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Necrose cerebrocortical (polioencefalomalacia) · Transcetolase é dependente da tiamina; · Etiologia: · Deficiência de tiamina (vitamina B1); · Manejo: · Antibióticos e anti-helminticos (degradam tiamina); · Pastagens inadequadas; · Ingestão de plantas com atividade amilolíticas; · Acidose; · Morte de bactérias produtoras de tiamina; · Proliferação de bactéria produtoras de tiaminases (antagonista da tiamina); · Patogenia: · Sinais clínicos: · Nistagmo; · Pupilas dilatadas; · Bruxismo e mastigação repetitiva; · Estrabismo (dorsal); · Andar com a cabeça ereta e incoordenação; · Cegueira (em quase todos os casos); · Atonia ruminal; · Afastamento do rebanho; · Paralisia espástica; · Diminuição dos reflexos palpebral e pupilar; · Depressão, decúbito e coma; · Head pressing; · Sialorreia; · Andar em círculo; · Opistótono; · Convulsão e morte; · Diagnóstico: · Presuntivo: · Histórico clínico; · Dados epidemiológicos; · Sinais clínicos; · Exame clínico; · Terapêutico (principal): · Tratamento com vitamina B1 e corticoides; · Tiamina é eficiente no tratamento de outras neuropatias centrais de bovinos; · Laboratorial: · Análise de líquido ruminal; · Hemograma e bioquímico: · Leucocitose por neutrofilia; · Lactato ou piruvato no soro (elevado); · Ureia e creatinina elevado; · Aumento da atividade do AST e CK (devido ao decúbito prolongado); · Atividade do TPP; · Atividade da transcetolase eritrocitaria; · Necropsia e histopatológico: · Fluorescência das áreas afetadas do encéfalo; · Neurônios eosinofílicos no córtex cerebral e perda do arranjo laminar; · Aumento dos espaços perivasculares e perineuronais; · Presença de cavitações na substância cinzenta e branca no bulbo na altura do cóbex, cerebelo e tálamo; · Edema cerebral; · Giros com coloração amarelada; · Diminuição da consistência cerebral; · Invasão do córtex occipital para região do cerebelo; · Glicose e neurofagia; · Tratamento: · Cloridrato de tiamina (10 a 20 mg/kg PV IV a cada 4 horas ou 4 a 6 horas) associados a Dexametasona sódica (efeito diurético diminuir edema - 0,2mg/KgIV ou Im a cada 12 horas); · Por no mínimo 3 dias; · Suporte: · Fluidoterapia com ringer com lactato; · Transfaunação aos desidratados e anoréxicos; · Dipirona sódica (25mg/kg/IM) aos hipertérmicos; · Flunixin meglumine (0,25mg/kg/IM) aos toxêmicos; · Diazepam (1,5mg/kg/IV) aos convulsivos; · Prevenção e controle: · Adequada adaptação às dietas; · Maior teor de fibra na dieta e de qualidade; · Suplementação com tiamina: 3mg/Kg MS; · Manejo adequado do pasto; · Uso adequado dos antibióticos e anti-helminticos; Acidose em ruminantes · Distúrbio na fermentação ruminal que causa diminuição do pH ruminal (aguda); · PH normal: 6,2 a 7,4; · Acidose láctica Ruminal, acidose subaguda, acidose Crônica (aumento de AGVs de forma constante) e acidose metabólica; · Carboidratos estruturais estimula a salivação com a tendência de formar mais ácido acético; · Etiologia: · pH 5,0 a 6,0 acidose por AGVs (aumento da produção dos ácidos normais); · pH < 5,0 acidose láctica ruminal (produção de ácido láctico em substituição); Comment by Yasmim theonise: evolução · Sobrecarga por alimentos altamente fermentáveis, sem adaptação previa; · Dieta pobre em fibras (baixa produção de saliva); · Quanto mais processado o grão, maior a chance de acidose; · Carboidratos não estruturais: · Prontamente digeridos e rapidamente utilizados pelos microorganismo; · Não estimuladores da formação de saliva; · Tendencia a formação de ácido propiônico; · Epidemiologia: · Bovinos de corte em confinamento e vaca de leite de alta produção são mais susceptíveis; · Quantidade acima do comum de carboidratos administrado; · Doença endêmica; · Forma aguda: · Morbidade - 2-50%; · Mortalidade - não tratados 90% (alta) e tratado 30-40%; · Forma de surto; · Forma crônica ou subaguda (AGVs): · Morbidade - variável; · Mortalidade - 1-2% (baixo); · Fatores predisponentes: · Consumo diário ad libitum; · Momentos de queda de temperatura; · Privação de alimento ao gado e depois ofertar dieta altamente concentrada; · Antes de feiras agropecuárias ou no período de terminação onde as dietas possuem mais grãos; · Patogenia: · Sinais clínicos: · Hipotonia ou atonia ruminal (tentar debelar o processo e também porque muda a estratificação do rúmen); · Aumento da osmolaridade ruminal (a mesma do sangue); Comment by Yasmim theonise: Aumento da osmolaridade ruminal, ai o rumem começa a puxar água para tentar equilibrar causando diarreia e timpanismo dificultando a abertura da cárdia aumentando na produção de gás, isso vai gerar uma desidratação · Desidratação; · Diarreia mais líquida; · Timpanismo; · Desequilíbrio dos sistemas (evolução para acidose metabólica); · Perda de eletrolitos pelo acúmulo de D-lactato nos fluidos cérebro-espinhal: · Anorexia; · Cegueira; · Depressão; · Incoordenação e convulsão; · Acidose crônica: · Quadros assintomáticos; · Diminuição da conversão alimentar; · Atraso no crescimento e no período de terminação; · Perda da função reprodutiva devido diminuição do ECC; · Diagnóstico: · Histórico (alimentar); · Achados clínicos (palpação, auscultação, percussão): · Volume aumentado em região de flanco esquerdo; · Aumento da tensão de parede ruminal; · Aumento da área timpânica e perda da estratificação; · Atonia ruminal na auscultação; · Análise do líquido ruminal: · Cor: amarelado/acinzentado; · Aspecto: aguado; · Odor: ácido; · pH: · <5,0 (casos agudos); · 5,0 a 5,6 (causado por AVGs); · Teste do azul de metileno aumentado; · Osmolaridade ruminal >400 mOsm; · Avaliação dos protozoários microorganismos mortos; · Parâmetros sanguíneos: · Anemia (hematócrito aumentado, volume globular acima de 40% - desidratação); · Lactato aumentado (acima de 5mmol/L); · Leucocitose por neutrofilia; · Hemogasometria: · pH sangue -> diminuição <7,15 incompatível com a vida (normal 7,29-7,40); · Pressão de O2 -> reduzida (normal 80-102); · Pressão de CO2 -> aumentada (normal 33-46); · Na subaguda ou crônica não demonstra sinais evidentes de acidose; · Necrópsia: · Conteúdo ruminal homogêneo, pastoso a líquido; · Odor ácido; · Mucosa ruminal facilmente destacável / hemorrágica; · Tratamento: · Controlar o PH sanguíneo; · Corrigir a acidose lacta ruminal; · Reestabelecer a motilidade intestinal; · Corrigir a desidratação; · Solução salina isotônica (0,9% Nacl - 300 mOsm /L); · Solução hipertônica (7,2% NaCl - 2.400 mOsm / L, 4ml durante 10 dias), deve voltar para a isotônica; Comment by Yasmim theonise: fazer com que a água do rumem volte para o sangue deve ser feita de forma lenta · Ruminotomia com transfaunação (casos graves); · Uso de AINE’s e anti histamínico; · Prevenção e controle: · Adaptação gradativa à dieta com altos teores de concentrado (⅓ por semana); · Estimular produção de saliva e aumento do pH ruminal (adicionar FDN à dieta); · Balancear o teor de fibra longa e curta; Comment by Yasmim theonise: Ideal: fibra longa > 1,9 cm 10-20%Fibra média 0,8-1,9 cm 30-50% Fibra curta <0,8 cm 40-50% · Administração de substâncias tamponantes na ração (substancias que consomem ácidos); · Bicarbonato de sódio ou de potássio; · óxido de magnésio; · Uso de moduladores alimentares; · Ionóforos; · Monensina sódica; · Lasalocida; · Virginiamicina; · Antibióticos (promotores de crescimento); · Promovem trocas iônicas entre o meio intracelular e extracelular; · Atuam em bactérias Gram +; · Probiótico; · Leveduras (Saccharomyces cerevisiae); · Bactérias (Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium bifidum); · Administração de líquido ruminal de animais adaptados contendo população bacteriana que metaboliza o acido láctico; · Imunização (experimental em estudo); · Vacinas intra ruminais contra S. bovis e Fusobacterium necrophorum; Intoxicação por amônia ou alcalose ruminal · Enfermidade nutricional metabólica caracterizada pela alta produção de amônia ruminal; · Etiologia: · Alta ingestão de ureia; · Ingestão de ureia liquida (mais toxica que ureia granulada); · Epidemiologia: · Administração em doses elevadas de ureia; · Fator predisponentes: · Dietacarente em proteína; · Jejum prolongado (produção de saliva em excesso); · Animais não adaptados; · Animal com insuficiência hepática; · Animais que fazem suplementação da dieta (Nitrogênio proteico > 35% da dieta total); · Patogenia: · Sinais clínicos: · Hipersensibilidade inicial; · Irritabilidade; · Excitabilidade; · Fasciculações e tremores musculares; · Incoordenação motora; · Decúbito esternal; · Apatia; · Sialorreia; · Atonia ruminal (meteorismo gasoso); · Fezes amolecidas; · Nistagmo horizontal; · Midríase; · Edema pulmonar; · Vasos episclerais injetados e mucosas congestas; · Vocalização; · Desidratação; · Taquicardia associada ou não a arritmia; · Convulsões e morte (falha respiratória); · Diagnóstico: · Histórico e anamnese · Alimentar; · Sinais e sintomas clínicos; · Parâmetros sanguíneos: · Dosagem de amônia: · Fluido ruminal (>500mg/L ou >2-5 mg/dl); · Sangue (>0,7 mml/L); · Ureia (>5mmol/L); · Lactato-L (>10 mmol/L); · Glicose (>10 mmol/L); · CK (>1000 UI/L); · Necropsia: · Edema pulmonar; · Forte odor amoniacal; · Tratamento: · Controlar a alcalose: · Uso de ácidos fracos; · Acido acético; · Retirada do conteúdo por ruminotomia; · Administrar até 40L de água gelada; · Diurético: · 1 mg/kg furosemida (IV); · 1 mg/kg aminoacidos do ciclo da ureia; · Fluidoterapia: · 20 a 40 ml/kg solução salina fisiológica; · Prevenção e controle: · Manejo dietético: · Adaptar os animais para alimentação com ureia; · Animais adaptados; · 1% MS ingerido ou 3% concentrado oferecido; · Não adaptados; · Oferecimento gradual no decorrer de 3 semanas; · Interrupção superior a 15 dias readaptar; · Cobrir o cocho para evitar molhar (ureia liquida); · Oferecer juntamente com carboidratos altamente solúveis (milho, sorgo); · Não administrar com animal em jejum; Toxemia da prenhez e cetose · Enfermidade metabólica, determinada por alimentação inadequada durante a gestação; · Propionato e o principal precursor de glicose; · Corpos cetônicos vem do butirato ou gordura; · Etiologia: · Acúmulos de corpos cetônicos no organismo ruminal; · Alteração no metabolismo de carboidratos; · Aumento de corpos cetônicos no organismo do animal; · Alimentação inadequada durante a gestação; · Epidemiologia: · Afeta fêmeas no período de transição; · Classificação: · Cetose em bovinos: · Primaria: · Falha no manejo dietético; · Secundaria: · Decorrente de outras doenças ou desequilíbrios; · Toxemia da prenhez em pequenos ruminantes; · Tipo 1: · Inanição; · Ovelhas e cabras com baixo ECC; · Tipo 2: · Superalimentação; · Ovelhas e cabras com alto ECC; · Clinica: · Sinai clínicos detectáveis; · Alta circulação de corpos cetônicos no organismo; · Subclínica: · Alta circulação de corpos cetônicos no organismo; · Não ha manifestações de sinais clínicos; · Fatores predisponentes: · Bovinos pôs-parto (alta produção de leite) e pequenos ruminantes no terço final (gestação); · Animais confinados e de alta produção; · Privação alimentar entrando, animal num balanco energético negativo; · Dietas com carência ou com excesso de energia; · Animais adultos a partir da 3 parição/lactação; · Outras doenças concomitantes; · Patogenia: · Sinais clínicos: · 1° fase clínica: · Isolamento do rebanho; · Apatia; · Apoio em obstáculos; · Andar sem rumo; · Apetite presentes; · 2° fase clínica: · Grande depressão; · Mímica de mastigação; · Surdez cortical; · Ranger dentes; · Taquicardia e taquipneia; · Apetite ausente; · Indiferente a estímulos ambientais; · Amaurose; · Tremores musculares; · Desidratação; · 3° fase clínica: · Decúbito lateral; · Coma; · Morte; · Subclínica: · Perda de peso e apetite; · Queda na produção; · Fezes ressecadas; · Diagnóstico: · Histórico; · Sinais e sintomas; · Clinico e laboratorial: · Dosagem de glicose (60 mg/dl); · Dosagem de corpos cetônicos; · Sangue (beta hidroxibutirato); Comment by Yasmim theonise: Plasma: Valores menores;Hemololise: Valores maiores; · Urina e leite (acetocetato); · Necrópsia: · Muita gordura corporal; · Útero com fetos múltiplos; · Fígado aumentado, friável e amarelado; · Infiltrado de gordura no fígado (microscopia); · Tratamento: · Controle a hipoglicemia: · Glicose injetável; · Solução 50% 500 ml 2x dia; · Diminuição da lipólise e cetogênese: · Insulina; · 200 a 300 UI 1x dia, por 3 dias; · Acetato trembolona; · 30 mg 1x dia, por 6 dias; · Administração de precursores da glicose: · Glicerol; · 100 - 500 ml 2x dia; · Propilenoglicol; · 200 g a 400 g 2x dia (bovinos); · Glicocorticoides: · Dexametasona (induzir o parto); · 20 mg/Kg; · Modificar a distribuição e utilização da glicose pelos tecidos; · Uso de somatotropina bovina (r-bST): · 160 a 500 mg Boostin 1x dia, SC; · Para desviar Acetilcolina da cetogênese para uma rota metabólica favorável para a glicogênese; · Prevenção e controle: · Cuidado com a dieta de fêmeas no terço final da gestação; · Fornecer energia necessária; · Estimular o consumo de matéria seca; · O ideal é a fêmea tenha score corporal igual a 3; · Administrar aditivos anticetogênicos a dieta: · Propilenoglicol; · 1 L ao dia sob a forma de drench 9 dias antes do parto · Propionato de sódio; · Monensin a sódica de 2 a 4 semanas antes do parto; · 30g / tonelada · 208 mg a 399 mg / dia
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