Buscar

ATIVACAO DE CELULAS B E PRODUCAO DE ANTICORPOS - Aula 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Ativação de células B e produção de anticorpos - transcrição da aula de Rafael.
04/09/2021 - Mirelle
Segundo o professor Rafael essa aula é indispensável e ele fez um resumo do slide, ou
seja, é recomendado ler o slide.
Visão Geral
1) Antígeno reconhecido pelo linfócito B
2) Ativação e proliferação
3) Diferenciação em plasmócito que pode envolver linfócito T ou não
4) Produção de igM ou de outra classe de anticorpo dependendo do tipo de ativação do
linfócito B
5) Na fase final ocorre: secreção de anticorpo, troca de isotipo, maturação da finidade e
célula B de memória
Estrutura do BCR
● Receptor que está na membrana do linfócito B;
● O BCR assim como o TCR são receptores que vão identificar antígenos;
● O BCR é independente, não precisa do MHC para reconhecer antígenos;
● BCR: junção do anticorpo de membrana(que pode ser igM ou outra) +
imunoglobulinas alfa e beta.
● é necessário receber o estímulo para ativar os linfócitos B
Como o linfócito B reconhece antígenos? pelos dispersos no meio (T independentes) ou por
meio de linfócitos T CD4+ (T dependentes)
Ativação T independente
● Antígenos dispersos no meio.
● Não dependem de linfócitos T e nem de células dendríticas.
● Células B que atuam nesse processo: B1 e MZ.
● Natureza do antígeno: lipídios, carboidratos e outros: apenas interação com
anticorpos de membrana.
● Há 3 maneiras dos linfócitos B reconhecer esses antígenos (ativação):
- Tipo 1: utiliza PRRs (principalmente TLRs) + BCR
- Tipo 2: somente BCR.
- Tipo 3: há participação de receptor de complemento + BCR (receptor do
complemento: reconhece proteínas do sistema complemento que estão
opsonizadas).
Todos os tipos utilizam BCR. Esses tipos de ativação B independentes geram células
de memória também, mas elas têm vida mais curta.
Tipo 1: ativação por intermédio de PAMPs e PRRs , os mais utilizados são os do tipo toll like
(TLRs). Uma parte do antígeno que está na membrana se liga ao BCR e outra parte
específica se liga ao TLR. Esses dois contatos fazem com que o linfócito B ative (deixe de
ser virgem) se proliferando e diferenciando formando plasmócitos e secretando IgM.
Característico de infecção aguda. Exemplo de PAMP que faz isso: LPS.
Obs: A PAMP está no patógeno e a PRR reconhece, dependendo do PRR identifica
diferentes PAMPs.
Rafaela pergunta: professor, o senhor disse que há 3 tipos de células de linfócito B com 3
tipos de ativação, cada ativação se refere a 1 desses tipos de linfócito? Rafael responde:
não, a ativação T independente pode ser feita de 3 tipos: BCR + PRR - esse tipo é feita
frequentemente por B1 e pelo MZ; Já o linfócito B2 é T dependente. Então:
*Linfócitos B1 e MZ são T independentes e podem ser ativados de 3 maneiras: 1º BCR
+ PRR; 2º só BCR e 3º BCR + receptor complemento.
*Linfócitos B2 são T dependentes.
Fez seu serviço? morreu.
Tipo 2: só BCR. Geralmente são lipoproteínas.
Linfócito B1 tem que ter vários contatos simultâneos e vários BCR pois geralmente o
antígeno e depois ele produzirá IgM
Tipo 3: BCR + complemento. Ele exige uma resposta prévia (imunidade inata) do nosso
organismo. Quando um patógeno invadiu a nossa célula já disparou a resposta inata e a
inflamação envolve a ativação do sistema complemento (proteínas que estão no plasma
sanguíneo que vão desencadear morte de algum patógeno). Quando o sistema
complemento é ativado algumas protéinas/citocinas são ativadas em decorrência da
ativação dele. Uma delas é a C3D que vai ser resultado da ativação do SC. O que ele faz?
Opsonização do patógeno (vai ligar em toda a membrana dele) em decorrência da
inflamação e aí algumas células do nosso sistema imune (no nosso caso o linfócito B)
conseguem reconhecer essas proteínas que estão opsonizando. O linfócito B que tá de
bobeira reconhece o patógeno que tá opsonizado, vai chegar nele via C3D. Esse patógeno
também tem outros antígenos ali que vão se ligar ao BCR e o linfócito B tem outro receptor
para se ligar a C3D que é o CD21. Traduzindo: se não tivesse essa proteína C3D
opsonizando não ia ativar o linfócito B nesse 3º tipo pois nesse tipo precisa de uma proteína
do sistema complemento opsonizando esse patógeno e os linfócitos B têm receptores para
reconhecer essa proteína, são necessários os dois estímulos para ocorrer a ativação.
Raphael pergunta: a inflamação recruta linfócitos T? Rafael responde: sim, mas não é o
caso que estamos discutindo.
Raphael pergunta novamente: uma célula comum pode expressar o MHC mesmo não
sendo uma APC? Rafael responde: sim, as células infectadas expressam MHC 1.
Rafaela pergunta: no caso vai expressar o MHC porque o antígeno está endógeno? Rafael
responde: sim.
Rafaela pergunta: nesse tipo 3 também será produzido IgM? Rafael responde: sim, como
consequência disso temos o IgM.
Rafaela pergunta: onde ocorre esse processo? Rafael responde: no baço (zona marginal)
ou tecidos linfoides associados a mucosa como MALT e CALT.
● Tipos de linfócitos B: células B1, células B da zona marginal (MZ) e células B2
(folicular). Qual a diferença entre eles? O B1 e o da zona marginal vêm de fábrica ou
seja eles têm que produzir igM então eles ficam em regiões estratégicas, o B1 ficam
nos tecidos linfóides associados à mucosa e o da zona marginal ficam na zona
marginal do baço que fica na polpa branca, B2 folicular é o que interage o linfócito B
com o T (linfócito B dependente) ele fica no linfonodo e no baço.
● Mais frequentes são antígenos de polissacarídeos e lipoproteínas.
● Produzem igM .
● Infecção aguda alta de igM e depois igM baixo.
Otávio pergunta: professor, esse tópico “ligação a múltiplos receptores com antígenos
repetidos” significa o quê? o mesmo antígeno vai se ligar a vários receptores na parede
celular? Rafael responde: não, na membrana.
Ativação T dependente
● Por intermédio de linfócitos T CD4+
● Essa ativação gera troca de classe
● É característico da célula B2 que é a única T dependente
● Falhas dessa ativação: não tem troca de classe e só produz igM.
● Natureza do antígeno: proteicos - interação tanto com B quanto com T (via MHC)
- Pareamento entre Linfócitos T e B, Regiões do Centro Germinativo e Troca de
Isotipo:
O antígeno do patógeno é proteico, a célula dendrítica em verde reconhece o antígeno,
processa ele e expressa ele para o linfócito T CD4+ via MHC classe II.
Nesse momento outra coisa está acontecendo no organismo: no córtex do linfonodo
-pode ser no baço também - (paracórtex: encontramos linfócito T | na outra região:
encontramos linfócitos B), mais especificamente na região paracortical que é a mais
interna (nessa região ocorre o processo descrito anteriormente). Pode acontecer do
linfócito B identificar ele das maneiras T independentes, só que não terá uma
ativação ao nível de troca de classe e não vai produzir igM pois está dentro do
linfonodo. Resumido: o linfócito b2 pode identificar de maneira T dependente e T
independente. Quando um mesmo tipo de antígeno está sendo identificado por
essas duas maneiras (pelo linfócito T e pelo linfócito B), eles vão se aproximar e se
ligar. Essa aproximação é mediante quimiocinas. O linfócito B (se comporta como
uma APC) vai se comunicar com o Linfócito T via MHC classe II. Linfócito T
expressa TCR. O CD40:CD40L e o B7:CD28 são coestimuladores desse processo.
Apenas esse conjunto de processos ativa o linfócito B2.
Rafaela pergunta: os coestimuladores são proteínas de membrana? Rafael
responde: sim e fazem encaixe tipo chave fechadura mas não apresentam
antígenos, o único que apresenta antígenos é o MHC, o restante só faz contato.
Resumo: o linfócito B2 e o linfócito T quando são ativados voltam para a região do
córtex externo. Estavam na região interna, voltam para externa e geram nódulos
linfáticos(folículo secundário) e aí dentro vai ter contatos, seleção/expansão clonal e
proliferação. Células dendríticas dentro dos nódulos linfáticos mostram para os
linfócitos B o antígeno e aí ele vai sofrer hipermutação, troca de classe. O linfócito T
verifica se está bom, conecta e vai testando afinidade selecionando as ligações mais
fortes e esses sãoos que vão pro combate (uma parte vira células de memória). A
troca de classe sempre depende da natureza antígeno e durante o processo todo
estão sempre produzindo citocinas que vão fazer esse linfócitos B produzam IgA,
IgE,IgD e IgG, mas tudo isso precisou do linfócito T por isso é T dependente.
No problema tutorial a célula B não tinha CD40L então não teve esse tipo de
ativação e nem troca de classe, por isso a pessoa do problema só tinha igM e deu
hiper IgM.
Algumas observações finais:
As melhores vacinas são as que acontecem com esse processo e tem ativação de linfócito
B do tipo T dependente porque gera troca de classe e esse tipo de ativação gera células de
memória mais longas com tempo de meia vida maior.
Por isso a imunidade adaptativa é mais seletiva pois sofre esses rearranjos gênicos e
hipermutações para selecionar o mais forte. A imunidade inata só tem PRR identificando
PAMP.
L sempre é ligante e R sempre é receptor.

Continue navegando