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NUT 1089 - CONTROLE DE QUALIDADE DOS ALIMENTOS Profª Drª Grazielle Castagna Cezimbra Weis Nutricionista e Tecnóloga de Alimentos Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos (DTCA) TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL: CARNES E DERIVADOS CÁRNEOS CADEIA PRODUTIVA DA CARNE Criação Transporte Abate Maturação Armazenamento e distribuição Conversão do músculo em carne Sistemas de conservação SISTEMAS DE CONSERVAÇÃO EM CARNES Controle da temperatura: refrigeração e congelamento; Umidade: salga e secagem, desidratação; Atmosfera modificada e controlada; Aditivos alimentares: conservantes; SISTEMAS DE CONSERVAÇÃO Métodos combinados ou isolados • Aumentar a vida de prateleira do produto • Evitar alterações químicas, microbiológicas e sensoriais SISTEMAS DE CONSERVAÇÃO EM CARNES Refrigeração e congelamento Atmosfera modificada e controlada Não se permite o uso de aditivos Carne in natura Produtos cárneos ou derivados cárneos Refrigeração e congelamento Atmosfera modificada e controlada Secagem (salga) Aditivos alimentares Produtos cárneos: consideram-se produtos e derivados cárneos os produtos alimentícios preparados total ou parcialmente com carnes, miúdos ou gorduras, e subprodutos comestíveis procedentes dos animais de abate ou outras espécies e, eventualmente, ingredientes de origem vegetal ou animal, como também condimentos, especiarias e aditivos autorizados. PRODUTOS CÁRNEOS CARNES E PRODUTOS CÁRNEOS CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS CÁRNEOS Produtos cárneos crus condimentados Produtos cárneos frescos Produtos cárneos salgados Produtos cárneos tratados pelo calor Embutidos crus curados São produtos cárneos elaborados com peças de carne inteira ou pedaços identificáveis submetidos à ação de sal, especiarias e condimentos que lhes conferem aspecto e sabor característicos; Não são submetidos a nenhum tratamento térmico; PRODUTOS CÁRNEOS CRUS CONDIMENTADOS O aumento da vida de prateleira nesses produtos em relação a carne fresca deve-se pela presença de ácido acético (vinagre) nas soluções de tempero nas quais se submergem as peças cárneas. Aa pH IN Nº 17, DE 29 DE MAIO DE 2018: Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do produto cárneo temperado. PRODUTOS CÁRNEOS CRUS CONDIMENTADOS Ingredientes obrigatórios: as carnes, miúdos ou partes comestíveis das diferentes espécies animais, sal e condimentos. Ingredientes opcionais: Aditivos intencionais Água, monossacarídeos e dissacarídeos, maltodextrinas e dextrinas; Vinho, cachaça, cerveja, whisky, conhaque, suco de fruta e outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas, vinagre, mel e molhos; Proteína de origem animal e proteína de origem vegetal: até 2%; Óleos e gorduras vegetais. Sal + condimentos: mínimo 1% da formulação Exemplo: Lombo suíno condimentado, cortes de aves temperados PRODUTOS CÁRNEOS CRUS CONDIMENTADOS Estes produtos devem ser conservados sob refrigerac ̧ão. PRODUTOS CÁRNEOS CRUS CONDIMENTADOS Seleção matéria-prima Seleção ingredientes (especiarias e condimentos) Adição da salmoura (vinagre, sal, especiarias e condimentos) Armazenamento (refrigeração ou congelamento) FLUXOGRAMA DE ELABORAÇÃO DE PRODUTOS CÁRNEOS CRUS CONDIMENTADOS Peças de carnes inteiras ou pedaços identificáveis A adição da salmoura pode ser realizada por: Imersão: Imersão da peça, por tempo determinado, em solução específica; Injeção: Uso de equipamento específico contendo agulhas; Tumbleamento: Ação mecânica de massageamento, em equipamento apropriado; Pedaços pequenos – Imersão a temperatura de 4oC, revolvendo a cada 24h. Peças grandes – Injeção procedido de tumbleamento. São aqueles elaborados com peças à base de carne com ou sem gordura, picadas, acrescidas ou não de condimentos, especiarias e aditivos e que não são submetidas a tratamentos de dessecação, cocção nem salga. Podem ser embutidos ou não; Estes produtos devem ser conservados sob refrigerac ̧ão. Exemplos: hambúrgueres, salsichas frescas e kibe PRODUTOS CÁRNEOS FRESCOS Salsicha italiana Hambúrguer: o produto cárneo industrializado obtido da carne moída dos animais de açougue, adicionado ou não de tecido adiposo e ingredientes, moldado na forma de disco ou na forma oval e submetido a processo tecnológico adequado. PRODUTOS CÁRNEOS FRESCOS PORTARIA SDA Nº 724, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2022: Aprova o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do hambúrguer. Parâmetros físico-químicos: Gordura máxima: 25% Carboidratos totais máximos: 3% Proteína mínima: 15% Ingredientes Obrigatórios: Carne de diferentes espécies de animais de açougue. Ingredientes Opcionais: Gordura animal Gordura Vegetal Água, sal, açúcares (mono e dissacarídeos) e especiarias Proteínas de origem animal e/ou vegetal: até 4% Aditivos intencionais PRODUTOS CÁRNEOS FRESCOS Carne Mecanicamente Separada (CMS): a carne obtida por processo mecânico de moagem e separação de ossos e carcaças de animais de açougue (aves, bovinos e suínos), destinada a elaboração de produtos cárneos específicos. Não podem ser utilizadas cabeças, pés e patas. Até 30% FLUXOGRAMA DA ELABORAÇÃO DE HAMBÚRGUER Carne Remoção de tecido conjuntivo e gordura Moagem Adição dos ingredientes Homogeneização e repouso da massa cárnea Moldagem Embalagem Armazenamento em freezer a - 18oC PRODUTOS CÁRNEOS FRESCOS Carnes e produtos de retalhação submetidos à ação do sal comum e dos demais ingredientes da salga, em forma sólida ou em salmoura, a fim de garantir sua conservação para o consumo. Podem ser temperados, secos ou defumados; Não precisam ser conservados sob refrigeração. Exemplo: Presunto serrano, presunto parma, charque, etc. PRODUTOS CÁRNEOS SALGADOS Aa Charque ou carne bovina salgada e dessecada: produto cárneo obtido de carne bovina, com adição de sal e submetido a processo de dessecação. Ingredientes obrigatórios: carne e sal; Ingredientes opcionais: aditivos intencionais (estabilizante, acidulante, regulador de acidez e antioxidante). IN Nº 92, DE 18 DE SETEMBRO DE 2020: Dispõe Sobre a Identidade e os Requisitos de Qualidade do Charque, da Carne Salgada Curada Dessecada (Jerked beef), do Miúdo Salgado Dessecado e do Miúdo Salgado Curado Dessecado. PRODUTOS CÁRNEOS SALGADOS Parâmetros físico-químicos: Aw: máxima de 0,8 Umidade: máxima de 50% Cloreto de sódio: mínimo de 12% PRODUTOS CÁRNEOS SALGADOS Seleção matéria-prima Salga Escorrimento da Salmoura Lavagem Secagem Embalagem FLUXOGRAMA DE ELABORAÇÃO DO CHARQUE A adição do sal pode ser através: Salga seca: colocando sobre a superfície da carne Salga úmida: colocando as peças de carne imersas na salmoura Salga por injeção: injeta-se salmoura por meio de equipamento com agulhas que irão penetrar a carne Pode ser conduzida naturalmente (sol) ou em estufa com circulação de ar MODIFICAÇÕES OCORRIDAS NO PROCESSO DE SALGA Perda de peso, tendo em vista a redução de água no produto; Mudança de cor e de sabor; Rancidez da gordura (sal atua como um pró-oxidante - catalisador) PRODUTOS CÁRNEOS SALGADOS NaCl CRONOGRAMA DE AULAS Data Planejamento 23/11 (Prática, CH 3h) Elaboração de linguiça. 24/11 (Teórica, CH 2h) Derivados cárneos: crus temperados, salgados e embutidos frescais. 27/11 (Prática, CH 3h) (vale como quinta-feira) Aula prática derivados lácteos – Profª Neila. 28/11 (Teórica, CH 2h) (vale como sexta-feira) Derivados cárneos: embutidos cozidos, embutidos fermentados e alterações em produtos cárneos. 30/11 (Prática, CH 3h) Elaboração de presunto ou apresuntado. Elaboração de empanado. 01/12 (Teórica, CH 2h) Carne de aves: composição e valor nutritivo. Congelamento: carcaças, porções, miúdos. Fabrico de derivados. Processamento de resíduos. 04/12 (Teórica, CH 2h) (vale como sexta-feira) Apresentação Seminário. 05/12 (Teórica, CH 2h) (vale como sexta-feira) Avaliação individualparcial II. 07/12 (Prática, CH 3h) Visita técnica: turno da tarde (Indústria Espetino) Profa. Grazielle Castagna Cezimbra Weis Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos (DTCA) Prédio 63E – Sala 307 E-mail: grazielle.weis@ufsm.br mailto:grazielle.weis@ufsm.br
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