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pdf direito previdenciario e regime geral da providencia social

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Professora autora/conteudista:
ELISABETE MARIUCCI LOPES
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
 
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1 . Origem e evolução histórica do Direito Previdenciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2 . O Direito Assistencial e Previdenciário no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3 . Princípios do Direito Previdenciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4 . Fontes do Direito Previdenciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5 . Regime Geral da Previdência Social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.1 Segurados obrigatórios e facultativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15
5.1.1 Dos empregados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.1.2 Dos empregados domésticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.1.3 Trabalhador avulso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.1.4 Segurado especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.1.5 Contribuinte individual (antigo autônomo) . . . . . . . . . . . . . . 20
5.1.6 Filiação e inscrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.1.7 Dos beneficiários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.1.8 Qualidade de segurado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
6 . Do plano de benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
6.1 Carência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24
6.2 Do salário de benefícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25
6.3 Do salário de contribuição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7 . Dos benefícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7.1 Auxílio reclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
7.2 Auxílio doença . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7.3 Aposentadoria por invalidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31
7.4 Auxílio acidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
7.5 Pensão por morte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7.6 Salário maternidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7.7 Aposentadoria por idade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
7.8 Aposentadoria por tempo de contribuição (antiga aposentadoria
por tempo de serviço) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
7.9 Aposentadoria especial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41
8 . Custeio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
 
Pág. 4 de 49
INTRODUÇÃO
Desde a Primeira Revolução Industrial, o Direito Previdenciário tem sido um dos temas de 
maior relevância entre a classe laboral, visto que a existência digna depende de boas condições 
de trabalho. A natural preocupação em prover subsistência para si e para os entes próximos fez 
surgir primeiramente o assistencialismo, que sofreu diversas modificações até que se chegasse ao 
atual modelo de seguridade social (englobando saúde, assistência e previdência, cujos requisitos 
de concessão de benefícios estão sendo discutidos no Projeto de Lei da Reforma Previdenciária).
As regras mudam, mas as bases permanecem as mesmas, de modo que abordaremos a origem 
e o desenvolvimento do Direito Previdenciário de acordo com o contexto histórico. Após análise dos 
aspectos propedêuticos, serão abordados os benefícios e os requisitos para concessão.
1. ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Figura 1 – Direito Previdenciário
Fonte: 101cats/iStock
O Direito Previdenciário constitui um dos pilares da Seguridade Social, que é formada, conforme 
art. 194 da Constituição Federal de 1988, também por normas de saúde e de assistência. Ou seja, 
a seguridade social é formada por três pilares: saúde, assistência e previdência social.
A rede de saúde é ofertada a todas as pessoas, independentemente de contribuição, por meio 
do SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil, a saúde é pública, universal e gratuita. A assistência 
social também independe de contribuição, sendo disponibilizada aos mais carentes de acordo com 
as regras estabelecidas pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) 
– Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
 
Pág. 5 de 49
A previdência, por sua vez, somente é prestada aos segurados contribuintes e seus dependentes, 
observadas as exigências legais.
O atual formato é, na verdade, fruto de uma evolução histórica que parte da assistência social. 
Sabe-se que, desde antes de Cristo, sempre existiu a assistência privada, pela qual os particulares 
auxiliam as pessoas necessitadas de forma espontânea ou por imposição legal. Em Roma, por 
exemplo, as famílias tinham obrigação de prestar assistência aos servos e clientes (pessoas que, 
apesar de não serem escravas, eram submetidas a uma dura rotina de trabalho).
Por sua vez, a assistência pública, ou seja, aquela em que o Estado assume o dever de amparar 
as pessoas necessitadas, surgiu somente em 1601, na Inglaterra, com a Lei dos Pobres (Poor Law 
Act). Esta atribuía às paróquias o dever de desenvolver programas para minimizar a miséria da 
população, dando proteção às crianças pobres, proporcionando trabalho aos desempregados e 
amparo aos idosos e inválidos.
Essa mesma lei criou uma contribuição obrigatória com objetivo de subsidiar os programas, 
que deveria ser paga por todos os ocupantes e usuários de terras. Em conjunto, foi instituído um 
sistema de fiscalização para certificar o correto emprego do dinheiro recebido pelas paróquias 
(HORVATH, 2018).
Como já explanado, a Lei dos Pobres era uma lei inglesa, portanto restrita ao povo inglês. Na 
sequência, em 1789, a França tratou de inserir um modelo de proteção social de caráter público na 
Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, conforme arts. 12 e 13, que assim dispõem:
Art. 12. A garantiados direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública. 
Esta força é, pois, instituída para fruição por todos, e não para utilidade particular 
daqueles a quem é confiada.
Art. 13. Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração é 
indispensável uma contribuição comum que deve ser dividida entre os cidadãos de 
acordo com suas possibilidades.
Até esse momento, verificaram-se apenas regras relativas à assistência social, ou seja, prestações 
ofertadas sem necessidade de contribuição do beneficiado.
O chamado sistema de seguro social, que se baseia na substituição do salário por um valor 
em dinheiro no momento da ocorrência de eventuais infortúnios na vida do trabalhador, surgiu 
 
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somente a partir de 1883, na Prússia, atual Alemanha, com o chanceler Otto von Bismark, na época 
do imperador Guilherme I. Isso tinha por intenção ganhar a simpatia dos trabalhadores, que estavam 
sendo influenciados pelas ideias socialistas.
De acordo com esse sistema, a previdência passou a ser custeada tanto pelos empregadores 
quanto pelos trabalhadores.
Vivia-se uma época de total degradação humana, com exploração de trabalho infantil, dentre 
outras questões que ensejavam a miséria do povo trabalhador. Por esse motivo, em 1891, foi editada 
a Encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII, que estabeleceu princípios a ser seguidos pelos 
trabalhadores e pelos patrões em atuação conjunta com o Poder Público para minimizar os efeitos 
da injustiça social.
SAIBA MAIS
Leia a Encíclica Rerum Novarum em http://w2.vatican.va/content/leo-xiii/pt/encyclicals/documents/
hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum.html.
Em 1917, a Constituição Mexicana também passou a prever seguro social, proteção à maternidade 
e proteção contra acidentes de trabalho. Em 1919, a Alemanha editou a Constituição de Weimar, 
com caráter eminentemente social. No mesmo ano, foi fundada a Liga das Nações, juntamente 
com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), estabelecendo regras relativas a trabalho e 
seguridade social.
Figura 2 – Declaração Universal dos Direitos Humanos
,
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3f/Eleanor_Roosevelt_and_United_
Nations_Universal_Declaration_of_Human_Rights_in_Spanish_09-2456M_original.jpg.
 
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Após o término da Segunda Guerra Mundial, a ONU apresentou ao mundo a Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, cujos arts. 22, 25 e 28 são dedicados à segurança social:
Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à 
realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a 
organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
[...]
Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à 
sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados 
médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de 
desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios 
de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as 
crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
[...]
Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e 
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
 
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SAIBA MAIS
Você sabia que a famosa Santa Casa de Misericórdia de Santos foi fundada por Brás Cubas em 1543 e 
que a primeira Santa Casa de Misericórdia no Brasil foi instalada em Olinda em 1539?
Figura 3 – Santa Casa de Misericórdia de Santos
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0260d10.htm.
2. O DIREITO ASSISTENCIAL E PREVIDENCIÁRIO NO BRASIL
Em 1539, foi instalada a primeira Santa Casa de Misericórdia para prestação assistencial aos 
menos favorecidos. Ainda no Brasil Colônia, em 1793, o príncipe regente d. João VI aprovou o Plano 
dos Oficiais da Marinha, que garantia o pagamento de meio soldo a viúvas e filhas dos oficiais 
falecidos. Seu custeio dava-se com o desconto de um dia de vencimento.
Vejamos agora a evolução legislativa brasileira após a independência do Brasil:
Século XIX
• 1824: A primeira Constituição do Brasil assegurava assistência às pessoas carentes, mas isso 
não teve aplicação prática.
• 1835: Criado o Mongeral (Montepio Geral dos Servidores do Estado), importante entidade de 
previdência privada.
• 1850: O art. 79 do Código Comercial fez a previsão para acidente do trabalho, e o Regulamento 
737 disciplinou a matéria.
• 1890: Concessão de aposentadoria aos trabalhadores da Estrada de Ferro Central do Brasil 
por meio do Decreto nº 221, de 26 fev. 1890.
 
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• 1891: A primeira Constituição Republicana do Brasil trouxe a garantia de concessão de 
aposentadoria por invalidez aos funcionários a serviço da nação, assegurando também 
socorros públicos em casos de calamidades.
Século XX – Primeira metade
• 1919: A Lei do Acidente do Trabalho (Lei nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919) estabeleceu a 
responsabilidade objetiva do empregador, ou seja, independentemente de culpa ou dolo, 
deveria indenizar o empregado.
• 1923: A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) criou a Previdência 
Social no Brasil por meio das Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários em nível 
nacional. A partir de então, cada empresa ferroviária poderia criar sua Caixa de Aposentadoria 
e Pensões de acordo com critérios próprios, sem previsão de mínimo legal. Assim, empresas 
mais fortes davam mais proteção a seus empregados do que as outras. Essa lei é referência na 
história do Direito Previdenciário no Brasil, garantindo proteção aos trabalhadores nos casos 
de riscos, doença, velhice, invalidez e morte.
• 1933: criação do IAPM (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Marítimos) pelo Decreto 
nº 22.872, de 29 jun. 1933.
• 1934 O Decreto nº 22.273, de 22 maio. 1934, criou o IAPC (Instituto de Aposentadorias e Pensões 
dos Comerciários), e o Decreto nº 24.615, de 9 jul. 1934, o IAPB (Instituto de Aposentadorias 
e Pensões dos Bancários).
• 1934: A Constituição Federal fez previsão do custeio tripartite entre patrões, empregados e 
Estado e garantiu assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante.
• 1936: Criação do Iapi (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários) pela Lei nº 
367, de 31 dez. 1936.
• 1937: A Constituição estabelecida por Getúlio Vargas nomeou o sistema como seguro social 
e não previdência social, criando seguros em casos de velhice, invalidez, morte e acidentes 
de trabalho.
• 1938: O Decreto-Lei nº 288, de 23 fev. 1938, criou o Ipase (Instituto de Previdência e Assistência 
dos Servidores do Estado), e o Decreto-Lei nº 651, de 26 de agosto de 1938, o IAPETC (Instituto 
de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas).
• 1946: pela primeira vez, foi empregada a expressão “previdência social”, na Constituição 
Federal, estabelecendo o custeio tripartite e a adesão obrigatória pelo empregador do seguro 
contra os acidentes do trabalho.
 
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Século XX – Segunda metade
• 1954: Pelo Decreto nº 35.448, foi editado o Regulamento Geral de Aposentadorias e Pensões, 
padronizando as regras entre todos os institutos previdenciários.
• 1960: A Lei nº 3.807, de 26 ago. 1960 (Lops – Lei Orgânica da Previdência Social), ampliou os 
riscos e contingências cobertas.
• 1966: O Decreto-Lei nº 72, de 21 nov. 1966, criou o INPS (Instituto Nacional de Previdência 
Social). Este unificou todos os institutos, com exceção do Iapfesp (Instituto de Aposentadorias e 
Pensões dos Ferroviários e Servidores Públicos), do Ipase (Instituto de Previdência e Assistência 
dos Servidoresdo Estado) e do Sasse (Serviço de Assistência e Seguro Social dos Economiários, 
que filiava os empregados das Caixas Econômicas Federais).
• 1977: Criação do Sinpas (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), composto 
pelos seguintes órgãos:
◊	 Iapas (Instituto de Administração Financeira de Previdência e Assistência Social);
◊	 Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência e Assistência Social);
◊	Dataprev (Empresa de Processamento de Dados);
◊	 LBA (Fundação Legião Brasileira de Assistência);
◊	 Ceme (Central de Medicamentos);
◊	 Funabem (Fundação Nacional de Assistência e Bem-Estar do Menor).
• 1988: A Constituição Federal criou a seguridade social no Brasil, envolvendo saúde, assistência 
social e previdência social.
• 1990: Criação do seguro desemprego pela Lei nº 7.998, de 11 jan. 1990. Nesse mesmo ano, o 
Programa de Reforma Administrativa do governo Collor extinguiu o Sinpas e unificou o MTPS 
(Ministério do Trabalho e Previdência Social). O Decreto nº 99.350, de 27 de junho de 1990, 
criou o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).
• 1991: As Leis nº 8.212 e nº 8.213, ambas de 24 jul. 1991, tratam da organização da Seguridade 
Social dos planos de benefícios da previdência social, respectivamente.
• 1992: Extinção do Ministério do Trabalho e da Previdência Social e criação do Ministério da 
Previdência Social e do Ministério do Trabalho e da Administração, pela Lei nº 8.442, de 13 
maio. 1992.
 
Pág. 11 de 49
• 1998: Primeira Reforma da Previdência Social, por meio da Emenda Constitucional (EC) nº 20, 
de 15 dez. 1998.
Século XXI
• 2003: A Medida Provisória nº 103, de 1 jan. 2003, desmembrou o Ministério da Previdência e 
Assistência Social em Ministério da Assistência e Promoção Social e Ministério da Previdência 
Social.
• 2003: Segunda Reforma da Previdência Social por meio da EC nº 41, de 19 dez. 2003.
• 2005: Terceira Reforma da Previdência Social – EC nº 47, de 5 jul. 2005.
• 2016: Extinto o Ministério da Previdência Social pela Lei nº 13.266/16. Suas competências 
foram transferidas para a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, apropriando-se 
de políticas, diretrizes, administração e gerência dos benefícios previdenciários.
• 2019: A Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019, chamada de minirreforma, alterou 
regras de concessão de benefícios, como auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria 
rural. Também instituiu mecanismos para revisar benefícios e processos com suspeitas de 
irregularidades
3. PRINCÍPIOS DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Figura 4 – Princípios do Direito Previdenciário
Fonte: NicoElNino/iStock
As normas jurídicas dividem-se em princípios e regras, que se diferenciam basicamente pelos 
critérios de generalidade e especificidade. Os princípios possuem grau de abstração relativamente 
elevado, enquanto as regras são mais objetivas.
Princípios são normas de grande relevância para o ordenamento jurídico, na medida em que 
estabelecem fundamentos normativos para a interpretação e a aplicação do Direito. O Direito 
Previdenciário pauta-se, especialmente, nos seguintes princípios:
 
Pág. 12 de 49
Quadro 1 – Princípios do Direito Previdenciário
Princípio Descrição
Contributividade A previdência social apenas concederá os seus benefícios e serviços 
aos segurados (e seus dependentes) que se filiarem previamente 
ao regime previdenciário, sendo exigido o pagamento de tributos 
classificados como contribuições previdenciárias. Em muitas 
hipóteses, a legislação previdenciária presume de maneira absoluta 
o recolhimento das contribuições previdenciárias em prol de 
determinados segurados, normalmente quando a responsabilidade 
tributária é transferida às empresas.
Obrigatoriedade de filiação O RGPS é de caráter compulsório para os trabalhadores em geral, 
exceto no que concerne aos servidores públicos efetivos e militares 
vinculados a algum RPPS. Se não o fosse, grande parte das pessoas 
não programaria espontaneamente o seu futuro. Exceção feita aos 
segurados facultativos.
Equilíbrio atuarial É preciso haver um equilíbrio entre as receitas que ingressam no fundo 
previdenciário e as despesas com o pagamento dos benefícios.
Universalidade de 
participação nos planos 
previdenciários
Deverá o RGPS buscar sempre a sua expansão a fim de filiar cada vez 
mais segurados, inclusive facultando a adesão ao plano de pessoas 
que não exercem atividade laboral remunerada, na condição de 
segurados facultativos.
Uniformidade e 
equivalência de benefícios 
e serviços às populações 
urbanas e rurais
Veda-se a discriminação negativa dos povos rurais, já ocorrida 
no passado. É possível o tratamento diferenciado se houver base 
constitucional para tanto, como no caso dos trabalhadores rurais que 
laboram em regime de economia familiar para a subsistência. Eles 
terão uma redução de cinco anos para se aposentarem por idade, o que 
é justificável em razão do desgaste físico que a atividade campesina 
traz.
Seletividade e 
distributividade na 
prestação dos benefícios
O legislador deve escolher os riscos sociais a ser cobertos, respeitado 
o conteúdo mínimo constitucional. Da mesma forma, entre o universo 
de segurados e dependentes, serão selecionados pelo legislador os que 
apresentem maior necessidade social da prestação previdenciária, de 
acordo com o interesse público.
Irredutibilidade do valor 
dos benefícios
O valor dos benefícios não pode ser reduzido nominalmente e deve 
sofrer reajustes anuais a fim de preservar o seu poder aquisitivo. Em 
regra, os benefícios deverão ser reajustados na mesma data do reajuste 
do salário mínimo e de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços 
do Consumidor), elaborado pela Fundação IBGE, com base nos Índices 
de Preços ao Consumidor Regionais.
Garantia do benefício não 
inferior ao salário mínimo
De acordo com a Constituição, nenhum benefício pago pela previdência 
social pode ter valor inferior a um salário mínimo.
Tempus regit actum Os benefícios previdenciários devem se regular pela lei vigente ao 
tempo em que preenchidos os requisitos necessários à sua concessão.
Fonte: Elaborado pela autora.
 
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SAIBA MAIS
Você sabia que existe o PREVBarco? Trata-se de um programa que tem por objetivo levar serviços do 
INSS aos segurados que habitam às margens de rios em locais onde não há acesso a uma agência.
Acesse o site https://www.inss.gov.br/tag/prevbarco/.
Figura 5 – PREVBarco
Fonte: https://www.anasps.org.br/wp-content/uploads/2016/07/inss-amazonas.jpg.
4 . FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO
O Direito tem origem em fatos e normas, que se dividem em fontes materiais e formais. As fontes 
materiais decorrem de fatos políticos, econômicos, sociais e culturais que revelam a necessidade de 
regulamentação pelo Direito positivo, ou seja, pelas normas escritas. As fontes formais representam 
as maneiras pelas quais as normas passam a integrar o mundo jurídico.
As fontes formais do Direito Previdenciário são as seguintes:
1. Constituição Federal;
2. emendas constitucionais;
3. leis complementares;
4. legislação ordinária (leis ordinárias, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias, 
resoluções);
5. legislação subsidiária (regulamentos, instruções, portarias, orientações internas).
 
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Figura 6 – Constituição Federal
Fonte: Global_Pics/iStock
SAIBA MAIS
Você sabia que medidas provisórias também podem ser usadas em matéria previdenciária? Veja, 
por exemplo, a Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019, em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv871.htm.
5. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
O Regime Geral da Previdência Social está previsto no art. 201 da Constituição Federal, conforme 
segue:
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro 
e dependentes, observado o disposto no § 2º.
Não existe apenas o Regime Geral de Previdência Social. Paralelamente, há os regimes próprios 
de previdência social (RPPS) e o regime de previdência privada.
 
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Os regimes próprios são os destinados aos servidores públicos e aos militares (arts. 40 e 42 
da Constituição Federal), que devem ser instituídos pelo respectivo ente da federação. Caso não 
sejam criados, os servidores serão filiados obrigatórios do Regime Geral.
O regime de previdência privada está previsto na Constituição Federal, em seu art. 202, que 
assim dispõe:
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado 
por lei complementar.
Pela análise do dispositivo, verifica-se, que o regime de previdência privada possui caráter 
facultativo e complementar, diferentemente dos demais, que são obrigatórios.
Após essa breve explanação a respeito desses dois regimes, seguiremos com foco ao Regime 
Geral da Previdência Social, a começar pelas espécies de beneficiários, que se dividem em duas: 
segurados e dependentes. Os segurados são os que possuem vínculo direto com a Previdência, 
enquanto que os dependentes são os que possuem vínculo familiar ou que forem equiparados a 
tal pela lei.
Os segurados podem ser obrigatórios ou facultativos.
5.1 Segurados obrigatórios e facultativos
Os segurados obrigatórios são aqueles que exercem atividade laboral remunerada e não eventual 
e que não integram nenhum regime próprio. Todos que possuem trabalho remunerado são obrigados 
a contribuir e estão disciplinados pelos arts. 11 a 15 da Lei nº 8.213/91. Classificam-se em:
1. empregados;
2. empregados domésticos;
3. trabalhadores avulsos;
4. segurados especiais;
5. contribuintes individuais.
 
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Os segurados facultativos são pessoas que exercem atividades não remuneradas e que 
voluntariamente se vinculam ao regime. Possuem previsão nos art. 16, I, II e III, da Lei nº 8.213/91. 
Dentre eles, podemos citar:
1. a dona de casa;
2. o síndico de condomínio, quando não remunerado;
3. o estudante;
4. o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior;
5. aquele que deixou de ser segurado obrigatório da previdência social;
6. o membro de conselho tutelar, quando não esteja vinculado a qualquer regime de previdência 
social;
7. o bolsista e o estagiário;
8. o bolsista que se dedique em tempo integral à pesquisa, curso de especialização, pós-
graduação, mestrado ou doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado 
a qualquer regime de previdência social;
9. o presidiário que não exerça atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime 
de previdência social.
10. o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de 
país com o qual o Brasil mantenha acordo internacional;
11. o segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou semiaberto, que, nessa condição:
a) aquele que preste serviço, dentro ou fora da unidade penal, a uma ou mais empresas, com 
ou sem intermediação da organização carcerária ou entidade afim;
b) aquele que exerce atividade artesanal por conta própria
De acordo com o Decreto nº 7.054/09, o segurado preso passou a ser segurado facultativo em 
qualquer hipótese, independentemente de exercer ou não atividade laboral remunerada.
 
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5.1.1 Dos empregados
Figura 7 – Carteira de Trabalho e Previdência Social
Fonte:	filipefrazao/iStock
O conceito de empregado é extraído do art. 3º da CLT, in verbis:
Art. 3º: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição 
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Esse artigo, ao conceituar empregado, estabelece os requisitos necessários para caracterização 
do vínculo empregatício. São eles:
• Pessoa física
• Subordinação jurídica
• Onerosidae
• Não eventualidade
• Continuidade
• Habitualidade
• Pessoalidade
No entanto, para fins de Direito Previdenciário, trata-se de uma categoria de segurados mais 
extensa do que os abarcados pela definição de relação de emprego, que estipula os requisitos 
da remuneração, pessoalidade, subordinação e habitualidade. De acordo com o art. 11 da Lei nº 
8.213/91 e o art. 9º do Decreto nº 3.048/99, são considerados empregados:
 
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1. Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, 
sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. De acordo 
com a jurisprudência dominante, o aprendiz será considerado como segurado empregado, 
desde que perceba remuneração, mesmo que indireta (alimentação, fardamento, material 
escolar). Segundo a Súmula 18, TNU (BRASIL, 2004):
Provado que o aluno aprendiz de Escola Técnica Federal recebia remuneração, mesmo 
que indireta, à conta do orçamento da União, o respectivo tempo de serviço pode ser 
computado para fins de aposentadoria previdenciária.
Figura 8 – Empregado aprendiz
Fonte: monkeybusinessimages/iStock
2. Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, 
presta serviço para atender à necessidade transitória de substituição de pessoal regular e 
permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços de outras empresas.
3. O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior.
4. Aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a ela subordinados ou a membros dessas missões e repartições, 
excluídos:
a) o não-brasileiro sem residência permanente no Brasil;
b) o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou repartição consular.
5. O brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou 
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, 
salvo se segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio.
6. O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado 
em empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa 
brasileira de capital nacional.
 
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7. O servidor público ocupante de cargo em comissão sem vínculo efetivo com a União, 
autarquias, inclusive em regime especial, e fundações públicas federais. Nesse rol, incluem-
se os ministros e secretários sem vínculo efetivo com a Administração Pública. Os titulares 
de cargos em comissão estaduais, distritais e municipais foram vinculados ao RGPS com 
o advento da EC nº 20/98.
8. O exercente de mandato eletivo federal estadual ou municipal, desde que não vinculado 
à RPPS. O dispositivo foi inserido pela Lei nº 9.506/97, que acabou com o Instituto de 
Previdência dos Congressistas, mas criou o Plano de Seguridade Social dos Congressistas, 
a cargo da União, de filiação facultativa dos deputados federais e senadores. O objetivo 
foi vincular o titular de mandato eletivo sem vínculo efetivo com a Administração Pública 
ao RGPS, na condição de segurado empregado. Todavia, a CF determina que não poderia 
o titular de mandato eletivo ser inseridocomo segurado do RGPS por lei ordinária, vez que 
inexistia essa fonte de custeio para o pagamento das contribuições previdenciárias. O STF, 
em 2003, julgou a hipótese incidentalmente inconstitucional. Em razão disso, o Senado 
Federal, pela Resolução nº 26/05, suspendeu a eficácia erga omnes dessa alínea.
9. O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, 
salvo quando coberto por RPPS.
10. O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a 
RPPS. Não será filiado ao RGPS o congressista federal que optar por se filiar ao Plano de 
Seguridade Social dos Congressistas.
5.1.2 Dos empregados domésticos
De acordo com o art. 1º da Lei Complementar nº 150/15, são empregados domésticos aqueles 
que prestam serviço para uma família, como o mordomo, a cozinheira, o jardineiro, o motorista, etc.
Frise-se que sua atividade não deve ter natureza econômica, pois, nesse caso, passa a ser regido 
pela CLT, descaracterizando a natureza doméstica.
5.1.3 Trabalhador avulso
Essa espécie de trabalhador presta serviços a diversas empresas sem ser empregado de nenhuma 
delas. São reunidos em sindicato ou órgão gestor de mão de obra (OGMO), por intermédio do qual 
as empresas contratam seus serviços, não havendo subordinação entre eles.
 
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Os sindicatos ou os OGMOs recebem dos tomadores de serviços e fazem o rateio entre os 
trabalhadores na medida da participação de cada um. Incluem-se nessa categoria os trabalhadores 
da orla marítima e, para parte da doutrina, também os “boias-frias”, ainda que sem intermediação 
de sindicatos.
5.1.4 Segurado especial
Figura 9 – Segurado especial
Fonte: Alfribeiro/iStock
Trata-se do pequeno produtor rural ou pescador artesanal que trabalha individualmente ou em 
família, para fins de subsistência, sem a utilização de empregados permanentes, bem como o índio 
reconhecido pela Funai ou o artesão que utilize matéria-prima proveniente de extrativismo vegetal 
que exerça atividade de economia familiar para sustento próprio e de sua família.
5.1.5 Contribuinte individual (antigo autônomo)
É aquele que escolhe para quem prestará o serviço. São segurados em caráter residual em 
relação aos elencados acima e, de acordo com a Lei nº 9.876/99, são os seguintes:
1. A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em 
caráter permanente ou temporário, em área superior a quatro módulos fiscais; ou, quando 
em área igual ou inferior a esta ou em atividade pesqueira, com auxílio de empregados 
ou por intermédio de prepostos. Trata-se de previsão residual ao segurado especial (se a 
pessoa não é enquadrada como segurada especial, ela pode estar aqui).
2. A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral (garimpo), 
em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou 
sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua. 
 
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O garimpeiro não é mais segurado especial, a menos que haja relação de emprego, pois a 
filiação do contribuinte individual é subsidiária.
3. O ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação 
ou de ordem religiosa, quando remunerados. Antes, eles eram considerados segurados 
facultativos.
4. O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil 
é membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por RPPS.
5. Certas pessoas em empresas:
a) titular de firma individual urbana ou rural;
b) diretor não empregado de sociedade anônima;
c) membro de conselho de administração de sociedade anônima;
d) sócio solidário, sócio de indústria, sócio gerente e sócio cotista que recebam remuneração 
decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural;
e) associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de 
qualquer natureza ou finalidade;
f) síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que 
receba remuneração.
6. Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, 
sem relação de emprego. Se for prestação de serviços portuários ou não portuários com a 
intermediação de órgão gestor de mão de obra ou sindicato, não haverá o enquadramento 
como contribuinte individual, e sim como trabalhador avulso.
7. A pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com 
fins lucrativos ou não. São os antigos trabalhadores autônomos.
Figura 10 – Trabalhador autônomo
Fonte: LightFieldStudios/iStock
 
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Também fazem parte dessa categoria de segurados:
1. O cooperado de cooperativa de produção que, nessa condição, presta serviço a esta mediante 
remuneração ajustada ao trabalho executado, conforme Decreto nº 4.032/01.
2. O microempreendedor individual (MEI), nos termos dos arts. 18-A e 18-C da Lei Complementar 
nº 1.123/06, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo 
Simples Nacional em valores fixos mensais.
5.1.6 Filiação e inscrição
A filiação é o ato pelo qual a pessoa é incluída no RGPS na condição de segurada, sendo, 
portanto, o vínculo estabelecido entre o segurado e a previdência. Pode ser automática, no caso 
dos segurados empregados, ou depender do pagamento da primeira contribuição, no caso dos 
contribuintes individuais que trabalhem por conta própria, bem como dos facultativos.
A inscrição, por sua vez, é o ato administrativo pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS. 
Atualmente, a inscrição é feita no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), sistema 
responsável pelo controle das informações de todos os segurados e contribuintes da previdência.
5.1.7 Dos beneficiários
Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social são os segurados e seus dependentes, 
lembrando que os primeiros podem ser obrigatórios ou facultativos, como já explicado.
Os dependentes podem ser de três classes diferentes, sendo que a existência da classe precedente 
exclui a seguinte. Além disso, a dependência dos beneficiários de primeira classe é presumida, 
enquanto nos demais casos deve ser comprovada. Conforme o art. 16 da Lei nº 8.213/91, são eles:
a) De primeira classe: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de 
qualquer condição, menor de 21 anos, ou inválido, ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental ou deficiência grave.
b) De segunda classe: os pais.
c) De terceira classe: o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (anos, ou 
inválido, ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.
O parágrafo 2º desse artigo determina que o enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho 
mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica. O parágrafo 
 
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3º determina que se considera companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém 
união estável com o segurado ou com a segurada. Já o parágrafo 5º determina que
a prova de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material 
contemporânea dos fatos, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto 
na ocorrência de motivo de força maior e ou caso fortuito, conforme disposto no 
Regulamento. (BRASIL, 1993)
SAIBA MAIS
Você sabia que, no caso de pensão por morte, havendo mais de um beneficiário, ou seja, mais de um 
pensionista, o benefício será rateado entre todos?
Acesse o site e leia a notícia: https://www.jornalcontabil.com.br/a-pensao-por-morte-apos-a-
mp-871-2019/.
5.1.8 Qualidade de segurado
Figura 11 – INSS
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:INSS.svg
Quando se trata de manutenção da qualidade de segurado, é necessário saber que existe 
um período chamado período de graça, que se refere ao tempo em que, mesmo não recolhendo 
contribuiçõesao INSS, o filiado permanece como segurado. Esse período varia de acordo com o 
tipo de segurado, conforme determinado pelo art. 15 da Lei 8.213/91:
a) Sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício.
b) Até 12 meses após a cessação das contribuições, os segurados obrigatórios e os 
acometidos de doença de segregação compulsória, bem como o segurado retido ou 
recluso, a contar do livramento.
 
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c) Até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para 
prestar serviço militar.
d) Até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
A lei prevê prorrogação em algumas situações, conforme os parágrafos 1º a 4º do art. 15. 
Um dos casos refere-se ao segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela 
Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; este terá prorrogação por 
até 24 meses se já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete a 
perda da qualidade de segurado.
6 . DO PLANO DE BENEFÍCIOS
6.1 Carência
A qualidade de segurado exige um período de carência, ou seja, um número mínimo de contribuições 
para ter determinado benefício. Tais contribuições devem ser feitas ao longo do tempo, de forma 
tempestiva. Para recolher com atraso, deve-se preencher alguns critérios.
Alguns benefícios não exigem carência, conforme art. 26 da Lei nº 8.213/91:
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer 
natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de 
segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções 
especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, 
atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, 
mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que 
mereçam tratamento particularizado;
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais 
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
 
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VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e 
empregada doméstica.
Vale ressaltar que o auxílio doença e a aposentadoria por invalidez exigem 12 contribuições nas 
demais causas não previstas no inciso II, assim como o salário maternidade exige 10 contribuições 
nos casos não previstos no inciso VI.
Outros exigem carência, conforme o art. 25 da mesma lei:
I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 contribuições mensais quando 
não decorrente de acidente do trabalho ou doença decorrente de atividade profissional 
ou do trabalho.
II - aposentadoria por idade, por tempo de serviço e especial: 180 contribuições 
mensais.
III - salário-maternidade para as seguradas na qualidade de contribuinte individual 
e facultativa: 10 contribuições mensais
IV -auxílio-reclusão: 24 contribuições mensais.
Para as contribuintes individuais, avulsas e facultativas, de acordo com o art. 25, § único, da Lei nº 
8.213/91, caso o parto seja antecipado, a carência do salário maternidade será reduzida (nove meses 
é o período normal de gestação, mas, se a criança nasceu de oito meses, a mãe deverá comprovar 
nove meses de contribuição; se nasceu de seis, deverá comprovar sete; e assim por diante).
6.2 Do salário de benefícios
Salário de benefício refere-se ao valor de referência para apurar a quantia que o INSS deverá 
pagar aos segurados ou dependentes. Os arts. 29 e seguintes da Lei nº 8.213/91 tratam do assunto 
da seguinte forma:
 
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Quadro 2 – Salário de benefício
Espécie Salário de Benefício
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por tempo de 
contribuição
Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo, 
multiplicada pelo fator previdenciário.
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria especial
Auxílio-doença
Auxílio-acidente
Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
Fonte: Elaborado pela autora com base na Lei nº 8.213/91.
Além do disposto no quadro, vale observar os seguintes dispositivos do art. 18 da Lei nº 8.213/91 
(BRASIL, 1991):
§ 2º O valor do salário-de-benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem 
superior ao do limite máximo do salário-de-contribuição na data de início do benefício.
[...]
§ 6º O salário-de-benefício do segurado especial consiste no valor equivalente ao 
salário-mínimo, ressalvado o disposto no inciso II do art. 39 e nos §§ 3º e 4o do art. 
48 desta Lei.
[...]
§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 
12 (doze) salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, 
se não alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-
de-contribuição existentes.
6.3 Do salário de contribuição
O salário de contribuição refere-se à base segundo a qual será calculado o valor que o contribuinte 
deverá pagar ao INSS. A tabela é atualiza anualmente. Para 2019, apresenta os seguintes valores:
 
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Tabela 1 - Tabela para empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso 2019
Salário de contribuição (R$) Alíquota
Até R$ 1.693,72 8%
De R$ 1.693,73 a R$ 2.822,90 9%
De R$ 2.822,91 até R$ 5.645,80 11%
Fonte: https://tabelainss2019.com/tabela-de-contribuicao-inss-2019/.
Contribuintes individuais e facultativos observam alíquotas diferentes. A tabela a seguir descreve 
cada faixa:
Tabela 2 – Alíquotas para contribuintes individuais e facultativos
Salário de contribuição 
(R$)
Alíquota Valor
R$ 998,00 5% (não dá direito a aposentadoria por 
tempo de contribuição e certidão de tempo 
de contribuição)*
R$ 49,90
R$ 998,00 11% (não dá direito a aposentadoria por 
tempo de contribuição e certidão de tempo 
de contribuição)**
R$ 109,78
R$ 998,00 até R$ 
5.645,80
20% Entre R$ 199,60 (salário 
mínimo) e R$ 1.129,16 
(teto)
*Alíquota	exclusiva	do	Facultativo	Baixa	Renda;	**Alíquota	exclusiva	do	Plano	Simplificado	de	
Previdência; Fonte: https://tabelainss2019.com/tabela-de-contribuicao-inss-2019/
Curiosidade
Você sabia que, se o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir 
significativa parcela da contribuição mensal delas? Para saber mais, leia o art. 30, § 4º, da Lei nº 
8.212/91.
 
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7 . DOS BENEFÍCIOS
Este capítulo é destinado aos diversos tipos de benefícios previdenciários.
7.1 Auxílio reclusão
Conceito: Benefício de natureza alimentar, destinado exclusivamente aos dependentes do 
segurado de baixa renda (valor indicado em portaria do Ministério da Fazenda).
Critérios para concessão:
a) O recluso deve ter a qualidade de segurado no momento da reclusão.
b) Deve estar privado da liberdade em regime fechado ou semiaberto.
c) Pode ser concedido inclusive nos casos de prisão provisória, ou seja, não exige 
condenação (Instrução Normativa INSS nº 77/15).
d) Também se aplica a menores de idade que estiverem em medida de segurança em núcleo 
de ressocialização.
e) O segurado não pode estar recebendo aposentadoria ou licença remunerada.
f) O requerente deve ser dependente, conforme art. 16 da Lei nº 8.213/91.
Valor do benefício: 100% do valor a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez 
(média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição de todo período contributivo 
da pessoa, após julho de 19994).
Carência: 24 contribuições mensais (art. 25, IV, Lei nº 8.213/91).
Previsão legal: art. 201, IV, CF; art. 80, Lei nº 8.213/91; art. 116, § 5, Decreto nº 3.048/99.
Observações:
a) Se estiver na condicional, não está enclausurado, portanto não tem direito. O mesmo 
ocorre se fugir da prisão.b) Assim que o segurado recluso for posto em liberdade, o dependente ou responsável deverá 
apresentar imediatamente o alvará de soltura, para que não ocorra recebimento indevido 
do benefício.
c) O benefício cessará quando o segurado sair da reclusão ou morrer nela (nesse caso, 
haverá conversão para pensão por morte). A cada três meses, os beneficiários devem 
apresentar declaração de que o segurado está recluso.
 
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d) Se fugir, o auxílio será suspenso. Para que seja concedido novamente, caberá nova análise 
na época em que foi recapturado. Se durante o período de fuga ele perder a qualidade de 
segurado, quando recapturado, os dependentes não terão direito ao auxílio.
7.2 Auxílio doença
Figura 12 – Auxílio doença
Fonte: elenabs/iStock
Conceito: Benefício devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a 
sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. A primeira quinzena de afastamento deve 
ser paga pela empresa. Essa regra não é observada para o trabalhador doméstico, caso em que o 
empregador não arca com nenhum dia. Desde o primeiro dia de afastamento, e independentemente 
de quanto tempo dure o período de recuperação do empregado, a Previdência Social arcará com a 
remuneração. Após a perícia, o INSS concederá ao empregado uma ordem de pagamento, para ser 
sacada na rede bancária, referente aos dias de afastamento.
Assim, a solicitação deve ocorrer:
a) após 15 dias de afastamento (podendo ser intercalados dentro do prazo de 60 dias);
b) no momento em que se incapacitar, nos casos de segurado empregado doméstico, 
trabalhador avulso, contribuinte individual, facultativo, segurado especial.
 Critérios para concessão: A causa incapacitante deve ser temporária e superior a 15 dias, ou 
seja, avançar para o 16º dia.
 Valor do benefício: Verificam-se os 80% maiores salários de contribuição desde julho de 1994 
e aplica-se 0,91 (91%), observando-se a limitação dos 12 últimos salários de contribuição.
Carência: 12 meses de contribuições mensais, mas não é exigida quando:
 
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a) o empregado for acometido por: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia 
maligna (câncer), cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença 
de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença 
de Paget (osteíte deformante), síndrome de insuficiência imunológica adquirida (Aids) ou 
contaminação por meio de radiação, com base em conclusão da medicina especializada;
b) sofre acidente de qualquer natureza.
Duração: Enquanto durar a incapacidade.
Previsão legal: Arts. 18 a 21 e 59 a 64, Lei nº 8.213/91.
Espécies:
a) Auxílio doença comum (B 31) - redução da capacidade sem nexo com atividade laboral.
b) Auxílio doença acidentário (B 91) - redução da capacidade devido a atividade laboral após 
sua filiação ao RGPS.
Quadro 3 – Espécies de auxílio doença
Auxílio doença comum (B 31) Auxílio doença acidentário (B 91)
Causa Não tem relação com o trabalho. Tem relação com o trabalho.
Carência 12 contribuições.
Exceções: doenças graves, 
contagiosas ou incuráveis.
Não há (art. 26, Lei nº 8.213/91)
Estabilidade Não há. 12 meses após a alta médica (art. 118, Lei 
nº 8.213/91)
Fonte: Elaborado pela autora.
Observações:
a) O benefício não será devido:
◊	 ao segurado que se filiar já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o 
benefício, exceto “quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento 
da doença ou da lesão” (art. 42, § 2º, Lei nº 8.213/91).
◊	 ao segurado recluso em regime fechado, que terá o benefício suspenso na data do recolhimento 
à prisão por até 60 dias contados daí, cessando após esse prazo. O benefício será restabelecido 
a partir da data da soltura.
 
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b) Ocorrendo afastamento que gere concessão de novo benefício decorrente da mesma 
doença dentro de 60 dias contados da cessação do benefício anterior, a empresa 
fica desobrigada do pagamento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento por se 
considerar prorrogação, podendo encaminhar o empregado ao INSS para perícia médica.
c) Caso o pedido seja feito depois de 30 dias de afastamento, o INSS não se responsabiliza 
pelo pagamento de valores retroativos.
7.3 Aposentadoria por invalidez
Figura 13 – Aposentadoria por invalidez
Fonte: arthobbit/iStock
Critérios para concessão: Deve estar na qualidade de segurado ao tempo da incapacidade, que 
não pode ser preexistente.
 Valor do benefício: 100% do SB + 25% se comprovar necessidade de auxílio de terceiros, podendo 
passar do teto do INSS. O Decreto nº 3.048/99 apresenta nos anexos relação dos casos que dão 
direito ao acréscimo.
Se estiver aposentado há mais de cinco anos e demonstrar recuperação parcial:
• Até seis meses: benefício integral + remuneração de onde está trabalhando.
• De 6 a 12 meses = 50% do benefício + salário.
• De 12 a 18 meses = 25% do benefício + salário.
• Depois de 18 meses = cessará o benefício.
Carência: 12 contribuições mensais anteriores à causa incapacitante, salvo se for acidente de 
qualquer natureza ou uma das doenças do MPS.
Duração: Cessa quando morrer ou quando recuperar sua capacidade. Ex.: transplante.
 
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Previsão legal: Arts. 42 a 47 da Lei nº 8.213/91.
Observações: Acidente de qualquer natureza é qualquer acidente (não interessa a causa), inclusive 
os de trabalho. Deve ser TIP (total, irreversível e permanente). Não precisa haver auxílio doença para 
depois ter auxílio por invalidez.
7.4 Auxílio acidente
Figura 14 – Auxílio acidente
Fonte: jehsomwang/iStock
Conceito: Benefício concedido à pessoa que não se encontra incapacitada, mas com redução 
da capacidade de trabalho. A definição de acidente do trabalho encontra-se no art. 19 da Lei nº 
8.213/91 (BRASIL, 1991):
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa 
ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos 
no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho.
Previsão legal: O art. 86 da Lei nº 8.213/91 traz (BRASIL, 1991):
O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após 
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem 
sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente 
exercia.
Critérios para concessão: dever haver nexo de causalidade.
 
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a) Nexo técnico epidemiológico: verifica-se a CID (Classificação Internacional de Doenças) e 
cruza-se com a CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica). Se a doença tiver 
relação com a atividade, entende-se que ocorreu o nexo (Decreto nº 3.048/99).
b) Nexo técnico profissional: doenças relacionadas com a profissão que exerce.
c) Nexo técnico individual: depende das condições laborais de cada pessoa.
 Valor do benefício: 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio doença. Não substitui 
a remuneração. Portanto, pode ser menor que o salário mínimo. O valor do benefício é acrescido ao 
salário de contribuição do segurado para cálculo de aposentadoria (art. 31, Lei nº 8.213/91).
Carência: Não há.
Observações:
a) Decorre de acidente ou de uma incapacidade parcial em virtude de doença.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício 
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação 
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no inciso I (Lei nº 8.213/91, BRASIL,1991).
b) Pode ser cumulado com outros benefícios, desde que não seja aposentadoria, visto que é 
considerado como indenizatório. Quando o trabalhador se aposenta, o auxílio acidente é 
automaticamente cortado.
c) Para caracterizar acidente de trabalho, exige-se emissão de CAT (Comunicação de 
Acidente de Trabalho) no primeiro dia útil seguinte ou no mesmo dia em caso de morte. 
Caso o empregador não o faça, a CAT pode ser emitida:
◊	 pelo empregado;
◊	 pelos dependentes;
◊	 pelo sindicato;
 
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◊	 pelo médico que atendeu o empregado;
◊	 por qualquer autoridade pública.
d) Beneficiários - tem direito ao benefício:
◊	 empregado urbano/rural (empresa);
◊	 empregado doméstico (para acidentes ocorridos a partir de 1 jun. 2015);
◊	 trabalhador avulso (empresa);
◊	 segurado especial (trabalhador rural).
e) Não tem direito ao benefício: contribuinte individual e facultativo.
7.5 Pensão por morte
Conceito: Benefício concedido aos dependentes do segurado.
Previsão legal: Art. 201, I e V, CF e arts. 74 a 79, Lei nº 8.213/91.
Critérios para concessão: Morte real ou presumida. A morte pode ser presumida por ausência 
ou por desaparecimento em virtude de acidente, desastre ou catástrofe.
Valor do benefício: 100% do salário de benefício ou o valor da aposentadoria por invalidez.
Carência: Não há.
Duração: Este benefício cessa:
1. Pela morte do pensionista.
2. No caso de filho ou equiparado e irmão (ambos os sexos):
◊	 pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência 
intelectual ou mental grave;
◊	 pela cessação da invalidez;
◊	 pelo afastamento da deficiência.
 
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3. Pelo decurso de certos prazos em relação ao cônjuge e ao companheiro.
4. Pela condenação por prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do 
segurado.
5. Pela apuração, em processo judicial (com contraditório e ampla defesa), de simulação ou 
fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização destes com o fim exclusivo de 
constituir benefício previdenciário.
Observações:
a) O benefício passa a ser concedido da data do óbito quando requerido até 30 dias depois.
b) O benefício passa a ser concedido da data do requerimento quando requerido após 30 
dias, não sendo devida nenhuma quantia anterior.
c) O benefício passa a ser concedido da data da decisão judicial quando se tratar de morte 
presumida.
7.6 Salário maternidade
Figura 15 – Salário maternidade
Fonte: Sudowoodo/iStock
Previsão legal: Art. 201, II, CF e arts. 71 a 73, Lei nº 8.213/91.
Valor do benefício: conforme o art. 72 da Lei nº 8.213/91, será igual à remuneração integral para 
a segurada empregada ou trabalhadora avulsa. As demais são regidas pelo disposto no art. 73 , in 
verbis (BRASIL, 1991):
Art. 73. Assegurado o valor de um salário-mínimo, o salário-maternidade para as 
demais seguradas, pago diretamente pela Previdência Social, consistirá:
I - em um valor correspondente ao do seu último salário-de-contribuição, para a 
segurada empregada doméstica;
 
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II - em um doze avos do valor sobre o qual incidiu sua última contribuição anual, 
para a segurada especial;
III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados 
em um período não superior a quinze meses, para as demais seguradas.
Carência:
• Empregada, empregada doméstica e avulsa: não há.
• Contribuinte individual e facultativo: 10 contribuições (esse prazo será reduzido em caso de 
parto precoce).
• Segurada especial: 10 meses de efetivo exercício de atividade rural.
Duração: Varia conforme os casos a seguir.
Quadro 4 – Duração do salário maternidade
Regra geral 120 dias, com início no 28º dia que antecede o parto, até 91 dias após o 
parto (art. 71, Lei nº 8.213/91).
Risco para a vida 
do feto ou criança 
ou da mãe
120 dias, mediante atestado médico específico, com os períodos de repouso 
anterior e posterior ao parto, chegando o benefício a 148 dias (art. 93, § 3º, 
Decreto nº 3.048/99)
Microcefalia pelo 
Aedes aegypti
180 dias (art. 18, § 3º, Lei nº 13.301/16) 
Adoção ou guarda 
judicial para fins 
de adoção
120 dias (art. 392-A, CLT, com redação dada pela Lei nº 13.509/17, e art. 71-
A, Lei nº 8.213/91)
Aborto Duas semanas (art. 93, § 5º, Regulamento da Previdência Social)
Fonte: Elaborado pela autora.
 
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7.7 Aposentadoria por idade
Figura 16 – Aposentadoria por idade
Fonte: MicrovOne/iStock
Previsão legal: Art. 201, § 7º, II, Constituição Federal.
Critérios para concessão: O critério de concessão segue alguns requisitos, elencados no quadro 5.
Quadro 5 – Requisitos para obtenção de aposentadoria por idade
Espécies Homem Mulher
Urbana 65 anos 60 anos
Rural 60 anos 55 anos
Compulsória RGPS 
(segurado empregado)
Art . 51, Lei nº 8 .213/91
70 anos 65 anos
Compulsória RPPS
LC nº 152/15
75 anos 75 anos
Fonte: Elaborado pela autora.
Valor do benefício: A renda mensal inicial (RMI) será de 70% do salário de benefício + 1% a cada 
grupo de 12 contribuições mensais (máximo 100% do salário de benefício). Para o segurado especial, 
será de um salário mínimo.
Carência: Mínimo de 180 contribuições (15 anos de contribuição).
Observações:
 
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• Todas as categorias de segurados possuem direito a esse benefício: empregado, empregado 
doméstico, avulso, contribuinte individual, segurado especial, facultativo.
• A data de início do benefício (DIB), conforme art. 49 da Lei nº 8.213/91, será, conforme o quadro 6:
Quadro 6 – Data de inicio da concessão do benefício
Caso Concessão inicial
Regra geral (segurado 
empregado, inclusive 
aos domésticos)
A partir da data do desligamento no emprego, quando requerida até 
esse dia, ou até 90 dias depois dela, ou a partir da data do requerimento, 
quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida 
após esse prazo.
Demais segurados A partir da data do requerimento no INSS.
Fonte: Elaborado pela autora com base no art. 49 da Lei nº 8.213/91.
7.8 Aposentadoria por tempo de contribuição (antiga 
aposentadoria por tempo de serviço)
Figura 17 – Aposentadoria por tempo de serviço
Fonte: PIKSEL/iStock
Previsão legal: art. 201, § 7º, II, Constituição Federal.
Critérios para concessão: Seguem alguns requisitos, elencados no quadro 7.
 
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Quadro 7 – Requisitos para obtenção de aposentadoria por idade
Caso Regra
Pessoa que, antes de 16 dez. 1998, já possuía os 
requisitos para requerer
Norma antiga revogada pela EC nº 20/98.
Pessoa que se filiou antes de 16 dez. 1998, mas 
ainda não havia cumprido os requisitos para 
requerer
Deve observar regra de transição.
Pessoa que se filiou após 16 dez. 98 Deve observar regras novas instituídas pela EC 
nº 20/98.
Fonte: Elaborado pela autora.
Regras: estão explicadas no quadro 8.
Quadro 8 – Regras para aposentadoria por tempo de contribuição
Regra antiga antes da 
EC nº 20/98
Regra de transição Regra nova
Professores (tanto 
da educação básica 
quanto do ensino 
superior):
- 30 anos homens
- 25 anos mulheres
Demais segurados 
(integral)
- 35 anos homens
- 30 anos mulheres
Demais segurados 
(proporcional)
- 30 anos homens
- 25 anos mulheres
Proventos integrais
Contribuição Idade
Homens 35 anos 53 
anos
Mulheres 30 anos 48 
anos
Se por idade, deve-se acrescentar pedágio 
de 20% do que faltar para o tempo de 
contribuição.
Proventos proporcionais
Contribuição Idade
Homens 30 anos 53 
anos
Mulheres 25 anos 48 
anos
Se por idade, deve-se acrescentar pedágio 
de 40% do que faltar para o tempo de 
contribuição)
Professores (somente 
educação básica. Os 
demais foram para regra 
geral):
- 30 anos homens
- 25 anos mulheres
Demais segurados 
(integral):
- 35 anos homens
- 30 anos mulheres
Proporcional:
Extinta
Fonte: Elaborado pela autora.
 
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Valor do benefício: A renda mensal inicial (RMI) será de 100%, devendo ser aplicado fator 
previdenciário obrigatório, salvo:
a) Regra 85/95 (corresponde à a soma da idade da pessoae do tempo de contribuição dela 
para o INSS: 85 para mulheres, 95 para homens).
b) Para deficientes, é facultativo (só incide se benéfico).
Carência: Mínimo de 180 contribuições (15 anos de contribuição).
Observações:
a) Todos os segurados do RGPS possuem direito, menos segurado especial (exceto se 
recolheu como contribuinte individual).
b) Pessoas que podem optar pela proteção previdenciária mínima:
◊	 Contribuinte individual por conta (11%).
◊	 Segurado facultativo (11%).
◊	 Segurado facultativo de baixa renda (5%).
◊	MEI (5%)
A data de início do benefício (DIB), conforme o art. 49 da Lei nº 8.213/91, será:
Quadro 9 – Regra para a data de início do benefício
Caso Concessão inicial
Regra geral (segurado empregado) Data do desligamento do emprego, quando requerida 
até essa data ou até 90 dias após o desligamento.
Quando solicitada após 90 dias do 
desligamento do emprego
Demais segurados
Data do requerimento no INSS.
 Fonte: Elaborado pela autora
 
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7.9 Aposentadoria especial
Figura 18 – Exposição a agentes nocivos
Fonte: welcomia/iStock
Previsão legal: Arts. 57 e 58, Lei nº 8.213/91.
Critérios para concessão:
• Exposição a agente nocivo por período de 15, 20 ou 25 anos, dependendo do agente. A partir 
de 1995, passou-se a exigir prova de efetiva exposição de forma permanente, ou seja, não 
há mera presunção em decorrência da função. A prova deve ser feita mediante PPP (Perfil 
Profissiográfico Profissional).
• Espécies de agentes (anexo IV do Decreto nº 3.048/99):
◊	 químicos (benzeno, chumbo, amianto, mercúrio, entre outros);
◊	 físicos (ruído, pressão, temperatura, radiação);
◊	 biológicos (vírus, bactérias e bacilos).
• Segurados do RGPS portadores de deficiência também possuem direito de pleitear o benefício, 
exigindo-se 180 contribuições e as seguintes idades, a depender do grau de deficiência:
Tabela 3 – Idade mínima para pedido de aposentadoria especial
Grave Moderada Leve
Homens 25 anos 29 anos 33 anos
Mulheres 20 anos 24 anos 28 anos
Fonte: Elaborado pela autora.
 
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A Lei Complementar nº 142/13, cujo art. 3º estipula as condições mencionadas na tabela 3, 
também assegura a concessão do benefício, independentemente do grau de deficiência, desde que 
cumpridos 15 anos de contribuição, com comprovação de deficiência por igual período, aos homens 
com 60 anos de idade e às mulheres com 55 anos de idade.
Valor do benefício: 100% do salário de benefício (art. 29, II, Lei nº 8.213/91).
Carência: 180 contribuições mensais, conforme art. 25, II, Lei nº 8.213/91.
Observações: O benefício é previsto somente para estes segurados:
1. Empregado.
2. Trabalhador avulso.
3. Contribuinte individual cooperado (cooperativa de produção ou trabalho).
O segurado especial não possui direito a esse benefício, visto que não possui direito de 
aposentadoria por tempo de contribuição. Os domésticos e os facultativos também não possuem 
a previsão dele.
SAIBA MAIS
O fator previdenciário é um multiplicador que a previdência utiliza para calcular o valor dos benefícios 
decorrentes de aposentadorias por tempo de contribuição. Em 1º de dezembro de 2018, sofreu 
alteração diante da tábua de mortalidade divulgada em 29 de novembro pelo Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE).
Esse fator não é utilizado na aposentadoria por invalidez, e, na aposentadoria por idade, a fórmula é 
utilizada opcionalmente (se for para aumentar o valor do benefício).
Para saber mais, acesse o site: http://www.previdencia.gov.br/2018/11/tabua-de-mortalidade-
divulgada-pelo-ibge-hoje-29-altera-calculo-do-fator-previdenciario-2019/.
 
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8 . CUSTEIO
Figura 19 – Custeio
Fonte: lucky336/iStock
O tema custeio trata das fontes de arrecadação da previdência social, que estão previstas no art. 
195 da Constituição Federal. Esse dispositivo estabelece que a seguridade social será financiada 
por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei (BRASIL, 1988):
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e 
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições 
sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Como se percebe do artigo transcrito, a seguridade social é custeada de forma direta e indireta 
por toda a sociedade da seguinte forma:
 
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• Recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios.
• Receitas decorrentes das contribuições para a seguridade social.
• Multas, atualização monetária e juros moratórios.
• Remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança prestados a 
terceiros.
• Doações, legados, subvenções e outras receitas eventuais.
• 50% dos valores obtidos e aplicados em virtude da desapropriação confiscatória (culturas 
ilegais de plantas psicotrópicas ou exploração de trabalho escravo).
• 40% do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal do 
Brasil.
No tocante às receitas decorrentes das contribuições para a seguridade social, vale observar 
que se dividem em:
1. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (contribuições interventivas de 
competência da União): Cide Combustível e Cide Royalties.
2. Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, também de competência 
da União.
3. Contribuição para Custeio de Iluminação Pública (CIP/Cosip), de competência dos municípios 
e do Distrito Federal.
4. Contribuições sociais (parafiscais), apresentadas no quadro 11.
Quadro 11 – Descrição das contribuições sociais para a seguridade social
a) Contribuições sociais gerais a1) Contribuição ao salário educação União
a2) Contribuição para o Sistema S
b) Contribuições para a seguridade 
social
- União (regra geral)
- Estados/Distrito Federal /municípios só para custeio 
dos seus servidores (regime próprio)
c) Contribuições residuais União
Fonte: Elaborado pela autora.
A arrecadação desses tributos é tão importante que o Poder Público não pode:
a) contratar com pessoas jurídicas em débito com a seguridade social;
b) conceder incentivos fiscais ou creditícios a pessoas jurídicas em débito com a seguridade 
social.
 
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Vale ressaltar as contribuições em espécie e suas principais características:
a) Contribuições do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei:
• Incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, 
a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
Trata-se da contribuição previdenciária patronal para o custeio do RGPS, que incide sobre o 
total da remuneração paga ou creditada pelas empresas aos trabalhadores.
• Incidentes sobre a receita ou o faturamento (Cofins), que incide sobre a receita ou o faturamento 
das pessoas jurídicas (receita bruta mensal). A alíquota é de 7,6%.
• Incidentes sobre o lucro líquido (CSLL), cuja base de cálculo é o valor do resultado do exercício 
das empresas, antes da provisão para o IR, de acordo com as seguintes alíquotas:
◊	 Regra: 9%.
◊	 Exceções: 15% para seguros privados, capitalização e para determinadas instituições 
financeiras (elevada para 20% até 31 de dezembro de 2018); 17% paracooperativas de crédito.
b) Contribuições do trabalhador e dos demais segurados do RGPS
É a contribuição previdenciário devida pelos trabalhadores e demais segurados do RGPS. 
Aposentados e pensionistas não contribuem, exceto:
• o aposentado que continua a desenvolver atividade laborativa;
• a mulher que percebe o salário-maternidade.
c) Concursos de prognósticos
São todos os concursos de sorteios de números, loterias e apostas, inclusive aquelas realizadas 
em reuniões hípicas, no âmbito federal, estadual, distrital e municipal.
Quando realizados pelo Poder Público, será repassada à seguridade social a renda líquida 
apurada após deduzidos os custos com o pagamento de prêmios, impostos e gestão, ressalvada 
uma parcela destinada ao crédito educativo. No caso do concurso TimeMania, apenas 3% da renda 
líquida será destinada à saúde, e 1%, à seguridade social como um todo.
Quando realizados por particulares, 5% do seu movimento global são destinados à seguridade 
social.
 
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d) Contribuição do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele 
equiparar (Cofins importação)
Quadro 12 – base de cálculo do COFINS Importação
Base de 
cálculo Cofins 
Importação
Bens importados Valor aduaneiro
Prestação de serviços por 
pessoas residentes no 
exterior
Quantia paga pela 
prestação
Fonte: Elaborado pela autora.
A alíquota, em regra, é de 7,6% (salvo inúmeras exceções elencadas no art. 8º da Lei nº 10.865/04), 
havendo autorização legal para a redução da alíquota para zero em relação a vários produtos, por 
decreto presidencial, ante a natureza regulatória que também marca esse tributo.
Por fim, vale ressaltar que há uma série de imunidades para entidades de assistência social, 
conforme requisitos da Lei nº 12.101/09.
Curiosidade
Você sabia que a Previdência gastou em 2018 cerca de R$ 186 bilhões mais do que arrecadou e que 
o déficit do RGPS entre janeiro e novembro de 2018 chegou a R$ 186,3 bilhões, sendo considerado o 
maior da história?
Leia mais em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46866691. Acesso em 21 maio. 2019.
CONCLUSÃO
O Direito Previdenciário transforma-se constantemente, e conhecer suas linhas mestras proporciona 
aos gestores maior segurança para tomada de importantes decisões nos mais diversos ambientes 
corporativos, garantindo eficiência empresarial e proporcionando dignidade aos trabalhadores.
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOCCHI JUNIOR, Hilário et al. Manual do advogado previdenciário: teoria e prática. São Paulo: 
JusPODIVM, 2018.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5 .452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. 
DOU, 9 ago. 1943. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm>. 
Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Lei nº 8 .213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência 
Social e dá outras providências. DOU, 25 jul. 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8213cons.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Lei nº 8 .742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social 
e dá outras providências. DOU, 8 dez. 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/l8742.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Decreto nº 3 .048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social e 
dá outras providências. DOU, 7 maio. 1999a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/d3048.htm>. Acesso em: 15 maio. 2019.
________. Lei 9 .876, de 26 de novembro de 1999. Dispõe sobre a contribuição previdenciária do 
contribuinte individual. DOU, 29 nov. 1999b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
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