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Aula Introlerância a Lactose, Espru Tropical e Doença Celíaca

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INTOLERÂCIA À LACTOSE 
NUTRIÇÃO CLÍNICA
Profª Ma. Marilene Magalhães de Brito
Intolerância à lactose
 Lactose causa alergia?
Lactose – é um tipo de açúcar encontrado no leite e não é desencadeadora de alergias, mas sim de intolerância – por isso não se deve utilizar o termo “alergia à lactose”.
Intolerância à lactose
Intolerância à lactose é o nome que se dá à incapacidade parcial ou completa de digerir o açúcar existente no leite e seus derivados. Ela ocorre quando o organismo não produz, ou produz em quantidade insuficiente, uma enzima digestiva chamada lactase, que quebra e decompõe a lactose, ou seja, o açúcar do leite.
Intolerância à lactose
 Lactase 
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A capacidade do sistema em degradar a lactose depende da quantidade de lactase presente no intestino delgado e de sua atividade relativa.
Para ser absorvida, a lactose precisa ser hidrolisada no intestino 
Função: hidrolisar a lactose
Mais abundantemente no jejuno 
Produzidas pelas vilosidades intestinais que bordam o intestino delgado
Alergia
Leite – as proteínas do leite são desencadeadoras de alergias (caseínas, alfa-latoalbumina, beta-lactoglobulina). 
Sintomas: placas vermelhas pelo corpo, coceira, inchaço dos lábios e dos olhos, vômitos em jato e/ou diarreia até a anafilaxia, considerada a reação mais grave.
O quadro, geralmente, se inicia no primeiro ano de vida e a doença costuma remitir até a segunda década de vida. 
Evitar todos os alimentos que contenham as proteínas do leite. 
Intolerância à lactose - FISIOPATOLOGIA
os sintomas são decorrentes da lactose ingerida que não é absorvida
na luz intestinal, exerce força osmótica e aumenta o fluxo de fluídos para o interior do intestino
bactérias presentes no nosso intestino irão fermentar essa lactose não digerida
liberando ácidos e gases que irão causar os sintomas clássicos da intolerância
Intolerância à lactose - sintomas
distensão
dor ou cólica abdominal
náusea
aumento do borborigmo
aumento da produção de flatos
diarreia 
Intolerância à lactose – Classificação 
Problema genético muito raro, no qual a criança nasce sem a capacidade de produzir lactase. 
Alactasia congênita
Doença genética congênita muito rara na qual existe ausência de lactase. Manifesta-se
por diarreia quando o recém-nascido recebe leite contendo lactose (humano ou fórmula
à base de leite de vaca).
Hipolactasia do tipo adulto
Apesar da denominação, a diminuição de lactase pode ter início a partir dos 2 aos 3 anos
de idade, em geral dos 4 aos 5 anos, ou até após essa idade. A maior parte dos hipolactásicos tipo adulto é assintomática mesmo quando consome lactose como parte da dieta
habitual. 
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Deficiência Primária
Alactasia congênita 
Hipolactasia do tipo adulto 
Deficiência Secundária 
Intolerância à lactose – Classificação 
A diminuição enzimática secundária a doenças intestinais que é bastante comum em crianças durante o primeiro ano de vida e ocorre devido a uma diarréia persistente, a qual provoca a morte das células da mucosa intestinal, produtoras de lactase. Esta defciência é temporária, sendo eliminada à medida que houver recuperação dessas células. 
Alactasia congênita
Doença genética congênita muito rara na qual existe ausência de lactase. Manifesta-se
por diarreia quando o recém-nascido recebe leite contendo lactose (humano ou fórmula
à base de leite de vaca).
Hipolactasia do tipo adulto
Apesar da denominação, a diminuição de lactase pode ter início a partir dos 2 aos 3 anos
de idade, em geral dos 4 aos 5 anos, ou até após essa idade. A maior parte dos hipolactásicos tipo adulto é assintomática mesmo quando consome lactose como parte da dieta
habitual. 
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Deficiência Primária
Alactasia congênita 
Hipolactasia do tipo adulto 
Deficiência Secundária 
Intolerância à lactose – Classificação 
Consiste numa tendência natural do organismo em diminuir a produção de lactase com o avançar da idade. 
Alactasia congênita
Doença genética congênita muito rara na qual existe ausência de lactase. Manifesta-se
por diarreia quando o recém-nascido recebe leite contendo lactose (humano ou fórmula
à base de leite de vaca).
Hipolactasia do tipo adulto
Apesar da denominação, a diminuição de lactase pode ter início a partir dos 2 aos 3 anos
de idade, em geral dos 4 aos 5 anos, ou até após essa idade. A maior parte dos hipolactásicos tipo adulto é assintomática mesmo quando consome lactose como parte da dieta
habitual. 
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Deficiência Primária
Alactasia congênita 
Hipolactasia do tipo adulto 
Deficiência Secundária 
Intolerância à lactose – Terapia nutricional
 Alguns não necessitam excluir totalmente o leite da alimentação
No início, uma boa estratégia terapêutica é a exclusão completa da lactose da dieta até a remissão dos sintomas. 
Posteriormente, faz-se a reintrodução gradual da lactose na dieta, considerando-se a dose-limite individual. 
Estabelecida a dose máxima de lactose tolerada, o indivíduo deve assumir mudanças nos hábitos alimentares
A orientação nutricional ser personalizada 
A dose de lactose tolerada por cada indivíduo é diferente
Intolerância à lactose – Terapia nutricional
ontudo, se essas
estratégias não forem eficazes no tratamento da intolerância à lactose, algumas terapias
farmacológicas, como a administração de lactase solúvel no leite, cápsulas ou tabletes de
betagalactosidase para sólidos, podem ser utilizadas. 
É importante ressaltar que, independentemente da terapêutica adotada, deve-se considerar a necessidade de suplementação de cálcio, caso o consumo de produtos lácteos
não seja garantido. Por fim, deve ser enfatizado que a dieta com reduzido teor de lactose
deve atender às necessidades nutricionais do indivíduo e garantir um estado nutricional
adequado. 
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Capsulas de lactase
Suplementação de cálcio, caso o consumo de produtos lácteos não seja garantido. 
Por fim, deve ser enfatizado que a dieta com reduzido teor de lactose deve atender às necessidades nutricionais do indivíduo e garantir um estado nutricional adequado. 
Intolerância à lactose – Terapia nutricional
, seja por seu reduzido conteúdo de lactose ou pela presença de parte da atividade de betagalactosidase. Queijos do tipo minas (frescal, meia-cura e curado), prato, muçarela, gouda, estepe, requeijão, coalho e queijo manteiga apresentam baixo nível de lactose em relação ao leite 
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O leite humano contém de 6% a 8% e, o de vaca, de 4% a 6%
A maioria dos indivíduos com algum grau de deficiência de lactase pode tolerar a quantidade de lactose contida, por exemplo, em um copo de leite (cerca de 12 g)
Produtos como queijos, iogurtes, coalhadas e leite fermentado podem ser tolerados
pela maioria dos indivíduos que apresentam hipolactasia do tipo adulto
Intolerância à lactose - Diagnóstico
O diagnóstico desta intolerância alimentar pode ser (Sociedade Brasileira de Pediaria):
1)    Clínico. 
 Retira-se todos os alimentos com lactose da dieta e os sintomas acabam em dias ou semanas. Trata-se do procedimento mais empregado.
2)    Teste respiratório para pesquisar eliminação de hidrogênio em amostras de ar expirado. 
 A lactose não absorvia é fermentada no cólon levando à produção de hidrogênio sendo que parte deste gás é absorvido pelo intestino, alcança a corrente sanguínea e é eliminada no ar expirado dos pulmões em concentrações aumentadas.
Intolerância à lactose - Diagnóstico
O diagnóstico desta intolerância alimentar pode ser (Sociedade Brasileira dePediaria):
3)    Teste de tolerância à lactose. 
 Após a ingestão de lactose, pessoas sem esta doença apresentam elevação da glicemia (glicose formada pela quebra da lactose) a valores maiores que 20 mg/dL em relação ao jejum. Estas variações não são observadas nos intolerantes.
4)    Teste genético. 
 Quando se suspeita de intolerância primária ou congênita à lactose é possível avaliação gênica para detectar a presença de mutações que proporcionama característica de persistência da produção de lactase e tolerância à lactose
MITO OU VERDADE?
Pequenas quantidades de lactose consumidas ao longo do dia são mais bem toleradas do que se consumidas em uma única refeição. 
MITO OU VERDADE?
Iogurtes contêm baixo teor de lactose, portanto podem ser consumidos por pessoas com IL.
MITO OU VERDADE?
Esse fato pode ser atribuído ao retardo no esvaziamento gástrico. 
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Alimentos contendo lactose são mais bem tolerados se consumidos juntamente com outros alimentos (ou se a lactose é parte de alimento sólido). 
MITO OU VERDADE?
Uma das explicações para isso é o retardo do esvaziamento gástrico, que pode ser conseguido, também, por adição de chocolate
ao leite. 
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O consumo de leite integral gera menos sintomas com menor intensidade quando comparado ao consumo de leite desnatado. 
MITO OU VERDADE?
Leite de cabra ou de ovelha não tem lactose
MITO OU VERDADE?
por causa do retardo do esvaziamento gástrico, do tempo de trânsito intestinal e da capacidade de seus micro-organismos (em especial, Lactobacillus bulgaricus) em hidrolisar a lactose. 
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No caso dos iogurtes, a lactose presente nesse alimento é mais tolerada e bem digerida que a presente no leite.
Produtos: 
Intolerância à lactose – Terapia nutricional
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção de 200 ml (1 copo)
Com Lactose
Sem Lactose
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NUTRIÇÃO CLÍNICA
Profª Ma. Marilene Magalhães de Brito
ESPRU TROPICAL
ESPRU TROPICAL
Doença de má absorção comumente encontrada nas regiões tropicais, marcada por achatamento anormal das vilosidades e inflamação do revestimento do intestino delgado.
ETIOLOGIA
Ocorre, principalmente, na região do Caribe, Sul da Índia e Sudeste da Ásia;
É rara em todo o mundo;
Provoca má absorção de folato e vitamina B12 (anemia megaloblástica);
FISIOPATOLOGIA
Alterações na motilidade intestinal e células do tubo digestório;
Vilosidades intestinais anômalas;
Inflamação e atrofia gástrica;
SINTOMAS
Outros sintomas de má absorção de nutrientes específicos podem se desenvolver. A língua pode ficar irritada por deficiência de vitamina B2. A anemia costuma ser causada por uma deficiência de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico (folato), o que causa fadiga e fraqueza.
Fezes de cor clara, amolecidas, volumosas, gordurosas
Diarreia crônica
Febre
Sensação geral de doença (mal-estar)
Perda de peso 
DIAGNÓSTICO
Endoscopia;
Biópsia;
Exames laboratoriais 
Histologia da mucosa intestinal;
TRATAMENTO
Antibiotocoterapia 
Dieta enriquecida com ácido fólico e vitamina B12;
CASO CLÍNICO DE SALA
Cândida Freitas é uma estudante de 21 anos do curso de Engenharia Civil de São Carlos. Durante os últimos 6 meses, relata crises de congestão abdominal, cãibras e diarréia. Inicialmente, ela achava que estes episódios estavam associados com o estresse causado pelo excesso de atividade física. No entanto, ela percebeu que os sintomas ocorriam aproximadamente 1 hora após da ingestão de leite ou sorvete. Na sua primeira consulta médica, informou que seus pais não podiam ingerir leite. Após a suspeita de um quadro de intolerância à lactose, o médico suspendeu a ingestão de qualquer produto lácteo e encaminhou a paciente ao nutricionista. Então, Cândida procurou você como nutricionista para auxilia-la nessa melhora do quadro.
Peso: 60 kg
Altura: 1,59 m
Plano alimentar qualitativo
Orientações Nutricionais
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OBRIGADA
Ma. Marilene Magalhães
marilene_mmb@hotmail.com
Professora do Curso de Nutrição

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