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H e p a t i t e A H e p a t i t e b Hepatites viraisHepatites virais agudasagudas Infecção aguda por vírus hepatotrópicos, determinando inflamação e necrose d tecido hepático As hepatites virais são doenças de notificação compulsória Apresenta curta duração, alta infectividade e evolução benigna O HAV é um RNA vírus Família Picornaviridae Transmissão fecal-oral Período de incubação é de 15 a 45 dias (média de 28 dias) A viremia é curta e o vírus A é eliminado nas fezes nos dias que precedem a instalação da icterícia até 8 dias A principal faixa etária acometida é a das crianças, que geralmente desenvolvem a forma benigna da doença Apresentação clínica Caracterizada por inflamação difusa do parênquima hepático Assintomática: Mais comum em crianças Sintomática: Clássica e autolimitada (pródromos/icterícia/convalescença), dura cerca de 8 semanas Colestática: Icterícia com padrão laboratorial colestático, podendo durar mais de 3 meses É a hepatite viral mais relacionada à síndrome colestática intra-hepática, cursando com prurido intenso, colúria e acolia fecal, bem como com elevação moderada da fosfatase alcalina, gama GT e bilirrubina direta. Diagnostico Os anti-HAV classe IgM denunciam infecção aguda, e tendem a persistir aumentados por 3–6 meses Os anti-HAV IgG já podem ser encontrados na mesma época em que o anti-HAV IgM, porém, perduram por tempo indefinido e são os classicamente encontrados na fase de convalescença. Somente o achado de IgM anti-HAV autoriza o diagnóstico de hepatite A aguda Tratamento Repouso relativo (limitação das atividades físicas conforme a tolerância do paciente) e aumento da ingesta calórica, associando-se, quando necessário, medicamentos sintomáticos (ex.: antitérmico, antiemético). Deve evitar drogas com potencial hepatotóxico (ex.: paracetamol) assim como não se deve ingerir álcool por pelo menos seis meses. A administração parenteral de vitamina K (por 1– 3 dias) pode ser tentada em casos que cursam com queda na atividade de protrombina, Pacientes com hepatite fulminante devem ser encaminhados para centros com capacidade de realização de transplante hepático Profilaxia pré-exposição (viajantes) ⩾ 1 ano: Vacina 6 meses - 1 ano: Vacina, mas sem contabilizar no esquema de rotina < 6 meses: Imunoglobulina Profilaxia pós-exposição (Contato íntimo, até 2 semanas) ⩾ 1 ano: vacina < 1 ano: Imunoglobulina É causada por um vírus DNA pertencente à família Hepadnaviridae Transmissão sexual, vertical, horizontal, percutânea, hemotransfusão, transplante de órgãos A chance de transmissão é diretamente proporcional à carga viral do paciente https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prefeitura.sp.gov.br%2Fcidade%2Fsecretarias%2Fupload%2Fhepatites_guia_1259684758.pdf&psig=AOvVaw02NRHmdzrga2DDERoVQhEQ&ust=1702569613135000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBEQjRxqFwoTCPjIgaHkjIMDFQAAAAAdAAAAABAV Manifestações clínicas Dependem da idade em que ocorre a infecção, do nível de replicação viral e do estado imune do paciente Hepatites agudas benignas: Assintomáticas Ictérica Recorrente/recrudescente Colestática Hepatite aguda grave Hepatite fulminante Hepatite subaguda Exames laboratoriais inespecíficos O hemograma não costuma estar alterado A VHS é caracteristicamente normal. A dosagem sérica das enzimas ALT (TGP) e AST (TGO) é muito importante para o diagnóstico e acompanhamento de um processo de lesão hepatocelular Os níveis dessas enzimas devem ser monitorados quinzenalmente em pacientes com hepatite B aguda. A AST pode ser encontrada nos hepatócitos (é uma enzima mitocondrial), mas também está presente em outros tecidos, como músculo esquelético, miocárdio, vesícula biliar e rins. O aumento da ALT, por outro lado, costuma se correlacionar bem com a lesão do parênquima hepático. O aumento das bilirrubinas pode significar lesão hepatocelular ou colestase, havendo predomínio da fração direta A fosfatase alcalina e a gamaglutamiltranspeptidase (gama GT) são enzimas que caracteristicamente se elevam bastante nas icterícias colestáticas. Diagnóstico: O diagnóstico da hepatite B aguda depende apenas do HBsAg e do anti-HBc IgM O teste rápido, que dosa o antígeno viral HBsAg é uma excelente forma de rastreamento da hepatite B Se a pessoa apresentar o teste rápido positivo, deve confirmar o diagnóstico com a dosagem laboratorial do HBsAg O anti-HBc total IgM é positivo somente da hepatite aguda Persistência do HBsAg por mais de 6 meses é diagnóstico de hepatite B crônica Nas pessoas vacinadas, o único exame positivo é o anti-HBs, com todos os outros marcadores negativos O anti-HBc total é o exame que indica contato com o vírus e está presente tanto naqueles com infecção ativa quanto nos com infecção resolvida Marcadores sorológicos AgHBs+ por mais de 6 meses depois da infecção aguda = Definição de cronificação pelo vírus B AgHBe+ = Marcador de replicação viral, aparece na fase aguda e na crônica replicante Anti-HBe + + Marcador de parada de replicação viral https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prefeitura.sp.gov.br%2Fcidade%2Fsecretarias%2Fupload%2Fhepatites_guia_1259684758.pdf&psig=AOvVaw02NRHmdzrga2DDERoVQhEQ&ust=1702569613135000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBEQjRxqFwoTCPjIgaHkjIMDFQAAAAAdAAAAABAV Hepatite B aguda (fase inicial) HBsAg+ Anti-HBc (IgM)+/(IgG)- Anti-HBs- HBeAg+ Anti-HBe- Hepatite b aguda (fase tardia) HBsAg+ Anti-HBc (IgM)+/(IgG)+ Anti-HBs- HBeAg- Anti-HBe+ Hepatite B aguda (janela imunológica) HBsAg- Anti-HBc (IgM)+/(IgG)+ Anti-HBs- HBeAg- Anti-HBe-/+ Hepatite B crônica (em replicação) HBsAg+ Anti-HBc (IgM)-/(IgG)+ Anti-HBs- HBeAg+ Anti-HBe- Hepatite B crônica (janela imunológica) HBsAg- Anti-HBc (IgM)-/(IgG)+ Anti-HBs- HBeAg-/+ Anti-HBe+/- Anti-HBs + Marcador de imunidade (Natural ou vacinal) Anti-Hbc total (IgG) + Marcador de contato (Após contato inicial ficará positivo para o resto da vida) Anti-Hbc IgM = Infecção aguda pelo vírus B Principais situações na prática clínica Mutante pré-core Falha na expressão do HBeAg HBsAg (+); HBeAg (-); Aumento das transaminasses Confirmação: HBV-DNA aumentada Tratamento Devido à evolução tipicamente benigna da hepatite B, sobretudo em indivíduos adultos hígidos, o tratamento deve ser apenas sintomático, à semelhança da hepatite A. Exceção se faz para os casos graves (ex.: hepatite fulminante), quando se indica suporte intensivo associado a uma das drogas orais disponíveis para o tratamento da hepatite B (tenofovir ou entecavir). Profilaxia da hepatite B Pré-exposição: Vacina - 3 doses (0-1-6 meses) Pós-exposição: Vacina + IG até 7 dias (Exceto vacinados) Acidente biológico: IG até 7 dias Vitima sexual - IG até 14 dias Imunodeprimidos - IG mesmo se vacinados Hepatite B crônica (não replicativa) HBsAg+ Anti-HBc (IgM)-/(IgG)+ Anti-HBs- HBeAg- Anti-HBe+ Vacinação prévia HBsAg- Anti-HBc (IgM)-/(IgG)- Anti-HBs+ HBeAg- Anti-HBe- Cicatriz imunológica HBsAg- Anti-HBc (IgM)-/(IgG)+ Anti-HBs+ HBeAg- Anti-HBe+/- https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prefeitura.sp.gov.br%2Fcidade%2Fsecretarias%2Fupload%2Fhepatites_guia_1259684758.pdf&psig=AOvVaw02NRHmdzrga2DDERoVQhEQ&ust=1702569613135000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBEQjRxqFwoTCPjIgaHkjIMDFQAAAAAdAAAAABAV H e p a t i t e c HCV pertence à família Flaviviridae, gênero Hepacivirus É um RNA de cadeia simples Formas mais importantes de transmissão do HCV no Brasil: Atividade sexual desprotegida; Compartilhamento para uso de drogas ilícitas; Confecção de tatuagens e piercing, ou realização de procedimentos médico-odontológicos (incluindo acupuntura), sem obediência às normas de biossegurança; Compartilhamento de objetos de uso pessoal, como escovas de dente, barbeadores, depiladores e instrumentos de manicure/pedicure sem esterilização adequada. Manifestações clínicas Os sintomas costumam surgir no período entre 4- 12 semanas após exposição A maioria tem apresentação assintomática e anictérica Quando presentes, os sintomas da hepatite C aguda em nada diferem das demais formasde hepatite viral aguda. As aminotransferases começam a se elevar entre 2-8 semanas após a exposição, antes mesmo do surgimento de sintomas. ALT (TGP) pode atingir valores 25–100x acima do limite superior da normalidade, mas, na maioria dos casos, este valor não ultrapassa 10x o LSN e tem caráter “flutuante”. O HCV-RNA costuma ser detectado no sangue do paciente a partir da segunda semana após a exposição, e o anti-HCV, 30–60 dias depois. Diagnóstico A investigação pelo HCV se dá pela busca de anticorpos específicos contra o vírus (anti-HCV) O anti-HCV pode ser pesquisado pelo método ELISA (sorologia convencional) ou pelo Teste Rápido (TR) o HCV-RNA deve sempre ser utilizado para confirmar que o anti-HCV positivo significa infecção ativa pelo vírus C Tratamento Tratar tanto na presença de infecção aguda quanto crônica https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prefeitura.sp.gov.br%2Fcidade%2Fsecretarias%2Fupload%2Fhepatites_guia_1259684758.pdf&psig=AOvVaw02NRHmdzrga2DDERoVQhEQ&ust=1702569613135000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBEQjRxqFwoTCPjIgaHkjIMDFQAAAAAdAAAAABAV H e p a t i t e d É um vírus RNA defectivo que necessita da função do vírus B para a sua sobrevivência e disseminação HDV pode infectar o indivíduo de forma simultânea com o HBV, - coinfecção (hepatite aguda B + D) Pode infectar alguém cronicamente infectado pelo HBV - superinfecção. A dependência do HDV em relação ao HBV é tão grande que a duração da infecção do primeiro nunca ultrapassa a duração da infecção deste último. O diagnóstico de infecção pelo HDV é feito por meio da sorologia, com a pesquisa do anti-HDV. Tratamento Combinação de alfapeginterferona + tenofovir ou entecavir por 48 semanas, podendo-se repetir por mais 48 semanas caso necessário Após o período de 48 ou 96 semanas, a alfapeginterferona é suspensa, sendo as medicações orais mantidas por tempo indeterminado. Coinfecção HBsAg+ Anti-HBc total + Anti-HBc IgM + Anti-HDV total + Anti-HBs - Superinfecção HBsAg+ Anti-HBc total + Anti-HBc IgM - Anti-HDV total + Anti-HBs - Cura HBsAg- Anti-HBc total + Anti-HBc IgM - Anti-HDV total + Anti-HBs + H e p a t i t e e É um RNA-vírus Transmissão fecal oral Cursando com período prodrômico breve seguido por lesão hepatocelular intensa (queda do estado geral, icterícia, aminotransferases > 10x o LSN) e, posteriormente, uma fase de convalescença O diagnóstico sorológicos da infecção pelo VHE se faz através da determinação do marcador anti-VHE IgG e IgM Não há tratamento especifico para hepatite E https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.prefeitura.sp.gov.br%2Fcidade%2Fsecretarias%2Fupload%2Fhepatites_guia_1259684758.pdf&psig=AOvVaw02NRHmdzrga2DDERoVQhEQ&ust=1702569613135000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBEQjRxqFwoTCPjIgaHkjIMDFQAAAAAdAAAAABAV
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