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Slides de Aula II

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Prof. Dr. Juliano Guerreiro
UNIDADE II
Farmacoterapia
 Atribui-se a expressão “doenças tropicais negligenciadas” a um grupo de doenças com 
prevalência em regiões nas quais as condições climáticas, geográficas (regiões tropicais e 
subtropicais) e socioeconômicas favorecem o aparecimento, a incidência e a prevalência 
dessas doenças. Em geral, afetam regiões mais empobrecidas e com problemas de 
saneamento básico, sem acesso (ou com dificuldade de acesso) à água potável, às 
habitações inadequadas, às dificuldades de acesso aos serviços de saúde e aos problemas 
em termos de educação sanitária. São consideradas negligenciadas não, apenas, pela maior 
ocorrência em países menos desenvolvidos, mas, também, pelo baixo interesse das 
empresas farmacêuticas no desenvolvimento de terapias eficazes e de baixo custo.
Profilaxia de doenças tropicais
 Doenças/condições de saúde. Singulares em relação ao impacto nas comunidades 
mais empobrecidas.
 Afetam > 1 bilhão de pessoas, com consequências 
sanitárias, psicossociais e econômicas severas.
Doenças Tropicais 
Negligenciadas
Contextos de vulnerabilidade: população mais pobre adoecendo e morrendo 
mais cedo...
Sadio
Doença leve
Doença grave
Morte
 Maior exposição às doenças e aos agravos
 Menor cobertura com as intervenções preventivas
 Maior probabilidade de adoecer
 Menor resistência às doenças
 Menor acesso aos serviços de saúde
 Pior qualidade da atenção recebida em serviços de
Atenção Primária
 Menor probabilidade de receber os tratamentos essenciais
 Menor acesso aos serviços de nível secundário e terciário
Fonte: VICTORA, C.; WAGSTAFF, A. et al. Lancet, 2003.
As 20 doenças/condições negligenciadas, foco da OMS
Fonte: Adaptado de: World Health 
Organization, 2018. Disponível em: 
https://www.who.int/healthinfo/ 
global_burden_disease/estimates/en/index1
.html. Acesso em: set. 2020.
1 Dengue e chikungunya 11
Micetoma,
cromoblastomicose/outras
micoses profundas
2
Doença de Chagas
(tripanossomíase americana)
12 Oncocercose (cegueira dos rios)
3
Dracunculíase (doença do
verme-da guiné)
13 Raiva
4 Envenenamento por picada de cobra 14 Sarna e outras ectoparasitoses
5 Equinococose 15 Sífilis
6 Esquistossomose 16 Teníase/cisticercose
7 Filariose linfática 17 Tracoma
8 Verminoses transmitidas pelo solo 18
Trematoides de transmissão
alimentar
9
Leishmanioses
(visceral e tegumentar)
19
Tripanossomíase africana
(doença do sono)
10 Hanseníase 20 Úlcera de Buruli
 Dos 850 novos produtos 
terapêuticos registrados entre 
2000-11, 37 (4%) foram 
indicados para DTN.
 Dos 148.445 ensaios clínicos 
registrados no período,
apenas, 2.016 (1%) eram para 
as doenças negligenciadas.
Impacto das DTNs
Fonte: www.thelancet.com/lancetgh. Publicado on-line em: 24 out. 2013. 
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/s2214-109X(13)70078-0
Tratamento
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Vermes cilíndricos – passagem pelos tecidos
Strongyloides
Ivermectina, 200 μg/kg/dia, por 2 dias. Opção: 
tiabendazol, 25 mg/kg/dia, ou albendazol por 
3 dias.
Em caso de estrongiloidíase grave, a duração do 
tratamento deve ser estendida, até, a 
cura parasitológica.
Ascaris, Ancylostoma e Necator – cujas larvas 
fazem passagem pelo pulmão
Administrar, novamente, albendazol ou outras 
opções, 14 dias após o primeiro tratamento, para 
eliminar os vermes resultantes de eventual 
migração que pode ter ocorrido por ocasião da 
primeira dose.
Vermes chatos – tanto na luz quanto nos tecidos
Taenia
Praziquantel, 5-10 mg/kg, dose única. Opção: 
albendazol, 400 mg/dia, por 3 dias. Se for Taenia 
solium, investigar, no paciente e nos contatos 
próximos, a possibilidade de cisticercose.
Hymenolepis
Patogenicidade discutível.
Praziquantel, 20 mg/kg, dose única.
Schistosoma mansoni Praziquantel, 50-60 mg/kg, dose única.
O tratamento do complexo teníase-cisticercose, em que são observados casos graves de 
neurocisticercose, caracterizados por hidrocefalia, meningite e demência, entre outros, pode 
ser feito com praziquantel.
PORQUE
O praziquantel é um fármaco de amplo espectro que aumenta a permeabilidade da membrana 
celular do helminto ao cálcio, o que ocasiona a contração da musculatura, a paralisia e a morte 
do verme.
Julgue as afirmativas.
Interatividade
As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
Resposta
Doença renal:
 Inúmeras condições podem acometer, diretamente, os rins; outras estão relacionadas às 
condições distintas, como: infecções, uso de medicamentos etc. Também há a variação 
quanto à gravidade desse acometimento e, consequentemente, o grau de comprometimento 
da função renal, podendo levar, inclusive, à perda completa da função renal. Em alguns 
casos, o transplante de rim é a única alternativa para salvar a vida do paciente.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Nefrite:
 Trata-se de uma condição inflamatória dos rins que pode ter diversas causas, como o uso de 
medicamentos que afetam a função renal (ou apresentam a nefrotoxicidade), infecções, 
doenças autoimunes (como o lúpus eritematoso), exposição prolongada aos agentes tóxicos 
(como o chumbo), dentre outras;
 Os principais sintomas observados são: a diminuição do volume e o escurecimento da urina 
(com a presença ou não de sangue), a sudorese excessiva, o inchaço em membros 
inferiores e nos olhos, e o aumento da pressão arterial.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Infecção urinária:
 Tratam-se de infecções que acometem o trato urinário, sendo muito comuns em mulheres;
 A infecção urinária recebe denominações diferentes a depender da porção do trato urinário 
que é afetada. Assim, temos a pielonefrite (rins), a uretrite (uretra) e a cistite (bexiga);
 Diversos microrganismos podem estar envolvidos nessas infecções. Contudo, o agente 
predominante é a Escherichia coli, bactéria que costuma estar presente na flora intestinal.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Cálculo renal:
 São formações sólidas que se desenvolvem nos rins ou nas vias urinárias. Essas formações 
apresentam diversos tamanhos, formatos e composições, e são o resultado do acúmulo de 
cristais presentes na urina. São diversas as origens dos cálculos renais, como: predisposição 
genética, baixa ingesta de água, condições ambientais, dieta rica em proteínas e sal, 
obesidade, sedentarismo etc.;
 Em alguns casos, não se observam sintomas, ou observa-se, apenas, um desconforto ou 
uma leve dor quando o cálculo passa pelo ureter. Entretanto, a maioria dos casos apresenta 
dor muito intensa (lancinante), náuseas, vômitos, sangue na urina, diminuição ou interrupção 
do fluxo urinário, necessidade de urinar, frequentemente, e infecções urinárias;
 O tratamento baseia-se no uso de medicamentos para o 
controle da dor, como AINEs, opioides, analgésicos, 
antiespasmódicos; a escolha do fármaco ou combinação 
depende de cada caso. Para auxiliar a eliminação do cálculo, 
administram-se fluidos e fármacos para aumentar o fluxo 
urinário, como tansulosina ou doxazosina.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Doença renal crônica:
 Condição que se caracteriza pela perda progressiva e lenta da função dos néfrons, e, com 
isso, a diminuição da capacidade de filtração do sangue. Em consequência desse processo, 
a capacidade de manutenção da homeostase é comprometida.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Estágio 1
TFG normal (≥ 90 mL/min/1,73 m2) mais albuminúria 
persistente, ou doença renal hereditária ou
estrutural conhecida
Estágio 2 TFG de 60 a 89 mL/min/1,73 m2
Estágio 3a TFG de 45 a 59 mL/min/1,73 m2
Estágio 3b TFG de 30 a 44 mL/min/1,73 m2
Estágio 4 TFG de 15 a 29 mL/min/1,73 m2
Estágio 5 TFG < 15 mL/min/1,73 m2
TFG: taxa de filtração glomerular
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Distúrbios eletrolíticos:
 Essa condição é caracterizada pela deficiência ou pelo excesso de eletrólitosno sangue; 
 O equilíbrio hidroeletrolítico é fundamental para a homeostasia. Assim, os distúrbios nesse 
equilíbrio podem ser graves e, potencialmente, fatais; 
 Os distúrbios eletrolíticos ocorrem quando há uma perda significativa de líquidos e eletrólitos. 
Diversas condições podem levar a esse quadro de desequilíbrio, como: suor excessivo, 
quadros graves de vômito e/ou diarreia, hemorragias, poliúria e baixa ingestão de água;
 Para que a homeostasia seja restabelecida, é fundamental que se institua a terapia de 
reposição eletrolítica o mais rápido possível e/ou se corrijam os níveis de eletrólitos.
Doença renal e distúrbio eletrolítico
Um dos efeitos adversos e indesejados, associados ao uso de anti-inflamatórios não 
esteroidais (AINEs), é a insuficiência renal aguda (IRA), reversível após a retirada do AINE 
que a provocou. O mecanismo envolvido com essa reação é?
Interatividade
A inibição da síntese de prostanoides, como a PGE2 (Prostaglandina E2) e a PGI2 
(Prostaglandina I2), fundamentais para a regulação da pressão de perfusão e da dinâmica de 
perfusão renal.
Resposta
Doenças oculares:
 As doenças oculares caracterizam-se por problemas oftalmológicos cujas causas podem ter 
diversas origens. Dentre elas, devemos considerar causas genéticas, hábitos, estilo
de vida etc.;
 Devem ser tratadas com muita atenção, pois, a médio e longo prazo – e dependendo do 
problema e da gravidade –, podem levar à cegueira. Além disso, comprometem a qualidade 
de vida do indivíduo em função das dificuldades de visão.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
As principais doenças oculares, responsáveis pela maioria dos atendimentos realizados no 
Brasil (BRASIL, 2021c), são:
 Catarata;
 Glaucoma;
 Conjuntivite;
 Retinopatia diabética;
 Erros de refração (miopia, hipermetropia, astigmatismo, e presbiopia ou “vista cansada”).
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Glaucoma:
 O glaucoma é uma doença ocular que tem tratamento, mas não tem cura. É causada por um 
aumento da pressão intraocular que causa lesões no nervo óptico e leva ao 
comprometimento visual. Infelizmente, o glaucoma é uma das principais causas de cegueira 
irreversível no mundo. Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2021d), estima-se que 35 
milhões de brasileiros tenham algum problema que causa dificuldades de visão e, destes 
casos, no mínimo, 900 mil receberam o diagnóstico de glaucoma; 
 Em geral, o glaucoma não manifesta os sintomas no início, 
pois a pressão intraocular tende a aumentar; nesses casos, 
em padrão progressivo. Um fato preocupante no 
comportamento do glaucoma é que a maioria dos pacientes 
não sente dor, comprometimento da visão ou qualquer outro 
sintoma.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Fármaco Dose/frequência
Análogos de prostaglandina (tópicos)
Bimatoprosta 1 gota, à noite
Latanoprosta 1 gota, à noite
Tafluprosta 1 gota, à noite
Travoprosta 1 gota, à noite
β-bloqueadores (tópicos)
Timolol 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Betaxolol 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Carteolol 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Levobetaxolol 1 gota, 2 vezes ao dia
Levobunolol 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Metipranolol 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Inibidores da anidrase carbônica (tópicos)
Brinzolamida 1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia
Dorzolamida 1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia
Mióticos de ação direta (agonistas colinérgicos; tópicos)*
Carbacol 2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia
Pilocarpina 1 gota, 2 ou 4 vezes ao dia
Mióticos de ação indireta (inibidores da colinesterase; tópicos)
Iodeto de ecotiofato** 1 gota, 1 ou 2 vezes ao dia
Agonistas adrenérgicos seletivos alfa-2 (tópicos)
Apraclonidina 1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia
Brimonidina 1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia
*Mióticos são, raramente, utilizados.
**Pode ser cataratogênico; aumenta o risco de descolamento de retina.
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Doenças osteoarticulares:
 Muito se discute e se comenta sobre as doenças osteoarticulares, principalmente,
em idosos, faixa etária mais acometida por condições, como: osteoporose, osteoartrite
e artrite reumatoide;
 Com isso, abordaremos, aqui, as principais condições que comprometem a qualidade de vida 
e a mobilidade dos pacientes, que, eventualmente, são de difícil tratamento.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Osteoporose:
A osteoporose é definida pela redução da massa óssea e pela alteração da microarquitetura 
que resulta no comprometimento da resistência óssea e em predisposição ao maior risco de 
fraturas. A perda óssea é mais comum com o avanço da idade. Nas mulheres, a perda da 
função ovariana na menopausa precipita a perda óssea de maneira mais rápida. O uso crônico 
de corticoides também pode levar à osteoporose. Os medicamentos utilizados no tratamento 
da osteoporose, em mulheres pós-menopausa, incluem:
 Terapia de reposição hormonal (TRH): com estrogênios e progestogênios. A TRH inibe o 
efeito dos osteoclastos na reabsorção óssea; além disso, pode aumentar a quantidade 
óssea, anos após o término da função ovariana normal; 
 Hormônios exógenos – calcitonina e paratormônio (PTH): 
a calcitonina age via os receptores de calcitonina presentes 
nos osteoclastos, causando a supressão das suas atividades. 
Induz aos aumentos discretos da massa óssea vertebral.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Osteoporose:
 Bifosfonatos: comprometem a função dos osteoclastos e reduzem o número dessas 
células, em parte, por indução à apoptose. Dessa forma, agem inibindo a reabsorção óssea 
pelos osteoclastos ou os seus precursores. Nunca devem ser administrados com os 
derivados do leite, com os alimentos ou, ao mesmo tempo, que os suplementos de cálcio, 
pois há uma interferência na absorção do bifosfonato;
 Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio: o raloxifeno age por meio do 
agonismo dos receptores estrogênicos no osso e no fígado.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Osteoartrite:
 A osteoartrite, também chamada de osteoartrose, artrose ou doença articular degenerativa, 
caracteriza-se pelo desgaste da cartilagem presente nas articulações. Em geral, divide-se em 
dois grupos, que levam em consideração a origem da causa: a osteoartrite primária (sem 
causa conhecida) e a osteoartrite secundária (com uma causa conhecida). Em todos os 
casos, observa-se, também, o histórico familiar, por ser um elemento importante para se 
estabelecer a possível causa;
 O tratamento da osteoartrite consiste na utilização de 
medicamentos, fisioterapia e, eventualmente, cirurgia. Os 
tratamentos têm por objetivo reduzir a dor e manter a 
mobilidade articular. Entretanto, essa condição não tem cura, e 
a terapia medicamentosa é complementar às medidas físicas, 
como a fisioterapia.
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Farmacoterapia das doenças oculares e osteoarticulares
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Princípios básicos
 Combinação de medidas farmacológicas e não farmacológicas.
 Educação do paciente sobre a doença, preconizando a adoção de um estilo de vida saudável.
 Se necessário, a perda de peso.
 Plano de exercícios, com aeróbicos e fortalecimento muscular.
Passo 1
 Emprego de medicamentos sintomáticos de ação lenta: glucosamina e/ou condroitina, e dipirona ou paracetamol. 
Se continuar sintomático: AINEs tópicos.
 Fisioterapia, exercícios na água.
 Avaliação da necessidade de órteses, bengala, andadores ou cadeira de rodas.
Passo 2
 Manejo farmacológico, se persistirem os sintomas.
 Uso de AINEs, preferencialmente, COX-2 seletivos (celecoxibe), associados aos inibidores da bomba de prótons.
 Paciente com alto risco cardiovascular, usar AINEs por um período < 7 dias.
 Paciente com insuficiência renal (clearance < 30), evitar os AINEs.
 Se continuar sintomático, infiltração infra-articular com ácido hialurônico.Avaliar a possibilidade de infiltração
com corticoide.
Passo 3
 Uso de opioide por um curto período.
 Duloxetina.
Passo 4
 Avaliar a necessidade de artroplastia.
Um paciente foi diagnosticado com artrite reumatoide e precisa ser submetido ao tratamento 
crônico com AINEs. Qual seria o fármaco mais indicado para minimizar o risco de formação de 
úlcera gástrica, nesse paciente, durante o tratamento com o anti-inflamatório?
Interatividade
IBP, como o omeprazol.
Resposta
 É o tratamento de pacientes com os sinais e os sintomas clínicos de infecção pela 
administração de antimicrobianos.
Finalidade:
 Curar  cura clínica;
 Combater  cura microbiológica.
Antibioticoterapia
Resistência bacteriana:
 A resistência bacteriana, um conceito amplo, diz respeito ao fato de que um microrganismo 
pode crescer in vitro, na presença da concentração que a substância atinge no sangue, ou 
seja, o conceito é dose-dependente;
 Sabemos que a concentração dos antibióticos pode variar a depender do sítio de ação. 
Desse modo, é preciso destacar dois conceitos fundamentais em antibioticoterapia: 
concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) – parâmetros 
expressos em μg/mL ou mg/L.
A resistência bacteriana pode ser dividida em:
 Intrínseca (ou natural): é gênero-específica (e, muitas vezes, 
espécie-específica) e determina o espectro de ação
do antibiótico;
 Adquirida: pode manifestar-se em, apenas, algumas cepas de 
mesma espécie bacteriana, e resulta da mutação ou da 
mudança na expressão de um gene cromossômico
ou, mesmo, plasmidial.
Atualização em antibioticoterapia
Atualização em antibioticoterapia
Prioridade 1: CRÍTICA:
– Acinetobacter baumannii, resistente às carbapenemas;
– Pseudomonas aeruginosa, resistente às carbapenemas;
– Enterobacteriaceae, resistente às carbapenemas, produtoras de β-lactamases de 
espectro estendido.
Prioridade 2: ALTA:
– Enterococcus faecium, resistente à vancomicina;
– Staphylococcus aureus, resistente à meticilina, intermediário ou resistente 
à vancomicina;
– Helicobacter pylori, resistente à claritromicina;
– Campylobacter spp., resistente às fluoroquinolonas;
– Salmonelas, resistentes às fluoroquinolonas;
– Neisseria gonorrhoeae, resistente às cefalosporinas ou às fluoroquinolonas.
Prioridade 3: MÉDIA:
– Streptococcus pneumoniae, não suscetível à penicilina;
– Haemophilus influenzae, resistente à ampicilina;
– Shigella spp., resistente às fluoroquinolonas.
Fonte: Adaptado de: livro-texto.
Vamos ao chat?
Convite ao chat
 BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças oculares. Brasília: Ministério da Saúde, 2021c. 
Disponível em: https://cutt.ly/GIhByWl. Acesso em: 08 jan. 2022.
 BRASIL. Ministério da Saúde. Glaucoma: diagnóstico precoce e tratamento evitam a perda 
de visão. Brasília: Ministério da Saúde, 2021d. Disponível em: https://cutt.ly/1IhNz4L. Acesso 
em: 08 jan. 2022.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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