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RELATORIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

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15
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Relatório das atividades desenvolvidas durante o
Estágio Supervisionado II
Márcia Cristina Ribeiro Sobrinho Gomes
São Luís, MA.
2024
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU - UNINASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
NOME: Márcia Cristina Ribeiro Sobrinho Gomes
ÁREA DO ESTÁGIO: Saúde do Idoso/ Hidroterapia/ Uroginecologia/ Saúde do Trabalhador/ Fisioterapia Desportiva.
LOCAL: Clínica Escola da Faculdade.
PERÍODO: 09/10/2023 a 23/10/2023; 24/10/2023 a 06/11/2023; 13/11/2023 a 17/11/2023; 20/11/2023 a 27/11/2023; 28/11/2023 a 05/12/2023.
CARGA HORÁRIA: 180 horas
PRECEPTOR: Suellen Moraes Leite Louzeiro; Graciane Mota Ferreira Pereira; Claudecy Dos Santos Pereira.
COORDENADOR ACADÊMICO: Carolina Maria Pires Cunha
São Luís, MA.
2024
SUMÁRIO
Página
1. INTRODUÇÃO	04
2. INSTITUIÇÃO	06
2.1 Setor de Traumatologia e Ortopedia (Saúde do Idoso, Saúda do Trabalhador e Fisioterapia desportiva)	06
2.2 Setor de Hidroterapia	07
2.3 Setor de Uroginecologia	07
3. PRÁTICAS DESENVOLVIDAS	08
3.1 Saúde do Idoso	08
3.2 Setor de Hidroterapia	09
3.3 Saúde do Trabalhador	10
3.4 Uroginecologia	11
3.5 Fisioterapia Desportiva	12
4. ESTUDO DE CASO	13
4.1 Saúde do Idoso	13
4.2 Hidroterapia	13
4.3 Uroginecologia	14
4.4 Fisioterapia Desportiva	15
5. CONCLUSÃO	16
6. REFERÊNCIAS	17
ANEXOS	18
1. INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado II em Fisioterapia teve como objetivo, propiciar a oportunidade de aplicar os conhecimentos teóricos e práticos obtidos no decorrer do curso, bem como desenvolver competências e habilidades para o exercício profissional da Fisioterapia; detectar as principais demandas de saúde da população e os fatores de risco associados; entender o processo saúde-doença e suas consequências biopsicossociais; fazer avaliação fisioterapêutica e realizar diagnóstico cinético-funcional; desenvolver e cumprir o plano de intervenção fisioterapêutica respeitando as individualidades e necessidades de cada indivíduo; promover educação em saúde e evitar agravos; e refletir sobre a função social do fisioterapeuta.
O estágio ocorreu em três setores, foram eles: Traumatologia e Ortopedia, no qual foram realizados os estágios em Saúde do Idoso, Saúde do Trabalhador e Fisioterapia Desportiva; Hidroterapia; Uroginecologia. Todos realizados na Clínica Escola da Faculdade. O de Saúde do Idoso iniciou-se dia 09/10/2023 e finalizou-se dia 23/10/2023, no turno vespertino, com horário de atendimento das 14:00h às 18:00h, de segunda-feira à sexta-feira, tendo como preceptora a professora Suellen Moraes Leite Louzeiro. Dos principais casos vistos no setor, foram: Lombalgias, hérnias de disco, fraturas, osteoartrose, pacientes pós-operatório, pós-AVC e AVE, Mal de Alzheimer, osteoporose e osteopenia. De acordo com os casos apresentados, os principais objetivos foram: promover o alívio do quadro álgico dos pacientes; melhorar a força e flexibilidade muscular, prevenindo a perda de massa óssea e muscular; desenvolver amplitude de movimento (ADM) e padrão de marcha dos pacientes; melhorar o equilíbrio e coordenação motora, diminuindo o risco de quedas e fraturas; amenizar e/ou solucionar o processo inflamatório e cicatricial; colaborar para a volta de AVDs (atividades de vida diária) e melhorar a qualidade de vida de cada um dos pacientes.
No setor de Hidroterapia, também ocorreu na própria faculdade, iniciou-se no dia 24/10/2023 e finalizou-se no dia 06/11/2023, no turno vespertino, com horário de atendimento das 14h às 18h, de segunda-feira à sexta-feira, tendo como preceptora a professora Graciane Mota Ferreira Pereira. Dos principais casos encontrados no setor, foram: pacientes com desgaste na coluna, hérnia de disco, cisto de Baker, osteoartrose, ansiedade, depressão e fibromialgia. Dos casos apresentados, os principais objetivos foram: redução de quadro de dores e edemas; auxiliar no relaxamento e autoconfiança do paciente; elevar a coordenação motora e equilíbrio; melhorar a circulação sanguínea e a coordenação motora; melhorar a capacidade de locomoção do paciente; melhorar a respiração; aumentar a amplitude de movimento (ADM), a força muscular e a função articular; aumentar o gasto energético e favorecer de maneira mais precoce o ganho de funcionalidade; reduzir a dor e a inflamação nas articulações afetadas, especialmente no joelho; diminuir o estresse, a ansiedade e a depressão, promovendo o relaxamento e a autoconfiança; prevenir ou retardar a progressão da degeneração articular e das complicações associadas.
O de Saúde do Trabalhador, também ocorreu na própria faculdade, iniciou-se dia 13/11/2023 e finalizou-se dia 17/11/2023, no turno vespertino, com horário de atendimento das 14h às 18h, teve como preceptora a professora Suellen Moraes Leite Louzeiro. Dos principais casos vistos, foram: tensões musculares e cervicalgia. Os principais objetivos foram: aplicação de medidas de ergonomia, que consiste no estudo da interação entre o homem, seus instrumentos e a organização do ambiente para melhoria das condições laborais, pois a ergonomia visa eliminar ou reduzir os riscos ergonômicos, que são os fatores que podem causar fadiga, estresse, desconforto e doenças nos trabalhadores; diminuir a dor no pescoço e em outras regiões do corpo; reduzir o estresse e as tensões emocionais; melhorar a mobilidade e a flexibilidade, restituindo a amplitude de movimento (ADM); prevenir e tratar as doenças ocupacionais, como as LER/DORT; promover a saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores; e consequentemente, aumentar a produtividade e a qualidade do trabalho.
O estágio de Uroginecologia, também ocorrido na Clínica Escola da Faculdade, iniciado dia 20/11/2023 e encerrado dia 27/11/2023, no turno vespertino, com horário de funcionamento das 14h às 18h, teve como preceptora a professora Claudecy Dos Santos Pereira. Dos principais casos observados no setor, foram: prolapso de órgãos pélvicos, incontinência urinária e fecal, disfunções sexuais, prostatectomia e gestantes. Os principais objetivos foram: aplicar técnicas específicas para tratamento das disfunções do assoalho pélvico, que podem prejudicar a saúde e a qualidade de vida das mulheres e dos homens; avaliar a função e a força dos músculos do assoalho pélvico, utilizando métodos como a eletroestimulação e o biofeedback; prevenir e tratar as alterações relacionadas ao assoalho pélvico, como o prolapso genital, a incontinência urinária e fecal, a dor pélvica, a constipação intestinal e as disfunções sexuais.
O de Fisioterapia Desportiva ocorreu também na própria faculdade, iniciou-se dia 28/11/2023 e encerrou-se dia 05/12/2023, no turno vespertino, no horário de 14h às 18h, tendo como preceptora a professora Suellen Moraes Leite Louzeiro. Na própria Clínica Escola já tinham três pacientes praticantes de corrida de rua, e um paciente praticante de ciclismo, mas a coordenação se responsabilizou de encaminhar atletas de futsal, vôlei e basquete, porém isso não aconteceu. Dentre esses pacientes, duas mulheres com lesão de menisco e um homem com entorse de tornozelo. Os principais objetivos foram: Tratar lesões através de técnicas terapêuticas e exercícios especializados que restabeleçam a mobilidade, estimulem a recuperação e favoreçam a cura adequada; recuperar a funcionalidade por meio de exercícios que possibilitem o retorno à prática esportiva eficácia e segurança; ajudar os atletas e praticantes de atividade física a melhorar seu desempenho, recuperar sua funcionalidade e promover sua saúde e qualidade de vida. 
Em todos os setores, os pacientes foram bem colaborativos durante os atendimentos, o que nos possibilitou de realizar um estágio tranquilo e eficiente.
2. INSTITUIÇÃO
A Clínica Escola da Faculdade Maurício de Nassau (UNINASSAU), localizada na Rua Zoé Cerveira, nº 120, Alemanha, São Luís – MA, tem atendimento de segunda-feira à sexta-feira, das 08h às 18h. O corpo clínico é constituído por duas fisioterapeutas no setor de Traumato-Ortopedia, uma no turno matutino, e outra no vespertino.No setor de Hidroterapia, uma única fisioterapeuta para os dois turnos, e no setor de Uroginecologia também somente uma fisioterapeuta.
A estrutura física da clínica é constituída por uma recepção, no qual todos os pacientes precisam passar antes de se deslocar para o setor de atendimento (Traumatologia e Ortopedia, Uroginecologia e Hidroterapia), durante o percurso para os setores de Traumato-ortopedia e Hidroterapia, têm a rampa totalmente adaptada para pacientes de todas as idades e de diferentes patologias. Enquanto que para o setor de Uroginecologia, os pacientes precisam subir escadas, vale ressaltar que no setor mencionado não há banheiros.
2.1 Setor de Traumatologia e Ortopedia (Saúde do Idoso, Saúda do Trabalhador e Fisioterapia desportiva)
O setor é constituído por duas salas amplas, e arejadas. Na primeira sala possui diversas cadeiras bem confortáveis para os pacientes e acompanhantes ficarem acomodados aguardando avaliação ou a conduta fisioterapêutica, também contém diversas macas e todos os aparelhos de eletroterapia (TENS E FES), um Ultrassom terapêutico e aparelho infravermelho, uma cabine de crioterapia, armário com pastas organizadas contendo as fichas dos pacientes e outros materiais, com fitas adesivas, papel toalha, álcool e todos os materiais para a higienização do local, uma mesa com três cadeias para recepcionar os pacientes para avaliação (anamnese).
Na outra sala, tem um tablado grande para pacientes idosos, crianças e amputados, possui um armário grande; três bolas Suíça; duas bolas pequenas; três bolas cravo; um Fingerflex; uma caixa com ventosas; faixas elásticas; caneleiras; um cinto de Mulligan; anilhas; um suporte com 16 (dezesseis) halteres; duas esteiras ergométricas; duas bicicletas ergométricas; um cicloergômetro; dois discos proprioceptivos; um balanço proprioceptivo; um jump; barras paralelas; uma rampa para treino de marcha; duas meias bola Bosu; três suportes de parede com bolas suíças; um bastão de madeira envernizada medindo 1,30m de comprimento; duas cadeiras de rodas; um andador de alumínio; um suporte com um kit de 10 (dez) cones de cores variadas; um espaldar; duas pranchas de equilíbrio; duas tábuas proprioceptivas; e também uma pia e sabão para lavagem das mãos e de alguns materiais.
2.2 Setor de Hidroterapia
O setor é constituído pela piscina com corrimão e também adequado para atender vários pacientes, também possuí três chuveiros para utilizar antes e depois da conduta fisioterapêutica, um banco grande, três cadeiras para acomodar os pacientes, dois banheiros, sendo um feminino e outro masculino, e um cômodo com um armário contendo os seguintes materiais: colar cervical em poliestireno (4); Jump (1); colete cervical flutuante em EVA (4); boia flutuante EVA cinturão (6); prancha EVA (2); palmar (2 pares); halter EVA (6); flutuador espaguete (25); bola suíça (2); bastão redondo (2). O ponto negativo foi não ter uma sala própria para realizar avaliação (anamnese) do paciente.
2.3 Setor de Uroginecologia
O setor possui uma área de recepção com: uma mesa e uma cadeira para o fisioterapeuta e quatro cadeiras para pacientes e acompanhantes. Nesta mesma área tem um armário com: pasta com fichas dos pacientes; bolas Suíça; jump (1); kits papel toalha; bastão (3); cones (5); step (1); bola P(1); Tatame tapete EVA grande; disco inflável; cones vaginais (5); educador perineal (2); vibradores Golfinho (3); vibrador recarregável (1); bomba clitoriana (2); bomba peniana (2); dilatadores anais (5); dilatadores vaginais (5); um kit massageador terapêutico perineal; gel lubrificante a base de água (2); uma caixa com preservativos; uma caixa com eletrodos; Theraband (3); rolo posicionamento (4); encosto rampa posicionamento (2); óleo massgeador. Além disso, também tem duas salas para a realização de conduta dos pacientes, em cada uma delas tem: maca; escada escadinha dois degraus; aparelho Dualpex Uro; STIMULUS-R da HTM (10 canais de saída para correntes bifásicas: TENS, FES, HighForce, Russa, MediumForce, SoftForce-250Ma), oferece também 2 canais de saída para correntes polarizadas; gel condutor; espelho; caixa com luvas; pia; sabão antisséptico; papel toalha. O ponto negativo foi não ter banheiro no setor.
3. PRÁTICAS DESENVOLVIDAS
3.1 Saúde do Idoso
No primeiro momento, a preceptora nos deu orientações sobre fichas de avaliação (anamnese), apresentou os casos clínicos, objetivos e condutas para cada paciente específico. Apesar dos atendimentos iniciarem a partir das 14h, foi nos repassado a chegar com antecedência, com o objetivo de organizar o local, higienizar, debater os casos clínicos, condutas fisioterapêuticas, e separar as fichas dos pacientes do dia e de acordo com seus horários.
Antes de iniciar a conduta fisioterapêutica, era realizada uma espécie de triagem com aferição de pressão e saturação, principalmente pelo fato da maioria dos pacientes (idosos) da Clínica, serem hipertensos. Além disso, sempre era necessário ter uma breve comunicação com o paciente para saber como estava se sentindo no dia do atendimento, se havia melhora, se estava tendo queixa de dor, logo em seguida, eram repassadas as orientações de como seria a conduta e os cuidados que deveriam tomar em casa para dar continuidade ao trabalho desenvolvido.
A demanda de pacientes é extensa, então no decorrer do período de experiência no setor, todos os estagiários atenderam pacientes com patologias distintas, realizamos algumas avaliações (anamnese), durante o primeiro contato com o paciente, ou seja, no momento da avaliação, era realizada toda a identificação como: nome, endereço, peso, altura, idade, profissão, etc. Após, tinha a história clínica como: diagnóstico médico (caso tivesse); queixa principal; HDA (história da doença atual); antecedentes pessoais; antecedentes familiares; medicamentos em uso; hábitos de vida; sinais vitais (P.A, F.C, F.R) exames físicos (inspeção, alteração postural, palpação); amplitude de movimento de membro afetado e comparado com o membro normal; perimetria; força muscular (local e grau); escala subjetiva de dor (se houvesse); testes específicos de MMSS, MMII, coluna, de acordo com a queixa do paciente, e análise de exames (se houvesse). Após, era dado o diagnóstico cinético-funcional, o objetivo do tratamento, e o tratamento proposto, ou seja, as condutas que seriam realizadas para recuperação do paciente.
Os atendimentos eram alternados para que os estagiários tivessem contato com todos os pacientes, e dessa forma, tivesse oportunidade de conhecer diversos casos clínicos.
No final dos atendimentos, eram realizadas as evoluções, como praticamente todos os pacientes sofriam de patologias neurológicas, crônicas e muscoloesqueléticas, e pelo fato do tempo ter sido pouco, não foi possível ver uma melhora significativa dos quadros clínicos. Foi uma experiência incrível que colaborou para o meu aprimoramento pessoal e profissional, também foi possível enxergar o quanto a fisioterapia é essencial em todas as fases da vida, incluindo principalmente a pessoa idosa, assegurando o bem-estar e a qualidade de vida desse público, ajudando-os a conservar ou restabelecer sua capacidade funcional e independência. Além disso, a fisioterapia utiliza estratégias que promovem saúde e recuperação por meio de recursos que vão ajudar a diminuir as prováveis complicações do envelhecimento. No geral, foi bem gratificante o estágio na Saúde do Idoso, os pacientes sempre muito responsáveis e assíduos, e nossa preceptora muito prestativa com os pacientes e com os estagiários, tirando dúvidas, transmitindo conhecimentos, e disposta a auxiliar durante qualquer dificuldade. Encerramos com defesa de Estudo de Caso, onde o estagiário deveria escolher um caso que achou mais interessante.
3.2 Setor de Hidroterapia
Foi nossa segunda passagem pelo setor, então já conhecíamos o local e alguns pacientes, porém, nos dois primeiros dias não houve atendimento, pelo não funcionamento no turno vespertino. Com a chegada dos estagiários, alguns pacientes da manhã foram remanejados para tarde, o quenos proporcionou pacientes a partir do terceiro dia. Nos dois primeiros dias a preceptora nos repassou orientações sobre como seriam os atendimentos, como funcionava a nova rotina, falou sobre a evolução dos pacientes que já conhecíamos da nossa primeira passagem no setor, relatou os novos casos clínicos no qual fomos debater quais as melhores condutas para cada caso em específico. Como já mencionei acima, no terceiro dia, já tinha pacientes para atendimento e também para avaliação (anamnese), no qual era feito a identificação do paciente, os dados clínicos, perguntar se o paciente possuía diabetes, hipertensão arterial, patologia respiratória, doença renal, controle do esfíncter, labirintite, epilepsia, alteração gastrointestinais, alterações de sensibilidade, portador (a) de marcapasso, se utilizava pinos, placas ou próteses, se tinha algum tipo de alergia e qual (caso tivesse), se passou por alguma cirurgia e que tipo de cirurgia, nome de medicamentos usados (se fosse o caso), observar se o pacientes ao comando verbal, perguntar se já realizou alguma atividade aquática. Depois, era feito o exame físico, sempre perguntando e observando se o pacientes possuía algum ferimento, manchas na pele, pano branco ou deformidades, feito isso, era verificado os sinais vitais como: P.A; F.C; F.R; SpO2. Logo após, foram realizados os testes específicos, exames complementares (tipo e data); por fim, era dado o diagnostico fisioterapêutico e a proposta de tratamento. Assim eram feitas todas as avaliações, mas claro, sempre levando em consideração que (testes, diagnóstico e tratamento) variavam de acordo com cada caso especifico. Após a avalição, fomos debater o caso da paciente e tudo que seria feito para melhoria do quadro clinico e consequentemente, da qualidade de vida. Devo destacar que no final das avalições, eram repassadas as devidas orientações aos pacientes, como as principais contraindicações, roupas adequadas, materiais de higiene pessoal, touca de silicone e sapatilha antiderrapante, para evitar deslizes ou quedas.
A partir do quarto dia, já foi possível atender uma demanda maior de pacientes, e aplicar as técnicas específicas da fisioterapia aquática, como Bad Ragaz, Watsu e Halliwick. Ainda no dia, foi realizado uma avaliação e um agendamento de avaliação para o dia seguinte. Vale ressaltar que tanto durante as avaliações, como antes de entrar na piscina, o estagiário tinha que aferir a pressão arterial e verificar a saturação dos pacientes.
Assim como em todos os setores, no final dos atendimentos, eram realizadas as evoluções, como os poucos pacientes que tinham eram faltosos, não foi possível ver uma melhora significativa do estado clínico dos mesmos. Apesar dessas circunstâncias, era muito bom ouvir dos pacientes que estavam mais relaxados e dormindo melhor.
No penúltimo dia, os estagiários deveriam escolher o caso clínico que achou mais interessante, e repassar a informação para a preceptora para não ocorrer repetição, e no último dia, apresentar a defesa do estudo de caso.
3.3 Saúde do Trabalhador
Foi um estágio realizado na Clínica Escola, onde foram atendidos os funcionários da própria faculdade. Primeiramente foi realizado o convite e cada um ficou de escolher o melhor horário para ir. Assim como nos demais estágios, neste também os atendimentos eram alternados, para que todos os estagiários pudessem ter oportunidade de atender pelo menos um ou dois pacientes. Antes de iniciar a conduta, era necessário aferir a pressão arterial, verificar a saturação, e saber qual a queixa dos pacientes (funcionários). Como todos os casos eram de tensão muscular, estresse e um caso de cervicalgia, e o principal objetivo era melhorar a dor, as principais técnicas realizadas foram: Terapia Manual, massagem e liberação miofascial, que buscam relaxar a musculatura e diminuir inflamações. 
Como os funcionários não eram pacientes fixos da clínica, não foi necessário fazer evolução no final e nem tinha cronograma dos atendimentos. Não houve estudo de caso, a nota utilizada foi de uma ação social sobre ginástica laboral numa empresa de fertilizantes.
3.4 Uroginecologia
No primeiro dia, não tivemos pacientes, pois o setor não estava funcionando no turno vespertino, então nossa preceptora nos apresentou a ficha de avaliação (anamnese), falou sobre algumas patologias que afetam a saúde do homem e da mulher, mostrou todo o local, todos os recursos utilizados, e a função de cada um, e depois cada estagiário falou sobre seus conhecimentos na área.
No segundo dia não teve paciente, mas houve uma avaliação onde era realizada toda uma identificação, como: nome; endereço; data de nascimento; estado civil; gênero; idade; altura; peso; escolaridade; telefone para contato,;história clínica (queixa principal, H.D.A); sintomas urinários ( se havia perda aos esforços, e quais esforços eram esses); se havia: esforço para urinar, hesitação, urgência miccional, urgê-incontinência, gotejamento pós miccional, disúria, urina fétida, sensação de resíduo pós miccional, polaciúria, noctúria, enurese (noturna/ diurna), queimação durante micção; perda de urina ao contato com a água; se fazia uso de protetor íntimo (tipo e quantidade); sintomas ano-retais, como: constipação intestinal; se era necessário alguma manobra para evacuar; desconforto abdominal; hemorroidas; incontinência anal; dificuldade em conter as fezes, e qual o tipo das fezes; solling; sangramentos ao evacuar, consistência das fezes; e outros sintomas; os antecedentes pessoais; antecedentes familiares; uso de medicação, nomes, dosagem e indicação; hábitos de vida; hábitos alimentares; histórico sexual (ativo ou não ativo), e motivo; coitarca; qualidade da vida sexual (se fosse o caso); se sente desejo sexual; se tem orgasmo; sensação de frouxidão; dispaurenia; perda de urina ou fezes durante a relação; companheiro (a) sabe da condição atual; inspeção e palpação urologia, ginecologia e proctológica; inspeção e palpação global; avaliação funcional do MAPS; e caso o paciente tivesse, era feito a análise dos exames. No final da anamnese, repassávamos algumas orientações sobre terapia comportamental, e um diário miccional. Após, era dado o diagnóstico cinético-funcional; objetivo do tratamento e tratamento proposto.
A partir do terceiro dia, já tinham pacientes que migraram do matutino, e também houve uma avaliação. Durante os atendimentos era necessário tranquilizar os pacientes, para que estes se sentissem confortáveis e então, realizar a conduta, de acordo com a especificidade e necessidade de cada um. No final, eram realizadas as evoluções.
No penúltimo dia, nós estagiários conseguimos todos os recursos necessários para fazer um perineômetro, aproveitamos para montá-lo depois de feito os atendimentos do dia. Já no último dia, assim como nos demais setores, foi a defesa do estudo de caso.
 As condutas e avaliações eram alternadas, para que todos os estagiários tivessem oportunidade de avaliar e evoluir os pacientes. Foi uma experiência que me fez desenvolver uma postura humanizada, ética e científica em relação à assistência aos pacientes com disfunções do assoalho pélvico.
3.5 Fisioterapia Desportiva
O estágio nessa área foi realizado na própria faculdade. A coordenação se responsabilizou de nos encaminhar atletas praticantes de futsal, vôlei e basquete, porém, isso não aconteceu. Então como na Clínica Escola havia praticantes de atividade física, nós realizamos os atendimentos, todos já eram pacientes fixos. Não tivemos pacientes para avaliação (anamnese), mas realizamos condutas e fizemos evoluções dos que já estavam.
Antes das condutas, era necessário aferir pressão arterial e verificar saturação dos pacientes. Os atendimentos também foram alternados, para que os estagiários tivessem contato com todos os pacientes. 
Durante o curto período que ficamos no setor, nossa preceptora nos enviou materiais para estudos, e todos os dias chegávamos mais cedo para debater os casos e sanar as dúvidas. Como não tivemos muitos pacientes desportistas, no penúltimo dia, foi selecionadoum esporte para cada estagiário fazer a apresentação no dia seguinte, o trabalho defendido, contabilizou como nota do estudo de caso.
Apesar do problema relatado, foi possível obter bastante conhecimento sobre a Fisioterapia Desportiva, assim como também, revisar bastante conteúdo que já havia sido estudado.
4. ESTUDO DE CASO
4.1 Saúde do Idoso
Paciente F. S.C, nascida em 12 de Setembro de 1942, 81 anos, viúva, realiza trabalhos domésticos. Queixa-se de perda de movimentos e dor. Relatou queixa de dor no pescoço e joelho esquerdo, e que tem dificuldade de se vestir, também disse, que há mais ou menos dez anos recebeu o diagnóstico de artrose com quadro álgico crônico em joelho com incapacidade de realizar AVDs. Paciente apresenta parestesia, rigidez articular e diminuição de ADM (amplitude de movimento) principalmente do lado esquerdo; grau de força de muscular de MIE: 2, e P.A: 120x90 mmHg. 
Diagnóstico Cinético-Funcional:
· Perda da funcionalidade de MIE;
· Dificuldade de locomoção por fraqueza e rigidez muscular;
· Dificuldade de realizar atividade de vida diária (AVDs).
Objetivo do Tratamento:
· Melhorar a funcionalidade (força muscular e ADM);
· Diminuir o quadro álgico;
· Devolver a capacidade de realizar as atividades diárias de forma independente.
Tratamento Proposto:
· Eletroterapia (TENS);
· Cinesioterapia;
· Mecanoterapia (Exercícios ativos assistidos e resistidos);
· Mobilização articular;
· Terapia Manual.
4.2 Hidroterapia
Paciente I.M.S, 67 anos, casada, costureira. Encaminhada para fisioterapia após o diagnostico de cisto de Baker e artrose degenerativa. Queixa de dor na coxa e desconforto na parte de trás da perna, com presença de um nódulo palpável e visível. Relata dor e rigidez quando estende o joelho esquerdo, faz uso de medicamentos como: flancox (etodolaco), ioxoprofeno sódico e losartana (500mg). Sobre os dados vitais, P.A: 120x70 mmHg; F.C: 65 bpm; SpO2: 98%.
Diagnóstico Fisioterapêutico:
· Fraqueza muscular dos membros inferiores.
Proposta de Tratamento:
· Fortalecimento dos membros inferiores;
· Minimização do quadro álgico e do edema.
Conduta Fisioterapêutica:
· Aquecimento (deambulação, bicicleta com auxilio de macarrões);
· Alongamento de MMSS e MMII;
· Fortalecimento de MMII (agachamento, exercícios de flexão e extensão de quadril, exercício de propriocepção com auxilio do jump);
· Mobilização articular (patela), e relaxamento com turbulência na região lombar.
4.3 Uroginecologia
Paciente J. R.A.A, de 59 anos, nascido em 26 de Novembro de 1964, casado, pescador. Passou por uma cirurgia de prostatectomia, e foi encaminhado para o atendimento fisioterapêutico. Relatou perda de urina aos esforços, constipação intestinal e disfunção erétil. Paciente faz uso de medicamentos como: metformina (500mg); grifage (1000mg); sinvastatina (50mg).
Proposta de Tratamento:
Reduzir ou anular a perda involuntária de urina;
Regular a função intestinal;
Melhorar a função sexual.
Conduta Fisioterapêutica:
Alongamento de MMSS para fibras fásicas;
Fortalecimento de MAP;
Ativação de abdômen;
Neuromodulação;
Exercícios respiratórios;
Liberação miofascial de adutores;
Terapia Comportamental e consciência corporal.
4.4 Fisioterapia Desportiva
Paciente J.B.C, de 66 anos, nascido em 12 de Abril de 1957, praticante de ciclismo e corrida de resistência, relatou dor ao apoiar o pé no chão, inchaço na região, dificuldade de movimentar o pé e de caminhar. Também relata que em decorrência da entorse, está impossibilitado de praticar esportes.
Diagnóstico Fisioterapêutico:
Limitação funcional de membro inferior direito (tornozelo);
Quadro álgico;
Sintomatologia parestésica;
Déficit em marcha.
Proposta de Tratamento:
Melhorar a funcionalidade (ADM e força muscular);
Reduzir quadro álgico, parestesia e edema;
Melhorar a marcha.
Conduta Fisioterapêutica:
Eletroterapia (TENS e FES);
Cinesioterapia;
Mecanoterapia;
RTM (Recursos Terapêuticos Manuais)
5. CONCLUSÃO
O Estágio Supervisionado II nos diversos setores, como: Traumatologia e Ortopedia (Saúde do Idoso, Saúde do Trabalhador e Fisioterapia Desportiva); Hidroterapia e Uroginecologia , proporcionou-me um aprimoramento dos conhecimentos teórico-práticos e uma reflexão sobre a prática clínica baseada em evidências. Diversos foram os conhecimentos obtidos, habilidades e competências, como: ser observadora e ter atenção à saúde, para identificar as necessidades e problemas de cada paciente, bem como planejar e executar os tratamentos corretos; criatividade, para desenvolver protocolos terapêuticos especializados e adequados aos objetivos e condições de cada paciente, usando métodos diferentes e equipamentos; vontade de ajudar o próximo, tendo compromisso e responsabilidade com a recuperação e bem-estar dos pacientes. 
Desfrutei de uma vivência bastante proveitosa e importante, onde tive autonomia para realizar os atendimentos, avaliações (amanmese), condutas, e traçar objetivos e metas primordiais para uma boa evolução. Durante cada caso clínico, cada paciente, consegui ter mais segurança para realizar as condutas, agregar novos exercícios, novas propostas para aperfeiçoar e evoluir os atendimentos ofertados aos pacientes.
Ao longo do estágio II, tive a oportunidade de me familiarizar com diagnósticos fisioterapêuticos nunca vistos no estágio I, o que foi um grande desafio, mas também me aguçou a curiosidade de pesquisar e buscar mais conhecimentos sobre diversas patologias e tratamentos adequados para cada um dos casos clínicos observados.
Ainda foi possível desenvolver uma socialização com os pacientes, seus familiares, com os demais estagiários, e preceptoras. Essa relação de harmonia é muito importante para conquistar a confiança dos pacientes, o que ajuda bastante na colaboração durante as condutas e também no processo de recuperação.
Assim, este estágio foi extremamente relevante para agregar meus conhecimentos teóricos obtidos na vida acadêmica, e relacioná-los com a prática clínica, contribuindo com o desenvolvimento de habilidades necessárias para o exercício profissional do fisioterapeuta.
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6. REFERÊNCIAS
<https://www.pompeiaortopedia.com.br/servicos/fisioterapia/fisioterapia-traumato/>. Acesso em 12/01/2024.
<https://www.bing.com/search?q=Introdu%C3%A7%C3%A3o+de+um+est%C3%A1gio+Supervisionado+de+Sa%C3%BAde+do+Idoso&toWww=1&redig=05EE5444B3D7403AB22985366259B0D0>. Acesso em 12/01/2024.
<https://www.tuasaude.com/hidroterapia/>. Acesso em 12/01/2024.
<https://www.posfmu.com.br/fisioterapia-aquatica-entenda-o-que-e-e-quais-sao-os-seus-beneficios/noticia/711>. Acesso em 12/01/2024.
<https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/inflamacao-das-articulacoes/cisto-de-baker/>. Acesso em 13/01/2024.
<https://www.tuasaude.com/fisioterapia-uroginecologica/>. Acesso em 13/01/2024.
<https://www.bing.com/search?q=Principais+objetivos+do+est%C3%A1gio+de+fisioterapia+na+uroginecologia&toWww=1&redig=48852A82342E4B45AA65EFF8C53A6693>. Acesso em 13/01/2024.
<https://blogfisioterapia.com.br/fisioterapia-desportiva/>. Acesso em 13/01/2024.
<https://www.eniac.com.br/blog/fisioterapia-desportiva-o-que-e-como-funciona-e-mais>. Acesso em 14/01/2024.
ANEXOS
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
HÉRNIA DE DISCO LOMBAR: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMESSÃO LUÍS –MA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
HÉRNIA DE DISCO LOMBAR: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMES
SÃO LUÍS – MA
2023
INTRODUÇÃO
	A hérnia de disco lombar é uma condição que afeta o disco intervertebral, que é uma estrutura de fibrocartilagem que fica entre as vértebras da coluna. O disco intervertebral tem a função de amortecer os impactos e permitir a mobilidade da coluna. Quando o disco se degenera, ele pode se romper e liberar parte do seu conteúdo gelatinoso, que pode comprimir as raízes nervosas que saem da medula espinhal. Isso pode causar dor, inflamação, formigamento, fraqueza ou perda de sensibilidade na região lombar ou nos membros inferiores.ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO
	A etiologia da hérnia de disco é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais, ocupacionais, mecânicos e biológicos. Alguns dos fatores de risco mais comuns são o envelhecimento, o sobrepeso, o sedentarismo, o tabagismo, o trabalho noturno, os traumas e as más posturas.
A classificação da hérnia de disco é baseada no grau de degeneração do disco intervertebral e na localização da protrusão ou extrusão do material discal. A classificação mais utilizada é a de Hansen, que divide as hérnias de disco em dois tipos:
•	Hérnia de disco tipo I: ocorre em raças condrodistróficas ou com tendência condrodistrófica, que apresentam uma degeneração condróide precoce do disco intervertebral. O núcleo pulposo se torna cartilaginoso e granular, podendo se romper e liberar seu conteúdo para o canal medular, comprimindo a medula espinhal ou as raízes nervosas. A hérnia de disco tipo I costuma ter uma manifestação aguda e dolorosa, sendo mais comum na coluna cervical e lombar;
•	Hérnia de disco tipo II: ocorre em raças não condrodistróficas, que apresentam uma degeneração fibrosa tardia do disco intervertebral. O núcleo pulposo se torna fibroso e perde sua capacidade de amortecimento, podendo se protruir para o canal medular, causando uma compressão crônica e progressiva da medula espinhal ou das raízes nervosas. A hérnia de disco tipo II costuma ter uma manifestação gradual e menos dolorosa, sendo mais comum na coluna torácica;
•	Além da classificação de Hansen, existem outras formas de classificar as hérnias de disco, como por exemplo, pela localização (central, lateral, foraminal ou extraforaminal), pela morfologia (protusa, extrusa ou sequestrada) ou pela direção (ventral, dorsal ou lateral).
CAUSAS
A hérnia de disco lombar pode ter várias causas, como o envelhecimento, o sobrepeso, o sedentarismo, o tabagismo, o trabalho noturno, a predisposição genética, os traumas ou as más posturas. A hérnia de disco lombar é mais comum em pessoas entre 30 e 50 anos de idade, e afeta cerca de 2 a 3% da população. É a principal causa de cirurgia de coluna na população adulta.
FISIOPATOLOGIA
	A fisiopatologia da hérnia de disco lombar envolve a degeneração do disco intervertebral, que leva à formação de fissuras no anel fibroso e ao deslocamento do núcleo pulposo, causando compressão e inflamação das raízes nervosas que saem da medula espinhal. A hérnia de disco lombar pode ser classificada de acordo com o tempo de evolução, a localização, a morfologia e a direção da herniação.
Epidemiologia
	A epidemiologia da hérnia de disco lombar indica que é uma condição comum, que afeta cerca de 13 a 40% das pessoas durante a vida, sendo mais frequente na região lombar (L4-L5 e L5-S1), em homens, entre 30 e 50 anos de idade, e na população adulta. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da hérnia de disco lombar são o envelhecimento, o sobrepeso, o sedentarismo, o tabagismo, o trabalho noturno, os traumas, as más posturas, os fatores genéticos e psicológicos, e as atividades físicas de alto impacto.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico médico de hérnia de disco lombar é feito pelo ortopedista, que se baseia na avaliação dos sintomas, no exame físico e em exames de imagem, como a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada. O exame físico pode incluir testes de força, sensibilidade, reflexos e mobilidade da coluna e dos membros inferiores. O diagnóstico médico visa identificar a localização, o tipo, o grau e a gravidade da hérnia de disco, bem como a presença de compressão ou inflamação das raízes nervosas.
CASO CLÍNICO
Paciente S. A, de 64 anos, viúvo, lavrador, avaliado no dia 09/ 11/ 2023. Relatou que ocorre episódios de dores com paralisia dos membros inferiores, e que tem dificuldade de ficar muito tempo em pé ou sentado, o que levou o mesmo a deixar de trabalhar na lavoura, também disse que há mais ou menos vinte anos, recebeu o diagnóstico de hérnia de disco lombar ( L2, L3, L4 e L5).
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
A avaliação clínica inclui um exame físico e um exame neurológico. O exame físico consiste em observar a postura, a amplitude de movimento, a curvatura e o alinhamento da coluna, a sensibilidade e a força muscular da região afetada. O exame neurológico consiste em testar os reflexos, a sensibilidade e a força muscular dos membros inferiores, além de verificar se há sinais de compressão nervosa.
Além da avaliação clínica, podem ser solicitados exames de imagem, como a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada, para confirmar a presença, o tamanho e a localização da hérnia de disco lombar. Esses exames também podem mostrar se há outras alterações na coluna, como degeneração, inflamação ou estenose. A ressonância magnética é o exame mais indicado, pois tem maior sensibilidade e especificidade para detectar a hérnia de disco lombar. A tomografia computadorizada pode ser usada em casos de contraindicação à ressonância magnética, como pacientes com marca-passo ou implantes metálicos.
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO
O diagnóstico fisioterapêutico da hérnia de disco lombar é baseado na avaliação clínica, que inclui a anamnese, o exame físico e o exame neurológico do paciente. Alguns dos aspectos que o fisioterapeuta deve observar são:
•	A história clínica do paciente, incluindo os fatores de risco, os sintomas, a evolução e o tratamento prévio da hérnia de disco lombar;
•	A postura, a marcha, o alinhamento, a curvatura e a amplitude de movimento da coluna lombar e dos membros inferiores;
•	A sensibilidade, a força, os reflexos e os sinais de compressão nervosa dos membros inferiores, de acordo com os dermátomos e as raízes nervosas afetadas pela hérnia de disco lombar;
•	A presença de dor, especialmente ao realizar o teste de Lasègue, que consiste em elevar a perna estendida do paciente e verificar se há incômodo na região do nervo ciático.
Além da avaliação clínica, o fisioterapeuta pode solicitar ou analisar os exames de imagem, como a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada, para confirmar a presença, o tamanho e a localização da hérnia de disco lombar, e descartar outras possíveis causas de dor lombar. A ressonância magnética é o exame mais indicado, pois tem maior sensibilidade e especificidade para detectar a hérnia de disco lombar.
TRATAMENTO
Com base no diagnóstico fisioterapêutico, o fisioterapeuta pode definir o plano de tratamento mais adequado para cada paciente, levando em conta os objetivos, as necessidades e as preferências do mesmo. O tratamento fisioterapêutico para a hérnia de disco lombar visa aliviar a dor, melhorar a função, prevenir a progressão da doença e evitar a cirurgia. Para isso, o fisioterapeuta pode utilizar diversas técnicas e recursos, como:
•	Terapia manual, que consiste em manipular e mobilizar a coluna e as articulações adjacentes, para reduzir a pressão sobre o disco e os nervos, e melhorar a mobilidade e a estabilidade da coluna;
•	Exercícios terapêuticos, que consistem em realizar movimentos específicos e controlados, para fortalecer, alongar e relaxar a musculatura da coluna e dos membros inferiores, e melhorar a postura e o equilíbrio;
•	Eletroterapia, que consiste em aplicar correntes elétricas, calor, frio, laser ou ultrassom, para estimular a circulação, a regeneração e a analgesia dos tecidos afetados pela hérnia de disco lombar;
•	Educação em saúde, que consiste em orientar o paciente sobre a hérnia de disco lombar, os fatores de risco, a prevenção, a autocuidado e as atividades de vida diária, para promover a adesão, a autonomia e a qualidade de vida do paciente.
FIM
Obrigada pela atenção!
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
CISTO DE BAKER: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMESSÃO LUÍS –MA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
CISTO DE BAKER: ESTUDO DECASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMES
SÃO LUÍS – MA
2023
INTRODUÇÃO
	O cisto de Baker, também conhecido como cisto poplíteo, é uma pequena bolsa de líquido que surge na região atrás do joelho, chamada fossa poplítea. É uma lesão benigna que se manifesta como um nódulo palpável e visível sob a pele, podendo ocasionar dificuldade de movimento da articulação do joelho e dor. Pode afetar apenas um ou ambos os joelhos do paciente.
No geral, o cisto de Baker além de ser uma doença é também um sintoma de que algo não vai bem com o joelho do paciente. O cisto ocorre quando há extravasamento do líquido sinovial da articulação do joelho, quando esse líquido torna-se excessivo, pode empurrar e comprimir para a região posterior da articulação, causando uma herniação.
ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO
	A etiologia do cisto de Baker está relacionada a alterações na articulação do joelho, que podem provocar um aumento na produção e no acúmulo de líquido sinovial, o fluido que lubrifica as articulações. As causas mais comuns são lesões prévias no joelho, artrite reumatoide e outras artropatias inflamatórias, osteoartrite e uso excessivo do joelho. 
A classificação do cisto de Baker pode ser feita de acordo com o seu tamanho, a sua comunicação com a articulação do joelho e a sua origem. Quanto ao tamanho, os cistos podem ser pequenos (< 2 cm), médios (2-5 cm) ou grandes (> 5 cm). Quanto à comunicação, os cistos podem ser comunicantes, quando há uma passagem de líquido sinovial entre o cisto e a articulação, ou não comunicantes, quando não há essa passagem. Quanto à origem, os cistos podem ser primários, quando surgem sem uma causa aparente, ou secundários, quando surgem devido a uma doença ou lesão articular.
CAUSAS
O cisto de Baker é causado pelo acúmulo de líquido sinovial na parte de trás do joelho, normalmente devido a alterações na articulação que levam à formação de uma cavidade onde o líquido consegue se acumular. O líquido sinovial é uma espécie de lubrificante, cuja principal função é reduzir o atrito durante a movimentação de articulações, como a do joelho. 
As causas mais comuns do cisto de Baker são lesões prévias no joelho, artrite reumatoide e outras artropatias inflamatórias, osteoartrite e uso excessivo do joelho. Em geral, traumas dos joelhos e doenças inflamatórias da articulação, como as diversas formas de artrite, são os principais fatores de risco. Como exemplos de situações habitualmente relacionadas à formação do cisto de Baker, podemos citar:
•	Gota: provoca um aumento excessivo dos níveis de ácido úrico no sangue, promovendo a formação de cristais de urato que se acumulam ao redor das articulações, causando inflamação articular. 
•	Hemofilia: é uma condição médica hereditária, que dificulta a coagulação sanguínea, podendo promover hemorragia e danos nas articulações. 
•	Lúpus: é uma doença autoimune, que faz com que o sistema imunológico ataque as próprias células e tecidos do corpo, podendo afetar as articulações e causar inflamação e dor. 
•	Osteoartrite: é uma doença degenerativa, que provoca o desgaste da cartilagem que reveste as articulações, causando dor, rigidez e limitação de movimento. 
•	Psoríase: é uma doença inflamatória da pele, que pode se associar a uma forma de artrite chamada artrite psoriásica, que afeta as articulações e causa dor, inchaço e deformidade. 
•	Artrite reumatoide: é uma doença inflamatória crônica, que afeta principalmente as articulações, causando dor, inchaço, rigidez e deformidade.
FISIOPATOLOGIA
	A fisiopatologia do cisto de Baker envolve o aumento da produção e do acúmulo de líquido sinovial na articulação do joelho, que pode ser causado por lesões, inflamações ou degenerações da cartilagem, dos meniscos ou da cápsula articular. O líquido sinovial é um fluido viscoso que lubrifica e nutre as articulações, facilitando o movimento e reduzindo o atrito. Quando há um excesso de líquido sinovial na articulação do joelho, ele pode ser comprimido e empurrado para a região posterior da articulação, formando uma herniação na cápsula articular. Essa herniação se comunica com a bursa gastrocnêmio-semimembranoso, que é uma bolsa cheia de líquido que fica entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio e o tendão semimembranoso. A bursa gastrocnêmio-semimembranoso se dilata e se transforma no cisto de Baker, que pode variar de tamanho e de comunicação com a articulação do joelho.
EPIDEMIOLOGIA
	A epidemiologia do cisto de Baker é o estudo da distribuição, dos fatores de risco e da frequência dessa condição na população. Não há dados suficientes para estabelecer a prevalência exata dessa doença, pois o percentual varia de acordo com a técnica diagnóstica utilizada. Portanto, estima-se que o cisto de Baker esteja presente em um segmento da população que varia entre 5 e 38%. Alguns estudos indicam que o cisto de Baker ocorre em 26% das pessoas entre 31 e 50 anos. 
O cisto de Baker apresenta distribuição epidemiológica bimodal, com picos na infância e na idade adulta. O cisto de Baker na infância é raro e geralmente descoberto ao acaso. Normalmente não há antecedente traumático para o surgimento de cistos poplíteos na criança. O cisto de Baker na idade adulta é mais comum em indivíduos com lesões intra-articulares, sendo mais frequentes as lesões meniscais e osteoartrite. Não há diferença consistente na frequência entre os sexos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do cisto de Baker é feito por meio de uma avaliação clínica, que inclui a história do paciente, o exame físico e o exame neurológico. O médico pode observar a presença de um caroço, inchaço ou dor na parte de trás do joelho, especialmente quando o paciente estica ou dobra a perna. O médico também pode testar os reflexos, a sensibilidade e a força muscular dos membros inferiores, para verificar se há sinais de compressão nervosa ou vascular.
Para confirmação do diagnóstico, podem ser solicitados exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância magnética, para confirmar a presença, o tamanho e a localização do cisto.
CASO CLÍNICO
Paciente I. M. S, 67 anos, nascida dia 21/02/1956, casada, costureira. Relatou desconforto na parte de trás da perna, diminuição de amplitude de movimentos (ADM), enrijecimento da articulação do joelho e dor na parte posterior do joelho. Disse que recebeu o diagnóstico de Cisto de Baker ao procurar o médico ortopedista no dia 30/08/2022, e relata que desde a data não consegue realizar AVDs.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
O exame físico geralmente é considerável para o diagnóstico da maioria dos cistos de Baker que são grandes o bastante para serem evidentes.
Além da avaliação clínica, podem ser solicitados exames de imagem, como a ultrassonografia ou a ressonância magnética, para confirmar a presença, o tamanho e a localização do cisto, e descartar outras possíveis causas de dor no joelho, como lesões meniscais, ligamentares, cartilaginosas ou ósseas. A ultrassonografia é um exame simples, rápido e barato, que pode mostrar o cisto e a sua comunicação com a articulação do joelho. A ressonância magnética é um exame mais detalhado, que pode mostrar melhor as estruturas internas do joelho e o conteúdo do cisto. 
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
A fisioterapia é essencial no tratamento e na prevenção de ressurgimento do cisto poplíteo, uma vez que consegue através de exercícios apropriados e medidas analgésicas, reduzir a dor e o incômodo apresentado pela paciente.
Proposta de tratamento:
•	Fortalecimento de MMII;
•	Minimizar quadro álgico e edema;
•	Conduta fisioterapêutica:
•	Aquecimento (deambulação, bicicleta com auxílio de macarrões);
•	Alongamentos de MMSS E MMII;
•	Fortalecimento de MMII (agachamento, exercícios de flexão e extensão de joelhos e quadril, exercício de propriocepção com auxílio do Jump);
•	Mobilização articular (patela), e relaxamento com turbulência na região lombar.
O tratamento fisioterapêutico pode seriniciado antes ou depois da cirurgia, dependendo da avaliação do fisioterapeuta e do médico. O objetivo é reduzir ou eliminar a incontinência urinária, melhorar a função sexual e a qualidade de vida dos pacientes.
Alguns estudos científicos mostraram que o tratamento fisioterapêutico é eficaz para diminuir a perda de urina, aumentar o intervalo entre as micções, reduzir a frequência urinária, diminuir o grau de incontinência e melhorar a satisfação dos pacientes. No entanto, os resultados podem variar de acordo com o tipo de cirurgia, o tempo de início do tratamento, a duração e a frequência das sessões, a adesão e a motivação dos pacientes, entre outros fatores.
FIM
Obrigada pela atenção!
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
PROSTATECTOMIA: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMESSÃO LUÍS –MA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
PROSTATECTOMIA: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMES
SÃO LUÍS – MA
2023
INTRODUÇÃO
	A prostatectomia é uma cirurgia que consiste na remoção total ou parcial da próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino que produz um fluido que protege e nutre os espermatozoides. A prostatectomia é geralmente indicada para o tratamento de casos de hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata localizado, ou seja, quando o tumor não se espalhou para outros órgãos.
ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO
	A etiologia da prostatectomia é a necessidade de tratar casos de hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata, que são condições que afetam a próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. A hiperplasia prostática benigna é o aumento benigno da próstata, que pode causar dificuldade para urinar, infecções urinárias e pedras na bexiga. O câncer de próstata é o tumor maligno mais comum entre os homens, que pode causar sintomas semelhantes aos da hiperplasia, além de dor óssea, sangue na urina e perda de peso. A prostatectomia é uma das opções de tratamento para essas doenças, quando outros métodos não são eficazes ou adequados.
A classificação da prostatectomia depende do tipo e da técnica da cirurgia. O tipo pode ser simples ou radical, de acordo com a extensão da remoção da próstata. A prostatectomia simples é a retirada parcial da próstata, que é indicada para casos de hiperplasia prostática benigna. A prostatectomia radical é a retirada total da próstata, que é indicada para casos de câncer de próstata localizado. A técnica pode ser aberta, laparoscópica ou robótica, de acordo com o acesso à próstata. A prostatectomia aberta é a cirurgia convencional, que envolve um corte na pele do abdome ou do períneo. A prostatectomia laparoscópica é a cirurgia minimamente invasiva, que envolve pequenos furos na pele do abdome, por onde são inseridos instrumentos cirúrgicos e uma câmera. A prostatectomia robótica é a cirurgia assistida por um robô, que é controlado pelo cirurgião por meio de um controle remoto. A escolha do tipo e da técnica da prostatectomia depende de vários fatores, como o tamanho da próstata, o estágio do câncer, a experiência do cirurgião e as preferências do paciente.
FISIOPATOLOGIA
	A fisiopatologia da prostatectomia se refere aos mecanismos fisiológicos e patológicos que ocorrem durante e após a cirurgia de remoção da próstata. A prostatectomia pode causar alterações na função urinária, sexual e hormonal dos pacientes, dependendo do tipo e da técnica da cirurgia, da extensão da lesão prostática e da preservação dos nervos e esfíncteres.
A função urinária pode ser afetada pela prostatectomia devido à perda do suporte prostático à uretra, à lesão do esfíncter uretral interno, à inflamação da bexiga e à retração da uretra. Esses fatores podem levar à incontinência urinária, que é a perda involuntária de urina, ou à estenose uretral, que é o estreitamento da uretra. A incontinência urinária é mais comum no pós-operatório imediato e tende a melhorar com o tempo, mas pode persistir em alguns casos. A estenose uretral pode ocorrer tardiamente e causar dificuldade para urinar, infecções e cálculos.
	A função sexual pode ser afetada pela prostatectomia devido à lesão dos nervos cavernosos, que são responsáveis pela ereção peniana, ou à lesão dos ductos ejaculatórios, que são responsáveis pela ejaculação. A lesão dos nervos cavernosos pode causar disfunção erétil, que é a incapacidade de obter ou manter uma ereção suficiente para a relação sexual. A lesão dos ductos ejaculatórios pode causar ejaculação retrógrada, que é o desvio do sêmen para a bexiga, ou anejaculação, que é a ausência de ejaculação. A preservação dos nervos cavernosos depende do tipo e da técnica da cirurgia, do estágio do câncer e da experiência do cirurgião. A preservação dos ductos ejaculatórios é rara na prostatectomia radical, mas possível na prostatectomia simples.
A função hormonal pode ser afetada pela prostatectomia devido à redução da produção de testosterona, que é o principal hormônio masculino, ou à alteração do metabolismo dos andrógenos, que são os hormônios derivados da testosterona. A redução da produção de testosterona pode ocorrer pela retirada dos testículos, que são os órgãos responsáveis pela síntese desse hormônio, em casos de câncer de próstata avançado ou metastático. A alteração do metabolismo dos andrógenos pode ocorrer pela retirada da próstata, que é um dos órgãos responsáveis pela conversão da testosterona em di-hidrotestosterona, que é um andrógeno mais potente. Esses fatores podem levar à diminuição da libido, da massa muscular, da densidade óssea e da qualidade de vida.
EPIDEMIOLOGIA
	A epidemiologia da prostatectomia envolve aspectos como a incidência, a prevalência, a mortalidade, os fatores de risco, os fatores prognósticos, a qualidade de vida, os custos e a efetividade da cirurgia. Alguns dados epidemiológicos da prostatectomia no Brasil são:
•	A estimativa de novos casos de câncer de próstata para o ano de 2020 foi de 65.840, o que corresponde a 29,2% de todos os cânceres masculinos;
•	O número de mortes por câncer de próstata em 2019 foi de 15.983, o que corresponde a 21,8% de todas as mortes por câncer em homens;
•	A taxa de incidência de câncer de próstata por 100 mil habitantes em 2018 foi de 66,6, variando de 39,4 na região Norte a 87,9 na região Sul;
•	A taxa de mortalidade por câncer de próstata por 100 mil habitantes em 2018 foi de 18,3, variando de 10,7 na região Norte a 23,9 na região Sul;
•	A sobrevida relativa em 5 anos para o câncer de próstata no Brasil foi de 78,6%, variando de 70,9% na região Nordeste a 83,8% na região Sudeste;
•	A prostatectomia radical é o tratamento mais utilizado para o câncer de próstata localizado, sendo realizada em cerca de 50% dos casos;
•	A prostatectomia radical assistida por robô é uma técnica cirúrgica que vem ganhando espaço no Brasil, mas ainda enfrenta limitações de acesso, custo e evidência.
CASO CLÍNICO
Paciente J. R.A.A, de 59 anos, nascido em 26/11/1964, casado, pescador. Relatou perda de urina aos esforços, urgência miccional, urgê-incontinência, gotejamento pós miccional, polaciúria, noctúria, e em decorrência desses fatores, o mesmo utiliza duas fraldas por dia. Além disso, também relata constipação intestinal e disfunção erétil.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO UROLOGIA, GINECOLOGIA E PROCTOLÓGICA
•	Área cicatrical (edema, eritema, hematoma);
•	Desconforto em saco escrotal;
•	Abdômen distendido.
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO GLOBAL
•	Tensão diafragmática;
•	Som abdominal maciço;
•	Verruga baixo ventre;
•	Pequenas fissuras baixo ventre.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
A fisioterapia uroginecológica é uma especialidade que visa prevenir e tratar os distúrbios do assoalho pélvico, que é um conjunto de músculos que sustenta os órgãos pélvicos e controla a micção, a defecação e a atividade sexual. O tratamento fisioterapêutico pode incluir:
Eletroestimulação,que consiste na aplicação de correntes elétricas nos músculos do assoalho pélvico, com o objetivo de aumentar a sua contração e inibir a atividade do músculo detrusor, que é o responsável pelo esvaziamento da bexiga.
•	Exercício de agachamento com bola Suíça com ativação de abdômen+ MA;
•	Alongamento de MMSS com uso de bola Suíça para fibras fásicas;
•	Exercícios respiratórios;
•	Terapia comportamental, como adequar a ingestão de líquidos, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cafeinadas, cessar o tabagismo, controlar o peso corporal e tratar a prisão de ventre.
O tratamento fisioterapêutico pode ser iniciado antes ou depois da cirurgia, dependendo da avaliação do fisioterapeuta e do médico. O objetivo é reduzir ou eliminar a incontinência urinária, melhorar a função sexual e a qualidade de vida dos pacientes.
Alguns estudos científicos mostraram que o tratamento fisioterapêutico é eficaz para diminuir a perda de urina, aumentar o intervalo entre as micções, reduzir a frequência urinária, diminuir o grau de incontinência e melhorar a satisfação dos pacientes. No entanto, os resultados podem variar de acordo com o tipo de cirurgia, o tempo de início do tratamento, a duração e a frequência das sessões, a adesão e a motivação dos pacientes, entre outros fatores.
FIM
Obrigada pela atenção!
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
ENTORSE DE TORNOZELO: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMESSÃO LUÍS –MA
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA 
ENTORSE DE TORNOZELO: ESTUDO DE CASO.
MÁRCIA CRISTINA RIBEIRO SOBRINHO GOMES
SÃO LUÍS – MA
2023
INTRODUÇÃO
	Entorse de tornozelo é uma lesão que afeta os ligamentos que conectam os ossos do tornozelo e do pé. Ela ocorre quando o pé se movimenta de forma anormal, geralmente para fora, causando estiramento ou ruptura dos ligamentos. A entorse de tornozelo é uma lesão muito comum, especialmente em pessoas que praticam esportes ou usam sapatos de salto alto.
Os sintomas de uma entorse de tornozelo podem incluir:
•	Dor intensa no tornozelo, que pode piorar ao apoiar o pé no chão;
•	Inchaço e vermelhidão na região afetada;
•	Hematoma ou mancha roxa na pele, que pode aparecer até 48 horas após a torção;
•	Sensibilidade ao tocar no local da lesão;
•	Dificuldade para movimentar o pé ou caminhar.
ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO
	A etiologia de uma entorse de tornozelo é o conjunto de fatores que causam ou contribuem para a lesão dos ligamentos que conectam os ossos do tornozelo e do pé. A entorse de tornozelo pode ocorrer por diversos motivos, como:
•	Pisar em terreno irregular, buraco ou degrau;
•	Perder o equilíbrio ou se distrair;
•	Praticar atividades físicas ou esportes que envolvem saltos, mudanças de direção ou contato físico;
•	Usar calçados inadequados, como sapatos de salto alto ou soltos;
•	Ter fraqueza, frouxidão ou instabilidade nos ligamentos do tornozelo.
	A classificação de uma entorse de tornozelo é baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos ou graus, de acordo com a extensão do dano nos ligamentos:
•	Grau 1: estiramento ligamentar, sem ruptura. Ocorre dor, edema e sensibilidade localizados na região lesionada. A função e a estabilidade do tornozelo são preservadas;
•	Grau 2: lesão ligamentar parcial, com ruptura de algumas fibras. Ocorre dor intensa, edema e equimose difusos na região lesionada. A função e a estabilidade do tornozelo são comprometidas, mas não totalmente perdidas;
•	Grau 3: lesão ligamentar total, com ruptura completa de um ou mais ligamentos. Ocorre dor severa, edema e equimose extensos na região lesionada. A função e a estabilidade do tornozelo são ausentes, podendo haver sensação de estalo ou deslocamento no momento da lesão.
FISIOPATOLOGIA
	A fisiopatologia de uma entorse de tornozelo é o conjunto de alterações que ocorrem nos tecidos e nas funções do tornozelo após uma lesão dos ligamentos que conectam os ossos do pé e da perna. A entorse de tornozelo pode ser causada por diversos fatores, como pisar em terreno irregular, perder o equilíbrio, praticar atividades físicas ou usar calçados inadequados.
A entorse de tornozelo pode provocar diversas consequências, como:
•	Inflamação e sangramento local, que podem causar dor, calor, vermelhidão e inchaço;
•	Cicatrização e fibrose dos ligamentos lesionados, que podem diminuir a elasticidade e a resistência dos mesmos;
•	Alteração da propriocepção do tornozelo, que é a capacidade de perceber a posição e o movimento da articulação;
•	Instabilidade crônica do tornozelo, que é a tendência a sofrer novas entorses por falta de controle e suporte da articulação;
•	Artrose do tornozelo, que é o desgaste da cartilagem articular por sobrecarga ou trauma repetitivo.
EPIDEMIOLOGIA
	A epidemiologia de entorse de tornozelo é o estudo da distribuição, frequência, causas e consequências dessa lesão na população. A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas mais comuns, especialmente entre pessoas que praticam atividades físicas ou esportivas. Estima-se que ocorra uma entorse de tornozelo a cada 10.000 indivíduos por dia no mundo¹. Alguns fatores de risco para essa lesão são: uso de calçados inadequados, terreno irregular, fraqueza ou instabilidade dos ligamentos, movimentos bruscos ou repentinos, e contato físico.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de entorse de tornozelo é feito por um médico ortopedista, que avalia os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, além de solicitar exames de imagem, como raio-X, ressonância magnética ou ultrassom, para verificar o grau da lesão e a presença de fraturas ou rompimentos dos ligamentos.
Os principais sinais e sintomas de uma entorse de tornozelo são:
•	Dor intensa no tornozelo, que pode piorar ao apoiar o pé no chão;
•	Inchaço e vermelhidão na região afetada;
•	Hematoma ou mancha roxa na pele, que pode aparecer até 48 horas após a torção;
•	Sensibilidade ao tocar no local da lesão;
•	Dificuldade para movimentar o pé ou caminhar.
CASO CLÍNICO
Paciente J.B.C, de 66 anos, nascido em 12 de Abril de 1957, praticante de ciclismo e corrida de resistência, relatou dor ao apoiar o pé no chão, inchaço na região, dificuldade de movimentar o pé e de caminhar. Também relata que em decorrência da entorse, está impossibilitado de praticar esportes.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
A avaliação clínica de entorse de tornozelo envolve o exame físico do tornozelo, a verificação dos sinais vitais, a palpação dos ossos e ligamentos, o teste da amplitude de movimento e a realização de testes provocativos para detectar lesões específicas. Além disso, o médico pode solicitar exames complementares, como raio-x, ultrassonografia ou ressonância magnética, para confirmar o diagnóstico e descartar outras possíveis causas de dor no tornozelo, como fraturas, infecções ou artrite.
DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO
O diagnóstico fisioterapêutico de entorse de tornozelo é um processo que visa identificar as alterações funcionais e estruturais causadas pela lesão dos ligamentos do tornozelo, bem como definir os objetivos e as condutas terapêuticas mais adequadas para cada caso. O diagnóstico fisioterapêutico envolve as seguintes etapas:
Anamnese: consistem na coleta de dados sobre a história clínica do paciente, como o mecanismo de lesão, o tempo de evolução, os sintomas, as limitações, as atividades de vida diária, os hábitos de vida, as comorbidades, os tratamentos prévios e as expectativas em relação à fisioterapia.
Avaliação física: consiste na observação e na palpação do tornozelo lesionado, bem como na realização de testes específicos para avaliar a amplitude de movimento, a força muscular, a sensibilidade, a propriocepção, a estabilidade, o equilíbrio, a marcha e a funcionalidade do paciente. Alguns exemplos de testes são: teste de gaveta anterior, teste de estresse em inversão, teste de estresse em eversão,teste de Thompson, teste de Star Excursion Balance, teste de salto monopodal e teste de salto lateral.
Diagnóstico cinético-funcional: consiste na interpretação dos dados obtidos na anamnese e na avaliação física, levando em conta os aspectos biomecânicos, fisiológicos, psicológicos e sociais do paciente. O diagnóstico cinético-funcional permite classificar o grau de entorse de tornozelo, identificar as estruturas lesionadas, as disfunções associadas, os fatores de risco, as necessidades e as potencialidades do paciente, bem como estabelecer os objetivos e as condutas terapêuticas mais apropriadas para cada fase de recuperação.
TRATAMENTO
O tratamento fisioterapêutico para entorse de tornozelo visa restaurar a função, a mobilidade e a estabilidade do tornozelo lesionado, além de prevenir complicações e recidivas. O tratamento depende do grau da lesão, da fase de recuperação e dos objetivos do paciente. Em geral, o tratamento fisioterapêutico envolve as seguintes etapas:
Redução do inchaço: Após uma entorse de tornozelo, é comum ocorrer inchaço devido ao dano nos tecidos e ao acúmulo de fluido. A fisioterapia utiliza técnicas como compressas frias, elevação do tornozelo e drenagem linfática para reduzir o inchaço, melhorando o conforto e a mobilidade;
Restauração da amplitude de movimento: A entorse de tornozelo pode causar rigidez articular, limitando os movimentos do pé e da perna. A fisioterapia utiliza técnicas como mobilização articular, alongamento, massagem e exercícios passivos, ativos e assistidos para aumentar a amplitude de movimento do tornozelo;
•	Fortalecimento muscular: A entorse de tornozelo pode causar fraqueza muscular, especialmente nos músculos que estabilizam o tornozelo e o pé. A fisioterapia utiliza técnicas como exercícios resistidos, isométricos e isotônicos para fortalecer os músculos envolvidos na sustentação e no movimento do tornozelo;
•	Melhora da propriocepção: A propriocepção é a capacidade de perceber a posição e o movimento do próprio corpo no espaço. A entorse de tornozelo pode prejudicar a propriocepção, aumentando o risco de novas lesões. A fisioterapia utiliza técnicas como exercícios de equilíbrio, coordenação e reeducação postural para melhorar a propriocepção do tornozelo;
•	Retorno às atividades funcionais: A entorse de tornozelo pode afetar as atividades de vida diária, o trabalho e o esporte do paciente. A fisioterapia utiliza técnicas como exercícios funcionais, simuladores e orientações para facilitar o retorno às atividades habituais do paciente, respeitando os limites e as necessidades de cada caso.
FIM
Obrigada pela atenção!

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