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30/03/2020 CARDIOMIOPATIA DIL ATADA EM CÃES P R O FA . VA N E S S A U E M U R A D A F O N S E C A DEFINIÇÃO Doença miocárdica que se caracteriza por dilatação e disfunção sistólica de um ou ambos os ventrículos Kathryn Meurs, 2010 Apenas VE/AE VE/AE e VD/AD CARDIOMIOPATIA DILATADA • CMD primária: alteração primária no músculo cardíaco, com dilatação e redução de contratilidade – Doença com herdabilidade genética • Fazer diferencial se não tem disfunção secundária, com consequente dilatação e perda de contratilidade. Secundária à: – Tóxicas: quimioterapia com doxorrubicina – Neoplasia infiltrativa em miocárdio – Nutricionais: deficiência de taurina e L-Carnitina – Metabólica: hipotireoidismo – Inflamatórias: • Infecciosas: virais, bact., fungos e protozoários • Não infecciosas CMD • Importante: cães de meia idade • Em ambos os sexos • Predisposição racial > Grande porte FISIOPATOGENIA • Alteração estrutural dos cardiomiócitos – Dobermann: infiltrado fibroso – Boxer: Fibroadiposo (CAVD) • Dilatação de câmaras esquerdas ou dos quatro compartimentos cardíacos – Disfunção sistólica – Ativação dos mecanismos compensatórios (ICC) • Insuficiência mitral funcional – Dilatação do anel valvar 1 2 3 4 5 6 30/03/2020 CMD • Dilatação de câmaras esquerdas • Dilatação de VE hipertrofia excêntrica • Alargamento do anel valvar menor coaptação valvar insuficiência valvar funcional Alargamento do anel valvar Aumento AE Aumento VE Alargamento do anel valvar AE VE Veias pulmonares Pulmão Troca gasosa alveolar Como está o retorno sanguíneo pelas veias pulmonares? CMD EDEMA INTERSTICIAL X EDEMA ALVEOLAR 10 ↑↑↑ PRESSÃO NO ÁTRIO ESQUERDO ↑ PRESSÃO NO ÁTRIO ESQUERDO CONGESTÃO EDEMA ICCE 11 Valva mitral Refluxo sanguíneo para o átrio esquerdo Como está o retorno sanguíneo pelas veias pulmonares? Congestão! Como está o DÉBITO CARDÍACO? ↓↓↓ 12 ICCE • edema pulmonar (crepitação na ausculta pulmonar, principalmente foco pulmonar caudal e dorsal) • Sinais de baixo débito: intolerância ao exercício/cansaço, cianose, síncope • dispneia ou taquipneia • Posição ortopneica • caquexia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 7 8 9 10 11 12 30/03/2020 MECANISMO COMPENSATÓRIO 13barorreceptores(detectam alteração de pressão nos vasos) 14 Ativação sistema nervoso simpático ↓DÉBITO CARDÍACO (↓PA) RESULTADO: ↑Freqüência cardíaca Vasoconstrição ↓ diminui fluxo renal Aumento do débito cardíaco MECANISMOS COMPENSATÓRIOS: COMPENSAÇÃO DO BAIXO DC • Ativação do Sistema Nervoso Simpático –Aumento da frequência cardíaca –Vasoconstrição periférica • Sistema renina angiotensina aldosterona –Retenção de sódio e água E O CORAÇÃO DO LADO DIREITO??? Alargamento do anel valvar AE VE Veias pulmonares Pulmão Troca gasosa alveolar EDEMA AD VD Hipertensão pulmonar 18 ICCE • edema pulmonar (crepitação na ausculta pulmonar, principalmente foco pulmonar caudal e dorsal) • Sinais de baixo débito: intolerância ao exercício/cansaço, cianose, síncope • dispneia ou taquipneia • Posição ortopneica • caquexia • ICCD • Ascite e efusão pleural • Congestão sistêmica- hepatomegalia, esplenomegalia • Pulso jugular positivo • Caquexia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 13 14 15 16 17 18 30/03/2020 CMD • E nos casos em que é em ambos os ventrículos primariamente? • Teremos dilatação e repercussão evoluindo ao mesmo tempo! Doença miocárdica que se caracteriza por dilatação e disfunção sistólica de um ou ambos os ventrículos Kathryn Meurs, 2010 VE/AE e VD/AD 21 ICCE • edema pulmonar (crepitação na ausculta pulmonar, principalmente foco pulmonar caudal e dorsal) • Sinais de baixo débito: intolerância ao exercício/cansaço, cianose, síncope • dispneia ou taquipneia • Posição ortopneica • caquexia • ICCD • Ascite e efusão pleural • Congestão sistêmica- hepatomegalia, esplenomegalia • Pulso jugular positivo • Caquexia MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ASPECTOS ECOCARDIOGRÁFICOS MODO-B ASPECTOS ECOCARDIOGRÁFICOS MODO-B ASPECTOS ECOCARDIOGRÁFICOS MODO-M NORMAL DILATADO 19 20 21 22 23 24 30/03/2020 ASPECTOS ECOCARDIOGRÁFICOS • Ecocardiograma –Exame de escolha • Dilatação de câmaras • Disfunção sistólica acentuada (fração de encurtamento <30%) • Insuficiência mitral (funcional) • E/TRIV >1,9- índice preditivo de congestão na CMD CARDIOMIOPATIA DILATADA • Acentuada variação na apresentação clínica entre as raças FASE OCULTA Também chamada de subclínica, é a fase muitas vezes longa que precede o aparecimento das manifestações clínicas. Fase de difícil diagnóstico FASE SINTOMÁTICA Fase onde a ICC está estabelecida e as manifestações clínicas são evidentes • Manifestações clínicas • Fase oculta • Sopro sistólico de baixa intensidade • Déficit de pulso • Irregularidade rítmica devido arritmia • Fase evidente (sinais de ICC) • Tosse • Dispnéia • Taquipnéia • Síncope • Perda de peso • Ascite... DIAGNÓSTICO • Ecodopplercardiograma • Eletrocardiograma/Holter • Taquiarritmias – Fibrilação atrial • Presente m 50% dos casos de CMD – Arritmias ventriculares (VPC´s / Taquicardia ventricular) • Dobermann e Boxer Fibrilação atrial VPC´s Ausência de p Taquicardia ventricular TRATAMENTO • Objetivos – Tratar a disfunção sistólica – Melhora das manifestações clínicas – Melhora da qualidade de vida – Aumentar sobrevida (em geral é baixa!) • Fase oculta – iECA • Na CMD mto importante • Prolongam fase assintomática 25 26 27 28 29 30 30/03/2020 PIMOBENDAN • Sempre tem benefício: fase assintomática e sintomática • Inodilatador: inotrópico positivo e vasodilatador • Principalmente usado pelo efeito INOTRÓPICO POSITIVO • Mecanismo de ação – Inibe a fosfodiesterase III e aumenta a concentração de AMPc efeito inotrópico positivo e vasodilatador arterial e venoso. • Vasodilata coronárias melhora fluxo oxigênio para o miocárdio) – Age como sensibilizador do cálcio (sem aumentar o consumo de oxigênio pelo miocárdio) aumenta a interação da troponina C com as proteínas contráteis aumenta a ação inotrópica PIMOBENDAN • Tempo até o aparecimento dos sintomas de ICC – Prolongamento da fase assintomática em 9 meses – Aumento da sobrevida • Diminuição da dilatação cardíaca (30 dias) • Remodelamento reverso TRATAMENTO Fase sintomática Sinais claros de ICC Uso de diuréticos, vasodilatadores e inotrópicos iECA Maleato de Enalapril (0,5 mg/kg/BID) Cloridrato de Benazepril (0,25 a 05 mg/kg/SID) Lisinopril (0,5 mg/kg/SID) Diuréticos Furosemida (2-4 mg/kg/SID-TID) Espironolactona (1-2 mg/kg/SID) Cardioproteção Hidroclortiazida (2-4 mg/kg/EDA-BID) Torasemida • Inotrópicos – Parte crucial do plano terapêutico – Pimobendan • Fármaco de escolha • Aumento acentuado da sobrevida (0,25 mg/kg/BID) TRATAMENTO • Carvedilol: Efeito antioxidante na CMD! – Classe dos beta-bloqueadores, mas usado pela função antioxidante – Dose: 0,1 mg/kg/BID – Aumento de 25% a 75% da dose em 7 a 14 dias – Pode dobrar nos primeiros dois ajustes – Pode aumentar, mas monitorar pressão – Dose máxima: 0,8 a 1 mg/kg/BID – Só entrar quando paciente estável! Não iniciar se estiver em congestão No hospital • Acesso livre a água; oxigenioterapia; paracentese e toracocentese • Furosemida: 2 mg/kg/IV a cada 1 hora até melhora do padrão respiratória (máximo 8 mg/kg) • Sedação (diminuição de ansiedade): Butorfanol; Buprenorfina + Acepromazina • Pimobendan 0,25 mg/kg/12h • Dobutamina 2,5 a 10 µg/kg/min em infusão contínua (titular) • Isossorbida: absorção sublingual 0,5-2mg/kg • Nitroprussiato de sódio: 0,5 a 15 mcg/kg/min por até 48 horas • Hidralazina ou Amlodipina (na ausência do nitroprussiato) • iECA (Enalapril / Benazepril): 0,5 mg/kg/12h TRATAMENTO ICC OBRIGADA SNOWAPOLO 31 32 33 34 35 36
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