o coração mais frio. 
Defeitos e doçuras do povo, que eram nossa 
marca, estão dando lugar a sentimentos 
inesperados, dores nunca antes sentidas. 
Quais são os sintomas mais visíveis desse 
trauma histórico? 
 Por exemplo, o conceito de solidariedade 
natural, quase “instintiva”, está acabando. Já 
há uma grande violência do povo contra si 
mesmo. 
 Presos decapitam outros presos numa 
prisão, ônibus são queimados com os 
passageiros dentro, crianças assassinadas por 
pais e mães, uma revolta sem rumo, um rancor 
geral contra tudo. O Brasil está com ódio de si 
mesmo. Cria-se um desespero de 
autodestruição, e o País começa a se atacar. A 
crueldade é uma nova arte incorporada em 
nossas cabeças, por tudo o que vemos no dia 
a dia dos jornais e TV. Ninguém mata mais 
sem tortura. O horror está ficando aceitável, 
potável. 
 Outro nítido efeito na cabeça das pessoas 
é o fatalismo: “É assim mesmo, não tem jeito, 
não.” O fatalismo é a aceitação da desgraça. E 
vêm a desesperança e a tristeza. O Brasil está 
triste e envergonhado. 
 
Arnaldo Jabor, O Globo, 6/5/2014 (adaptado) 
 
TEXTO III 
 
 Nelson Rodrigues, numa crônica dos anos 
60, falou de um inglês de passagem pelo Rio. 
Ao lhe perguntarem que característica 
identificava no brasileiro, o visitante espiou em 
volta e declarou: a cordialidade. Referia-se às 
pessoas que, nas ruas, dirigiam-se umas às 
outras como se se conhecessem, fossem 
íntimas e se estimassem, embora nunca se 
tivessem visto. 
 Nelson fez disso um artigo, mas talvez não 
partilhasse da ideia do inglês – ou não de todo. 
Porque, em outra crônica, pouco depois, 
escreveu: "O brasileiro tem suas trevas 
interiores. Convém não provocá-las. Ninguém 
sabe o que existe lá dentro". 
 Mas se não sabíamos como era o brasileiro 
por dentro, não é por falta de exemplos que 
estamos deixando de saber. Nosso passado 
recente inclui prisioneiros metralhados às 
centenas numa cadeia, homens fritando seus 
semelhantes em "micro-ondas" nas favelas ou 
abatendo helicópteros com fuzis. Chacinas são 
vistas como faxinas. Outros degolam 
companheiros de cela, chutam cabeças de 
adversários caídos nas arquibancadas, 
agridem moradores de rua e gays e vão às 
ruas para destruir, queimar, matar. 
 Santiago Andrade, o cinegrafista morto 
pelos "black blocs", foi vítima desses 
brasileiros que estão pondo suas trevas para 
fora. Há algo de monstruoso em quem dispara 
um rojão em meio a uma multidão, indiferente 
ao que pode acontecer. Alguém fracassou na 
formação desses indivíduos. Não somos 
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cordiais, somos cruéis, e é bom que o mundo 
se cuide a nosso respeito. 
Ruy Castro, escritor e jornalista 
 
TEXTO IV 
 
 
 
 
TEXTO V 
 
A escola, lugar pródigo da violência. A 
escola tornou-se um lugar de manifestações 
de violência. Longe de ser um tema restrito 
aos seus muros e entornos, dentro dela os 
problemas de relacionamento ocorrem, as 
diferenças de classes e grupos sociais, biotipos 
físicos ou estilos de vida dão origem a 
comportamentos diferentes e aí se instalam as 
mais exacerbadas formas de intolerância que 
conduzem à violência. A violência se instala 
nos espaços escolares, muitas vezes, devido à 
falta de respeito a padrões de alteridade 
(alguns se achando com mais poder que 
outros), onde não se constrói relações de 
confiança e de prazer pela busca do 
conhecimento. Alguns alunos e, até mesmo 
professores, entendendo que a escola não é 
seu lugar de pertença, sentem-se no direito de 
destruir o prédio escolar e mobiliário, 
desrespeitar regras e conceitos. Entendem que 
a escola é o locus de prazeres sensoriais, de 
festas e onde alguns professores se colocam 
em posição de igualdade com seus alunos e aí 
o conflito se manifesta, o diálogo dotado de 
sentido não é praticado, a ética não existe e a 
violência se estabelece e se banaliza. Tudo 
tem de ser permitido, é proibido proibir. 
 
Revista do Laboratório de Estudos da Violência 
da UNESP/Marília - Ano 2017 – Edição 19 – 
Maio/2017. SAADI TOSI, Lamia Jorge 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores e 
com base nos conhecimentos construídos ao 
longo de sua formação, redija um texto 
dissertativo-argumentativo sobre o tema: "a 
banalização da violência”.

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