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Polyana Túrmina Torres LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA – SEMANA 10 ESTAÇÃO 1 – TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA VERTIGEM. Objetivo: compreender os mecanismos de ação dos fármacos usados no tratamento para vertigem. Instruções: A queixa de tontura é um dos motivos mais comuns de procura de atendimento médico e uma das razões mais comuns para o clínico levantar as mãos em exasperação por causa da imprecisão da queixa. “Tontura” é uma palavra que pode compreender uma miríade de sintomas, incluindo sensação de desmaio iminente, vertigem, “sentir-se mal” até instabilidade na marcha. O primeiro passo na avaliação de pacientes com essa queixa é fazer perguntas em aberto sobre a sensação (“O que você quer dizer com tontura?”) e ouvir a história do paciente. Fazer perguntas dirigidas (“Você tem sensação de que o quarto está girando?”) pode levar à via diagnóstica errada. A maioria dos pacientes que se queixam de tontura tem um sintoma distinto que pode ser elucidado pela história ou pelo exame físico: pré-síncope, desequilíbrio ou vertigem. A causa mais comum de vertigem é causada por fragmentos nos canais semicirculares da orelha interna. ATIVIDADE 1 1. LER O CASO CLÍNICO 1 E 2 E RESPONDER AS PERGUNTAS. CASO CLÍNICO 1: Operária hispânica de 42 anos queixa- se de tonturas. Quando interrogada para descrever o que significa “tontura,” relata sensação de movimento, mesmo quando está parada. Na primeira vez que isso aconteceu, também sentiu um pouco de náusea, mas não vomitou. Desde então, ela não teve náusea. No serviço, tem que olhar para baixo para dobrar roupas saindo da linha, e a tontura ocorre se olhar para baixo muito rapidamente. Essa tontura dura somente cerca de 1 minuto, mas perturba o trabalho. Os sintomas também ocorrem quando ela está deitada e rola na cama. Não tem antecedentes médicos ou história familiar relacionados. Ao exame, os sinais vitais, o coração, os pulmões e o aparelho digestivo são normais. As pupilas são isocóricas, redondas e reativas à luz e à acomodação. Os movimentos extraoculares são normais e não há nistagmo. O exame dos nervos cranianos é normal. Força muscular, reflexos profundos e marcha são normais. Foi dado o diagnóstico de vertigem posicional benigna e o médico prescreveu flunarizina 75 mg. a. DESCREVA O QUE É A VERTIGEM POSICIONAL BENIGNA (VPPB) E AS CARACTERÍSTICAS DE SEUS SINTOMAS. São crises breves, com menos de 1 minuto, não associadas a sintomas auditivos e resolve espontaneamente em semanas ou meses. É um distúrbio provocado pelo desprendimento de otólitos, que são cristais minerais das células ciliares do utrículo. Alguns sintomas da VPPB são: vertigem posicional (sensação de giro intenso), nistagmo (movimentos oculares involuntários), tontura, sensação de girar ou rodas, náusea, etc. b. QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DA FLUNARIZINA? Bloqueador dos canais de cálcio – (ela só pediu isso no laboratório, mas vou complementar). A flunarizina inibe seletivamente os canais de cálcio, reduzindo a entrada de cálcio nas células (a entrada de cálcio é essencial para a contração muscular e liberação de neurotransmissores em determinadas células nervosas) a ação da flunarizina nos canais de cálcio afeta os neurônios centrais e periféricos envolvidos no controle do equilíbrio e da audição ao bloquear os canais de cálcio, a flunarizina estabiliza a membrana celular, o que pode ajudar a modular a excitabilidade neuronal a redução da entrada de cálcio pode diminuir a excitabilidade neural anormal, ajudando a controlar os sintomas associados a distúrbios vestibulares, como a vertigem. c. QUAIS OS POSSÍVEIS EFEITOS ADVERSOS OCASIONADO PELO FÁRMACO? Depressão cardíaca, bradicardia, PCR, insuficiência cardíaca e interferem na agregação plaquetária. d. QUAIS OUTROS FÁRMACOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NA VERTIGEM? E QUAIS AS TERAPIAS NÃO FARMACOLÓGICAS? Flunarizina, cinarizina, benzodiazepínicos, betaistina, domperidona, difenidol, dimenidrato. Repouso, alimentação leve, reabilitação vestibular, manobra de Epley, ampliar campo de visão (olhar para o horizonte). Polyana Túrmina Torres CASO CLÍNICO 2: J.M.S, 35 anos, sexo feminino, apresenta diagnóstico de câncer de mama, realiza sua primeira radioterapia. Após cerca de 30 minutos da sessão, ficou subitamente pálida e a seguir apresentou náuseas, vômitos, sudorese e cefaleia. O médico orientou o uso de Meclizina 25 mg. a. QUAL O MECANISMO DE AÇÃO DA MECLIZINA? É um anti-histamínico de 1ª geração. A meclizina é um antagonista dos receptores H1 de histamina ao bloquear esses receptores, ele reduz os efeitos da histamina (neurotransmissor envolvido em processos como a regulação do equilíbrio e o controle da náusea). Além disso, ela atua nos receptores histamínicos presentes no labirinto do ouvido interno, ajudando a reduzir a vertigem e os sintomas associados a distúrbios vestibulares. b. QUAIS OS POSSÍVEIS EFEITOS ADVERSOS OCASIONADO PELO FÁRMACO? Reações alérgicas, sedação e ação antimuscarínica como um efeito indesejado. Ação antimuscarínica: interfere nos efeitos da acetilcolina nos receptores muscarínicos, resultando em efeitos como: redução da contratilidade muscular, diminuição da secreção glandular, efeitos cardiovasculares, broncodilatação, etc. Meclizina = anti-histamínico H1 – MECLIN. Dimenidrato = anti-histamínico H1 – DRAMIN. Betaistina = análogo histamínico; bloqueio H3. Metoclopramida, domperidona = anti-dopaminérgico – PRASIL, MOTILIUM. Ondasetrona = antagonista 5HT3 – VONAL. Bromoprida = bloqueio D2 SNC e TGI – DIGESAN. Difenidol = anticolinérgico, liberação GABA – VONTROL. ESTAÇÃO 2 – TRATAMENTO DA SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ. Objetivo: conhecer sobre o tratamento as Síndrome de Guillain-Barré. Instruções: A Síndrome de Guillain-Barré é caracterizada como um distúrbio autoimune adquirido, marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos e engloba as polineuropatias agudas imunomediadas, podendo ser dividida em dois tipos: desmielinizantes e axonais. A Síndrome desmielinizante ocorre quando alguma doença atinge e danifica a bainha de mielina prejudicando a condução de sinais nos nervos que foram afetados. Podendo causar prejuízos nos movimentos, cognição, sensação, entre outros. A bainha de mielina tem por função acelerar a velocidade de condução do nervo para a transmissão de informações, ou seja, aumenta a efetividade neuronal. Quando a Síndrome danifica o axônio do neurônio, ela é classificada como axonal. Essa forma tem quadro clínico semelhante à síndrome de Guillain- Barré desmielinizante, sua diferença está numa maior fraqueza muscular e de déficits sensoriais, além de o curso da doença axonal tender a ser mais grave do que a desmielinizante. ATIVIDADE 1 1. LER O CASO CLÍNICO E REALIZAR AS ATIVIDADES A SEGUIR. CASO CLÍNICO: João, um homem de 45 anos, começa a sentir fraqueza nas pernas e dormência nas mãos e pés após ter tido uma infecção respiratória comum algumas semanas atrás. João inicialmente achou que os sintomas eram passageiros, mas sua fraqueza muscular rapidamente piorou e ele começou a ter dificuldade para andar e realizar tarefas simples, como segurar objetos. Ele também notou uma redução nos reflexos em seus joelhos e tornozelos. Preocupado com seus sintomas, João procura um médico. O médico realiza uma série de testes, incluindo análises de sangue para descartar outras condições e uma punção lombar para analisar o líquido cefalorraquidiano. Com base nos resultados e no quadro clínico de João, o médico diagnostica Síndrome de Guillain-Barré. O médico decide iniciar o tratamento de João imediatamente, considerando a progressão dos sintomas. a. MONTE UM MAPA MENTAL COM AS SEGUINTES INFORMAÇÕES: I. DO QUE SE TRATA A DOENÇA? Polyana Túrmina Torres Distúrbio autoimune adquirido, marcado pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. II. QUAIS SINTOMAS JOÃO PODE APRESENTAR? Debilidade simétrica progressiva e ascendente dos membros, podendo cursar com atipias e tendência de remissões espontâneas. III. QUAIS FORAM OS CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA? Foram necessários: a) Presença de 2 critérios essenciais; b) Presença de pelo menos 3 critérios clínicos sugestivos; c) Ausência de mais de uma situação que reduza a possibilidade de SGB; d) Ausência de situação que exclua o diagnóstico de SGB; e) Analise do LCR; f) ENMG compatível com a doença. IV. QUE OPÇÕES TERAPÊUTICAS JOÃO PODERÁ RECEBER? Os tratamentos modificadores incluem um tratamento não medicamentoso (plasmaférese) e um medicamentoso (imunoglobulina humana endovenosa). PLASMAFÉRESE: consiste na separação do plasma e células sanguíneas. Seu uso na SGB se baseia na remoção de anticorpos, complemento e outros fatores responsáveis por lesão nervosa. IMUNOGLOBULINA HUMANA (IgIV): possui mecanismo pouco compreendido. A dose é de 2g/kg dividida em 2 a 5 dias. OBS: GLICOCORTICOIDES ESTÃO CONTRAINDICADOS NO TRATAMENTO DA SGB. b. SOBRE A ANÁLISE DO LÍQUOR, O QUE SERÁ AVALIADO? Pressão (normal), celularidade (normal) e proteínas (, albumino-citológico). c. O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL SEVE SER REALIZADO PARA QUAIS DOENÇAS? INFECCIOSAS: HIV, Lyme, difteria. PARANEOPLÁSICAS: carcinoma brônquico de pulmão. AUTOIMUNES: doenças de colágeno e vasculites. E outras doenças desmielinizantes. d. SOBRE A TERAPIA FARMACOLÓGICA, COMO ELES AGEM? IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA (IgIV): modula a resposta imunológica, incluindo a inibição de citocinas pró-inflamatórias. PLASMAFÉRESE: atua na remoção de anticorpos do plasma sanguíneo, contribuindo para reduzir a carga de anticorpos autoimunes circulantes. e. E AS OPÇÕES NÃO FARMACOLÓGICAS, O QUE DEVERÁ SER RECOMENDADO AO PACIENTE? Fisioterapia e reabilitação, terapia ocupacional, apoio nutricional, adaptações ambientais.
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