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Antieméticos • Esta classe está voltada ao tratamento de náuseas e vômitos. • A terapia com antieméticos pode ser feita para aliviar sintomas agudos e tardios, além de reduzir o risco de complicações, como a desidratação. Mecanismo de Ação dos Antidepressivos • Os principais mecanismos de ação consistem no antagonismo dos receptores dos neurotransmissores envolvidos nessa fisiologia. • Os cinco locais de receptores de neurotransmissores que são de importância primária no reflexo do vômito são: M1(muscarínico), D2(dopamina), H1(histamina), 5-HT3(Serotonina), Receptor de neurocinina 1 (NK1) – substância P. Classes dos Antidepressivos • As classes dos antieméticos varia de acordo com seu mecanismo de ação e indicação. ➢ Antagonista muscarínico ▪ A escopolamina é a principal droga anticolinérgica. ▪ Eficaz contra náuseas e vômitos por intoxicações alimentares, profilaxia contra cinetose ou no pós-operatório. Entretanto é pouco eficaz num quadro emético bem estabelecido. ➢ Antagonistas dopaminérgicos ▪ Existem três classes de antagonistas dos receptores de dopamina utilizados para tratamento de náusea e vômito. ▪ Fenotiazinas → Prevenção de êmese por quimioterapia → São antipsicóticos, mas possuem potente atividade antiemética e sedativa, pois também tem efeitos bloqueadores muscarínicos M1 e histamínicos H1. → Ex: Proclorperazina, prometazina, tietilperazina, clorpromazina, perfenazina e trifluoperazina. ▪ Butirofenonas → Antipsicóticos com ação antiemética → Utilizados em casos de êmese induzida por quimioterapia → Ex: Droperidol, Haloperidol e Levomepromazina. → São fármacos que também podem ser utilizados como pré- anestésicos, indutores e manutenção de anestesia geral, e são eficazes para náuseas e vômitos pós-operatórios. ▪ Benzamidas → Metoclopramida e domperidona; → São bloqueadores D2, mas com outras funções a mais. → A metoclopramida possui efeito antiemético, mas aumenta a motilidade esofágica, gástrica e entérica, além de aumentar o tônus do esfíncter esofágico inferior. Isso justifica seu uso no tratamento do refluxo gastroesofágico e de distúrbios hepáticos e biliares. → A metoclopramida também atravessa a barreira hematoencefálica, o que justifica alguns dos seus efeitos adversos, como acatisia, distonia, ansiedade, inquietação, depressão e o risco de discinesia tardia irreversível, principalmente em idosos ou com alta dosagem em longos períodos. → A metoclopramida também estimula a produção de prolactina, cursando com hiperprolactinemia, galactorreia e distúrbios menstruais. Outro efeito adverso importante é o prolongamento do intervalo QT. → A domperidona possui atividade periférica seletiva no trato gastrointestinal superior. É utilizado principalmente para tratamento de êmese causada por citotóxicos e sintomas gastrointestinais. → A domperidona não atravessa a barreira hematoencefálica, que garante que não manifeste os efeitos adversos neurológicos da metoclopramida. ▪ Antagonistas Histamínicos → Os anti-histamínicos são usados principalmente para controle de enjoo de movimento e labirintopatias, além de enjoos causados por hipercinetose. → Um efeito colateral comum nessa classe é a sonolência e sedação. Pode ocorrer também, tontura, confusão, boca seca, cicloplegia, sintomas extrapiramidais e cefaleias. → Apesar dos efeitos adversos, é a classe mais escolhida para profilaxia da cinetose em crianças e na êmese gravídica. → Exemplos: difenidramina, dimenidrinato, meclizina, cinarizina, ciclizina. ▪ Antagonistas serotoninérgicos → Os antagonistas seletivos dos receptores 5-HT3 são antieméticos, bloqueando os receptores 5-HT3 periféricos nos nervos aferentes espinais e vagais intestinais extrínsecos. → Não atuam sobre a motilidade gastroesofágica. → Atuam sobre a êmese de etiologia vagal, pós-operatória ou quimioterápica por exemplo. → Sua ação é potencializada quando usada em associação com corticosteróide, e um antagonista dos receptores NK1. → Efeitos adversos comuns são cefaléia, astenia, tontura e constipação intestinal. → Exemplos: ondansetrona, granisetrona, dolasetrona e palonosetrona. ▪ Antagonista da neurocinina 1 (NK1) – substância P → São potentes inibidores de vômitos agudos e tardios provocados por quimioterapia ou no pós-operatório. → Seus efeitos colaterais mais comuns são fadiga, tontura, dor abdominal, anorexia, soluços e diarreia. → Pode ocorrer elevação de aminotransferases hepáticas, mas sem associação com hepatotoxicidade. → Exemplo: aprepitanto, fosaprepitanto, casopitanto e rolapitanto. ▪ Benzodiazepínicos → Pouca potência antiemético. Utilizado no início do tratamento com quimioterápicos por conta dos seus efeitos sedativos, amnésicos e ansiolíticos, sendo útil para rediz a êmese antecipatória. → Exemplo: lorazepam, Diazepam e alprazolam. ▪ Glicocorticóides → Podem ser usados para êmese leve a moderada, aguda e tardia, principalmente quando associada ao uso de quimioterápicos → Seu uso é mais aplicado na associação com antagonistas serotoninérgicos para potencializar seu efeito. → Exemplos: dexametasona e metilprednisolona. Indicação de uso de antieméticos • Êmese gravídica; • Êmese causa como efeito adverso de outros medicamentos; • Tratamento de profilaxia de cinetose; • Êmese pós-anestésica; • Êmese e náusea pós-quimioterápica Interações medicamentosas • Antagonistas dos receptores de serotonina (5-HT3), como o ondansetron: potencialmente interagem com medicamentos que prolongam o intervalo QT no ECG, aumentando o risco de arritmias cardíacas. Isso inclui alguns antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS). • Antagonistas dos receptores de dopamina (D2), como a metoclopramida: podem aumentar o risco de efeitos colaterais extrapiramidais quando usados com outros medicamentos que também afetam o sistema nervoso central, como antipsicóticos. • Antagonistas dos receptores H1 (anti-histamínicos), como a difenidramina: podem aumentar a sonolência quando usados com outros medicamentos que também causam sedação, com opioides ou benzodiazepinas.
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