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CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE CARBOIDRATOS TOTAIS E CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS EM DIETAS FORNECIDAS A OVINOS CONTENDO URUCUM EM NÍVEIS CRESCENTES DE INCLUSÃO MIGUEL BRN. T. de SOUSA e SILVA (20209065380) UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA/CCA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA DOCENTE: DRA. VÂNIA RODRIGUES VASCONCELOS DISCIPLINA: NUTRIÇÃO DE RUMINANTES INTRODUÇÃO ❖ Digestibilidade de alimento pode variar em função do próprio alimento, do animal e das condições de alimentação. Alimentos como o urucum integral, pode representar uma alternativa protéica em substituição a concentrados tradicionais ❖ A utilização deste alimento no arraçoamento animal justifica-se em situações em que haja excesso de produção ou quando há relação custo benefício que favorece este tipo de utilização ❖ De acordo com Santini et al. (1992), os coeficientes de digestibilidade aparente usados na avaliação dos alimentos podem ser influenciados por uma série de fatores, sendo que dentre estes, a relação volumoso-concentrado está entre os fatores mais importantes. INTRODUÇÃO ❖ Quantitativamente, o carboidrato não fibroso mais importante dos alimentos é o amido, sendo o maior carboidrato de reserva na maioria das gramíneas, sementes de leguminosas e tecido vegetativo de gramíneas e leguminosas de clima tropical. Na maioria das gramíneas de clima temperado, o carboidrato de reserva presente em maior quantidade são as frutanas e a sacarose, e em menor proporção o amido ❖ Contudo, a inclusão de grandes quantidades de amido na dieta pode acarretar em uma redução na digestibilidade, uma vez que essa alta concentração faz aumentar a taxa de digestão ruminal e assim, os microrganismos transferem sua produção de acetato que gera 4 ATPs por unidade de glicose fermentada, para a produção de lactato, que gera somente 2 ATPs ❖ A porcentagem de amilose e amilopectina varia de acordo com a origem botânica do amido, mas, na maioria das espécies, o amido é composto por 30% de amilose e 70% de amilopectina (Wang et al., 1998). OBJETIVOS ❖ Avaliar o consumo e a digestibilidade aparente dos carboidratos totais e carboidratos fibrosos de dietas contendo urucum integral em níveis crescentes de inclusão fornecidas a ovinos. MATERIAIS E MÉTODOS ❖ Vinte ovinos, machos, castrados, sem padrão de raça definida (SPRD); ❖ Peso vivo médio de 27 Kg previamente desverminados e alojados individualmente em gaiolas metálicas; ❖ Dietas foram constituídas de feno de pasto nativo, milho, farelo de soja e urucum integral moído, em níveis crescentes (0,0%; 9,97%; 22,57% e 34,97%); ❖ Amostras dos alimentos oferecidos e das sobras foram coletadas diariamente, pesadas e embaladas em sacos plásticos individuais e guardadas em freezer a -10ºC. RESULTADOS E DISCUSSÕES ❖ A formulação das dietas experimentais a partir da adição do urucum em níveis crescentes de inclusão favoreceu a substituição de ingredientes concentrados tradicionais, como milho e farelo de soja; ❖ O urucum integral, apresenta características que o tornam um possível substituto tanto para a fração volumosa, quanto da fração concentrada, pois o mesmo é composto por sementes, e possuem uma maior quantidade de carboidratos não fibrosos (carboidratos de reserva, principalmente, amido, em leguminosas). RESULTADOS E DISCUSSÕES maiores consumos ocorreram na dieta contendo 34,97% de inclusão de urucum, diferindo estatisticamente das dietas contendo 9,97% e 22,57% de inclusão. Já na dieta onde não houve a inclusão de urucum (0,0%), os consumos foram semelhantes estatisticamente para as demais dietas Maiores consumos observados pelos animais na dieta contendo maior inclusão de urucum integral, podem estar associados aos maiores teores de carboidratos totais nessa dieta, devido ao incremento de carboidratos não fibrosos RESULTADOS E DISCUSSÕES ❖ Os maiores consumos ocorreram na dieta contendo 34,97% de inclusão de urucum, diferindo estatisticamente das dietas contendo 9,97% e 22,57% de inclusão. Já na dieta onde não houve a inclusão de urucum (0,0%), os consumos foram semelhantes estatisticamente para as demais dietas; ❖ Maiores consumos observados pelos animais na dieta contendo maior inclusão de urucum integral, podem estar associados aos maiores teores de carboidratos totais nessa dieta, devido ao incremento de carboidratos não fibrosos. CONCLUSÃO ❖ Sendo assim, a maior participação do urucum integral em dietas para ovinos contribuiu incrementando a fração energética dietética, notadamente pela maior assimilação de carboidratos não fibrosos. REFERÊNCIAS ❖ CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE CARBOIDRATOS TOTAIS E CARBOIDRATOS NÃO FIBROSOS EM DIETAS FORNECIDAS A OVINOS CONTENDO URUCUM EM NÍVEIS CRESCENTES DE INCLUSÃO. BARBOSA, J. dos S. R.; COSTA, H. H. A.; OLIVEIRA, D. de S.; LANDIM, A. V.; VASCONCELOS, A. M. de; ROGÉRIO, M. C. P. ❖ METABOLISMO DE CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS EM RUMINANTES. CAÑIZARES, G.I.L.; RODRIGUES, L.; CAÑIZARES, M.C. Disponível em: <HTTP://DX.DOI.ORG/10.5380/AVS.V14I1.13615>. ❖ BRAME, LETICIA MARIA DIGESTÃO DO AMIDO EM VACAS LEITEIRAS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA (UNESP), 2022. Disponível em: <HTTP://HDL.HANDLE.NET/11449/236301>. ❖ URIO, GIOVANA SIQUEIRA. DIETAS DE FONTES DE FIBRA NÃO FORRAGEIRA COM REDUÇÃO DE AMIDOS PARA BOVINOS CONFINADOS. DISSERTAÇÃO (MESTRADO EM ZOOTECNIA) – FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS, DOURADOS, MS, 2022
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