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DISTÚRBIOS ORAIS POTENCIALMENTE MALIGNOS Tecido benigno morfologicamente alterado e corre o risco para transformação maligna Displasia Epitelial Alterações histopatológicas associadas ao risco de desenvolvimento de uma neoplasia maligna. 1. Fator predisponente mais importante a transformação maligna em uma lesão potencialmente maligna 2. Lesões com displasia: risco mais elevado de transformação maligna em comparação com os sítios ausentes de displasia 3. Espectro de alterações epiteliais arquitetônicas e citológicas resultantes do acúmulo de alterações genéticas, geralmente surgindo em uma série de doenças orais potencialmente malignas e indicando um risco de transformação maligna em carcinoma de células escamosas. A PRESENÇA DA DISPLASIA NÃO É PATOGNOMÔNICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER Núcleolos predominantes Aumento do número de mitoses Núcleos hipercromáticos Anomalias no processo de divisão celular Desorganização celular Células multinucleadas Alteração na relação núcleo- citoplasma Pleomorfismo celular DISPLASIA MODERADA Camada basal - porção média da camada espinhosa Leucoplasia Uma placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra doença. Possui curso imprevisível Altas taxas malignização Carcinomas espinocelulares ou verrucosos (primários, múltiplos não são incomuns) Obs: Lesões na língua, vermelhidão do lábio e soalho de boca, contribuem com mais de 90% daquelas que exibem displasia ou carcinoma.% Etiologia multifatorial Associada ao uso de tabaco Homens anos> Desordem potencialmente maligna mais comum em 1. DIAGNÓSTICO: Bióplasia Os sítios para obtenção da biópsia devem ser provenientes de áreas com aparência lesional clínica. Azul de toluidina CONDUTA E PROGNÓSTICO Excisão cirúrgica Suspensão de atividades de risco Acompanhamento Leucoplasia homogênea Fina sem redução de hábito: Aumentam, placas mais espessas, fissuras mais profundas e aparência branca mais marcante Delgada Branca ou acinzentada Planas ou ligeiramente elevadas Fissuradas ou enrugadas Macia ao toque Bordas delimitadas Raramente demonstra displasia Pode desaparecer ou continuar inalterada Leucoplasia não homogênea Superfície irregular, nodular ou exofíticas Zonas brancas podem coexistir com zonas avermelhadas Leucoplasia verrucosa proliferativa Subtipo de leucoplasia não homogênea de alto risco1. Apresentação multifocal de placas ceratóticas ásperas e projeções de superfície2. Tendem a se disseminar lentamente3. Obs: distúrbio progressivo, persistente e irreversível caracterizado pela presença de múltiplas leucoplasias que frequentemente se tornam verrucosas. Incomum entre as variantes de leucoplasia Forte predileção pelo gênero feminino1. Associação com o uso de tabaco não é bem estabelecida2. Sem fator etiológico conhecido3. Eritroplasia Mancha ou placa vermelha que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra condição reconhecível. Condição rara Atinge entre 60 a 75 anos Sem predileção por sexo Etiologia desconhecida 0,02 a 0,83% ASPECTOS CLÍNICOS Mancha ou placa eritematosa Textura aveludada Assoalho bucal, lingua, mucosa jugal e palato mole Assintomática Pode estar associada a leucoplasia DIAGNÓSTICO Critérios de exclusão1. Biópsia: Azul de toluidina antes de biópsia incisional2. CONDUTA E PROGNÓSTICO Excisão completa ou ablação da lesão Acompanhamento lesões não displásicas Excisão a lesar de CO2 Recorrência e envolvimento focal Acompanhamento por longo período 14 a 50% de malignização Líquen plano O líquen plano oral é reconhecido como uma doença inflamatória crônica do epitélio basal oral mediada por células T. “Um distúrbio inflamatório crônico de etiologia desconhecida com recidivas e remissões características, exibindo lesões reticulares brancas, acompanhadas ou não de áreas atróficas, erosivas e ulcerativas e/ou do tipo de placa. As lesões são frequentemente bilateralmente simétricas. A gengivite descamativa pode ser uma característica.” Atingem a meia idade1. Mulheres (3:2)2. Prevalência entre 0,1% e de 2,2%3. Lesões de pele: pápulas poligonais, púrpuras e pruriginosas4. Superfícies flexoras das extremidades5. Glande do pênis, mucosa vulvar e unhas6. DIAGNÒSTICO Reticular Achados clínicos1. Estrias de Wickham: patognomônico2. Erosivo Biópsia3. Afastar outras doenças erosivas e ulcerativas4. CONDUTA E PROGNÓSTICO Reticular1. Sem sintomas - não há necessidade de tratamento Candidíase sobreposta - terapia antifúngica Reavaliação anual Erosivo2. Dor Medicamentos ou laserterapia Agentes tópicos Corticosteroide tópico potente - cicatrização 1 ou 2 semanas Reavaliação 3 a 6 meses Líquen pleno reticular O padrão reticular não é muito evidente em algumas localizações Sem sintomas Região posterior da mucosa jugal bilateralmente Padrão característico de linhas brancas entrelaçadas Estrias de Wickham Líquen pleno erosivo Mais significativo Áreas eritematosas e atróficas graus variáveis de ulceração central Regiões atróficas circundada por finas estrias brancas Gengivite descamativa Atrofia e ulceração confinadas á mucosa gengival Penfigoide das membranas mucosas e o pênfigo aspecto clínico semelhante Quelite actínica Lesão potencialmente maligna que resulta de danos causados pelo sol e afeta áreas expostas dos lábios, mais comumente a borda do vermelhão do lábio inferior com apresentação variável de áreas atróficas e erosivas e placas brancas. Mais encontradas em homens Acima dos 45 anos Exposição prolongada aos raios UV Ocupações profissionais ao ar livre Lábio inferior Condição crônica Inicialmente assintomática Descamação persistente Áreas eritematosas irregulares Ulceração focal crônica ASPECTOS DA DOENÇA E MICROSCOPICO Hiperqueratose, secura e atrofia do vermelhão do lábio O apagamento da margem entre porção cutânea e mucosa (vermelhão) do lábio Sensação de “lixa” nos lábios Placa branca persistente Endurecida, escamosa e ulcerada Atrofia epitelial Elastose solar (faixa acelular amorfa): Uma alteração do colágeno e fibras elásticas induzidas pela luz UV CONDUTA E PROGNÓSTICO Orientação ao paciente: Reduzir exposição ao sol (uso de chapéus e filtro sol labial). Tamanho, localização e gravidade de lesão Terapias tópicas Fototerapias Ablação a laser Eletrocautério Crioterapia Vermelhectomia Vitamina E DIAGNÓSTICO Avaliação clínica e histopatológica Biópsia Acompanhamento longa duração: semestral durante dois primeiros anos, e verificações anuais depois disso.
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