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A-MATEMÁTICA-NA-EDUCAÇÃO-INFANTIL (1)

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A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL 
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Faculdade de Minas 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 3 
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .................. 4 
Conceitos Matemáticos Inseridos na Educação da Primeira Infância: 
Diagonais que Perpassam o Desenvolvimento dos Pequenos Estudantes . ............. 6 
O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL. EM:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-ensino-
matematica-atraves-ludico-na-educacao-infantil.htm ............................................... 32 
O Lúdico na Educação Infantil: Jogar e Brincar, uma forma de 
educar .............................................................................................................. 32 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de 
um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade 
capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos 
científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, 
transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de 
publicações e/ou outras normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de 
forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma 
base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de 
uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
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Faculdade de Minas 
A IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
1. INTRODUÇÃO. 
Nesse material iremos apresentar a importância do uso do material concreto 
e o uso do material lúdico para o ensino da matemática, além de demonstrar quais 
serão as contribuições no aprendizado do aluno, principalmente na Educação 
Infantil. 
A Educação infantil, de acordo com a Lei de diretrizes e Bases da educação – 
20/12/94 é a primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da 
comunidade. 
Baseando-se nesse aspecto legal, é importante considerar o 
desenvolvimento integral da criança como aspecto fundamental na infância. E é por 
isso que vamos apresentar através desse material o porquê a criança deve 
desenvolver seu raciocínio lógico matemático desde seus primeiros contatos com o 
meio em que vive. 
Vamos realçar dois aspectos relevantes no ensino da matemática para as 
crianças menores: O aspecto Lúdico e o aspecto dos materiais concretos para 
melhor assimilação e aprendizado dos conteúdos. No aspecto Lúdico, sabe-se que 
a criança, quando aprende algo que é significativo para ela, nunca mais ela vai 
esquecer. Nesse sentindo, ao aprender brincando, ela com certeza, assimilará o 
conteúdo e terá o prazer de aplicá-lo em seu cotidiano, uma vez que a forma de 
aprendizagem foi prazerosa. 
O aspecto concreto, também irá reforçar esse aprendizado, pois entre as 
várias formas de se ensinar algo, a exemplificação, a visualização, o contato, o uso 
dos vários sentidos ao aprender, incluindo o tato, o fato de se pegar em algo, vai 
fazer com que em algum dia, essa criança irá se lembrar da forma em que se 
aprendeu isso é magnífico, garantir o aprendizado de um conteúdo, através de 
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vários materiais concretos, é realmente um marco revolucionador no ensino da 
matemática. 
O ASPECTO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
 
 
Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois 
estão presentes na humanidade desde o seu início. Vamos observar a partir de 
agora “o lúdico” como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar 
ludicamente não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a 
serem apresentados à criança, pois as atividades lúdicas são indispensáveis para o 
seu desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que 
possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos 
sentimentos. Por meio das atividades lúdicas, a criança comunica-se consigo 
mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, 
constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente. 
Precisa-se perceber o lúdico, demonstrando a sua importância no 
desenvolvimento infantil e dentro da educação como uma metodologia que 
possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de ensino e aprendizagem, 
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tendo em vista que é particularmente poderoso para estimular a vida social e o 
desenvolvimento construtivo da criança. 
O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais 
real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, 
analisar, criticar e transformar a realidade. 
Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a 
melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer 
para redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. 
Para que a educação lúdica caminhe efetivamente na educação é preciso 
refletir sobre a sua importância no processo de ensinar e aprender. Ciente da 
importância do lúdico na formação integral da criança, e é por esse motivo que 
iremos abordar a questão: Qual a importância das atividades lúdicas na educação 
infantil ? 
 
Conceitos Matemáticos Inseridos na Educação da Primeira Infância: 
Diagonais que Perpassam o Desenvolvimento dos Pequenos Estudantes . 
 
 
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Não importa a filiação teórica que os estudiosos em educação matemática se 
encontram, é tendência internacional e assim de todos os educadores matemáticos 
que a exploração matemática na educação da primeira infância deve se manifestar 
em três campos: o espacial, que desenvolverá o estudo da geometria; o numérico, 
que estará alicerçando o estudo da aritmética; e o campo das medidas, que se 
transformará em ponte para integrar a geometria com a aritmética (LORENZATO, 
2006). 
Contudo, para que os três campos conceituais em matemática sejam desenvolvidos 
com qualidade na educação da primeira infância é preciso que as crianças 
aprendam noções básicas acerca de: 
 
 
Organizada pelo autor a partir de Lorenzato, 2006. 
Ainda há os conceitos físico-matemáticos que possuem relação direta com essas 
noções básicas e com os campos matemáticos. Os conceitos físico-matemáticos 
abrangem toda e qualquer noção básica que os pequenos precisam aprender 
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durante sua estada na educação da primeira infância e ajudam a desenvolver os 
três campos matemáticos. Estes conceitos físico-matemáticos são: 
 
 
Organizada pelo autor a partir de Lorenzato, 2006. 
Segundo Lorenzato (2006), para o docente propiciar o desenvolvimento desses 
conceitos físico-matemáticos, das noções básicas e dos três campos matemáticos 
na criança, faz-se necessário que o educadorconheça os sete processos mentais 
básicos para a aprendizagem da matemática. Estes processos não estão ilhados, 
nem tampouco pertencem a um círculo que tem começo e fim; eles perpassam 
todas as áreas do conhecimento que estão inseridas na educação da primeira 
infância. Por isso, caso o educador não possua, como diz Pereira (2007), um olhar 
plural ele nunca compreenderá as possibilidades de construção de uma aula 
completa e rica, sempre desenvolverá uma aula fragmentada. 
Por esse motivo, compreendamos cada um dos processos mentais básicos para a 
aprendizagem da matemática. A correspondência é o primeiro deles. Nela se 
estabelece a relação um a um; chamamos ainda de correspondência biunívoca. 
Muito utilizada nos primeiros anos da educação das crianças e que as ajudará a 
compreender situações matemáticas que permeiam a vivência social e econômica 
desse aluno. A relação biunívoca é importante que o docente tenha em mente que 
ela só se concretiza porque há elementos suficientes em cada conjunto para realizar 
a ligação entre eles, isso não quer dizer que não possa aparecer elementos em um 
dado conjunto que não tenha seu respectivo em outro conjunto. O que não pode 
ocorrer é conjuntos vazios se relacionando com outros conjuntos não vazios. 
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CORRESPONDÊNCIA 
 
O segundo procedimento mental é comparação, a qual faz o estudante estabelecer 
diferenças e semelhanças entre grandezas, medidas, lugares e tantos outros 
conceitos físico-matemáticos. Comparamos tamanhos, formas, locais e pessoas 
constantemente, o que não se distancia das comparações matemáticas, uma vez 
que comparar é visualizar o que, a nosso gosto, é bom ou ruim, estar de acordo 
com o que pensamos ou não. Estes detalhes que muitas vezes não são percebidos 
pelos profissionais da educação causam tumulto e desordem nas atividades que as 
crianças realizam, em especial nas brincadeiras e nos jogos. Então desenvolver 
este procedimento mental com as crianças não é apenas favorece a elas o contato 
com materiais, objetos em que elas possam comparar as medidas, as grandezas e 
os locais, é estimular o entendimento do meio social no qual vivemos, 
desenvolvendo a oralidade e a capacidade de argumentação, sem esquecer-se do 
respeito ao demais e de si mesmo e assim entender os sentidos impregnados no 
nosso discurso (MOYSÉS, 1997). 
COMPARAÇÃO 
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O processo seguinte é a classificação. Este está atrelado ao anterior, pois classificar 
é o ato de separar em categorias de acordo com as semelhanças e diferenças 
existentes. Assim o estudante terá um elemento a mais para poder entender as 
classificações sociais manifestadas em nossa sociedade e não se deixar levar pelos 
discursos que querem legalizar essas classificações (GENTILI, 2005). Nesse 
sentido o educador deve observar as diversas variáveis que, subjetivamente, estão 
incorporadas em nosso discurso, não apenas no ato de ensinar, mas 
substancialmente nas nossas opiniões carregadas de preconceitos e de 
generalizações absurdas acerca de algum fenômeno social. 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADE DE CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS GEOMÉTRICAS. 
 
Mais adiante está o quarto processo que chamamos de sequenciação. Ele é o ato 
de fazer suceder a cada elemento outro sem considerar a ordem entre eles. Nesta 
ação a ordem dos fatos não interfere nos resultados, o que é totalmente contrário à 
seriação. A quinta ação mental, busca ordenar uma sequência seguindo um critério 
estabelecido, ou seja, a ordem irá influenciar consideravelmente nos resultados 
obtidos. Entretanto, os educadores de modo geral, fazem muita confusão entre 
estes dois conceitos. Muitos solicitam aos educandos uma sequência numérica na 
ordem crescente ou decrescente, como se a ordem entre os numerais fosse 
condição para a existência de qualquer sequência, e quando a criança não realiza a 
atividade observando a "ordem" o docente diz que estar tudo errado. Uma 
incompreensão conceitual por parte Da criança. 
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O Jogo de Sequenciação por tamanhos pode e deve ser trabalhados com objetos 
concretos ou brincadeiras. 
A Seriação é o processo pelo qual se comparam os objetos e se estabelecem as 
diferenças entre eles. A Seriação pertence às relações chamadas assimétricas, ou 
seja, são aquelas utilizadas ao seriar objetos considerando a ordem linear de 
grandeza desses elementos. Sendo assim, pode-se seriar objetos numa ordem do 
maior para o menor, do menor para o maior, do mais grosso para o mais fino, do 
mais fino para o mais grosso, do mais pesado para o mais leve e vice- versa, etc. 
Segundo Rangel, “chamamos estas relações de “assimétricas” porque o motivo que 
nos leva a aproximar um objeto b de um outro a colocado, por exemplo, numa série 
que vai do menor ao maior, é que b é maior do que a e este não é o mesmo motivo 
que permite aproximar a de b. (Rangel,pág. 110)” 
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O penúltimo processo é a inclusão, ou seja, o ato de fazer abranger um conjunto por 
outro. Assim as crianças conhecerão as partes menores e poderão agrupá-las em 
partes maiores; incluirão dentro de uma categoria maior os seus membros. 
Conseguirão diferenciar subconjuntos dos conjuntos, assim poderão estabelecer a 
relação elemento/ conjunto (relação de pertinência) e a relação conjunto/ conjunto 
(contém e não contém/ está contido e não está contido). Ou seja, inclusão é o ato 
de generalizar. É importante que seja suscitada a inclusão social durante as aulas 
na educação da primeira infância, visto que as crianças estão inseridas num mundo 
em que as pessoas menos favorecidas estão constantemente sendo excluídas das 
oportunidades de terem uma boa escola, uma boa moradia, saneamento básico, 
acesso à cultura, ao lazer e tantos outros direitos que, não só a Constituição do 
nosso país nos favorece, mas fazem parte da dignidade humana. Nesse sentido, o 
ato de generalizar não está filiado ao de rotular, nem tampouco criar estigmas, mas, 
sobretudo resistir à alienação do sujeito social e assim lutar contra a submissão do 
ser humano ao capital (LESSA; TONET, 2008). 
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Por último, vem a conservação que possibilita aos alunos perceberem que a 
quantidade não depende da arrumação, forma ou posição dos elementos, em 
virtude de que a quantidade é imutável estando onde estiver. Não importa o local 
que se coloca os elementos, sendo um recipiente largo ou longo, estreito ou 
comprido, se há um litro de qualquer que seja o líquido este sempre será um litro. 
De um ponto de vista social este conceito não se aplica, em razão de que as lutas 
de classe buscam a eliminação da conservação social, da reprodução do status quo 
(ibidem). É importante que os estudantes percebam esta luta e compartilhem com 
esses embates. Entretanto, sozinhos não o farão, então é necessário que os 
educadores tenham compreensão sobre tal fenômeno e busquem em suas práticas 
pedagógicas, desde a escolha do livro didático até uma simples atitude dentro ou 
fora da sala de aula, confrontos que possibilitem a discussão e a posterior 
compreensão de que não devemos servir de massa de manobra, nem tampouco 
utilizar os demais para tal estado, haja vista que somos seres que vivemos em 
sociedade e precisamos respeitar as opiniões de todos, sem ser preciso aceitá-las. 
 
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CONSERVAÇÃO 
 
Lorenzato(2006,p.27) 
 
Convém ainda salientar que os processos aqui descritos não estão restritos a 
um determinado campo de conhecimento, na medida em que podem interagir com 
qualquer situação do cotidiano. Na verdade, eles são abrangentes e constituem-se 
num alicerce que será utilizado para sempre peloraciocínio humano, 
independentemente do assunto ou tipo de problema a ser enfrentado. 
O caminho escolhido por cada educador para o desenvolvimento desses 
processos mentais básicos vai se constituindo a partir de sua visão gnosiológica, ou 
seja, a entendimento que possui ou possuirá sobre o conhecimento; ontológica, a 
compreensão de Homem; e axiológica que consiste na concepção de valores. O 
nosso trajeto é calcado pela abordagem histórico-dialética que entende o Homem 
como um ser histórico e dinâmico, o conhecimento como produção histórica e de 
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caráter não material e os valores como perpetuação de ideias para a superação das 
desigualdades sociais. Assim, a abordagem que permeia todo este trabalho ver a 
educação 
 
Para a assimilação desses conceitos, vamos sugerir a seguir várias 
brincadeiras, que podem ser associadas aos conceitos, processos e conteúdos 
matemáticos para essa faixa etária. Possibilitando criança, além de consolidar os 
conteúdos, podem desenvolver a coordenação motora, socialização e o raciocínio 
lógico. Podemos citar algumas brincadeiras que podem fazer parte da Proposta da 
educação infantil. Faixa etária de três a cinco anos. 
 
1 – Pega batatas. ... 
2 – O mestre mandou. ... 
3 – O dragão. ... 
4 – Pirata trapalhão. ... 
5 – O carteiro. ... 
6 – Biscoitinho queimado. ... 
7 – Boliche. ... 
8– Morto-vivo. 
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Em um mundo onde as crianças estão cada vez mais ligadas a brinquedos 
tecnológicos, as brincadeiras tradicionais ainda são as melhores alternativas de 
entretenimento. 
Isso porque elas possibilitam, além de desenvolvimento cognitivo, os 
desenvolvimentos físicos e afetivos. Ao interagir com os colegas, elas aprendem, 
entre outras coisas, sobre a importância de cooperar e compartilhar. 
Essas brincadeiras promovem ainda atividades físicas, que são fundamentais 
no desenvolvimento da coordenação motora. E o mais importante, possibilitam 
muita diversão. 
Turmas de creche e pré-escola são especialmente privilegiadas, uma vez que 
estão no auge do desenvolvimento. Para educadores que utilizam esse método em 
sala de aula, fizemos uma seleção especial. 
Brincadeiras simples, de fácil execução e que vão bem em lugares pequenos. 
Confira todas elas e diversifique o dia a dia em sala de aula. 
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1 – Pega batatas 
Para realizar esta brincadeira, será preciso ter folhas de papel e dois cestos 
médios. A execução é bastante simples. Antes de começar a brincadeira é preciso 
amassar algumas folhas de papel para serem as batatas. Os papéis mais 
maleáveis, como jornais e revistas, são os mais indicados. 
Em seguida, o professor deve espalhar as batatas por diversos locais e 
separar a turma em dois grupos, entregando um cesto para cada. Ao sinal do 
educador, as crianças vão percorrer o local em busca das batatas, colocando-as no 
cesto da equipe. Vence o grupo que, ao final, tiver recolhido mais batatas. 
2 – O mestre mandou 
O educador irá escolher uma criança para ser o mestre, que irá ditar aos 
colegas alguma ordem simples, como “o mestre mandou pular de um pé só”. As 
outras crianças deverão cumprir a ordem. Permanece na brincadeira quem 
conseguir executar todas as tarefas. 
3 – O dragão 
Os alunos deverão ser posicionados em fila indiana, com as mãos na cintura 
do colega que estiver na frente. A primeira criança da fila será a cabeça do dragão. 
Seu objetivo será pegar o último da fila, que será a cauda. 
Assim que autorizados pelo professor, as crianças começarão a correr e a 
fazer movimentos para evitar que a cabeça pegue a cauda. Assim que isso 
acontecer, o primeiro e o último aluno podem ser substituídos por alguém do meio. 
A brincadeira segue enquanto os pequenos demonstrarem interesse. 
4 – Pirata trapalhão 
Para executar a brincadeira é preciso ter algumas balas e guloseimas dentro 
de um saquinho para ser o tesouro. Escolha algum dos alunos para ser o pirata. 
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Sem que os demais vejam, ele vai esconder um tesouro. Depois de terminar, ele vai 
gritar “vamos ajudar o pirata trapalhão?”. 
A este sinal, as outras crianças vão começar a procurar. Depois de cinco 
minutos, caso ninguém encontre, o pirata pode começar a dar dicas do local. Quem 
encontrar o tesouro ganhará o brinde e será o próximo pirata. 
5 – O carteiro 
A brincadeira começa com todos ao alunos sentados em círculo. O professor 
começará dizendo “O carteiro mandou uma carta só para quem está de cabelo 
preso.” 
Quem estiver de cabelo preso deverá trocar de lugar, mas sem ir para o lugar 
ao lado. Quem não conseguir ocupar um novo lugar rapidamente, estará eliminado 
da brincadeira. As cartas continuarão a chegar, com comandos diversos (quem está 
de óculos, de tênis, etc.). 
6 – Biscoitinho queimado 
Para brincar, é preciso somente de um brinquedo. O professor deverá 
mostrá-lo a todas as crianças e em seguida entregá-lo para algum deles esconder, 
enquanto os outros ficarão de olhos fechados. O brinquedo será o “biscoitinho 
queimado” 
Assim que terminar de esconder, a criança deve gritar “Biscoitinho 
queimado”. Será o sinal para os colegas saírem em busca do objeto oculto. 
Conforme eles forem se afastando, quem escondeu grita “Está frio”, ao contrário, 
quando se aproximarem, ele vai gritar “Está quente!”. 
Quem encontrar um brinquedo primeiro ganha e será o próximo e escondê-lo. 
7. Boliche. 
O boliche é um jogo divertido e popular, aberto para todas as idades. 
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O jogo pode ser organizado na escola para os alunos da educação Infantil para 
trabalhar equilíbrio e arremesso ao alvo. 
O objetivo do boliche é arremessar uma bola pesada, a fim de derrubar dez peças 
de madeira em forma de garrafa, chamadas de pinos. 
Quanto mais pinos forem derrubados, mais pontos o jogador acumula. 
Ganha quem tiver acumulado o maior número de pontos em uma partida 
 
8. Morto Vivo. 
Os alunos se reúnem em círculo e a professora ou qualquer aluno pode falar: 
"Morto!", todos ficarão agachados. Quando o líder disser: "Vivo!", todos darão um 
pulinho e ficarão de pé. Quem não cumprir as ordens é eliminado, até sobrar um só 
participante, que será o vencedor e o próximo líder. 
9. O feiticeiro. 
Na brincadeira o feiticeiro e as estátuas os participantes ficam de pé, 
dispersos em uma área delimitada. Alguém será o “feiticeiro” que perseguirá os 
demais. Ao sinal do educador, inicia-se a perseguição, e aquele que for tocado 
ficará “enfeitiçado”: imóvel com as pernas afastadas, representando uma “estátua”. 
Os outros companheiros poderão passar por baixo das pernas das “estátuas”, 
salvando-as do “feitiço”. Depois de algum tempo, o “feiticeiro” deverá ser 
substituído. 
10. CORRE COTIA 
O jogador que achar o lenço corre atrás daquele que jogou 
Conhecida também como Lenço atrás, os participantes sentam-se em uma 
roda e cobrem os olhos. Um deles anda em volta com um lenço na mão para deixar 
atrás de um dos amigos. E vai cantando a música: “Corre, cotia, na casa da 
tia. Corre cipó, na casa da vão. 
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CORRE COTIA. 
 
O LÚDICO NO APRENDIZADO DA MATEMÁTICA 
Através dos jogos se pode trabalhar as noções matemáticas como: 
contagem, lateralidade, espaço e forma, dentre outras simultaneamente com o 
prazer pelo aprender brincando. Os jogos por serem instrumentos, quando 
orientados, lúdicos e prazerosos vêm realmente contribuir enquanto recurso 
utilizado pelo professor para o desenvolvimento de noções matemáticas na 
educação infantil, pois a criança aprende enquanto brinca e isto é fato presente 
durante qualquer infância. Com o jogo, o aluno além da interação com o colega, 
desenvolve a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividadee a 
reflexão para a ação. (AZOLA, SANTOS, 2010, p.47). 
O desenvolvimento de noções matemáticas na educação infantil pode ser 
trabalhado através dos jogos, que possuem caráter inclusivo. Batista (2012) realizou 
pesquisa sobre o ensino da matemática na educação infantil utilizando atividades 
lúdicas, com o objetivo de evidenciar como o ensino da matemática se tornou um 
aprendizado necessário para a formação da educação infantil, tendo em vista que 
este processo auxilia no desenvolvimento da inteligência das crianças, além de 
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favorecer outros aspectos. Aconselha o uso dos jogos e brincadeiras como 
instrumentos auxiliares desse processo, observando os aspectos positivos de tais 
ferramentas. 
 
 
Os jogos possibilitam o desenvolvimento das inteligências múltiplas, 
Kishimoto, que se destaca pela ênfase dada ao uso dos jogos e brincadeiras no 
desenvolvimento da criança e, Piaget, que reúne inúmeros trabalhos voltados para 
as áreas do ensino, aprendizagem e desenvolvimento da criança, são defensores 
dessa tese. Para Batista (2012), a partir das atividades lúdicas, a criança 
desenvolve suas habilidades sociais e intelectuais, pois é nas brincadeiras que elas 
integram-se com os colegas, expressam seus desejos, colocando-se em harmonia 
com os interesses dos outros, ao mesmo tempo em que aprendem a defender sua 
opinião. Segundo Batista (2012, p. 23): O professor precisa conhecer a bagagem de 
conhecimento prévio que cada criança traz consigo, e agir no sentido de ampliar 
suas noções matemáticas, ou seja, é necessário respeitar a criança na sua 
inteligência, no seu aprendizado construído, para que a aprendizagem seja 
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significativa e prazerosa. Dessa forma, o ensino da matemática poderá percorrer 
diversos caminhos, cabendo ao professor essa projeção, incorporando as 
brincadeiras, histórias, cantigas, jogos de regras, atividades lúdicas como fonte de 
aprendizagem. É importante que as crianças desenvolvam e conservem com prazer 
o aprendizado pela matemática. Dantas, Rais, Juy (2012), realizaram pesquisa 
bibliográfica cujos objetivos foram descrever e analisar como ocorre o processo 
aprendizagem do sistema de numeração em crianças de 5 anos e verificar como os 
jogos podem ser úteis como recursos para o ensino e desenvolvimento da 
aprendizagem matemática. Parra e Saiz, Kamii, dentre outros que investigaram e 
vem investigando sobre a aprendizagem de noções numéricas na Educação Infantil 
e sobre a utilização de jogos como recursos para o ensino da matemática. Segundo 
Dantas, Rais, Juy (2012, p. 08): A criança já traz para a escola alguns “conceitos” 
numéricos que ela já estabelece singularidade, pois são usados em seu dia a dia, 
como por exemplo, o número da sua casa e que cabe a escola o papel de incentivar 
a criança para que ela se aproprie do sistema de numeração de forma prazerosa e 
satisfatória. A criança precisa ter noção de sequência numérica para poder utilizar. 
 
A criança aprende os conceitos matemáticos através da resolução de 
problemas, por isso o jogo é um recurso indispensável para a fixação de conceitos 
transmitidos, tornando-se um aliado poderoso, mas para que isso ocorra o professor 
precisa saber realmente o que ele quer alcançar com aquele determinado jogo, e 
estar atento a qualquer ação que a criança executar na brincadeira, pois é a partir 
dessas observações que ele consegue fazer uma intervenção de maneira positiva e 
eficaz. Grigorine (2012) realizou pesquisa bibliográfica sobre a importância do lúdico 
na sala de aula de forma a auxiliar o educador no processo ensino aprendizagem, 
com o objetivo de disponibilizar aos alunos oportunidades de desenvolverem 
habilidades como a socialização em grupo, tomada de decisões e desenvolvimento 
integral para a vida adulta. Segundo Grigorine (2012, p. 19) Brincar é um ato 
prazeroso, espontâneo e está presente em todas as fases de crescimento da 
criança. Através da brincadeira, diferentes formas de convivência e socialização 
manifestam-se na medida em que a criança interage com o outro e com o ambiente. 
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A importância de introduzir o lúdico na sala de aula é fazer com que o aluno 
tenha uma ferramenta diferente para resolver problemas, porém de vital importância 
para que demonstre suas habilidades em diversos contextos e que o jogo, por sua 
vez, traz benefícios para o desenvolvimento dessas habilidades além de 
proporcionar uma aprendizagem diferente e divertida, pois, aulas mecânicas, 
tradicionais, geram cada vez mais alunos desinteressados e desmotivados. 
 
É fundamental que o educador conheça não só teorias sobre como cada 
criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas, mas 
também o potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada, ou seja 
cada atividade lúdica , seja ela jogo ou brincadeira, precisa estar diretamente 
relacionada com um conteúdo programático, com o intuito de desenvolver as 
habilidades necessárias para a criança em sua respectiva faixa etária. Recomenda 
ainda que é necessário refletir sobre o valor dessas experiências, enquanto recurso 
necessário para o domínio de competências básicas em todo o processo de ensino 
e aprendizagem.Pieri (2011), realizou pesquisa com 14 crianças de 4 a 6 anos de 
idade que estavam cursando a pré escola de uma instituição de educação infantil 
localizada no município de Jaú/SP, com objetivo de refletir a teoria a respeito do 
lúdico como elemento fundamental no processo do ensino-aprendizagem na 
Educação Infantil, enfatizando sua importância. Desde pequena a criança já tem 
noção de números, cabe aos educadores despertar o gosto pela matemática 
através do jogo. Aprender Matemática significa, fundamentalmente, utilizar-se do 
que distingue o ser humano, ou seja, a capacidade de pensar, refletir sobre o real 
vivido e o concebido, transformar este real, utilizando em sua ação, como 
ferramenta, o conhecimento construído em interações com as necessidades 
surgidas no aqui e no agora. (PIERI, 2011, p. 34). Os jogos possuem vários 
aspectos como fonte estimuladora do processo e desenvolvimento e da 
aprendizagem da criança. Por exemplo, no jogo da Amarelinha, além de ser 
prazeroso, pode servir como instrumento de aprendizagem na construção do 
conhecimento lógico matemático. Fazendo com que a criança olhe para a estrutura 
do jogo, na parte numérica, criando novos significados e outras formas de brincar. 
Essa interação possibilita avanços, desenvolvimentos e evoluções naquilo que a 
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criança é capaz de realizar com a ajuda dos outros, no seu desenvolvimento 
intelectual e lógico. Dessa forma, percebe-se que as atividades lúdicas são 
indispensáveis ao desenvolvimento global infantil e é através de jogos e 
brincadeiras que a criança é introduzida no meio sócio – cultural, onde através de 
uma atividade completa o brincar, desenvolve os processos de assimilação e 
recriação da realidade. O jogo não pode ser visto apenas como divertimento ou 
brincadeira para gastar energia, pois ele favorece os desenvolvimentos físicos, 
cognitivos, afetivos, sociais e morais; as crianças ficam mais motivadas a usar a 
inteligência, pois querem jogar bem; sendo assim, esforçam-se para superar 
obstáculos, tanto cognitivos quanto emocionais. O jogo cria um clima de liberdade 
propício à aprendizagem e estimulando a moralidade, o interesse, a descoberta e a 
reflexão. Silva (2008) realizou pesquisa bibliográfica sobre o ensino da matemática 
e a utilização dos jogos como recurso pedagógico demonstrando a importância de 
se desenvolver, desde cedo, o raciocínio lógico das crianças e fazê-las 
compreender a natureza das ações matemáticas através do trabalho com os jogos. 
E dessa forma fazer comque a matemática se torne, para as crianças, uma matéria 
prazerosa e interessante, como realmente é, evitando que se desenvolva nelas o 
medo tão comum em crianças mais velhas e adolescentes em relação à essa 
disciplina. Por meio de atividades com jogos as crianças vão ganhando 
autoconfiança e são incentivadas a questionar e corrigir suas ações, analisar e 
comparar pontos de vista, organizar e cuidar dos materiais utilizados. Outro motivo é 
proporcionar ao sujeito que desenvolva seu raciocínio. Nos jogos criam-se situações 
que servem como instrumentos para exercitar e estimular um agir-pensar com lógica 
e critério, condições para jogar bem e ter um bom desempenho escolar. (SILVA, 
2008, p. 47). O objetivo da pesquisa foi dar base aos profissionais de educação que 
querem trabalhar com as atividades de jogos em suas classes, mas têm dúvidas 
sobre como aproveitar todo o potencial que o jogo permite além de ressaltar sua 
real importância para a educação formal, principalmente na área de matemática. 
 
 
 
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Pode-se observar que os jogos são facilitadores do processo de 
aprendizagem por diversos motivos, sendo que um dos principais é seu lado 
prazeroso. Sem dúvida, é muito mais interessante para qualquer pessoa 
desenvolver uma atividade que lhe dê prazer do que atividades desinteressantes. 
Sugere que: Ainda há que se conscientizarem os educadores que para 
brincar é preciso planejamento, estudo e dedicação por parte dos educadores. Não 
é deixar brincar e pronto, por mais que em qualquer situação de brincadeira há sim, 
o desenvolvimento da criança, na escola essas situações precisam ser bem 
elaboradas. (SILVA, 2008, p. 47). Foi desenvolvida uma pesquisa com a aplicação 
de questionário para 08 professores, uma foi desenvolvida a partir da realização de 
atividades com 14 crianças com idades entre quatro e seis anos e a outra com 26 
crianças. Como resultados, todas as pesquisas mostraram que o lúdico proporciona 
uma aprendizagem diferente e divertida e que o jogo é um recurso indispensável 
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para motivar a aprendizagem da matemática, porém o professor precisa saber 
realmente o que ele quer alcançar com determinado jogo e estar atento a qualquer 
ação que a criança executar, pois é a partir das observações que ele consegue 
fazer uma intervenção de maneira positiva e eficaz. Em outra pesquisa constatou-se 
que os professores reconhecem a importância dos jogos, mas sua utilização é 
pouco frequente. 
Percebe-se que muitos educadores ainda aplicam os jogos matemáticos ou 
brincadeiras lúdicas, simplesmente como uma forma de brincar e fazer a turminha 
extravasar, não planejam suas atividades e, portanto não conseguem identificar qual 
o conteúdo está relacionado com determinado jogo. Por isso há um apelo para que 
os educadores se preparem mais ao trabalhar a questão matemática, 
principalmente na Educação Infantil, em que se dá início à construção do 
conhecimento que a criança vai poder utilizar por toda a sua vida, e se a 
transmissão desse conhecimento for de forma traumática, a criança simplesmente 
vai querer ignorar toda vez que for solicitada a voltar nesse conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O ENSINO DE MATEMÁTICA DE ACORDO COM REFERENCIAL CURRICULAR 
NACIONAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL 
Na Educação Infantil, a criança tem a capacidade e a possibilidade de 
absorver conhecimentos que serão levados e lapidados ao longo da vida. 
A escola utiliza as vivencias das crianças como ponto de partida e dá 
continuidade, ampliando seu conhecimento. É nesse período que a criança terá a 
base de sua educação e o aprendizado da Matemática torna-se essencial. 
Quando falamos em Matemática, pensamos logo em quantidades e cálculos, 
mas ela abrange muito mais que isso. 
Desde pequenos estamos inseridos em um mundo onde utilizamos a 
Matemática de forma informal e natural, seja para contarmos os integrantes da 
família ou brincarmos com jogos que exijam raciocínio lógico e estratégias. 
Segundo o RCNEI (1998), a Matemática ajuda no desenvolvimento de 
pessoas independentes capazes de argumentar e solucionar problemas. 
Desta forma, quanto mais cedo forem trabalhados os conceitos matemáticos 
melhor será o resultado no futuro, quando os alunos terão que enfrentar a 
Matemática de forma mais complexa, no Ensino Fundamental e Médio. 
(...) a instituição da Educação Infantil pode ajudar as 
crianças a organizarem melhor as suas informações e estratégias, 
bem como proporcionar condições para a aquisição de novos 
conhecimentos matemáticos. O trabalho com noções matemáticas 
na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das 
próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos 
mais variados domínios do pensamento, por outro, corresponde a 
uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, 
participar e compreender um mundo que exige diferentes 
conhecimentos e habilidades. (RCNEI, 1998, p. 209) 
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Justamente por todos esses benefícios que o aprendizado da Matemática nos 
proporciona, é que o método utilizado pelos professores vem sendo discutido. 
Para alguns alunos que não tiveram a oportunidade de um conhecimento 
espontâneo e gradual, a Matemática torna-se um trauma em toda sua formação 
acadêmica. 
De acordo com o RCNEI (1998), há um grande equivoco em ensinar 
Matemática por meio da memorização e repetição, onde a criança apenas decora e 
não entende realmente a lógica. 
Já o trabalho com classificação e seriação é fundamental, para termos 
capacidade de ordenar, classificar e comparar, desenvolvendo o raciocínio lógico. 
A classificação e a seriação têm papel fundamental na 
construção de conhecimento em qualquer área, não só em 
Matemática. Quando o sujeito constrói conhecimento sobre 
conteúdos matemáticos, como sobre tantos outros, as operações 
de classificação e seriação necessariamente são exercidas e se 
desenvolvem, sem que haja um esforço didático especial para isso. 
(RCNEI, 1998, p. 210) 
Atualmente, o ensino através do lúdico vem ganhando cada vez mais espaço. 
O que antes era ensinado de forma repetitiva e sem criatividade, hoje já está sendo 
substituído por jogos e brincadeiras divertidas e educativas. 
Nada mais propício e eficaz em se falando de Educação Infantil, pois a 
criança em contato com jogos e brinquedos sente-se em seu mundo, estimulando 
seu interesse e atenção de forma prazerosa. 
Utilizar o jogo na Educação Infantil significa transportar para o 
campo de ensino-aprendizagem condições para maximizar a 
construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do 
lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e 
motivadora. (RCNEI, 1998, p. 37) 
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A utilização do lúdico no ensino da Matemática, na educação infantil, aplicada 
de forma correta, pode favorecer muito a aprendizagem do aluno. 
Segundo o RCNEI (1998), o professor não deve confundir que apenas com 
jogos a criança irá aprender Matemática; as brincadeiras e atividades lúdicas devem 
ser muito bem dirigidas e terem alguma finalidade. 
Deste modo, as crianças serão incentivadas a acharem soluções, usarem a 
lógica, a capacidade de estratégia e a tomada de atitudes. 
O jogo pode tronar-se uma estratégia didática quando as 
situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma 
finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum 
tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso 
ocorra, é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que 
implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para 
alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que 
lhe serão decorrentes. (RCNEI, 1998, p.212) 
 
Deacordo com este documento, o ensino de matemática tem como objetivo: 
• O desenvolvimento de situações envolvendo matemática no nosso dia-a-dia, 
• O conhecimento dos números, 
• O saber contar, 
• Noções de espaço físico, medidas e formas, 
• A estimulação da autoconfiança da criança ao se deparar comproblemas e 
desafios. 
Segundo o RCNEI (1998), os conteúdos de Matemática devem ser 
selecionados, levando em conta os conhecimentos que as crianças possuem 
ampliando-os cada vez mais. 
Na fase de 0 a 3 anos, a criança está naturalmente inserida no mundo da 
Matemática, é nessa idade que a criança desenvolve a noção espacial, a 
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capacidade de estratégia e raciocínio lógico, ao engatinharem e andarem pelos 
lugares. 
Os jogos de encaixe, brincadeiras de faz-de-conta, painéis com datas de 
aniversários e medidas (peso, tamanho, etc.) também são excelentes opções de 
atividades para o professor estar trabalhando com as crianças. A música é essencial 
nessa fase, pois desenvolve o ritmo, memorização e sequência através das letras, 
além de trabalhar a expressão corporal. 
Na fase dos 4 aos 6 anos, o RCNEI (1998) divide os conteúdos em três 
blocos: “Números e Sistema de Numeração”, “Grandezas e Medidas” e “Espaço e 
Formas”. Esses três blocos devem ser trabalhados de forma integrada. O que 
estudaremos na sequência dos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. RCNEI – Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil – 
Brasil:1998. 
HALABAN, Sérgio; ZATZ, André e ZATZ, Sílva. Brinca Comigo! Editora Marco 
Zero: 2006 
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 4ª 
Ed. São Paulo, Editora Cortez: 2000. 
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A Matemática na Educação Infantil. A teoria das 
inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre, Editora Artes Médicas: 
1996. 
O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 
EM:https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/o-ensino-matematica-
atraves-ludico-na-educacao-infantil.htm 
O USO DO MATERIAL CONCRETO NO ENSINO DA MATEMÁTICA. 
http://www.editorarealize.com.br/revistas/fiped/trabalhos/Trabalho_Comunicacao_or
al_idinscrito_947_7fc2304382477fcd9bed7819c1fb39e8.pdf 
 
O Lúdico na Educação Infantil: Jogar e Brincar, uma forma de educar 
http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com/2012/05/o-ludico-na-
educacao-infantil-jogar-e.html

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