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Caso 06 - CONTRARRAZOES RR Sebastiao

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EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO – GOIÁS.
Processo n. 0011344-50.2022.5.18.0011
6,0
	Recorrido, SEBASTIÃO ALVES DOS SANTOS, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob no 034.486.625-42, portador do RG no 4969196 SSP/GO, com CTPS no 344866, Série 2542/MA, PIS/PASEP 134.05381.31-1, celular (62) 99205-0688, sem endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua Ary Cartola, Quadra 9-A, Lote 06, Casa 02, Residencial Limoeiro, Goianira – GO, CEP 75368-176, vem via da mesma representação judicial, nos autos da reclamação trabalhista que move em face de SÉRGIO CARLOS FERREIRA FILHO, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob no 004.872.861-62, residente e domiciliado na Rua 15, no 1.763, Qd. H21, Apto. 2907, Setor Marista, Goiânia – GO, CEP 74150-150, processo supra, a fim de apresentar CONTRARRAZOES ao RECURSO DE REVISTA interposto contra o acórdão proferido pelo regional em sede de julgamento de Recurso Ordinário, fazendo-o na forma das razões anexas, requerendo sua juntada e processamento na forma legal, para fins de remessa para uma das turmas do Tribunal Superior do Trabalho.
	Goiânia,06 de novembro de 2023
	Pp. Advogado
Processo n. 0011344-50.2022.5.18.0011
Recorrente: SÉRGIO CARLOS FERREIRA FILHO 
Recorrido: SEBASTIÃO ALVES DOS SANTOS 
	CONTRARRAZOES 
Colenda turma julgadora
Eminente Relator
	
I – PRELIMINARMENTE
	O RR não preenche os requisitos legais de admissibilidade, razão pela qual não merece ser recebido, senão vejamos: 
I.I – DA AUSENCIA DO REQUISITO EXTRÍNSECO DE REGULARIDADE FORMAL DO RECURSO DE REVISTA
	Art. 896, § 1o-A, da CLT
O artigo 896, § 1º-A, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), estabelece um dos requisitos extrínsecos de regularidade formal do recurso de revista.
Esse dispositivo determina que, para se admitir o recurso de revista, será necessário que o recorrente demonstre a divergência jurisprudencial, com a indicação do trecho da decisão recorrida que consubstancia o confronto de teses.
§ 1o-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:                 (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;                   (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;                    (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte.                   (Incluído pela Lei nº 13.015, de 2014)
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Não deixar citação solta. Fechar o tema com texto próprio.
I.II – DA INOBSERVANCIA DOS LIMITES LEGAIS PARA INTERPOSICAO DE RECURSO DE REVISTA NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Art. 896, § 9º, da CLT
§ 9o Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.                   
Não deixar citação solta. Fechar o tema com texto próprio.
I.III – DA VEDACAO DE INTERPOSICAO DE RECURSO DE REVISTA PARA REEXAME DE FATOS E PROVAS
SÚMULA Nº 126 - RECURSO. CABIMENTO
Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.
Não deixar citação solta. Fechar o tema com texto próprio.
I.IV – DA INEXISTENCIA DE TRANSCENDENCIA DA CAUSA
Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica.                    (Incluído pela Medida Provisória nº 2.226, de 4.9.2001)
§ 1o  São indicadores de transcendência, entre outros:                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - econômica, o elevado valor da causa;                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
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II – MÉRITO
	Caso sejam superadas as teses arguidas em sede de preliminar, o que se admite apenas por amor ao debate, no mérito não merece qualquer reforma o acórdão recorrido, porquanto proferido de acordo com a Lei.
Art. 12 da LC 150/2015
Art. 12.  É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo. 
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III – DA LITIGANCIA DE MÁ-FÉ
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que:   
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
A litigância de má-fé, de acordo com a lei, refere-se a condutas adotadas por uma das partes em um processo judicial que configurem abuso do direito de demandar ou do exercício da defesa, com o objetivo de prejudicar a outra parte ou obter vantagens indevidas de forma desleal.
Tais condutas podem incluir a prática de atos deliberadamente falsos, mentirosos, fraudulentos ou enganosos, seja por meio de falsificação de documentos, apresentação de provas falsas, alegações sabidamente inverídicas, simulação de fatos ou quaisquer outras ações que visem distorcer os fatos e a verdade processual.
A litigância de má-fé tem o objetivo de tumultuar o processo judicial, dificultar a busca pela verdade, retardar a solução do litígio ou obter benefícios em prejuízo da outra parte. Essa conduta é considerada uma forma de abuso do direito de acesso à justiça e violação dos princípios da lealdade, probidade e boa-fé processual.
A lei estabelece uma série de sanções para os litigantes de má-fé, a fim de desestimular a prática desse tipo de comportamento. Essas sanções podem incluir multas, indenizações por danos morais e materiais causados à parte contrária, condenação ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios da parte adversa, além de outras medidas que o juiz considerar adequadas para coibir a litigância desleal.
É importante ressaltar que a litigância de má-fé deve ser comprovada de forma clara e incontestável, pois a atribuição dessa conduta pode acarretar consequências graves para a parte acusada, afetando sua reputação e até mesmo sua credibilidade perante o judiciário.
Art. 793-C.  De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízosque esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
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IV – CONCLUSAO 
	Ante o exposto, o recorrido pede e espera sejam acolhidas as teses arguidas em sede de preliminares para fins de não receber ou conhecer do recurso de Revista, ou, caso contrário, no mérito seja negado provimento ao recurso mantendo o acórdão regional pelos seus próprios fundamentos, com a consequente condenação do recorrente ao pagamento da multa por litigância de má-fé no maior valor possível, por ser ato de inteira JUSTIÇA!
	Goiânia 6 de novembro de 2023
	PP. advogado
Ivanna Minkaelly Nascimento dos Santos 
Jhennyfer Gontijo Sousa

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