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Livro-Texto - Unidade II

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120
Unidade II
Unidade II
5 FORMAS DE ENSINO E CATEGORIZAÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE
Vamos questionar as maneiras que direcionam as práticas de ensino no universo dos esportes de 
combate, as categorias estabelecidas para ensiná‑las e sua conexão com as tradições culturais, com 
as necessidades sociais, educativas e de rendimento esportivo. Podemos citar como universo das 
práticas o ensino militar, a categoria familiar, a instrução religiosa, o processo de ensino‑aprendizagem 
educativo‑escolar e por intermédio da codificação esportiva para o rendimento competitivo.
5.1 O ensino pelo estilo militar
Como já tratamos, os esportes de combate faziam referência à prática guerreira, requeriam 
grande responsabilidade na conduta e no transcurso das lutas, em especial das artes marciais. 
A  formação de exércitos e a respectiva preparação de soldados invocaram, e ainda solicitam, 
em várias atividades militares, preparação física e motora que alia movimentos de alta precisão 
estratégica no domínio corporal de opositores, apesar de que, atualmente, as guerras são muito 
mais disputadas em nível tecnológico, com armas de disparos em longo alcance e distantes da 
necessidade de contato corporal.
Instituições como exército, marinha, aeronáutica, serviços de polícia e força militar para segurança 
dos cidadãos, proteção de patrimônio público e privado exigem a manutenção de um corpo sadio, 
com prontidão perceptiva e motriz para atuar em diversas situações: protestos, segurança pública, 
defesa de fronteira, fiscalização de atividades ilícitas, assaltos, prevenção de ataques à vida, agressões 
à propriedade, ofensivas à liberdade de expressão, intimidação, sequestros etc. Daí a prática de artes 
marciais auxiliar na formação não somente de condições físicas apropriadas para agir frente a essas 
situações‑limite, como também para qualificar esses servidores para a decisão correta, a fim de manter 
o autocontrole emocional, minimizando tensões psicológicas.
O ensino de artes marciais nesse ambiente se direciona tradicionalmente à defesa pessoal, às ações 
rápidas e que se finalizem com êxito desejado e, principalmente, que não coloquem em risco a segurança 
física, apesar do uso de relativa força para dominar determinada situação.
121
ESPORTES DE COMBATE
Figura 92 – Fuzileiros navais americanos praticando golpes de combate corporal
Disponível em: https://bit.ly/3KPfrr8. Acesso em: 18 abr. 2023.
 Lembrete
Militar significa a atividade voltada à guerra ou à segurança pública.
As práticas nesses contextos são rigorosas, com treinamentos repetitivos, dando ênfase a técnicas 
específicas de controle do oponente, imobilizando‑o totalmente e neutralizando quaisquer atos 
perigosos e que coloquem em risco a vida daqueles que participam de acontecimentos momentâneos 
e ameaçadores. Modalidades como Krav Magá, Jiu‑jitsu, Judô, Karatê, Kombato, técnicas de emprego 
de tonfa, um instrumento de defesa e ataque e de domínio do oponente, e métodos de aplicação com 
spray de pimenta são usadas para estruturar e dar condições de ação aos combatentes da segurança 
pública e atos militares.
 Observação
Tonfa é uma espécie de cassetete empregado pelas polícias militares 
e de segurança urbana; geralmente consiste num instrumento de grande 
utilidade para subjugar manifestações públicas.
A figura seguinte mostra a tonfa e o spray nas mãos de policiais durante uma ação de vigilância e 
controle de manifestações urbanas na Alemanha. A polícia militar brasileira, em vários estados, também 
porta esses instrumentos.
122
Unidade II
Figura 93 – Tonfa e spray de pimenta: armas de controle policial
Disponível em: https://bit.ly/41kDENg. Acesso em: 18 abr. 2023.
Na próxima figura, é demonstrado um golpe de Krav Magá, técnica militar criada em Israel que tem 
alta efetividade para controlar atacantes. Todos os servidores militares e de segurança pública em Israel 
treinam exaustivamente esses gestos de grande precisão.
Figura 94 – Krav Magá
Disponível em: https://bit.ly/3UMg9tQ. Acesso em: 18 abr. 2023.
5.2 O ensino das práticas de combate pelas castas familiares
Camponeses e familiares aprenderam artes marciais para defender‑se devido a circunstâncias 
perigosas. Salteadores e sequestradores podiam se aproveitar e tentar assaltar e causar transtornos a 
trabalhadores, sertanejos, agricultores e outros, especialmente por estarem mais afastados das cidades 
123
ESPORTES DE COMBATE
e não contarem com a proteção de vizinhos e da movimentação urbana. Além disso, muitas famílias 
ficavam sem a presença de homens e filhos mais velhos, pois estes se encontravam em guerras ou 
trabalhando em outras localidades mais distantes. Assim, o aprendizado de técnicas de combate corporal 
se disseminou entre essas pessoas e o ensino se propagou de pais para filhos, entre cônjuges, entres avós 
e crianças. Os exercícios eram caseiros e realizados sistematicamente.
Com os monges e suas peregrinações para disseminar as filosofias e religiões, agregaram‑se os 
ensinamentos de práticas corporais de defesa pessoal, sobretudo os exercícios de movimentos dos 
animais e das forças da natureza que, alem de melhorarem a condição física, davam oportunidade para 
praticar defesas, esquivas e ataques diretos e primorosos. Assim, mulheres, pessoas idosas e crianças 
receberam instruções de como se proteger em situações perigosas.
As defesas pessoais se baseavam principalmente nas técnicas do Wushu chinês, do Ving Tsun, 
do Tai Chi Chuan, na região da China e arredores, do Judô, Aikido e do Karatê no Japão. Ainda hoje, 
mestres de artes marciais ensinam toda a família a se defender e cuidar da própria segurança pessoal 
(SANTOS, 2015). Lembre‑se de que a segurança pessoal se deve ordenadamente a práticas de prevenção 
e precaução, prontidão corporal e perceptiva, antecipação e com a finalidade de evitar o conflito. 
Caso a vida esteja em risco e não haja outra alternativa, então a reação deve ser única e bem 
contundente para afastar definitivamente o perigo. Não se deve esquecer que atuar em defesa 
pessoal com respostas instantâneas exige preparo e práticas exaustivas, repetitivas e com grande 
concentração, pois um erro pode levar a consequências danosas e prejuízos incalculáveis.
5.3 O ensino das lutas por meio de instrução religiosa
Como anteriormente discorrido, as influências religiosas foram bastante fortes para a disseminação 
das práticas de defesa pessoal; basta lembrar de Bodhidharma, o monge asiático que percorreu diversos 
templos ensinando golpes de ataque e defesa para que os monges pudessem ter maior saúde, resistência 
física, defendessem os templos e se protegessem de ataques.
As origens de várias artes marciais indicam que a prática nos santuários, templos e instituições 
religiosas se perpetuou e continua a ser difundida como atividade essencial para o bem‑estar 
dos religiosos.
A luta de defesa pessoal Arnis de Mano, por exemplo, arte de luta por meio de bastões, apesar 
de ser de origem autóctone, quando da invasão espanhola nas Filipinas, foi proibida e, assim, restrita 
a instituições mais fechadas. Os estabelecimentos religiosos eram os mais propícios a serem seguros, 
portanto as práticas se alastraram entre os monásticos. Elas têm por princípio a defesa do local religioso 
e o preparo para a defesa pessoal.
Outros aprendizados ainda são muito facilmente encontrados nessas instituições religiosas. 
A presença de rituais e orações é comumente associada aos exercícios e procura‑se uma compreensão 
profunda do uso do corpo como ferramenta para servir aos dogmas místicos das igrejas, templos e 
para se firmar frente aos avanços e às tentativas de sua destruição. Os cerimoniais são ritualizados e os 
exercícios são bem exaustivos.
124
Unidade II
O Sumô, ainda hoje, segue vários procedimentos que se baseiam em cerimoniais religiosos. Mais que 
um esporte de combate, o Sumô é um sacerdócio. Os ensinamentos passam dos lutadores mais velhos 
aos mais jovens em casas de treinamento, as quais se fundamentamem profundos princípios xintoístas 
(MARTINEZ, 1998).
Outras MECs continuam a ser lecionadas por meio de princípios mitológicos, religiosos e legendários, 
e o ensino permanece fiel às tradições, com o direcionamento para defesa pessoal, celebração religiosa, 
homenagem aos ancestrais e associado ao preparo espiritual.
Na figura seguinte, podemos ver a ritualização feita antes do combate de Sumô.
Figura 95 – Nagoya/Japão, ritual antes do combate de Sumô: 
as práticas religiosas permanecem no processo de ensino‑aprendizagem
Disponível em: https://bit.ly/3KFzmbW. Acesso em: 18 abr. 2023.
5.4 O ensino pelo processo de ensino‑aprendizagem educativo escolar e 
para a iniciação esportiva
As qualidades de quaisquer atividades físicas, desde que praticadas de maneira bem orientada, 
trazem benefícios para a saúde. Além disso, podem servir para direcionar ensinamentos de convivência 
social, ampliar as capacidades cognitivas e proporcionar bem‑estar (OLIVEIRA, 2018). Os esportes de 
combate integram com propriedade essas características e se associam aos conteúdos de formação 
acadêmica, escolar, esportiva, social e cultural.
As práticas de lutas começam a tomar corpo nos currículos escolares e já fazem parte dos 
currículos de formação profissional de Educação Física. Portanto, o ensino acadêmico da prática de 
lutas e esportes de combate visa preparar o profissional para desenvolver conteúdos apropriados nas 
áreas educativas, esportivas e recreativas.
125
ESPORTES DE COMBATE
Essa disciplina trata do despertar das qualidades físico‑motoras, culturais, sociais e cognitivas, e 
do movimento interativo dos combates corporais adaptados aos praticantes. Relações históricas, 
geopolíticas, tradições religiosas, mitológicas, desenvolvimento de características de tomada de decisão, 
autocontrole e conduta social também são debatidos e associados às práticas corporais de lutas, esportes 
de combate e artes marciais.
O ensino deve explorar estudos e pesquisas efetuados na área e, obviamente, proporcionar exercícios 
que promovam os atributos da interatividade corporal de combate por meio da oposição entre ataques 
e defesas instantâneos e imediatos, da importância do confronto e dos predicados de obtenção de 
vantagem quando da ocorrência de contenda entre opostos. O que vale é perceber o quanto o outro 
é importante para que se possa melhorar o desempenho, para conseguir aprofundar conceitos 
psicossociais, compreender as dimensões corporais, as capacidades coordenativas envolvidas nos 
movimentos, a relação interativa de distância anatômica, de deslocamentos no espaço, de orientação 
espacial de raciocínio consequente, sequencial e classificatório.
O profissional envolvido nas aulas de Educação Física e na iniciação esportiva deve propor ações de 
forma criativa, que propague a execução de combates com adaptabilidade adequada e fundamentação 
com o propósito de ampliar o repertório motor, o condicionamento anatômico natural, o despertar de 
potencialidades corporais, espirituais e psicológicas.
Figura 96 – Treinamento de atividades de combate pelos professores 
da Queensland State College, em Brisbane, Austrália, 1951
Disponível em: https://bit.ly/43GE6H8. Acesso em: 18 abr. 2023.
126
Unidade II
Figura 97 – Treinamento de jogos de combate entre professores de Educação Física na Armênia
Disponível em: https://bit.ly/3GPWi7y. Acesso em: 18 abr. 2023.
As ferramentas importantes para aplicar o processo acadêmico de ensino‑aprendizagem dos esportes 
de combate devem contar com as práticas que produzam interação corporal agonística e apositiva 
e, principalmente, seus significados e saberes. Nesse contexto, os jogos de combate são instrumentos 
essenciais para o desenvolvimento prático acadêmico‑escolar.
Exemplo de aplicação
Pesquise jogos de combate e como eles devem ser aplicados para alcançar resultados satisfatórios 
no ensino de esportes de combate. 
5.5 O ensino dirigido para o rendimento esportivo‑competitivo
Sem dúvida, o esporte competitivo é um fenômeno de abrangência mundial. Sabe‑se que, nos dias 
atuais, a preparação de atletas é uma área profissional muito difundida e, não por menos, nas MECs, 
cuja importância integra competições internacionais e afeta atividades econômicas, políticas, turísticas 
e áreas da saúde e da educação, sendo preciso profissionais que instruam, preparem e orientem atletas 
em diversas dessas modalidades.
O processo de ensino parte desde o conhecimento aprofundado das técnicas e habilidades de 
execução como de condicionamento físico. O foco se dirige para a própria MEC e para o atleta. Deve‑se 
compreender o que aquele esporte de combate determina em execuções de golpes e o que exige para 
serem realizados.
127
ESPORTES DE COMBATE
Ensina‑se ao atleta, mas antes é necessário haver bons profissionais da área. Para isso o profissional 
de Educação Física precisa, além da graduação, aprofundar seus estudos e pesquisas. Nesse modal de 
ensinamentos, deve acompanhar disputas profissionais e amadoras, treinamentos e concluir cursos que 
o insiram nas mais modernas teorias e práticas para dar ao atleta o máximo de condições, a fim de ele 
poder competir regional e internacionalmente.
Atletas de esportes de combate devem ser bem dirigidos para aprender a executar com maestria 
os golpes e compreender a importância da estruturação corporal a fim de se satisfazer frente aos 
desafios competitivos.
Várias MECs fazem parte do rol de eventos esportivos mundiais e as possibilidades são imensas. 
Ensinar a competir também é uma ciência e demanda capacidade profunda de conhecimento 
científico. Preparação física, psicológica, técnica, aproximação das necessidades do atleta e das 
características competitivas são algumas das propriedades que se desenvolvem no processo de 
ensino do esporte competitivo.
Pode‑se observar na próxima figura o treinador auxiliando o atleta na execução de golpe 
específico do Muay Thai. A presença do profissional durante o treinamento incentiva a aprendizagem 
e possibilita a correção imediata da execução do golpe. Além disso, proporciona motivação para 
que o exercício seja realizado com determinação e rigor a fim de atingir os parâmetros solicitados 
pela disputa competitiva. O profissional deve estar muito bem preparado e não apenas servir como 
instrutor geral.
Figura 98 – Treinador orientando o atleta em execução de chutes do Muay Thai
Disponível em: https://bit.ly/40faq0J. Acesso em: 18 abr. 2023.
128
Unidade II
5.6 Aplicações dos esportes de combate, saúde, desporto, terapêutica, 
bem‑estar e qualidade de vida
Como já visto no tópico anterior, os esportes de combate abrangem um vasto rol de oportunidades. 
Os aprendizados podem ser aplicados nas mais diversas áreas, o que faz deles ferramentas poderosas 
em diversas áreas do conhecimento.
Na área da educação, servem de matéria para fomentar atitudes como respeito interativo, 
autocontenção e condutas sociais equilibradas, provocar reflexões que ampliam capacidades de 
antecipação, de decisão instantânea, de desenvolvimento da inteligência intra e interpessoal; para fazer 
com que os indivíduos que os pratiquem possam usufruir do movimento e de seus elementos de ações 
movedoras para ampliar o acervo motriz, aflorar potenciais físicos e despertar o interesse no esporte de 
oposição pelo contato corporal e pela execução precisa de simetria de movimentos, nas rotinas e formas 
coreográficas, o que vai ser abordado adiante, no tópico sobre defesa pessoal e segurança individual 
(FABIO; TOWEY, 2018).
O movimento físico por meio de exercícios auxilia na manutenção da saúde. Os esportes de combate 
são excelentes práticas para possibilitar aos seus adeptos se exercitarem e favorecer as tensões de 
desequilíbrio da homeostase a fim de que o corpo possa reagir e se fortalecer, seja no contexto 
musculoesquelético articular, seja no sistema imune, no melhor funcionamento do sistema hormonal e, 
ainda, no controle da obesidade pela queima calórica intensa (RIOS et al., 2017).Portanto, os esportes de 
combate são também empregados como ações terapêuticas, ajudando os seus praticantes a equilibrar 
as funções metabólicas, a liberar endorfina e sensação de bem‑estar. Os esportes de combate têm sido 
empregados em terapias para recuperação de dependentes químicos e como metodologia para auxiliar 
pessoas a se restabelecer de estados de depressão.
 Observação
Endorfinas são neuro‑hormônios liberados pela glândula hipófise e 
servem para provocar controle da dor, sensação de leveza e de felicidade 
e limitação da irritação.
Vê‑se também a aplicação de práticas dos esportes de combate como condicionamento físico em 
geral e, especialmente, para ajudar pessoas idosas a fortalecer os membros inferiores e aprender a 
realizar quedas controladas, contribuindo para evitar lesões e fraturas, as quais são de natureza muito 
mais grave nessa faixa etária. 
129
ESPORTES DE COMBATE
A seguir, pode‑se observar pessoas idosas praticando Tai Chi Chuan num parque, ambas executando 
movimentos com bastões de madeira.
Figura 99 – Pessoas idosas praticando Tai Chi Chuan
Disponível em: https://bit.ly/3L8ceDx. Acesso em: 18 abr. 2023.
Atividades recreativas com a prática dos esportes de combate têm sido frequentes para disseminar 
ações corporais positivas, aproximação social, divulgação de projetos comunitários e de corporações 
de segurança pública e defesa nacional. Para ilustrar essas atividades, na próxima figura, a corporação de 
fuzileiros navais americanos promove a prática de golpes de esportes de combate de modo didático, 
recreativo e formativo‑educacional para jovens, com o objetivo de eles se apropriarem do acervo motor 
correspondente e promoverem a compreensão corporativa desse grupo.
Figura 100 – Prática recreativa e de aproximação por meio de gestos técnicos de esportes de combate
Disponível em: https://bit.ly/3mKFGXW. Acesso em: 18 abr. 2023.
130
Unidade II
As artes marciais, as defesas pessoais e várias maneiras de luta corporal foram se transformando 
ao longo da história em MECs. Assim, atualmente, com presença maciça nos Jogos Olímpicos, já que se 
disputa um total de mais de quase 30% do total de medalhas nesse evento esportivo, os esportes de 
combate se caracterizam fortemente pela aplicação como desporto, aparecendo em vários países como 
o esporte nacional, podendo‑se citar o Taekwondo na Coreia do Sul, o Yağlı Güres (Luta do Azeite) na 
Turquia, Sumô no Japão, Kurashi em vários países da Ásia Central, sobretudo no Uzbequistão etc.
 Saiba mais
Para aprofundar seu conhecimento na Luta Turca, assista a este 
documentário:
UNESCO. Le festival de lutte à l’huile de Kirkpinar. 2022. Disponível em: 
https://bit.ly/3Ls0hd5. Acesso em: 19 abr. 2023.
A prática de esportes de combate, sobretudo com a transformação sofrida pelas artes marciais, se 
tornou um meio de excelência para aliar atividades físicas ao bem‑estar. Vê‑se que empreendedores, 
operários, comerciantes, empresários, vendedores, representantes, enfim, profissionais de todas as áreas 
encontram‑se sobre um tatame, academia ou ringue, nas primeiras horas da manhã, no final de tarde 
ou à noite, para se exercitar com os mais distintos esportes de combate. Esses indivíduos sem interesse 
diretamente competitivo, mas com vontade de ativar o corpo, distanciam‑se dos problemas diários, 
voltam suas mentes para desafios que os movam física, emocional e intelectualmente em um universo 
de possibilidades e de imprevisibilidades. Durante esses treinos e aprendizados, também se ajustam 
práticas corporais a interatividade, interiorização e autoconhecimento, assentam‑se descobertas 
pessoais, envolvem‑se em uma atividade que os façam se encontrar; um tempo de prática exclusivo e 
distante de pressões sociais. Buscam saúde e fortalecem o espírito, relacionam‑se com a satisfação, a 
autoestima e agenciam a qualidade de vida.
5.7 Categorização das lutas por meio dos aspectos de controle corporal
O número de esportes de combate existentes no mundo todo deve ultrapassar mais de mil 
modalidades. Obviamente, conhecer suas características se torna uma tarefa árdua e demanda 
determinação, diversos estudos, pesquisas, leituras e discussões. Muitos desses esportes de combate 
possuem similaridades e são praticados no mundo todo, considerando características de golpes, gestos 
e fundamentos técnicos muito equivalentes. Voltando‑se por exemplo ao soco, pode‑se observar que a 
movimentação dos punhos em direção ao corpo do oponente é sempre muito direta e deve provocar o 
choque desejado, por isso, e de acordo com as condições de embate, temos socos do tipo jab, direto, 
cruzado, upper, swing, martelo etc. Do mesmo modo, pode‑se fazer relações com as pegadas, rasteiras, 
estrangulamentos, arremessos e restrições articulares, as quais evocam resultados idênticos, porém 
podem se modificar na maneira, na empunhadura, no modo de execução e intensidade. As variações 
ocorrem por conta de costumes, regras, estruturação esportiva, regulamentos, tradições, rituais, 
influências culturais, religiosas e mitológicas.
131
ESPORTES DE COMBATE
Destarte, emprega‑se uma categorização genérica para que o profissional de Educação Física possa 
ter fundamentação técnica com o intuito de analisar como se procede e o que incide nos combates e, 
assim, fazer uma classificação que permita compreender o acontecimento combativo.
Antes, não se deve esquecer que as disputas podem ser decididas pelas mais variadas condições 
combinadas, ou seja, a razão pela qual se está combatendo:
Combate de exclusão
O objetivo é retirar o oponente dos limites de determinada área de combate.
Veja na figura seguinte um combate entre meninas cujo objetivo é, por meio de uma barra segurada 
por ambas, provocar a saída da oponente do círculo marcado no solo. No Sumô, os atletas também 
visam expulsar o adversário da área de combate.
Figura 101 – Garotas da etnia Hmong, sul da China, disputando a luta da barra
Disponível em: https://bit.ly/3UMj7hY. Acesso em: 18 abr. 2023.
Combate de nocaute
Deve‑se provocar a perda de consciência momentânea do adversário, com batidas muito fortes 
ou estrangulamentos que permitem romper a condição de estabilidade funcional do cérebro. Como 
exemplo, cita‑se o Boxe, o Taekwondo, o Sanda/Sanshou e o Muay Thai, com golpes de socos e chutes, 
e Judô e Jiu‑jitsu com estrangulamentos.
Pode‑se apreciar, na figura seguinte, um momento do combate de Sanshou, em que os contendores 
executam chutes, cotoveladas e socos com o intuito de levar o adversário a perder a consciência e, 
assim, conquistar a vitória por nocaute.
132
Unidade II
Figura 102 – Combate de Sanshou, em que se permite chutar 
e socar a cabeça, podendo levar ao nocaute
Disponível em: https://bit.ly/40kGT61. Acesso em: 18 abr. 2023.
Combate de pontuação
Visa‑se somar determinado número de pontos obtidos por golpes desferidos em um certo tempo de 
disputa. Pode ser sem armas ou com apetrechos específicos.
Nos combates de Kendo, luta em que se usa espadas de bambu e vestimenta protetiva especial, 
a disputa é decidida pelos golpes aferidos pela arbitragem como válidos, após o toque no corpo do 
oponente. Determinado número de pontos sela a vantagem para garantir a vitória. O mesmo se sucede 
com as disputas na Esgrima.
Figura 103 – Combate de Kendo – vê‑se o golpe sobre a cabeça de um dos atletas, 
o qual permeia a pontuação a ser obtida para se conquistar a vitória
Disponível em: https://bit.ly/3AggefP. Acesso em: 18 abr. 2023.
133
ESPORTES DE COMBATE
Combate de queda
O propósito é derrubar o contendor no solo, em geral de costas. Também se pode ter por finalidade 
tirar o equilíbrio total do oponente e fazê‑lo apoiar em outra parte do corpo que não somente a região 
plantar dos pés. Várias lutas do tipo Wrestling exigem que se arremesse o adversário sobre o solo: 
Wrestling Greco‑romano, Olímpico, Luta Turca e muitas outras possuem as mesmas características. 
Podem terminar com um arremesso considerado perfeito ou somar pontos para avitória. Na figura 
seguinte, se pode ver uma projeção do Judô cuja queda foi considerada decisiva e merecedora do ponto 
máximo, terminando o combate.
Figura 104 – Judô: a queda sofrida pelo atleta de branco determinou a sua derrota por a projeção ter 
sido executada com potência, ser amplamente de costas e ter total controle do atleta atacante (azul)
Disponível em: https://bit.ly/3L7bOOJ. Acesso em: 18 abr. 2023.
Combate de finalização
Quando um dos atletas consegue aplicar determinado golpe que faz o adversário desistir 
instantaneamente, como restrições articulares ou musculares, estrangulamentos e imobilizações. 
Esportes de combate como o Judô, Jiu‑jitsu e o MMA permitem imobilizações e estrangulamentos, como 
o mostrado na figura seguinte.
134
Unidade II
Figura 105 – Estrangulamento triângulo com os braços e imobilização do adversário
Disponível em: https://bit.ly/3GVbNuZ. Acesso em: 18 abr. 2023.
Combate de tomada de território, de perda de território ou de determinado objeto
Jogo em que os combatentes, geralmente em grupo, concorrem para ocupar determinado local 
habitado pelos adversários ou em que se arrisca conquistar determinado item de propriedade do time 
contrário. Um exemplo clássico é o cabo de guerra com objeto ou o cabo de guerra humano. Essa 
modalidade já foi disputada como combate nos Jogos Olímpicos de 1900 em Antuérpia e 1920 em Paris.
Figura 106 – Cabo de guerra, perda de território
Disponível em: https://bit.ly/41B6VD0. Acesso em: 18 abr. 2023.
135
ESPORTES DE COMBATE
Vistas as condições de como obter êxito e ser considerado o vencedor pelo processo de disputa, 
parte‑se para dar um norte às categorias de dominação e de confronto, as quais oferecem a oportunidade 
de averiguar os processos de ocorrência da disputa, isto é, os atributos relativos às habilidades 
técnicas, os golpes e como os atletas se comportam uns com os outros, sobretudo nas condições de se 
engalfinharem, manterem‑se distantes ou ainda usarem armas.
5.7.1 Categorização pelo princípio de domínio
Ao se deparar com um evento de esportes de combate, muitas pessoas e, não diferentemente, os 
estudantes de Educação Física provavelmente não conseguirão compreender o que aquele combate 
significa simplesmente pelo nome ou pela origem da luta. Analisaremos de modo objetivo as ações 
motoras exercidas e como avaliar sua aplicação em cada modalidade. Sugere‑se estudar o princípio 
regente de dominação corporal e suas resultantes. Assim sendo, pode‑se estimar a característica mais 
marcante do combate e consequentemente das modalidades em disputa. Começa‑se pelo princípio 
de domínio e emergem as seguintes categorias: domínio pelo I) agarre, II) toque corporal direto e 
toque corporal indireto, III) varreduras, IV) combinações desses domínios. Obviamente, deve‑se buscar 
informações seguras sobre as regras que permeiam cada MEC.
Considerando o princípio de domínio do agarre, deve‑se verificar se há exigências nas regras 
das modalidades que determinam as seguintes especificações corporais: aprisionamento, aperto, 
tomar para si, restrição, constrição, pressão, compressão, abarcamento e contenção de uma ou mais 
partes anatômicas. Nessas circunstâncias, pode‑se notar os seguintes golpes que se associam a essas 
especificações: pegadas, projeções, arremessos corporais, empurrões, puxões, estrangulamentos, 
imobilizações e restrições articulares (coloquialmente chamadas de chave de braço, de pernas, nos 
punhos, também nos tornozelos e cotovelos, entre outras).
Alguns esportes de combate mais característicos que contêm essas especificações, e que exigem 
segurar vestimentas ou partes do corpo do adversário, podem ser aqui citadas como exemplos 
de classificação como modalidades de agarre: Judô, Jiu‑jitsu, Wrestling Olímpico, Wrestling 
Greco‑romano, Sumô, Kurashi, vários tipos de Wrestling citados ao longo do texto na unidade I, 
Glíma, Luta Turca etc.
Pode‑se ver na figura seguinte a MEC chamada de Wrestling Olímpico, cuja categoria de domínio é 
denominada de agarre, pois apresenta necessidade de segurar e projetar o oponente todo o tempo, além 
de permitir a imobilização no solo. Em seguida, outra figura mostra o Judô, também categorizado como 
esporte de combate de agarre, inclusive por ser obrigatório realizar a pegada no judogui (uniforme de 
Judô) do adversário.
136
Unidade II
Figura 107 – Wrestling Olímpico: categoria de domínio é o agarre
Disponível em: https://bit.ly/3UOFQdj. Acesso em: 18 abr. 2023.
Figura 108 – Judô, modalidade de esporte de combate categorizada pelo princípio 
de domínio de agarre; é obrigatória a pegada no uniforme do oponente
Disponível em: https://bit.ly/3MTW6HV. Acesso em: 18 abr. 2023.
Outro princípio de domínio é o toque corporal, sempre de natureza instantânea, exigindo 
muita potência muscular e sendo sucessivamente incisivo, cujo contato pode ser direto: quando 
realizado com o emprego de quaisquer partes do corpo, como mãos, punho, cabeça, joelhos, pernas, 
pés, ombros e dedos sobre o corpo do adversário; ou indireto: por meio do uso de utensílios de 
contundência, como espadas, sabres, floretes, rapeiras, bastões, chicotes, facas, gládios, machados, 
correntes, cordas, nunchaku (dois bastões conectados por uma corrente), cimitarras, alfanges e 
tantos outros objetos que possam atingir o opositor.
137
ESPORTES DE COMBATE
As especificações que se alinham ao toque corporal direto são choque, colisão, pancadas, 
percussão e a deformação. Lembramos que golpes como bofetadas, socos, por exemplo, do Boxe, 
Muay Thai, MMA, Karatê, chutes, observados no Taekwondo, Muay Thai, Karatê, Sanda, Sambo, 
as pernadas, cotoveladas e joelhadas, muito características do Muay Thai e do MMA, as cuteladas 
do Wushu chinês e do Karatê, entre outros, constituem‑se de fundamentos categorizados como de 
choque corporal direto.
Veja na figura seguinte um momento do combate de Muay Thai, em que se pode detectar a 
execução de soco e joelhada entre os competidores.
Figura 109 – Socos e joelhadas no Muay Thai
Disponível em: https://bit.ly/3mSvaxE. Acesso em: 18 abr. 2023.
Já no toque corporal indireto, as particularizações encontradas são de ordem a obter açoitamentos, 
dilacerações, furagem, perfuração, batida e cortagem.
Esportes de combate que empregam apetrechos que se coadunam nessas especificações, atualmente, 
não têm suas ações que conduziriam a resultados danosos e prejuízos graves a quem fosse atingido 
por essas armas. Por esse motivo, são esportes disputados com roupas de proteção especiais e com 
objetos de acometimento que perderam sua função incisiva. Mesmo assim, os golpes seriam aplicados 
com a mesma determinação. Pode‑se citar a batida com instrumentos curtos ou longos de madeira, 
isto é, as bastonadas e estocadas, técnica de ataque efetuada respectivamente com o meio ou a ponta 
de bastões, o ato de cortar e trespassar obtidos por intermédio de acometimentos usando‑se utensílios 
supostamente afiados e de perfuração. Chicotear, bater, picar, martelar e machadar são outros exemplos 
de golpes que se caracterizam como de toque corporal indireto.
138
Unidade II
Na figura seguinte, se aprecia uma disputa do Jogo do Pau, esporte de combate típico de Portugal, 
cujas bastonadas são os golpes principais utilizados na disputa. Na figura, apresenta‑se em um festival 
como demonstração, sem haver o contato que se realiza quando das disputas esportivas competitivas, 
em que há também indumentária de proteção.
Figura 110 – Bastonadas desferidas no Jogo do Pau em festival
Disponível em: https://bit.ly/3mKNLfe. Acesso em: 18 abr. 2023.
Pode‑se ver também na próxima figura a execução e o golpe de espadas na Esgrima; o que seria muito 
danoso ao receptor desse golpe, hoje, não passa de um toque registrado eletronicamente. A Esgrima 
permite, dependendo da arma, a pontuação pelo toque referente à hipotética perfuração ou ao corte.
Figura 111 – Toque efetuado pelo esgrimista como se fosse perfurar o corpo do adversário
Disponível em: https://bit.ly/3AcoTjq.Acesso em: 18 abr. 2023.
139
ESPORTES DE COMBATE
Outro princípio de domínio são as varreduras. Como a própria palavra designa, o movimento é 
especificado como de execução de uma varrida, isto é, como se fosse aplicada uma técnica peculiar 
que produzisse o escorregamento do oponente pelo arraste do próprio peso corporal, ocasionando 
uma derrubada súbita e deslizante. A especificação se associa ao conceito de “cortar por baixo”, como 
o movimento de uma foice talhando ou como de uma navalha ceifando o equilíbrio do opositor de 
maneira brusca e efetiva.
As técnicas são geralmente executadas com a região plantar dos pés, em forma de concha, ou com 
as pernas. Dificilmente, entretanto, ainda se encontra o emprego das mãos, que podem ser arrastadas 
pelos calcanhares. Podem também ser executados como se fosse uma tesoura envolvendo o quadril do 
adversário, uma perna à frente e a outra por detrás, causando um desequilíbrio arrebatador.
Os golpes mais comuns são as rasteiras, as tesouradas, os cambapés e os ganchos. Popularmente 
também se chama “passar o rodo”, como se fosse puxar os pés com um rodo de limpar chão.
Pode‑se notar na próxima figura um golpe típico do princípio de domínio varredura, uma rasteira 
interna, ou cambapé:
Figura 112 – Varredura na Capoeira, golpe cambapé
Disponível em: https://bit.ly/40lfz7E. Acesso em: 19 abr. 2023.
 Observação
Cambapé é a passagem dos pés por entre os pés de alguém num movimento 
brusco, a fim de provocar um deslize e consequente derrubada.
140
Unidade II
A modalidade que mais se destaca no uso de varreduras é a Capoeira. O Karatê tem um golpe 
específico de varredura, assim como se pode encontrar nas disputas de Sanshou ou Sanda. Contendores 
de MMA, em situações especiais, também se servem de varreduras.
Por fim, deve‑se considerar o domínio agregado que engloba as combinações de golpes de diferentes 
princípios de domínio. Pode‑se considerar os que associam o agarre com o toque, especialmente de um 
golpe muito comum do Muay Thai ou também encontrado no MMA, em que se pode verificar a aplicação 
do clinch, isto é, do movimento de abraçar a cabeça do oponente, abaixando‑a, e depois efetuar a 
joelhada na sua face, formando um golpe que combina dois princípios de domínio, simultaneamente. 
O agarre unificado com a varredura é muito corriqueiro e ocorre em especial nas modalidades em que se 
necessita efetuar essencialmente a pegada com as mãos e depois, então, executar rasteiras ou varridas 
com as pernas ou os pés para ocasionar a derrubada do adversário, como os golpes encontrados no 
Judô, Jiu‑jitsu, Sumô e Wrestling Olímpico.
Nas figuras seguintes, pode‑se observar o clinch associado à joelhada no Muay Thai e depois a um 
golpe do Judô combinando agarre com varredura.
Figura 113 – Clinch associado à joelhada no Muay Thai; 
combinação de princípios de domínio de agarre com toque
Disponível em: https://bit.ly/41kVHTz. Acesso em: 19 abr. 2023.
141
ESPORTES DE COMBATE
Figura 114 – Golpe combinando princípios de domínio no Judô: 
agarre pela pegada e varredura executada pela rasteira da perna
Disponível em: https://bit.ly/41Ci8Dm. Acesso em: 19 abr. 2023.
Exemplo de aplicação
Após a leitura do tópico sobre princípios de domínio, pesquise outras MECs que permitam a 
combinação de princípios de domínio.
 
5.7.2 Categorização pelo princípio de confronto
A confrontação nas MECs exige distância segura tanto para evitar ser golpeado, esquivando‑se 
apropriadamente, como também para poder executar sua estratégia de ataque e de bloqueios durante 
a disputa. Dependendo de como se estipulam as regras de combate, a área de contenda, os golpes 
permitidos e as obrigações de executar acometimentos, é necessário abordar ou se arredar de seu 
opositor com deslocamentos frequentes, instantâneos e decisivos.
Pode‑se enumerar os princípios de confronto pelas seguintes categorias:
• ajuste de distância;
• esquivas;
• bloqueios;
• contra‑ataques.
142
Unidade II
Ajustes de distância acontecem muito em função da regra obrigatória de realizar a pegada corporal 
ou na vestimenta do oponente, como se pode notar nos seguintes esportes de combate: Wrestling de 
todos os tipos, pois é necessário abarcar o oponente para então poder dar seguimento aos golpes 
de projeção, arremessos, lançamentos corporais, empurrões e outras técnicas. O Judô, Jiu‑jitsu, Glíma, 
Schwingen, Sumô e a Luta Turca são outros exemplos cujo envolvimento corporal é obrigatório e 
intenso. Essa característica, em que o distanciamento é mínimo ou praticamente inexistente, então, 
é denominada de ajuste de distância curto, pois a aproximação é muito justa e os atletas devem 
permanecer praticamente o tempo todo em contato corporal.
Caso não haja necessidade de realizar as pegadas ou segurar seu oponente, pois a regra não 
permite ou limita esse tipo de ação, elegendo os golpes de contato por batida, colisão ou choque 
executados diretamente com os membros corporais, como punhos, braços, joelhos, pés e pernas, 
verifica‑se um distanciamento maior entre os atletas considerando o comprimento dos respectivos 
segmentos corporais envolvidos nos toques diretos. Os contendores mantêm essa distância para 
evitar serem atingidos. A distância se reduz quando um dos adversários deseja golpear o outro 
de acordo com as regras da disputa. Dessa maneira, temos a categoria de ajuste de distância 
intermediário ou médio.
O uso de implementos como bastões, espadas, sabres, floretes, rapeiras, facas, machados e 
chicotes, para acertar golpes no oponente, exige um espaçamento mais longínquo entre os atletas, 
pois, além do comprimento dos segmentos corporais, agrega‑se, adicionalmente, a lonjura do alcance 
do aparato de ataque. Como nos princípios de confronto anteriores, para efetuar qualquer golpe, 
há a necessidade de aproximação corporal rápida e decisiva, entretanto, por segurança, o ajuste de 
distância fica mais espaçado entre os competidores, caracterizando o ajuste de distância longo. MECs 
como Esgrima, Nguni, Jogo do Pau, Kendo e Nunchaku, demandam espaçamento apropriado que 
categoriza o ajuste mais distante entre os atletas.
5.7.3 As esquivas e a diferenciação contra bloqueios corporais
As esquivas corporais são maneiras de enfrentamento, nas quais propositadamente um dos 
contendores procura, de modo contínuo, sair do raio de ações do oponente, principalmente por forçar o 
adversário a executar o golpe sem efetividade, isto é, provocando o desperdício de energia imposto na 
realização do ataque. A esquiva se constitui de uma fuga inteligente, fazendo com que o adversário vá 
esgotando as possibilidades de sucesso, perca o ímpeto de acometimento e também possa se distrair e 
deixar brechas para contra‑ataques.
Contrárias às defesas e bloqueios, as esquivas não permitem que o golpe alcance o seu objetivo 
para determinar pontuação, finalização ou nocaute, e o efeito é nulo, fazendo com que o atacante 
se desequilibre, perca a concentração e também se irrite se não tiver bom preparo para evitar a 
impulsividade desmedida. Evadir‑se do ataque, sem ser atingido, projetado e imobilizado exige muito 
treino, em especial, de agilidade.
143
ESPORTES DE COMBATE
 Lembrete
Esquiva é um ato motor específico dos esportes de combate e se 
relaciona com o escapar do alcance dos golpes do adversário.
Os bloqueios e defesas são anteparos aos golpes e demandam grande concentração para que sua 
eficácia seja completa, pois o golpe é realizado, mas sofre um impedimento de seu impacto ou da 
formação de posicionamento favorável ao êxito de decisão. Por exemplo, no Boxe, o lutador recebe 
o soco e por meio da “guarda elevada” protege o rosto ou a região abdominal. A posição de guarda é 
aquela que preserva os locais que serão atingidos.
Observe exemplos de esquivas corporais para trás após um chute na modalidade de Muay Thai e 
compare com a figura que mostra a guarda elevada no Boxe, em que o lutador realiza uma defesa com 
a “guarda elevada”, anteparando o golpe sofrido.
Figura115 – Esquiva para trás de chute lateral; o golpe não surte qualquer efeito
Disponível em: https://bit.ly/3Ne9wiv. Acesso em: 19 abr. 2023.
 Observação
A posição de guarda elevada nas lutas de toques corporais diretos 
envolve manter os antebraços elevados a um ângulo aproximado entre 
45 e 60 graus, punhos fechados, cotovelos flexionados bem próximos 
do rosto.
144
Unidade II
Figura 116 – Defesa de soco com a guarda elevada; o golpe é executado, mas seu efeito 
é diminuído e incompleto por meio do bloqueio realizado pelos punhos e antebraços
Disponível em: https://bit.ly/43Nwa6O. Acesso em: 19 abr. 2023.
5.7.4 Os contra‑ataques
Durante um combate, as características dos contendores se sobressaem de acordo com estrutura 
física, determinação psicológica e táticas empregadas. Os lutadores podem ter características mais de 
atacantes, ser mais defensivos e, por fim, usar esquivas, antecipando‑se aos ataques e, em seguida, 
contragolpear com determinação. A cada ataque desferido, nota‑se que esse atacante promove uma 
abertura de sua defesa, de sua “guarda”, de seu equilíbrio; assim, muitos aguardam essa situação para 
então desferir golpes certeiros em questão de tempo muitíssimo curto.
Os contra‑ataques ocorrem em todas as MECs e têm características táticas próprias, relacionadas ao 
preparo psicológico, físico e cognitivo do lutador.
Contra‑atacar exige grande antecipação de movimentos e, como nos lembra Teixeira (2006), essa 
capacidade perceptiva é um aspecto fundamental para atletas habilidosos. Nos esportes de combate, 
essa competência é essencial, pois a velocidade de aplicação dos golpes é muito rápida; assim, além de 
poder realizar a esquiva, pode‑se concomitantemente providenciar o desfecho de golpes não esperados 
pelo adversário.
A antecipação é um preparo que se constrói por meio de vivências práticas e também faz parte 
de aptidão natural de muitos indivíduos, os quais, desde cedo, conseguem realizar movimentos 
precoces de reação e respondem com movimentos em questão de tempos incrivelmente 
curtos e rápidos.
145
ESPORTES DE COMBATE
Destarte, lutadores obrigatoriamente devem treinar movimentos de antecipação para que possam 
contra‑atacar efetivamente, já que a surpresa competitiva é um artifício muito relevante para conquistar 
a vitória. Sem dúvida, além de conhecer as estratégias do adversário, deve‑se também promover 
condições de reagir às possibilidades de ataques, esquivando‑se com precisão e desferindo golpes que o 
oponente não espera.
6 ANÁLISES ANTROPOLÓGICAS DO PROCESSO DE COMBATE HUMANO
As pessoas lutadoras parecem se prover de características competitivas muito especiais, mas não 
se pode esquecer que a atividade humana partiu de condições de sobrevivência. Assim, como se vê 
nos animais filhotes, a competição minimizada preparatória para a vida selvagem ainda é observada 
nas ações humanas. Essas ações são lembradas como brincadeiras turbulentas cujas qualidades serão 
discorridas a seguir.
6.1 As brincadeiras turbulentas
As brincadeiras turbulentas se constituem de ações espontâneas entre as crianças. São interações 
corporais fisicamente ativas e que demandam energia e disposição. Essas brincadeiras são intrínsecas à 
formação humana, assim como os animais filhotes se atracam de modo a praticar ações motoras que 
constituem a sua natureza de defesa, de caça, de domínio e de preservação.
Como os filhotes, vê‑se com frequência crianças tentando se agarrar, empurrar, segurar os braços, 
tentar derrubar, abraçar e tentar cair por cima de outrem. Mesmo entre pais e filhos, essas brincadeiras se 
sucedem, são comuns e divertidas. Essa característica premia o lúdico e a espontaneidade.
Figura 117 – Brincadeiras turbulentas: os protagonistas se 
entrelaçam corporalmente em “lutinhas” autocontroladas
Disponível em: https://bit.ly/40kIOrk. Acesso em: 19 abr. 2023.
146
Unidade II
Essas ações se associam com os protagonistas sempre com sorriso no rosto e são limitadas pelos 
próprios exageros, pois quando alguém exclama dor ou desconforto, o outro cessa a atividade de 
modo instintivo. Parece haver uma combinação prévia entre os atores de que não se pode ultrapassar 
determinados limites naturalmente compreendidos como exacerbados ou fora de controle.
O contato corporal é inerente a uma aproximação sadia, cuja intensidade é autocontrolada, flui de 
modo natural, sem imposições específicas. Como nos lembram Carvalho et al. (2003), é notório durante 
essas atividades o sorriso estampado na face dos brincantes.
Essas ações também são conhecidas como “lutinhas”, e o domínio é efetuado por rolar no chão, 
segurar e tentar prender o colega no solo. São ações vigorosas, mas sem conotação de causar danos; 
tampouco existem regras combinadas explicitamente, mas sim são inseparáveis do respeito interativo e 
de risada e divertimento mútuo (CORDAZZO et al., 2010).
Partindo dessa premissa, é importante salientar que se pode canalizar esses comportamentos 
naturais para a disciplina Esportes de Combate, organizando melhor as ações motoras e promovendo 
o desenvolvimento dos domínios físico, motor, cognitivo e afetivo‑emocional. Consequentemente, 
os esportes de combate vão auxiliar acentuadamente seus praticantes nas descobertas motoras e 
psicossociais, seja no âmbito da Educação Física escolar, seja na iniciação esportiva.
 Saiba mais
Para se aprofundar nas brincadeiras corporais infantis, leia:
FARIAS, M. J. A.; WIGGERS, I. D. “É como se fosse um ringue de mentirinha”: 
brincadeiras de luta, cotidiano e culturas infantis na escola. Revista Brasileira 
de Ciências do Esporte, São Paulo, v. 43, e011620, 2021.
6.2 Descobertas corporais por meio de lutas
É possível encontrar diversas qualidades pelas práticas de esportes de combate. As  atividades 
são bastante completas, realizadas com a integração musculoesquelética articular de modo amplo, 
incentivando a reflexão contínua entre os combatentes.
Além dos estímulos condicionantes, é necessário alcançar coordenação motora abrangente. 
As  capacidades coordenativas mais trabalhadas são equilíbrio, agilidade, reação viso‑motora, noção 
espacial e temporal, lateralidade e ambidestridade. Quando se combate, deve‑se tomar decisões imediatas 
e isso estimula a formação de reação motora fundamentada em precisão e eficácia para obter sucesso na 
empreitada física e motriz. Não se conquista domínio sobre o oponente simplesmente porque se quer, mas 
por se ter mais recursos e saber usá‑los acertadamente.
147
ESPORTES DE COMBATE
Os praticantes se permitem reativar e descobrir áreas motoras diversas e, por necessitarem de 
combinações articulares, ampliam seus repertórios de movimento e autopercepção corporal.
7 INSERÇÃO E INCLUSÃO POR MEIO DOS ESPORTES DE COMBATE
Até aqui se pôde notar que os esportes de combate favorecem enormemente uma diferenciação 
básica: lutar não é exterminar. O combate deve ser exercido não contra alguém, mas com alguém!
Portanto, é importante fazer a distinção apropriada entre violência e agressividade, pois, a partir 
dessa compreensão, se pode afirmar que a prática de esportes de combate é uma disciplina inclusiva e 
que permite interação com alto nível de inclusão social.
7.1 Agressividade versus violência
Na vida cotidiana, facilmente se encontram episódios de reações emocionais inadequadas. Pessoas, 
por não estabelecerem diretrizes de autocontrole e tomada de decisão baseadas na centralização, 
concentração e juízo de valor, muitas vezes agem inconsequentemente, com atitudes que ferem 
princípios de direitos constitucionais e da dignidade humana, com consequências desastrosas.
Portanto, cabe refletirmos brevemente sobre agressividade.
7.2 Esportes de combate formando atitudes sociais – combate ao bullying
Ao estudar e compreender os princípios de confronto descritos no tópico 5, traz‑se à tona uma 
máxima: os atletas aprendem a sair do raio de ação de seus oponentes de uma maneira muita efetiva, 
realizando as esquivas, mantendo o próprio equilíbrio e deixando oadversário em posição vulnerável. 
Reforça‑se que esse tipo de enfrentamento é realizado de forma perspicaz, pois, por meio das esquivas, 
evita‑se o contato corporal e faz‑se o adversário gastar energia e perder o equilíbrio. Não se pode 
negar que numa luta de esportes de combate, por meio das regras, exerce‑se carga física e emocional 
para conseguir a vitória. As esquivas, sendo parte do contexto esportivo, aparecem para condicionar 
o enfrentamento de modo que esses encargos sejam muito bem administrados e surtam os efeitos 
desejados pela estratégia na busca da vitória. Os atletas são, então, preparados para suportar essa pressão 
conflitante e responder apropriadamente e com eficácia. Esse preparo se traduz em competidores menos 
impulsivos, mais bem controlados e efetivos para atingir seus objetivos.
Relações sociais são bastante debatidas e procura‑se aplicar princípios de convivência em que se 
evite a opressão praticada, seja no campo físico ou psicológico. Os debates e ensinamentos se espalham 
de modo substancial e tentam conter impulsividades e exacerbações.
Grupos de adolescentes e crianças se lastreiam em comportamentos e códigos que habitam o seu 
redor. Portanto, é importante promover valores de construção ao sadio debate de ideias, com respeito 
interativo, de modo cordial e que busque o bem‑estar de todos. As ideais e disputas devem ser efetuadas 
no campo racional e equilibrado.
148
Unidade II
Nem todos somos iguais e a educação, o ambiente vivido e as influências familiares trazem 
reações aprendidas, imitadas e práticas, nas quais os resultados se apresentam com certa frequência 
por comportamentos desvirtuados, de natureza impositiva e com atitudes hostis. Em contrapartida, 
também há pessoas mais recatadas e introspectivas, e assim pode surgir a oportunidade de os primeiros 
tentarem se impor, coagirem e ultrapassarem os limites da respeitabilidade. Essa imposição constitui‑se 
no bullying, palavra de origem inglesa cuja definição é bem representada como intimidação.
Os esportes de combate têm apresentado efeitos bastante positivos na minimização desse problema 
social. Nota‑se que essa prática proporciona a redução da violência e melhor procedimento de seus 
praticantes, benefícios de aumento da autoestima, confiança e reavaliação positiva frente a adversidades, 
seja no âmbito estudantil, segundo apontam Almeida et al. (2021) e Rufino e Darido (2015), no meio 
familiar e profissional, como descrito por Gomes (2020).
 Observação
Bullying é a intimidação executada por indivíduo opressor, de modo 
sutil ou grave, por meio de atitudes ameaçadoras, físicas e psicológicas, 
cometendo coerção e tratando outrem como subordinados.
Juntando as características corriqueiras das práticas dos esportes de combate, em especial do 
exercício das esquivas e dos atributos do enfrentamento, autocontrole e respeito interativo, pode‑se 
sugerir que os praticantes de esportes de combate sabem lidar melhor com provocações e insultos, 
assim como suportam as agruras dos ataques das disputas, saindo do raio de ação do acometimento, 
deixando‑as fluírem sem efeito de serem interiorizadas, deixando passar a hostilidade do intimidador e 
causando desequilíbrio e impotência ao atacante.
Assim, os praticantes de esportes de combate se habituam com pressões sofridas pela natureza 
interativa corporal, que exige absorção das movimentações e tentativas de ataques e a estratégia 
adequada para evadir‑se e poder gerenciar a situação. Analogamente, esses praticantes levam isso 
para a vida e se mostram mais preparados para enfrentar exigências sociais, religiosas, profissionais 
e familiares.
8 A MÍDIA E OS ESPORTES DE COMBATE
Sabe‑se por pesquisas que a mídia tem grande participação e influência sobre eventos esportivos, 
pois é a mola mestra da divulgação e, por conseguinte, a grande responsável pela badalação e 
distribuição publicitária, enaltecimento de atletas e vencedores. Patrocinadores têm enorme interesse 
que suas marcas sejam espelhadas e apareçam de modo abrangente nos uniformes dos atletas e 
equipes vencedoras (HELAL; AMARO, 2015). O  esporte se coaduna com estilos e culturas, e a sua 
revelação contribui muito para estabelecer costumes, tendências e diretrizes sociais.
Não é diferente o que ocorre com os esportes de combate. As modalidades são muito apreciadas e 
há que se deixar bem explícito que desde os primórdios das competições esportivas, das quais as MECs 
149
ESPORTES DE COMBATE
fizeram parte, o fascínio e encantamento seguiam conjuntamente, em especial, pela construção do mito 
do herói, da plasticidade visual dos confrontos, da reflexão sobre uma competição acirrada, em que 
competidor deseja derrotar o seu adversário com habilidades específicas e regradas, combinadas com a 
força física, mental e emocional.
8.1 Esportes de combate como entretenimento visual
Para Secotte e Dionisio (2019), a pulsão e o prazer em assistir às MECs representam disfarçadamente 
o seu ímpeto e expressão participativa, que constitui a construção da própria sobrevivência humana.
A visualização midiática das disputas das MECs funda uma relação próxima com as necessidades 
descritas por Freud nos aspectos de formação relativa de pertencimento da vitória ou da derrota, com 
consequências de euforia e desalento (SECOTTE; DIONISIO, 2019).
O entretenimento de contemplação pelas mais diversas habilidades e combinação de decisões 
instantâneas atrai um grande público, por isso se observam campeonatos lotados e, adicionalmente, a 
televisão, os streamings e as redes sociais ficam movimentados, com audiências elevadas e com ampla 
participação de fãs, torcedores, apostadores e patrocinadores.
O cinema também tem grande apelo na divulgação das MECs e suas relações sociais, culturais 
e econômicas, havendo grande aceitação e sucesso de público. Filmes como Rocky, um lutador; 
O grande dragão branco; O último samurai; Besouro; O grande mestre; Ong‑Bak – guerreiro sagrado; 
A fúria do dragão; A grande vitória; Karate kid; The fencer, a animação Kung fu panda e diversas 
outras películas são sucesso de público e contam histórias, mostram características específicas das 
MECs e atraem multidões.
Outra maneira de verificar o alcance do entretenimento visual dos esportes de combate e as íntimas 
relações que se observam em sua audiência é a participação virtual em jogos eletrônicos que preconizam 
disputas e competições das MECs. Esses jogos estão cada vez mais sofisticados e reproduzem confrontos 
com e sem armas, com grande qualidade técnica.
O problema é que eles não traduzem totalmente a sensação interativa corporal presencial e 
competitiva. Vive‑se uma fantasia que desperta sensações de vitória e derrota; porém, como o 
jogo pode ser reprogramado, pode‑se construir sentimentos distantes daqueles fomentados pelo 
cotidiano do esporte.
Para os profissionais de Educação Física, surge a possibilidade de usar esses filmes e jogos como 
instrumentos para fomentar desafios de engajamento presencial na busca de ampliação de repertório 
motor, reflexões acerca do oponente e no encontro de provocações motrizes para despertar o prazer da 
prática dos esportes de combate.
150
Unidade II
8.2 Aspectos socioformativos – a ética na prática dos esportes de combate
A formação social a ser alcançada pela prática dos esportes de combate se associa aos princípios 
de atuação comportamental, construída por movimentos, gestos técnicos, ações motrizes específicas e 
também pelas exigências requeridas nos locais de treinamento, apesar de ser muitas vezes mostrado 
na mídia que os lutadores não têm quaisquer motivos para se portar de acordo com normas de boa 
convivência, para incitar ânimos e provocar reações emocionais.
Já citamos a esquiva como um modo de saber enfrentar situações de opressão, além disso, o 
condicionamento físico produz corpos mais saudáveis. A provocação intensa sofrida em um combate 
promove a necessidade de reflexão rápida, tomada de decisão instantânea, e o emprego corporal 
ensinaque aquilo que é impingido pode ser recebido, aprendendo‑se pelo despertar da dor e da 
superação. O repertório motor é ampliado e necessita‑se de disciplina e determinação para alcançar 
resultados tanto de desempenho competitivo como de autoconhecimento e autoestima.
A etiqueta exigida na prática, como saudações ao local de prática, aos mestres, aos árbitros e aos 
oponentes, conduta respeitadora, seguimento estrito das regras dos combates e portar‑se de modo 
a incentivar o progresso de seus pares, todas exigidas pelo mestre das artes marciais, treinadores e 
professores, acaba por instigar a formação de hábitos de convivência que abrangem todas as esferas 
de ação humana, pois o comportamento determinado e cumprido nos tatames, ringues, tapetes de 
competição é esperado pela sociedade; o progresso observado individualmente se difunde no progresso 
coletivo. Observam‑se atitudes de procura da verdade, construção do entendimento e empatia mútua. 
A prática disciplinada e bem direcionada aflora atitudes positivas.
Lima e Maia (2021), após estudarem e revisarem várias pesquisas concretizadas para relacionar 
a concepção ética à prática de artes marciais, percebem que seus praticantes atingem e exercem 
valores extremamente bem fundamentados na solidariedade, no incentivo ao juízo de valor, ou seja, 
na reflexão ponderada e questionadora, que levam à formação do caráter e ao envolvimento na 
construção de harmonia social e bem‑estar, alicerceados no respeito pela opinião contrária, na busca 
de denominadores comuns e de uma sociedade mais integrada em valores que permeiam a liberdade 
e a dignidade humana.
Conclui‑se que a prática, seja de modo competitiva, ou então condicionante para a saúde ou, 
finalmente, também recreativa, dos esportes de combate, insere a constituição de princípios e valores 
essenciais para a formação de indivíduos, que, em geral, os agregam em sua preparação para exercer 
posição de destaque em todos os âmbitos da sociedade.
8.2.1 Relação psicossocial entre lutadores – aspectos antropológicos
Desde o início deste livro‑texto, foi se reforçando a ideia da relação inseparável das lutas e a formação 
da sociedade, pois sem enfrentar desafios inerentes ao universo animal, seguramente, nos dias de hoje, 
não existiria a humanidade.
151
ESPORTES DE COMBATE
A mídia em geral sugere favorecer a ideia de que as atitudes dos lutadores são selvagens e ferozes, 
mas a prática e as competições parecem contrariar essa disposição.
Da antropologia social, obtêm‑se afirmações, segundo Evans‑Pritchard (2021) e Radcliffe‑Brown 
(1973), de que as sociedades humanas são códigos naturais cujos componentes são totalmente 
interdependentes, cada qual dando a sua contribuição para manter o sistema maior, em relações 
sofisticadas e imprescindíveis. A história, a funcionalidade da convivência e a criação de diretrizes para 
o desenvolvimento humano sugerem e permitem dar certezas à importância das lutas na sociedade, 
como já foi disposto.
A relação entre oponentes e maneiras diferentes de ver, sentir e escolher sempre existiu, existe e 
sempre existirá, e a história humana confirma categoricamente que não há data para que isso possa 
terminar. O ser humano é individual e biologicamente diferente, ponto‑final. Essa diferença posta à prova 
se traduz em elevação para atear vigor nas relações sociais e isso se engrandece por meio dos confrontos 
efetivados nos esportes de combate. O outro e eu, diferentes, mas confrontados pelos mesmos objetivos. 
Cada qual à sua maneira na busca de suas metas.
Para isso, se aprendeu a usar os esportes de combate a fim de erguer a estruturação de seres 
que pudessem enfrentar as próprias dúvidas, as incertezas da convivência, as agruras do controle 
dos desejos e, principalmente e de forma constante, buscar autoconhecimento e ampliação do 
bem comum.
Lutadores em um combate não só tentam se sobrepor ao adversário, mas pincipalmente expressar 
seus sentimentos e mostrar seu preparo. Aprecia‑se a disposição e a conquista, porém os oponentes, 
independentemente de quem saiu vencedor, aprendem a escutar a própria voz, a enxergar oportunidades, 
a sentir os aspectos dos movimentos corporais e a obtenção de desempenho.
Conforme Pires, Lima e Penna (2019), saber aguentar os treinamentos, lidar com competições, em 
que você e seus adversários são os alvos constantes das ações de combate, constrói seres resilientes. 
O desafio promove motivação.
Combater com o próprio corpo, contra alguém que está buscando os mesmos objetivos, torna a 
relação aberta, franca e proporciona oportunidade para descobrir o seu potencial a partir das exigências 
de outrem.
Além dessa interatividade corporal, os lutadores, após treinos e competições, compreendem 
com maior profundidade emocional o que significam a vitória e a derrota. Parece haver uma maior 
sensação de aproximação com o adversário, pois sem ele não haveria tantas possibilidades de 
desenvolvimento físico e espiritual. O adversário é o maior provocador de reflexões, o maior desafio, 
o grande mestre pelo qual é possível se atualizar e se modificar, aquele que permite a mais interna 
transformação. Por meio da imposição imediata e bastante intensa do confronto, os esportes de 
combate fazem seres preparados para lidar com a contrariedade e com respostas desafiadoras. 
Os atletas se respeitam e descobrem no oponente não apenas alguém contra o qual se vai lutar, 
152
Unidade II
mas alguém com quem se vai lutar, assim como observado por Rodrigues, Evans e Galatti (2019); 
a identidade social conecta participantes competitivos de esportes de combate.
Portanto, os esportes de combate têm papel fundamental na organização social, favorecem o 
entendimento de vários porquês de nossa existência e assentam considerações profundas sobre 
comportamento que visam a permanência do ser, a dignidade humana e a liberdade. O profissional de 
Educação Física precisa estar preparado para ensinar, disseminar e promover essa prática tão especial e 
tão sensível, a qual vai ao encontro do desenvolvimento integral do ser humano.
153
ESPORTES DE COMBATE
 Resumo
Foi descrito como ocorre o processamento do ensino dos esportes de 
combate, ou, melhor explicitando, as maneiras pelas quais se podem aplicar 
metodologias para o aprendizado, passando pelas formas militar, familiar, 
esportiva‑competitiva, escolar‑acadêmica e também o estilo religioso. Essa 
exposição permitiu explorar as aplicações mais importantes dos esportes 
de combate em vários campos de atividade humana, como na promoção 
da saúde em geral, incluindo os benefícios de autonomia e independência 
motora para pessoas idosas, bem‑estar e qualidade de vida.
A classificação em categorias aparece para dar corpo de como se pode 
compreender melhor as características dos processos competitivos e de 
disputa das mais diversas MECs, artes marciais e de defesa pessoal, sendo 
especificadas pelas vitórias por exclusão, pontuação, quedas, nocautes e 
tomada de território. Adicionalmente, estendeu‑se a compreensão acerca 
dos movimentos intrínsecos das MECs para poder verificar o posicionamento 
de como obter sucesso motriz, explanando os princípios de domínio como 
agarre, toques diretos e indiretos, varreduras e suas combinações. Não se 
pode prescindir de apresentar os princípios de enfrentamento ou de confronto 
corporal relacionando os ajustes de distância entre adversários, os tipos de 
defesa e de esquivas e de contra‑ataques.
As razões pelas quais se estudam os esportes de combate e os porquês 
de sua importância na Educação Física partem das análises antropológicas 
do processo de combate humano, em especial as brincadeiras turbulentas, 
que caracterizam preparos biopsicossociais naturais humanos e as suas 
respectivas descobertas corporais.
Diferenciou‑se agressividade de violência, pois o uso geral dos termos 
pode gerar ambiguidades e se afastar dos princípios de conexão entre os 
lutadores. Desse modo, é imprescindível ao estudante de Educação Física se 
aprofundarna disciplina e utilizá‑la como um importante instrumento do 
desenvolvimento humano.
154
Unidade II
 Exercícios
Questão 1. Considere as atitudes a seguir.
I – Propiciar reflexões que levem ao aprimoramento das capacidades de antecipação, de tomada de 
decisão instantânea e de desenvolvimento das inteligências intra e interpessoal.
II – Praticar a autocontenção e condutas sociais equilibradas.
III – Despertar o interesse no esporte de oposição pelo contato corporal e pela execução precisa de 
simetria de movimentos.
É(são) atitude(s) fomentada(s) na área da educação pelos esportes de combate a(s) exposta(s) em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa E.
Análise da questão
Segundo Fabio e Towey (2018), na área da educação os esportes de combate são matéria para 
fomentar, entre outras, as seguintes atitudes:
• desenvolver o respeito interativo;
• praticar a autocontenção e condutas sociais equilibradas;
• provocar reflexões que aprimorem as capacidades de antecipação, de tomada de decisão 
instantânea e de desenvolvimento das inteligências intra e interpessoal;
• fazer com que os indivíduos que os pratiquem possam usufruir do movimento e dos seus elementos 
de ações movedoras para ampliar o acervo motriz;
155
ESPORTES DE COMBATE
• aflorar os potenciais físicos;
• despertar o interesse no esporte de oposição pelo contato corporal e pela execução precisa de 
simetria de movimentos.
Questão 2. Vimos no livro‑texto os tipos de combate apresentados a seguir.
• Combate de exclusão.
• Combate de nocaute.
• Combate de pontuação.
• Combate de finalização.
• Combate de queda.
• Combate de tomada de território ou de perda de território.
Em relação a esses tipos de combate, avalie as afirmativas.
I – O combate de nocaute e o combate de queda são idênticos.
II – O combate de exclusão tem o objetivo de retirar o oponente dos limites de determinada área 
de combate.
III – No combate de pontuação, é proibido o uso de armas ou de apetrechos específicos de luta.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I e II, apenas.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa B.
156
Unidade II
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: no combate de nocaute, procura‑se provocar a perda de consciência momentânea do 
adversário, como ocorre no Boxe, no Taekwondo, no Sanda/Sanshou e no Muay Thai. No combate de 
queda, tem‑se por objetivo derrubar o contendor no solo, em geral de costas, ou tirar o equilíbrio total 
do oponente, fazendo‑o apoiar‑se em outra parte do corpo que não somente a região plantar dos pés, 
como ocorre no Wrestling Greco‑romano e na Luta Turca.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: no combate de exclusão, o objetivo é retirar o oponente dos limites de determinada 
área de combate. Um exemplo desse tipo de combate é o Sumô.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: no combate de pontuação, objetiva‑se somar determinado número de pontos obtidos 
por golpes desferidos em certo tempo de disputa, que pode ser sem armas ou com apetrechos específicos 
de luta, como vemos no Kendo e na Esgrima.
157
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